A saudade e ela
Carlos Conde / António Barbeirinho *fado porto*
Repertório de Raúl Pereira
Ando cansado, ando farto
Da saudade que me abrasa
E me impõe duro castigo
Hoje fechei-a no quarto
Sai cedinho de casa
E trouxe a chave comigo
Deixei-a junto ao retrato
Da mulher que eu adorei
E me impõe duro castigo
Hoje fechei-a no quarto
Sai cedinho de casa
E trouxe a chave comigo
Deixei-a junto ao retrato
Da mulher que eu adorei
Como se adora uma estrela
Sai, não fiz desacato
Cheguei à rua, chorei
Sai, não fiz desacato
Cheguei à rua, chorei
E voltei p'ra junto dela
Não sei como esta loucura
Da saudade, minha eleita
Não sei como esta loucura
Da saudade, minha eleita
Sendo enorme cabe inteira
Numa pequena moldura
Com um retrato, que enfeita
Numa pequena moldura
Com um retrato, que enfeita
A mesa de cabeceira
P'la saudade amarga e doce
P'la mulher do meu sentir
P'la saudade amarga e doce
P'la mulher do meu sentir
Ou por ambas, par a par
A minha porta fechou-se
Nem uma pode sair
A minha porta fechou-se
Nem uma pode sair
Nem a outra pode entrar
A saudade é minha
Carlos Conde / Túlio Pereira
Repertório de Maria da Fé
Quando alguém vive longe de quem ama
E sente a alma triste, dolorida
Há sempre uma saudade que nos chama
Para nos ir matando e dando vida
Quando a gente se esquece de lembrar
Aquilo que se lembra de esquecer
Há sempre uma saudade p’ra matar
E logo outra saudade p’ra viver
Venha a saudade...
Repertório de Maria da Fé
Quando alguém vive longe de quem ama
E sente a alma triste, dolorida
Há sempre uma saudade que nos chama
Para nos ir matando e dando vida
Quando a gente se esquece de lembrar
Aquilo que se lembra de esquecer
Há sempre uma saudade p’ra matar
E logo outra saudade p’ra viver
Venha a saudade...
Quero rir, brincar com ela
Quero espreitar-te
Quero espreitar-te
P’las cortinas da janela
Venha a tristeza...
Venha a tristeza...
Quero ter com quem chorar
Abro-te a porta
Abro-te a porta
Meu amor, podes entrar
Eu tive uma saudade que não digo
Ganhei-a na esperança da amizade
Ando agora a perdê-la por castigo
Na esperança que tive da saudade
A saudade que eu tenho e ando a cantar
É resto dum amor que alguém deixou
Se a vivo, lembro o sol que anda a brilhar
Se a esqueço, sinto a dor que já passou
Eu tive uma saudade que não digo
Ganhei-a na esperança da amizade
Ando agora a perdê-la por castigo
Na esperança que tive da saudade
A saudade que eu tenho e ando a cantar
É resto dum amor que alguém deixou
Se a vivo, lembro o sol que anda a brilhar
Se a esqueço, sinto a dor que já passou
A saudade e o tamborim
Tiago Torres da Silva / José Luís Tinoco
Repertório de Cristina Nóbrega
Vem do mar de Ipanema
A saudade e o tamborim
Uma onda, um poema
Que alguém escreveu p’ra mim
E sendo assim
Talvez o carnaval não vá ter fim
Vem do mar de Lisboa
A guitarra e a solidão
A cantiga que às vezes
Soa dentro do meu coração
E então, serei
Porta-estandarte da canção
Carnaval dentro de mim
Carnaval não vai ter fim
Vem do mar ou do grito que aprendi
Ouvindo Lemanjá
Vai levando pró infinito
A pancada do meu ganzá
Mas será ? talvez eu diga
Que vou mas não vá
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