A canção “Maria Rita” é uma viagem desde o momento da sua criação. Uma viagem de dentro para fora, que existe e permanece pela repetição, como se a dor e a lucidez se diluíssem quando se sentem mais vezes, quando se conhecem. É a possibilidade de se sentir sem medo e com amparo. As palavras não falam sozinhas. Fazem uma declaração de resistência em cada passo que julgamos dar para trás.
Maria do Rosário Pereira (Rö) e Rita Dias são duas mulheres de universos musicais diferentes, que nesta canção se fundem pela vontade, pela cumplicidade, pela libertação, pelo amor nos seus sentidos lato e estrito. Coabitam o inglês e o português, a mística eletrónica e a densidade do fado, a espontaneidade e o detalhe. Juntaram-se, também no nome, e hoje são “Maria Rita”.
Chamaram o Graciano Caldeira (ukulele), o Diogo Mendes (guitarra portuguesa de Coimbra), o Iuri Oliveira (percussão) e o Ricardo Fialho (produção) para vestirem uma canção que nasceu numa jam caseira, entre lágrimas e silêncio, junto à lareira, com o ukelele da Rita e o microfone com efeitos da Maria.
Em 9 meses, de março a novembro de 2023, foi a simplicidade e a realidade que guiaram Maria e Rita no processo de gravação, produção e concepção do vídeo, concretizado com a edição de Joana Linda, com imagens de uma viagem concreta feita pela Costa Vicentina no verão de 2023.
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