A lenda do velho Porto
Carlos Bessa / Pedro Rodrigues
Repertório de José BarbosaCai um forte nevoeiro
Sobre esta linda cidade
Que deu nome a Portugal
Parece que o céu inteiro
Quer esconder a verdade
Da história medieval
Diz a lenda, que um dia
El-rei D, Pedro, à toa
Sobre esta linda cidade
Que deu nome a Portugal
Parece que o céu inteiro
Quer esconder a verdade
Da história medieval
Diz a lenda, que um dia
El-rei D, Pedro, à toa
Anunciou o noivado
Sem saber o que dizia
Quis que o Porto e Lisboa
Sem saber o que dizia
Quis que o Porto e Lisboa
Casassem no seu reinado
Grande cortejo imponente
O Rio Douro subiu
Grande cortejo imponente
O Rio Douro subiu
Barcos do país inteiro
É então que de repente
As portas do céu se abriu
É então que de repente
As portas do céu se abriu
Caiu forte nevoeiro
O Porto desapareceu
E El-rei viu-se obrigado
O Porto desapareceu
E El-rei viu-se obrigado
A anular o casamento
Lisboa se entristeceu
Por romperem seu noivado
Lisboa se entristeceu
Por romperem seu noivado
Deu entrada num convento
O Porto ficou solteiro
Amante da liberdade
O Porto ficou solteiro
Amante da liberdade
Deixá-lo ser, não faz mal
Deus lhe deu o nevoeiro
A essa linda cidade
Deus lhe deu o nevoeiro
A essa linda cidade
Que deu nome a Portugal
A lenda duma guitarra
Hermenegildo Figueiredo / Jenny Telles
Repertório de Maria da Nazaré
Numa casa abandonada
Em ruínas, esburacada
Repertório de Maria da Nazaré
Numa casa abandonada
Em ruínas, esburacada
Duma viela sombria
Foi encontrada sózinha
Uma guitarra velhinha
Foi encontrada sózinha
Uma guitarra velhinha
Dos tempos da fidalguia
Ninguém sabe de quem era
Seria até da Severa
Ninguém sabe de quem era
Seria até da Severa
Dum fidalgo, dum rufia
Essa guitarra encontrada
Numa casa abandonada
Essa guitarra encontrada
Numa casa abandonada
Às portas da Mouraria
Velha guitarra
Abandonada e escondida
Naquela casa bizarra
Da Mouraria esquecida
Ai quem me dera
Ouvir-te trinar agora
O fadinho rigoroso
Como nos tempos de outrora
Mas quando a noite está calma
E não se ouve viv'alma
Velha guitarra
Abandonada e escondida
Naquela casa bizarra
Da Mouraria esquecida
Ai quem me dera
Ouvir-te trinar agora
O fadinho rigoroso
Como nos tempos de outrora
Mas quando a noite está calma
E não se ouve viv'alma
Alguém diz, sem fantasia
Que naquela casa, então
Se ouve estranha canção
Que naquela casa, então
Se ouve estranha canção
Em dolente melodia
É talvez o choro de alguém
Que do etéreo além
É talvez o choro de alguém
Que do etéreo além
Soluçando em voz sentida
Assim canta tristemente
Com saudades, certamente
Assim canta tristemente
Com saudades, certamente
Dessa guitarra perdida
A linguagem do amor
José Fernandes Castro
Declamado por Américo Pereira
Quando as palavras são poucas
Para decifrar desejos
Existem as nossas bocas
Que beijando como loucas
Falam através dos beijos
Quando a força dos abraços
Não nos faz sofrer de dor
Estreitando nossos laços
Damos passos e mais passos
Na estrada do amor
Quando não há brancas rosas
No nosso amor sem idade
Nas nossas mãos carinhosas
Meigas e silenciosas
Há aromas de verdade
E quando estivermos sós
Numa distância maior
Através da minha voz
Inventarei para nós
A linguagem do amor
Quando as palavras são poucas
Para decifrar desejos
Existem as nossas bocas
Que beijando como loucas
Falam através dos beijos
Quando a força dos abraços
Não nos faz sofrer de dor
Estreitando nossos laços
Damos passos e mais passos
Na estrada do amor
Quando não há brancas rosas
No nosso amor sem idade
Nas nossas mãos carinhosas
Meigas e silenciosas
Há aromas de verdade
E quando estivermos sós
Numa distância maior
Através da minha voz
Inventarei para nós
A linguagem do amor
Sem comentários:
Enviar um comentário