A saudade aconteceu
Jorge Rosa / Alves Coelho *fado maria vitória*
Repertório de CamanéHá pouco quando ficaram
Teus olhos presos nos meus
Quantos segredos contaram
Quantas coisas revelaram
Nessa confissão meu Deus;
Quantos segredos contaram
Quantas coisas revelaram
No silêncio desse adeus
Há pouco quando teimosas
Duas lágrimas rolaram
Trementes silenciosas
Deslizaram caprichosas
E nos teus lábios pararam;
Trementes silenciosas
Deslizaram caprichosas
E nosso beijo selaram
Há pouco quando partiste
Todo o céu enegreceu
Ainda bem que tu não viste
Formou-se uma nuvem triste
Chorou o céu e chorei eu;
Ainda bem que tu não viste
Formou-se uma nuvem triste
E a saudade aconteceu
Teus olhos presos nos meus
Quantos segredos contaram
Quantas coisas revelaram
Nessa confissão meu Deus;
Quantos segredos contaram
Quantas coisas revelaram
No silêncio desse adeus
Há pouco quando teimosas
Duas lágrimas rolaram
Trementes silenciosas
Deslizaram caprichosas
E nos teus lábios pararam;
Trementes silenciosas
Deslizaram caprichosas
E nosso beijo selaram
Há pouco quando partiste
Todo o céu enegreceu
Ainda bem que tu não viste
Formou-se uma nuvem triste
Chorou o céu e chorei eu;
Ainda bem que tu não viste
Formou-se uma nuvem triste
E a saudade aconteceu
A saudade anda descalça
João Monge / Alfredo Duarte *fado mocita dos caracóis*
Repertório de Aldina Duarte
A saudade anda descalça
P'ra não se fazer ouvir;
Atravessa o quarto escuro
Beija-me o rosto inseguro
Quando me apanha a dormir
Tem o dom de me levar
Dizes; sou tua
Repertório de Aldina Duarte
A saudade anda descalça
P'ra não se fazer ouvir;
Atravessa o quarto escuro
Beija-me o rosto inseguro
Quando me apanha a dormir
Tem o dom de me levar
Onde lembra o coração
Dá todo o tempo que tem
Dá todo o tempo que tem
É mais do que minha mãe
Mãe da minha condição
A saudade anda descalça
Mãe da minha condição
A saudade anda descalça
E é descalça que me quer
Faz brilhar o que entristece
Faz brilhar o que entristece
E o que morreu, permanece
A saudade é uma mulher
A saudade é uma mulher
A saudade de partir
Rosa Lobato Faria / Fernando Correia Martins
Repertório de Vasco Rafael
Vinhas sem rota
Vinhas sem rota
Sem saber onde pousar
Como a gaivota
Que perdeu a direção
Não tinhas rua nem lugar
Não tinhas lua nem luar
Só a ansiedade
Não tinhas rua nem lugar
Não tinhas lua nem luar
Só a ansiedade
De encontrar um coração
Dizes; sou tua
E é tão bom ver-te sorrir
E danças nua
E danças nua
Tens o dom de seduzir
Mas eu prevejo
Mas eu prevejo
No calor de cada beijo
A viagem do desejo
A viagem do desejo
A saudade de partir
És a aventura
És a aventura
És a cigana
És a ternura
A aquecer a minha cama
Ao menos volta
Ao menos volta
Se vais voar
Sê a gaivota
Sê a gaivota
Nos meus olhos cor de mar
Quebraste as asas
Quebraste as asas
Num país de ventos mil
Sem pão nem casa
Sem pão nem casa
Sem raiz e sem amor
Mas tinhas olhos cor de Abril
O sol de inverno no perfil
E nos cabelos o feitiço de uma flor
O teu perfume
Mas tinhas olhos cor de Abril
O sol de inverno no perfil
E nos cabelos o feitiço de uma flor
O teu perfume
Traz o cheiro dos trigais
Teus beijos-lume
Teus beijos-lume
São viagens siderais
Mas se é verdade
Mas se é verdade
Essa chama que em ti arde
Sem que vais dizer, mais tarde
Sem que vais dizer, mais tarde
Um adeus p'ra nunca mais
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