Out of Time (1976)
Out of Time é uma obra completamente diferente do álbum de estreia. Aqui, Renaud mistura rock instrumental fusion com algumas faixas vocais que me deixam em êxtase. Há uma faixa eletrônica um pouco mais longa, semelhante à do primeiro álbum, que é muito boa.
A faixa de abertura é uma forte peça de jazz rock e, como mencionado acima, é muito diferente da estreia com sonoridade eletrônica. Isso leva a três faixas vocais, no mínimo estranhas. É difícil imaginar o público-alvo aqui. São peças de rock diretas, sem nenhum refrão marcante. Soa como muitas bandas britânicas de meados dos anos 70 tentando descobrir o que deveriam lançar para se manterem populares, mas não conseguiram. Grupos como Wishbone Ash, Man e Humble Pie vêm à mente. Os vocais poderiam ser chamados, cinicamente, eu acho, de desafinados. A última faixa do Lado 1 termina com um ótimo e extenso solo de guitarra de Renaud. A faixa quase tão longa quanto o Lado 1, "Straight Ahead" (título interessante, considerando o que eu disse acima), começa como o primeiro lado, mas finalmente envereda por um território experimental. O que é o que se espera de todo o álbum, dada a conotação com Heldon e Urus. Muita improvisação de blues cósmico e drones eletrônicos.

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