terça-feira, 2 de abril de 2024

FADOS do FADO...letras de fados...

 



A nossa cidade é Lisboa

Diogo Lucena e Quadros
Repertório de José da Câmara

Lisboa tem um céu estrelado
Tem ruas de calçada preta
Tem o Rio Tejo e canta o fado
Lisboa tem alma de poeta

E dias mil vivem nos seus dias
E seu semblante se encanta de os viver
As belas marchas trazem agonias
Que largam tudo e vêem para as ver

Nossa cidade é tão boa 
É Lisboa, é Lisboa
Abre os seus braços pró mar 
É Lisboa, é Lisboa
Uma mulher que apregoa 
É Lisboa, é Lisboa
Põe-nos a alma a cantar
É Lisboa, é Lisboa

Lisboa, para ti o sol sorri
Chego a julgar que ali ele nasceu
Cresceu com as colinas que há p’raí
E assim o namoro aconteceu

E do Castelo que já foi dos mouros
Tua boca vi beijar o Tejo
As caravelas a chegar com ouro
E os marinheiros que a coragem eu invejo

A nossa contradição

Aldina Duarte / Alfredo Duarte *eu lembro-me de ti*
Interprete: António Zambujo

Não sei dizer que não ao teu olhar perdido
Sabendo que depois irás partir de mim
Eu tenho um coração a bater noutro sentido
Ao contrário de nós dois, não tem tempo, nem tem fim

Não sei o que dizer em nome da tristeza
Se tu não me quisesses, se eu não te procurasse
Andamos, sem saber, ao lado da certeza
Se Deus não nos dissesse, se Deus não nos calasse

Nas estrelas sem luar o destino não tem mão
Nem o céu pode mudar a minha contradição
Hei-de matar à vontade toda a dor e qualquer medo
E na tua liberdade encontrar o meu segredo


A nossa estranha canção

Manuel de Andrade / Carlos Manuel Lima
Repertório de Carlos Zel

As aves que vão no ar
Trazem novas, meu amor
Trazem histórias p'ra contar
Lamúrios da nossa dor

As aves que vão no ar 
São aves de arribação
Vêm de longe, a cantar 
A nossa estranha canção

As aves são liberdade 
Que o passado nos deixou
Trazem o ar de saudade 
De quem de longe voltou

As aves, quem as mandou? 
As saudades, de quem são?
E ás aves, quem ensinou 
A nossa estranha canção?


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