Quarto disco em quatro anos para os Zanibar Aliens, que partem do rock zeppeliniano em busca de novas texturas
Os Zanibar Aliens não descansam, e mantêm um ritmo de edição que não é deste tempo. No início deste ano lançam o quarto disco em quatro anos, sendo este apropriadamente chamado de IV, mantendo a tradição que já vem do disco anterior, III, que figurou entre os 20 melhores discos nacionais de 2019, para a redacção do Altamont.
Esta banda multinacional sediada em Portugal tem sido bastas vezes acusada de demasiado colada ao som dos Led Zeppelin, e esta nomenclatura dos seus discos só dá força a essa imagem (lembremo-nos que Led Zeppelin IV é o disco de, por exemplo, “Stairway to Heaven”). No entanto, os Zanibar Aliens têm vindo progressivamente a variar o seu som, ainda que mantendo as bases nesse bom e velho rock n roll, o que se verifica novamente no novo trabalho.
Em IV, os Zanibar Aliens exploram alguns ritmos mais lentos e brincam até com alguma soul, como acontece no balada “My Friend” ou em “Maybe it’s all in my head”, que fecha o disco, e até uma versão moderna do doo-wop na solarenga “There She Goes”, a chamar o Verão. Em “Nameless Faces” há momentos que lembram até os Police, enquanto a banda de Page e Plant está chapada em todo o lado na escaldante “Why Did You Have to Go”.
IV mostra uma banda a abrir os seus horizontes e a procurar mais texturas dentro do seu estilo.
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