O quarteto remanescente tinha gostos musicais bem diversos: Schelhaas era fã de “Soul”, Ford era um “bluesmen”, Paull era ostensivamente um “folkie” e Kerslake era voltado mais para rock. A tarefa de fundir todas essas influências em um álbum coerente foi dada a Eddie Offord que tinha acabado de completar o trabalho no aclamado “The Yes Album” da banda progressiva, Yes. Offord foi mais do que eficiente na tarefa que lhe foi entregue, alcançando resultados admiráveis. Os interesses musicais individuais de todos os membros foram facilmente ouvidos no seu único álbum, “Albert 1” que se encaixava perfeitamente com outros álbuns lançados na década de setenta que são reconhecidos como clássicos da cena progressiva então florescente. Mas, a incompetência da gravadora, uma turnê inoportuna e equivocada e um lote inteiro defeituoso na prensagem do álbum não foram nem um pouco favoráveis à banda, que com pouca divulgação, acabou por se dissolver no mesmo ano.
Apesar de não ter lançado um álbum “clássico há muito tempo perdido”, a banda mostrou ser mais do que uma simples promessa, suficiente para que pudesse ter alcançado patamares muito maiores. Mas ao invés disso, Kerslake saiu para se juntar ao Uriah Heep, Schelhaas teve passagens tanto por Camel quanto Caravan e Paull juntou-se ao também excelente Jonesy. De muitas maneiras, “Albert 1” tem uma história familiar: gravadora assina com banda experimental - banda lança um álbum - gravadora não promove a banda - banda não faz nenhum dinheiro - separação da banda.
Apesar de tudo, o único registro da banda é uma mistura picante de blues, folk e progressivos entrelaçados com mais força, com uma sensibilidade mais roqueira. Os membros da banda tinham gostos ecléticos e personalidades fortes. O destaque de todo o álbum, "Listen to the Music" é uma balada inspirada nos Beatles misturando harmonias em quatro partes, facilmente identificada como um modelo de música bem elaborada que teve característica própria.
Experimental, mas vinculada tanto a uma série de influências e o humor do tempo, National Head Band se destacou como um instantâneo em uma cena musical que passava por uma grande mudança, uma banda talentosa que merecia mais reconhecimento.
Dave Paull (Baixo, Guitarra Acústica, Vocais)
Jan Schelhaas (Piano, Órgão, Harmonium, Moog)
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