Lado A: “Oração” de António Calvário / “Manhã” de Guilherme Kjolner
Lado B: “Balada das Palavras Perdidas” de Madalena Iglésias / “Amar é Ressurgir” de Marina Neves
EP Alvorada, 1964
O concurso da RTP que hoje conhecemos como Festival da Canção surgiu em 1964 com uma designação mais extensa… Era o Grande Prémio TV da Canção Portuguesa e entrava em cena para assegurar a escolha da canção que faria a estreia de Portugal na edição desse ano do Festival Eurovisão da Canção.
É mais do que sabido que a vitória coube a Oração, de António Calvário, uma canção de João Nobre, Francisco Nicholson e Rogério Bracinha, e que depois, em Copenhaga, não só houve uma manifestação ativista contra Salazar e Franco em pleno programa (algo que as câmaras não mostraram, sentindo-se contudo o ruído do sucedido na sala) como a representação portuguesa acabou a noite com zero pontos, facto que muitas vezes é referido como possível nota de protesto de uma Europa democrática contra um país a viver sobre uma ditadura. Os zero pontos, contudo, no sistema de votação então vigente, não eram contudo um saldo invulgar para muitas das canções concorrentes.
A canção de António Calvário teve edição num EP então lançado pela Valentim de Carvalho. Ao mesmo tempo a editora Alvorada traduziu a relevância do novo concurso que então surgia com uma série de EP que juntaram as canções participantes. Neste volume um encontramos, além da Oração de António Calvário, encontramos Manhã de Giulherme Kjolner (4º lugar), Balada das Palavras Perdidas de Madalena Iglésias (5º lugar) e Amar é Ressurgir de Marina Neves (8º lugar). Ao todo foram 12 as canções concorrentes em 1964.
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