A nobreza da alma
José Fernandes Castro / Armando Machado *fado lurdes*
Repertório de Bruno AlvesAo fado só não dou o que não tenho
Ao fado só não vou quando não posso
O meu amor não tem nada d'estranho
Estranho é não gostar do que é tão nosso
Estranho é não sentir a pulsação
Da alma que traduz maior nobreza
Estranho é não ouvir o coração
Cantar do mesmo jeito como reza
Estranho é não gostar de poesia
Nem tentar perceber donde ela vem
Estranho é confundir o mal e o bem
Condenando o amor à revelia
Se o fado tem o doce desempenho
Do sonho que nasceu para ser nosso
Ao fado só não vou quando não posso
Ao fado só não dou o que não tenho
Ao fado só não vou quando não posso
O meu amor não tem nada d'estranho
Estranho é não gostar do que é tão nosso
Estranho é não sentir a pulsação
Da alma que traduz maior nobreza
Estranho é não ouvir o coração
Cantar do mesmo jeito como reza
Estranho é não gostar de poesia
Nem tentar perceber donde ela vem
Estranho é confundir o mal e o bem
Condenando o amor à revelia
Se o fado tem o doce desempenho
Do sonho que nasceu para ser nosso
Ao fado só não vou quando não posso
Ao fado só não dou o que não tenho
À noite
António Laranjeira / Guilherme Coração *fado sem pernas*
Repertório de Andreia Alferes
À noite não tenho medo
Não tenho medo de mim
Se o dia chega mais cedo
A noite não chega ao fim
À noite a vida não pesa
É mais incerto o sofrer
A cantar também se reza
E o dia volta a nascer
A noite não é das rosas
Nem o perfume das flores
E as frases prodigiosas
Nem sempre falam d’amores
A noite não é do céu
A praia não é do mar
Também tu já não és meu
E continuo a cantar
À noite
Nuno Júdice / Alfredo Duarte *fado laranjeira*
Repertório de Carlos do Carmo
No fado em que nasci, no fado em que morri
Um fado vi nascer, na sina de morrer
Em tudo o que cantei, um rosto me sorri
Um fado me ensinou, que nunca vou esquecer
E se o fado me leva, para onde te ouvi
É porque é só no fado, que eu oiço a tua voz
A mais bela das noites, que a voz me ensinou
Onde é noite o teu fado, e o fado somos nós
Quero ouvir neste fado, outro fado igual
E viver nesta noite, que á noite aconteceu
Ser outro nos teus braços, ser outro e ser igual
Sermos um em ser dois, e seres tu em ser teu
Ver a noite inventada, num luar descoberto
Ser riso o próprio pranto, ser fado no meu canto
Ser dia e noite escura, e certo o mais incerto
Ver nascer deste fado, um fado em cada canto
Repertório de Carlos do Carmo
No fado em que nasci, no fado em que morri
Um fado vi nascer, na sina de morrer
Em tudo o que cantei, um rosto me sorri
Um fado me ensinou, que nunca vou esquecer
E se o fado me leva, para onde te ouvi
É porque é só no fado, que eu oiço a tua voz
A mais bela das noites, que a voz me ensinou
Onde é noite o teu fado, e o fado somos nós
Quero ouvir neste fado, outro fado igual
E viver nesta noite, que á noite aconteceu
Ser outro nos teus braços, ser outro e ser igual
Sermos um em ser dois, e seres tu em ser teu
Ver a noite inventada, num luar descoberto
Ser riso o próprio pranto, ser fado no meu canto
Ser dia e noite escura, e certo o mais incerto
Ver nascer deste fado, um fado em cada canto
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