segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Vampire Weekend “Mansard Roof” (2007)

 

Ouvi-os pela primeira vez na Internet, em 2007, precisamente quando lançavam este single… Entravam em cena os quatro, a bordo de um pequeno barco, com o casario de Perth Amboy (New Jersey) pelo fundo, apresentando Mansard Roof, uma canção fresca, luminosa, ritmada e com teclados com sabor a ferro velho… Era um ponto de partida, mas sugeria um caminho. Vampire Weekend?… Era então um nome novo e promissor. Mal imaginávamos que estaríamos entre uma das bandas mais marcantes nascidas em panorama indie no século XXI…

Conheceram-se na Columbia University e asseguram, com a força e visão da sua estreia, mais uma jogada com trunfo em favor da cidade de Nova Iorque que, desde o início do século, havia retomado um lugar de destaque no mapa mundial das atenções da cultura pop/rock. Na raiz do som dos Vampire Weekend morava já então conhecimento do legado da new wave. Contudo, a diferença, que justificava os entusiasmos, afirmava-se por uma igualmente cativante relação com ecos da geografia pop africana. Não foi por acaso que, como por brincadeira, se começou por definir o som dos Vampire Weekend como “upper west side soweto”…

A luminosidade e viço da música africana encontravam aqui, uma vez mais, a cultura pop ocidental, um pouco como os Talking Heads nos tinham antes mostrado em Naked, o seu álbum de despedida em 1988 ou Paul Simon no igualmente marcante Graceland, de 1986. Editado em 2008, o álbum de estreia – ao qual chamaram simplesmente Vampire Weekend – confirmaria as expectativas lançadas por Mansard Roof.




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