Vamos ser honestos e admitir que não sabemos muito sobre esse cara. Diferentes fontes dizem que ele pode ser do Texas ou do Tennessee. O pouco que sabemos é tirado dos créditos do seu único álbum, então seja cético quanto às afirmações. Aparentemente, o produtor Steve Tyrell da A&R descobriu Longeria tocando em uma batalha de bandas de blues de Houston, Texas. Com o contrato assinado com a Scepter Records (uma escolha surpreendente, considerando a preferência da gravadora por artistas mais comerciais, como Dionne Warwick), o disco de estreia de Joseph, “Stoned Age Man”, foi gravado nos famosos American Studios de Memphis.
Foi produzido por Chips Moman, Mark James e Glen Spreen, e os dois últimos foram também creditados como coautores da maioria das nove faixas. Então, como é o álbum.
Como dito antes, a base do disco tem um clima de blues. Longeria não tem lá uma grande voz, mas seus rosnados sujos e a guitarra cortante complementam um ao outro, dando a faixas como “Trick Bag, sua adaptação de “The House of the Rising Sun” e a faixa título uma energia considerável. O conjunto também é interessante uma vez que Longeria escreve algumas das letras mais estranhas que já ouvimos – cheque a bizarra “I Ain’t Fattenin’ No More Frogs for Snakes” que a conduzida pela cítara “Cold Biscuits and Fish Heads”. Até onde sabemos, esse é a única gravação feita por Longeria. Alguém sabe o que aconteceu com ele?
Esse álbum é uma mistura fantástica de blues pesado, hard rock primitivo com claras influências psicodélicas. A voz rouca de Joseph é poderosa e selvagem. As faixas são excelentes. Tem uma versão de “House of the Rising Sun”. Dizem que Joseph “Long” Longeria, um fantástico guitarrista e cantor, foi descoberto por Steve Tyrell durante um daqueles duelos de guitarra (“Batalha das Guitarras de Blues”) que eram muito populares e atraíam multidões para os clubes de blues. Joseph não tinha medo de desafiar T. Bone Walker e B.B. King.
Essa banda, devido ao pouco sucesso e divulgação, se separou depois de seu único álbum. Glen Spreen, o tecladista, mais tarde tocou com Elvis Presley, Dan Fogelberg e Ian Matthews, enquanto Joseph desapareceu da cena musical. Essa joia esquecida merece ser descoberta, especialmente pelo fenômeno do blues selvagem com grande habilidade na guitarra e voz rouca.
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