A voz de Portugal
Fernando Teles / Guilherme Coração *fado sem pernas*
Repertório de Maria Alice
Repertório de Maria Alice
Letra extraída do livro *Poetas Populares do Fado Tradicional*
de Daniel Gouveia e Francisco Mendes
Ter um fado igual ao meu
Ó Coimbra quem te dera
Na Mouraria nasceu
Teve por mãe a Severa
Fado lindo do Mondego
Ó Coimbra quem te dera
Na Mouraria nasceu
Teve por mãe a Severa
Fado lindo do Mondego
Cantado por noite fora
À alma tira o sossego
À alma tira o sossego
Que de tanto ouvi-lo chora
O de Lisboa é mais triste
O de Lisboa é mais triste
É mais castiço, mais faia
A alma não lhe resiste
A alma não lhe resiste
Ouvindo-o logo desmaia
Por mim ou outro cantado
Por mim ou outro cantado
Na Mouraria ou Choupal
São lindos todos os fados
São lindos todos os fados
São a voz de Portugal
A voz do mar
Letra de Frederico de Brito
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Um dia fui-me sentar
À beira do mar salgado
Nisto, ouvi a voz do mar
Com a terra conversar
Sobre as coisas do passado
Que é das tuas caravelas
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Um dia fui-me sentar
À beira do mar salgado
Nisto, ouvi a voz do mar
Com a terra conversar
Sobre as coisas do passado
Que é das tuas caravelas
Que há muito não tenho visto?
Como ‘inda me lembro delas
Como ‘inda me lembro delas
Traziam sempre nas velas
A bendita Cruz de Cristo
Parece que ainda as vejo
Parece que ainda as vejo
Tão soberbas, tão galhardas
Saindo a barra do Tejo
Saindo a barra do Tejo
Impondo um simples desejo
Pelas bocas das bombardas
Como elas iam então
Como elas iam então
Todas nimbadas de luz
Desde o Brasil a Ceilão
Desde o Brasil a Ceilão
Da Terra-Nova ao Japão
E de Macau a Ormuz
Nisto o mar olhou a terra
E de Macau a Ormuz
Nisto o mar olhou a terra
Estremeceu de surpresa
Altivo, como uma serra
Altivo, como uma serra
Passava um barco de guerra
Da Marinha Portuguesa
Da Marinha Portuguesa
A voz do meu coração
Fernando Alves / Armando Machado *fado Maria Rita*
Reportório de Jorge César
Sou ave que já não canta
Sou fadista sem garganta
Tenho fado nos meus dedos
Nos momentos mais sofridos
Eu sinto nos meus sentidos
Desvendar os seus segredos
Nos meus versos canto um fado
Neste tom bem magoado
Com tristonha melodia
E na voz do coração
Eu canto a solidão
A saudade e nostalgia
No meu fado há outros fados
Destinos desencontrados
Amores, desilusões
Retalho de muitas vidas
Recordações esquecidas
E momentos de emoções
Quando o meu fado acabar
Meus dedos vão-se calar
No silêncio bem profundo
Termina a solidão
E a voz do meu coração
Já não canta neste mundo
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