domingo, 21 de julho de 2024

Duran Duran “A View to a Kill” (1985)

 

Reza a mitologia que a história desta canção começou com uma abordagem informal numa festa. John Taylor, admirador da série de filmes do agente 007, encontrou numa festa o mítico produtor Albert Broccoli. E perguntou-lhe quando é que iam voltar a chamar alguém “decente” para fazer uma canção para os filmes de James Bond. Na verdade o cardápio recente estava longe de ser coisa desatstrosa. Sheena Easton tinha cantado For Your Eyes Only em 1980 e, em 1983, Rita Coolidge dera a voz a All Time High, do filme Octopussy, em 1983. Contudo estavam longe os dias de glória de Goldfinger, You Only Live Twice, Live and Let Die ou The Man With The Golden Gun… E o produtor dos filmes não esperou para responder a John  Taylor com um desafio: e porque não os Duran Duran? Uma primeira reunião (aparentemente não muito produtiva) juntou o grupo com o compositor John Barry, figura presente em muitas das bandas sonoras de James Bond, e a Jonathan Elias, com quem tanto John Taylor (a solo) como os próprios Duran Duran voltariam a trabalhar. As primeiras ideias foram lançadas e conta-se que John Barry ajudou a escolher as melhores sugestões. No fim a composição acabaria assinada pelos Duran Duran, cabendo a John Barry os arranjos orquestrais.

              A View To A Kill (que seria também o título do filme) foi gravada nos estúdios Maison Rouge, em Londres, já em 1985 e representou a última vez que a formação “clássica” do grupo partilhou um espaço de trabalho comum até à sua reunião, já no século XXI. O disco foi lançado a 6 de maio apenas no formato de sete polegadas. Foi, até então, o primeiro single dos Duran Duran a não conhecer edição em máxi-single. Em contrapartida houve várias capas alternativas para o single em sete polegadas. O sucesso foi imediato, escalando o single ao número 2 no Reino Unido e número um nos EUA, resultado que ainda hoje é o melhor para uma canção nascida para um filme de James Bond.



Para acompanhar o lançamento do single o grupo reuniu-se em Paris para captar imagens na Torre Eiffel, espaço que corresponde à sequência de abertura do próprio filme. A montagem do teledisco, com realização da dupla Godley & Creme, sugere então a presença do grupo no mesmo tempo e lugar em que decorre a ação, terminando o vocalista por responder a uma transeunte que pergunta quem ele é: “Bon… Simon Le Bon”. O single não surgiu associado a nenhum álbum além do que apresentava a restante banda sonora do filme, assinada por John Barry. O próprio lado B, com o título That Fatal Kiss, é uma variação orquestral de ideias lançadas pela canção.

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