A ultima paixão
Carlos Conde / Pedro Rodrigues
Repertório de Manuel de Almeida
Diz para aí tanta gente
Que nesta vida não há
Outro amor como o primeiro
E todo aquele que o sente
Julga logo que será
O seu amor derradeiro
Eu que dei o coração
Tanta vez, vejo afinal
Que nesta vida não há
Outro amor como o primeiro
E todo aquele que o sente
Julga logo que será
O seu amor derradeiro
Eu que dei o coração
Tanta vez, vejo afinal
Tem sempre o mesmo valor
Pois a última paixão
Também parece tal qual
Pois a última paixão
Também parece tal qual
O nosso primeiro amor
Assim é a lei da vida
Morre um amor outro nasce
Assim é a lei da vida
Morre um amor outro nasce
Com idêntica pureza
Muito embora repetida
A primavera também
Muito embora repetida
A primavera também
Tem sempre a mesma beleza
A última tourada em Salvaterra
Maria Manuel Cid / Casimiro Ramos *fado freira/oliveira*
Repertório de Rodrigo
Conta-nos a tradição
Que em tempos que já lá vão
O Pombal, em franca guerra
Acabou p’ra nunca mais
Com as touradas reais
Em praças de Salvaterra
Toureava nesse dia
Repertório de Rodrigo
Conta-nos a tradição
Que em tempos que já lá vão
O Pombal, em franca guerra
Acabou p’ra nunca mais
Com as touradas reais
Em praças de Salvaterra
Toureava nesse dia
Ante nobre fidalguia
O jovem Conde dos Arcos
Cujo sangue valoroso
O jovem Conde dos Arcos
Cujo sangue valoroso
Por capricho desditoso
Na arena ficava em charcos
De Marialva, o Marquês
Olha o touro que desfez
Na arena ficava em charcos
De Marialva, o Marquês
Olha o touro que desfez
O seu filho tão amado
E diz a El-rei, com fervor
Eu vos juro meu senhor
E diz a El-rei, com fervor
Eu vos juro meu senhor
O Conde será vingado
El-rei nega por temor
El-rei nega por temor
Mas desvairado p’la dor
O Marquês saltou p’ra praça
E vinga com decisão
E vinga com decisão
Pela sua própria mão
O sangue da sua raça
Então El-rei, que chorava
Ao ministro que aguardava
Então El-rei, que chorava
Ao ministro que aguardava
Disse: Marquês de Pombal
Jamais, fica ordenado
Haverá no meu reinado
Jamais, fica ordenado
Haverá no meu reinado
Outra tourada real
A uma princesa distante
J.Slauerhoff / Custódio Castelo
Repertório de Cristina Branco
Repertório de Cristina Branco
Jamais voltaremos a ver-nos
Entre nós dois há um mundo pelo meio
Por vezes, de noite, à janela nos detemos
Mas são outras as estrelas que vemos
Doutros tempos o enleio
É tão longínquo o vosso país do meu
Como a luz da mais funda escuridão, o distante
Que viajando sem parar nas asas do desejo
Entre nós dois há um mundo pelo meio
Por vezes, de noite, à janela nos detemos
Mas são outras as estrelas que vemos
Doutros tempos o enleio
É tão longínquo o vosso país do meu
Como a luz da mais funda escuridão, o distante
Que viajando sem parar nas asas do desejo
Eu vos saudaria num suspiro agonizante
Porém, se for verdade
Porém, se for verdade
Que sonhando o impossível
Se leva o maior dos anseios
Se leva o maior dos anseios
À estrela mais intangível
Então eu voltarei
Então eu voltarei
Voltarei todas as noites de saudade
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