A rua que foi nossa
Maria de Castro / Armando Machado *fado lurdes*
Repertório de José Pracana
Na rua que foi nossa já não moro
Parti faz hoje um ano, não voltei
E a dor duma saudade ainda choro
Esquecido dos tormentos que passei
Apenas a lembrança em mim existe
Dos tempos que passámos lado a lado
De tudo o que foi alegre ou triste
De tudo o que foi o nosso fado
Nas noites de luar, a lua cheia
Seu manto de brancura desdobrava
Nossos passos traçavam sobre a areia
Quente ternura que o verde mar levava
Na rua que foi nossa há abandono
Voltar de novo ao amor, como eu quisera
Transformar o meu triste e frio outono
E a dor duma saudade ainda choro
Esquecido dos tormentos que passei
Apenas a lembrança em mim existe
Dos tempos que passámos lado a lado
De tudo o que foi alegre ou triste
De tudo o que foi o nosso fado
Nas noites de luar, a lua cheia
Seu manto de brancura desdobrava
Nossos passos traçavam sobre a areia
Quente ternura que o verde mar levava
Na rua que foi nossa há abandono
Voltar de novo ao amor, como eu quisera
Transformar o meu triste e frio outono
Numa nova e risonha primavera
A rua que subias
Carlos Conde / Alfredo Duarte *fado cuf*
Repertório de Raúl Pereira
Quanta vez eu na esperança de te ver
Desci a mesma rua que subias
E nunca me importava de descer
Só p'ra te ver subir todos os dias
Como seguindo as leis duma promessa
Tudo fiz p'ra te ver, p'ra te falar
Mas via-te subir muito depressa
A rua que eu descia devagar
O tempo foi passando, foi correndo
A fé foi-se aos poucos diluindo
E mais tarde encontrei-te já descendo
A rua que eu então vinha subindo
Sorriste-me, por fim, sorrisos falsos
De quem já não tem medo de cair
É que as rampas, tão cheias de percalços
Custam mais a descer do que a subir
Repertório de Raúl Pereira
Quanta vez eu na esperança de te ver
Desci a mesma rua que subias
E nunca me importava de descer
Só p'ra te ver subir todos os dias
Como seguindo as leis duma promessa
Tudo fiz p'ra te ver, p'ra te falar
Mas via-te subir muito depressa
A rua que eu descia devagar
O tempo foi passando, foi correndo
A fé foi-se aos poucos diluindo
E mais tarde encontrei-te já descendo
A rua que eu então vinha subindo
Sorriste-me, por fim, sorrisos falsos
De quem já não tem medo de cair
É que as rampas, tão cheias de percalços
Custam mais a descer do que a subir
A ruga
Luísa Sobral / Jaime Santos *fado latino*
Repertório de Marco Rodrigues
A ruga que se nota bem ao espelho
Discreta oferece o seu conselho
Sem que se note a falta de pudor
Suavemente fala-lhe de amor
E pede-lhe que esqueça o sentimento
Que já lhe trouxe tanto sofrimento
Pois se ninguém a quis p’ra todo o sempre
Porque será agora tão diferente
E segue o seu discurso preparado
P’ra quando aparece um namorado
Agora é raro alguém a visitar
Sabendo que ela já não quer amar
A ruga vê-se enfim vitoriosa
Depois de ver chorar a D. Rosa
Não lhe quer mal, mas não quer dividir
A cara com as rugas de sorrir
Discreta oferece o seu conselho
Sem que se note a falta de pudor
Suavemente fala-lhe de amor
E pede-lhe que esqueça o sentimento
Que já lhe trouxe tanto sofrimento
Pois se ninguém a quis p’ra todo o sempre
Porque será agora tão diferente
E segue o seu discurso preparado
P’ra quando aparece um namorado
Agora é raro alguém a visitar
Sabendo que ela já não quer amar
A ruga vê-se enfim vitoriosa
Depois de ver chorar a D. Rosa
Não lhe quer mal, mas não quer dividir
A cara com as rugas de sorrir
Sem comentários:
Enviar um comentário