quarta-feira, 6 de novembro de 2024

POEMAS CANTADOS DE CAETANO VELOSO


Na Baixa do Sapateiro

Caetano Veloso

Na Baixa do Sapateiro

Eu encontrei um dia

A morena mais frajola da Bahia

Pedi um beijo, não deu

Um abraço, sorriu

Pedi a mão, não quis dar, fugiu


Bahia, terra da felicidade

Morena, eu ando louco de saudade

Meu Senhor do Bonfim

Arranje outra morena igualzinha pra mim


Mor, amor, ai

Amor bobagem que a gente não explica, ai

Prova um bocadinho, ô

Fica envenenado, ô

E pro resto da vida é um tal de sofrer

Olará, Olerê


Mor, Bahia

Bahia que não me sai do pensamento, ô

Ouve o meu lamento, ô

Na desesperança, ô

De encontrar nesse mundo

Um amor que perdi na Bahia, vou contar


Na Baixa do Sapateiro

Eu encontrei um dia

A morena mais frajola da Bahia

Pedi um beijo, não deu

Um abraço, sorriu

Pedi-lhe a mão, não quis dar, fugiu


Bahia, terra da felicidade

Morena, eu ando louco de saudade

Meu Senhor do Bonfim

Arranje outra morena igualzinha pra mim


Ô Bahia

Bahia que não me sai do pensamento, ô


Nada

Caetano Veloso

Cheguei juntinho a sua porta

nem sei como consegui

me disseram que nao estavas

e que nunca voltarias

que tu já tinhas partido


Uma dor senti no peito

tua casa está em silêncio

ao fechar de novo a porta

uma lágrima de dor invadiu meu coraçao


Nada, nada, nada restou desse amor

só teias de aranha que tece na dor

o roseiral também murchou e hoje caído pelo chao

Também arrasta sua cruz


Nada, nada, mais que tristeza e silêncio

Nada que me diga que vives ainda

Onde estás? Quero dizer-te que hoje volto arrependido

Implorando teu amor.



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