Lado A: Deep In Vogue
Lado B: All Night Long
Produção: Malcolm McLaren, David Lebolt, Bootsy Collins e Phil Ramone
Epic, 1989
Quando se fala no fenómeno do “vogue” (uma importante expressão da cultura queer nascida em Nova Iorque nos anos 80), é frequente a associação ao single da Madonna (e ao respetivo teledisco) que fizeram desta realidade undreground um fenómeno com projeção mainstream.
Porém, antes de Madonna, já outra figura de primeiro plano da cultura pop havia assimilado as mesmas coordendas. Foi Malcolm McLaren. Não teve o mesmo impacte. Mas a sua contribuição é digna de ser redescoberta.
Waltz Darling foi o álbum que Malcolm McLaren criou em 1989 com a Bootzilla Orchestra e no qual tanto assimilava ecos da cultura clássica vienense como espreitava novas formas de expressão ainda ebulição underground, entre elas o “vougue”.
Originalmente surgido no lado B do single de avanço do álbum Deep In Vogue teve depois uma segunda vida como lado A. Citando o nome de algumas das “casas” que se apresentavam nas competições que então ganhavam notoriedade na Balroom Scene no Harlem, Deep In Vogue é um hino de celebração do “vogue”, tendo nascido de uma colaboração com o bailarino Will Ninja, que pouco depois o mundo conheceria no documentário Paris is Burning, um dos títulos que estiveram na origem da designação new queer cinema.
A versão apresentada no single é uma remistura assinada por William Orbit.
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