Os Green Windows formaram-se em 1972 como uma descendência direta dos músicos que então constituíam o Quarteto 1111, juntando ao line-up as respetivas companheiras. Depois de uma estreia em disco, em 1973, com o single “20 Anos”, que obteve vendas superiores a 100 mil exemplares, e tendo passado por uma alteração na formação (saem Miguel Artur da Silveira e Tozé Brito, entrando Vítor Mamede e Mike Sargeant, que assim se juntam a José Cid, António Moniz Pereira, Maria Armanda e Rita Ribeiro), os Green Windows chegam a 1974 com uma entrada dupla no Festival da Canção, sendo importante notar que, a solo, o próprio José Cid também se apresentou a concurso, em concreto com “A Rosa Que Te Dei”.
Com música e letra de José Cid, “Imagens” deu o terceiro lugar aos Green Windows, conhecendo a canção uma edição em sinale, com “Doce E Fácil Reino Do Blá, Blá, Blá” no respetivo lado B. Coube contudo à outra participação dos Green Windows o momento que inscreveu definitivamente o grupo nas memórias mais marcantes da história do Festival da Canção. “No Dia em Que o Rei Fez Anos”, que terminou a noite em segundo lugar, é uma canção que transporta leituras políticas nas entrelinhas e traduz ecos de uma visão pop com cenografia que sugere ecos de outros tempos, retomando-se alguns terrenos antes já explorados pelo Quarteto 1111, somando aqui ainda a visão do arranjo assinado pelo maestro Jorge Machado.
A edição em single, que teve expressão distinta nos lançamentos para Angola e Moçambique (que são hoje peças de coleção), incluiu no lado B “Bola de Cristal”, canção de José Cid e Tozé Brito.
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