A rir e a brincar
Fernando Farinha / Miguel Ramos
Repertório de Maria Amélia Proença A rir e a brincar
Que importa que o mundo fale
Maldizendo o nosso amor
Se ele fala, tem razão
É sinal que esta paixão
Sempre tem algum valor
Falar sem saber
Trocamos um sorriso
Cruzamos um olhar
Cruzamos um olhar
Palavras não houveram
Somente o coração
Somente o coração
Falou por nós os dois
E disse coisas lindas
E disse coisas lindas
Que os lábios não disseram
Nenhum de nós teve culpa
De me quereres e eu te querer
Eu olhei e tu olhaste
Eu gostei e tu gostaste
E nada mais sei dizer
Nenhum de nós teve culpa
De me quereres e eu te querer
Eu olhei e tu olhaste
Eu gostei e tu gostaste
E nada mais sei dizer
Que importa que o mundo fale
Maldizendo o nosso amor
Se ele fala, tem razão
É sinal que esta paixão
Sempre tem algum valor
Falar sem saber
Não chega a ser falar
Não chega a ser dizer
Não chega a ser dizer
Só fala quem não sente
Ou não sabe sentir
Ou não sabe sentir
O que é um grande amor
Que nasce dentro em nós
Que nasce dentro em nós
E morre com a gente
A Rita
Letra e música de João Viana
Repertório de Raúl Dias
Lá vai a Rita a passar
A sorrir, a gingar
Com seu ar folião
É a mais linda varina
Que passa ladina
Entoando um pregão
Ao vê-la no seu andar
Onde em si, a graça esconde
Não há ninguém que não pare
E lhe diga uma graça
Ao que ela responde
A Rita pescada fina
Já foi pescada por um pescador
Com uma rede divina
Feita e bordada com fios d’amor
A Rita é como a sereia
Espalha desejos, prende em seguida
Já tem alguém que a enleia
E lhe dê beijos p’ra toda a vida
A Rita tem uma trança
Que salta, balança
Ao compasso do passo
Tem nas saias, que são três
O sabor a marés
E o perfume a sargaço
Canta o fado quando calha
A voz é dor a carpir
E quando passa a muralha
Há gracejos que ela
Responde a sorrir
A Rita yé yé
Letra e música de Alberto Janes
Repertório de Amália Rodrigues
A Rita do Zé mora ali ao pé
De uma aldeia que é perto de Caneças
E quer ser yé-yé… mas o pai, o Zé
Que não é, e que é de partir cabeças
Diz para a Rita: pensas que és bonita
Mas corto-te a guita e corto-ta já
Vai para casa, vai lavar a loiça
E ai de ti que eu oiça mais, lá-lá-lá-lá
E a Rita vai, tem medo do pai
Só quando ele sai, como ele não vê
Despreza o conselho
E quer ser yé-yé… mas o pai, o Zé
Que não é, e que é de partir cabeças
Diz para a Rita: pensas que és bonita
Mas corto-te a guita e corto-ta já
Vai para casa, vai lavar a loiça
E ai de ti que eu oiça mais, lá-lá-lá-lá
E a Rita vai, tem medo do pai
Só quando ele sai, como ele não vê
Despreza o conselho
Que o conselho é velho
Em frente do espelho ensaia o yé-yé
Quem terá razão nesta confusão
Que há na união do Zé e da Rita
E a ideia de tal moda faz andar à roda
O juízo tão preciso lá na aldeia toda
E a pobre Rita, que é pobre e bonita
E que ouviu na fita música de agora
Tem de calar a sua vocação
Não canta a canção que ela quer e chora
Nessa altura o Zé, quando assim a vê
Não sabe porquê, nem o que fazer
Pensa para si: anda gato aqui
Eu já percebi, coisas de mulher
Cá fica a lição p’ra quem a aceitar
Deixem a canção a quem a cantar
Em frente do espelho ensaia o yé-yé
Quem terá razão nesta confusão
Que há na união do Zé e da Rita
E a ideia de tal moda faz andar à roda
O juízo tão preciso lá na aldeia toda
E a pobre Rita, que é pobre e bonita
E que ouviu na fita música de agora
Tem de calar a sua vocação
Não canta a canção que ela quer e chora
Nessa altura o Zé, quando assim a vê
Não sabe porquê, nem o que fazer
Pensa para si: anda gato aqui
Eu já percebi, coisas de mulher
Cá fica a lição p’ra quem a aceitar
Deixem a canção a quem a cantar
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