A Júlia florista
Joaquim Pimentel / Leonel Vilar
Repertório de MaxA Júlia Florista
Boémia e fadista, diz a tradição
Foi nesta Lisboa
Figura de proa da nossa canção
Figura bizarra
Que ao som da guitarra o fado viveu
Vendia flores
Mas os seus amores jamais os vendeu
Ó Júlia Florista
Tua linda história
O tempo gravou na nossa memória
Ó Júlia Florista
Tua voz ecoa
Nas noites bairristas, boémias fadistas
Da nossa Lisboa
Chinela no pé
Um ar de ralé no jeito de andar
Se a Júlia passava
Lisboa parava p’rá ouvir cantar
No ar um pregão
Na boca a canção, falando de amores
Encostada ao peito
A graça e o jeito do cesto das flores
A jura
Manuel Andrade / José António Sabrosa *sextilhas*
Repertório de Ana Hortense
Quando tu te foste embora
Jurei que desde essa hora
Não te voltava a amar
Foi uma jura sagrada
Ao pé da cruz levantada
Naquele sagrado altar
Mas mal essa jura louca
Saíra da minha boca
Já eu lhe tinha faltado
Pois desde logo senti
Que pensava só em ti
Nesse momento sagrado
E dessa cruz lá do alto
Eu senti num sobressalto
Uma voz a segredar
Nunca faças juras dessas
Pois pra faltar a promessas
Vale mais nunca jurar
A Justa
Letra de Linhares Barbosa e Gabriel de Oliveira
Publicada a 11.04.1935 na edição Nº319 do Jornal Guitarra de Portugal
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Publicada a 11.04.1935 na edição Nº319 do Jornal Guitarra de Portugal
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nos seus caprichos, a Justa
Vive à larga, tem brilhantes
Se acaso a vida lhe custa
A Justa nunca se assusta
Vive à custa dos amantes
Passou-lhe à porta a desgraça
Vive à larga, tem brilhantes
Se acaso a vida lhe custa
A Justa nunca se assusta
Vive à custa dos amantes
Passou-lhe à porta a desgraça
E a Justa, sem mais demora
De S. Francisco, por graça
De S. Francisco, por graça
Pôs as armas na vidraça
E a desgraça foi-se embora
Diz-se que foi um desgosto
E a desgraça foi-se embora
Diz-se que foi um desgosto
Que a fez gostar desta vida
Pintou o rosto indisposto
Pintou o rosto indisposto
E numa noite de agosto
Por gosto se fez perdida
Como as ralações são lérias
Por gosto se fez perdida
Como as ralações são lérias
Misérias que Deus criou
Nunca pensa em coisas sérias
Nunca pensa em coisas sérias
E não se ajeita às misérias
Que a gente série inventou
A Justa desperta intrigas
Que a gente série inventou
A Justa desperta intrigas
Por se ligar aos da alta
Pertence a todas as ligas
Pertence a todas as ligas
Que casam as raparigas
Depois da primeira falta
Depois da primeira falta
Depois da primeira falta
A Justa, como é robusta
Já lutou no “Capitólio”
Já lutou no “Capitólio”
A todo o “sport” se ajusta
Mas, no “Capitólio”, a Justa
Não ganhou para o petróleo
Mas, no “Capitólio”, a Justa
Não ganhou para o petróleo
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