A rua dos meus ciúmes
Nelson de Barros / Frederico Valério
Repertório de Helena Tavares
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*Repertório de Helena Tavares
Criação de Helena Tavares na revista *A vida é bela*
Teatro Capitólio1960
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Teatro Capitólio1960
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Na rua dos meus ciúmes
Onde eu morei e tu moras
Vi-te passar fora d'horas
Vi-te passar fora d'horas
Co'a tua nova paixão
De mim não esperes queixumes
De mim não esperes queixumes
Quer seja desta ou daquela
Pois sinto só pena dela
Pois sinto só pena dela
E até lhe dou meu perdão
Na rua dos meus ciúmes
Na rua dos meus ciúmes
Deixei o meu coração
'inda que me custe a vida
'inda que me custe a vida
Pensarei com ar sereno
Que esse teu ombro moreno
Que esse teu ombro moreno
Beijos d'amor vão queimar
Saudades, são fé perdida
Saudades, são fé perdida
São folhas mortas ao vento
Que eu piso sem um lamento
Que eu piso sem um lamento
Na tua rua, ao passar
'inda que me custe a vida
'inda que me custe a vida
Não hás-de ver-me chorar
A rua mais lisboeta
Lourenço Rodrigues / Vasco de Macedo
Repertório de Hermínia Silva
Cá p'ra mim a minha rua
É um risonho canteiro
Tem gatos miando à lua
Nos telhados em Janeiro
Tudo ali é português
Tudo lá vive contente
Vive o pobre e o burguês
É pequenina?... talvez
Mas cabe lá toda a gente
Melhor nunca vi
Que a rua onde eu nasci
Rua pobrezinha
Mas tem uma graça infinda
É humilde, qual aldeia
Embora digam que é feia
Cá p'ra mim é a mais linda
Não há ódios nem maldade
Tudo ali é singeleza
Não pode haver na cidade
Rua assim mais portuguesa
Nada tem que seja novo
Essa rua da gentalha
Ali canto e me comovo
Pois é rua do povo
Que labuta e que trabalha
A rua onde ninguém mora
Artur Ribeiro / Cavalheiro Júnior *fado porto*
Repertório de Renato Mota
A rua onde ninguém mora
Duma cidade perdida
Num país por descobrir
É o que me lembra agora
Este arremedo de vida
Que tu deixaste ao partir
Este ficar acordado
No meu quarto de ti cheio
A ver o tempo passar
Este arremedo de fado
Que num murmúrio, eu trauteio
Mas nunca chego a cantar
E enquanto a minha razão
Grita razões que eu aprovo
Para não ver-te jamais
Este doido coração
Tanto quer ver-te de novo
Como não quer ver-te mais
Repertório de Renato Mota
A rua onde ninguém mora
Duma cidade perdida
Num país por descobrir
É o que me lembra agora
Este arremedo de vida
Que tu deixaste ao partir
Este ficar acordado
No meu quarto de ti cheio
A ver o tempo passar
Este arremedo de fado
Que num murmúrio, eu trauteio
Mas nunca chego a cantar
E enquanto a minha razão
Grita razões que eu aprovo
Para não ver-te jamais
Este doido coração
Tanto quer ver-te de novo
Como não quer ver-te mais
Sem comentários:
Enviar um comentário