quarta-feira, 17 de julho de 2024

ALBUM DE HEAVY METAL PROGRESSIVO - Angra - Angels Cry (1993)

 

E continuamos com um pouco do melhor do Brasil e voltamos com o Angra, aquele grupo notável que fez tantos metalheads felizes, e desta vez entramos em seu primeiro álbum oficial de estúdio, uma estreia notável sob todos os pontos de vista e ainda muito agradável . hoje, depois de décadas e muita água passada, mas é como se com esse álbum os brazucas tivessem mostrado uma nova forma de tocar power metal, marcando um diferencial das grandes bandas daquele estilo da época (Helloween, Gamma Ray, Blind Guardian, Rage, Stratovarius e aquela ninhada), incorporando pela (eu acho) pela primeira vez, naquele estilo, uma influência massiva da música clássica, e eles também misturaram música progressiva e étnica, o que era algo realmente incomum e o Eles se definiram desde o início como um grande grupo que mais tarde fez história. Para quem não conhece o Angra, experimente “Angels Cry” porque estamos falando de um álbum marcante para o gênero power metal.


Artista: Angra
Álbum: Angels Cry
Ano: 1993
Gênero: Heavy Metal Progressivo
Duração: 1:14:26
Nacionalidade: Brasil


Não sou fã do gênero de forma alguma, apenas de vez em quando, quase por acaso, aprecio e reconheço uma obra que transcende o gênero como tal. É assim com Angels of Cry do Angra , a grande banda brasileira de metal progressivo. Só posso dizer que estou impressionado com os arranjos de cordas, a sinfonia determinada, a riqueza melódica e a ótima execução instrumental. Acrescentemos a isso a impressionante performance vocal de André Matos (não quero ser irônico ou fazer papel de bobo, mas ele não é uma espécie de Cafarelli ou Farinelli , o mais famoso dos castrati ? Sei que é um desabafo em minha parte, mas não funciona. Você matou um pouco essa ideia gravando uma versão clone de Wuthering Heights , de Kate Bush ?). O resto já sabemos, o Angra alcançou reconhecimento mundial com este álbum e, na minha opinião, nunca conseguiu ultrapassar esse momento alto, embora o tenha repetido em alguns dos seus trabalhos posteriores. Esta edição inclui faixas bônus com remixes de algumas músicas.


De qualquer forma, os metaleiros os conhecem e não precisam de mais comentários; Os mais ecléticos e não tão adeptos do gênero têm uma introdução imbatível aos ápices do metal latino-americano e mundial, sem exageros.
 
“Angels Cry” é o primeiro álbum oficial do Angra brasileiro, e como estreia pode ser classificado como imbatível. A banda foi formada alguns anos antes, em 1991, e após o lançamento da Demo "Reaching Horizons", conseguiram lançar seu primeiro álbum no mercado. A aposta dos brasileiros sempre foi a mesma.
Um Power Metal muito refinado que inclui infinitas nuances clássicas, progressivas e até algum toque tribal, muito característico das bandas daquele país.
Apesar de ter sido lançado há décadas, “Angels Cry” ainda soa tão atual quanto qualquer álbum do gênero. O nível dos músicos é incrível, e você pode aproveitar cada minuto do álbum, ouvindo qualquer um dos instrumentos. Na composição das músicas, o Angra utiliza as habituais estruturas de Power, embora também nos surpreendam com alguma inovação. Menção especial para a dupla de violões Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, que constantemente nos encantam com belas melodias e solos impossíveis.
Vamos comentar o álbum música por música.
- "Unfinished Allegro", é uma pequena peça de música clássica muito bonita que serve de introdução ao álbum.
- “Carry On” é sem dúvida um dos hinos duradouros da banda, um verdadeiro canhão de Power Metal que não pode deixar indiferente. Desde os primeiros riffs da música ficamos fisgados pela voz de André Matos. Muito nítido e sutil. O refrão dessa música é memorável.
- “Time” começa com uma suave parte acústica em que André Matos mais uma vez nos encanta com a sua voz suave. Ao longo da música eles brincam com seus andamentos, sendo o riff principal bastante comovente e o refrão um pouco mais calmo.
- “Angels Cry”, a música que dá nome ao álbum é mais uma vez uma ótima música. O refrão da música talvez seja o mais fraco, em parte por causa dos refrões, e em parte porque normalmente não gosto muito de refrões que vão "ladeira abaixo", mas claro, isso é uma opinião pessoal. O fato é que isso é amplamente compensado com uma parte clássica brutal na parte central da música.
- “Stand Away” é uma música mais descontraída que introduz uma pausa no ritmo acelerado do álbum.
- “Never Understanding” é outra das grandes músicas do álbum. Sim, outro. Conta com a colaboração de Kai Hansen, Dirk Schlatter e Sascha Paeth nos solos. Este último é sem dúvida o mais fraco do álbum :). Tanto o refrão quanto o final da música são as partes capazes de arrepiar os cabelos.
- "Wuthering Heights" é uma versão da canção de Kate Bush, que também me lembro que apareceu num anúncio de pensos higiénicos... É uma verdadeira extravagância vocal de Matos. Mesmo que você não goste do grupo, vale a pena ouvir os alcances que o bom e velho André consegue alcançar nessa música. Em "Reaching Horizons", você encontra a versão metal da música. Aqui é totalmente acústico.
- “Streets of Tomorrow” é uma ótima música, mas neste momento, e depois de tudo o que foi dito acima, dá a sensação de que não é tão boa quanto o que seus ouvidos já ouviram anteriormente.
- "Evil Warning" encerra o álbum com a outra grande música do álbum. A banda toda mostra o que sabe fazer, e você pode conferir grandes momentos de todos os integrantes do Angra. Essa música é sem dúvida uma das mais completas do álbum.
- E vamos terminar com "Lasting Child", com a qual o Angra inicia a sua "tradição" particular de terminar os álbuns com uma balada. Este é dividido em duas partes, "As Palavras de Despedida" e "Renascença". Como mostraram ao longo da carreira, as baladas não são o forte do grupo, embora esta não seja uma das piores e feche o álbum corretamente.
Comente que a bateria do álbum não é gravada por Ricardo Confessori, apesar de ser a pessoa que aparece nas fotos do encarte. Aqui são gravadas por Alex Holzwarth, também conhecido pelo seu trabalho em Avantasia ou Rhapsody, com exceção de "Wuthering Heights", em que a bateria é fornecida por Thomas Nack, baterista dos Iron Saviour.
Nota Final: 9,5/10

Aqui o álbum completo...


Aqui está a versão do Angra 21 anos depois, no Cosquín Rock 2014.



Você pode ouvi-lo em seu espaço no Spotify:
https://open.spotify.com/intl-es/album/0d2Els0A5zzfPMqY6TkqmS


Lista de faixas:
1. Unfinished allegro (Instrumental)
2. Carry on

3. Time
4. Angels cry
5. Stand away
6. Never understand
7. Wuthering heights
8. Streets of tomorrow
9. Evil warning
10. Lasting child (I The parting words II Renaissance)
11. Evil warning (Different vocals)
12. Angels cry (Remixed)
13. Carry on (Remixed)


Formação:
Andre Matos / Vocal
Kiko Loureiro / Guitarra

Rafael Bittencourt / Guitarra
Luis Mariutti / Baixo
Ricardo Confessori / Bateria

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