Naturais de São Luís, os maranhenses do Gallo Azhuu chegam ao seu segundo disco com Treva, sucessor da ótima estreia Totem (2015). Apesar dos quatro anos que separam os dois trabalhos, temos mais uma vez um stoner regado a muito peso e que cativa de imediato.
Totalmente cantado em português, o som do Gallo Azhuu é denso, pesado pra caramba e agressivo na medida certa. As nove faixas de Treva enfatizam a pegada da banda formada por Patrick Abreu (vocal e guitarra), Ruan Cruz (guitarra), Eduardo Melo (baixo) e Denis Carlos (bateria) e trazem uma produção ligeiramente mais áspera que o debut, entregando uma parede sonora densa e corpulenta.
Além da óbvia influência de Black Sabbath, o Gallo Azhuu aproxima-se também de referências mais atuais do stoner como High on Fire e Orange Goblin com uma avalanche de riffs que coloca um sorriso em qualquer fã do estilo. A bateção de cabeça é imediata em músicas como “Fogo no Centro”, “Estrada” (na minha opinião, a melhor do disco), “Picabu” e “Kali Yuga”. A banda apresenta também toques mais psicodélicos e contemplativos em algumas passagens de “Mulher de Lua” e aproxima-se do doom em canções como “Picabu”.
O resultado é outra vez excelente, mostrando o quanto o Gallo Azhuu é uma banda diferenciada na cena nacional. Vá atrás do som do quarteto, siga suas redes sociais, ouça nos serviços de streaming e coloque essa ótima banda brasileira na trilha dos seus dias.
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