Lee Gary Kerslake é o famoso baterista da melhor fase do Uriah Heep. Kerslake nasceu em abr/1947, em Bournemouth, Inglaterra. Aos onze anos, começou a tocar bateria e conseguiu seu primeiro show profissional com a banda "The Gods", de Hatfield, em 1969. Com este grupo, ele gravou 2 álbuns ("Genesis", de 68, e "To Samuel a Son, de 69). Eles faziam um Prog-Rock derivado do Psych-Rock. A formação era John Glascock (baixo), Ken Hensley (guitarras e teclados), Lee Kerslake (bateria) e Joe Konas (guitarra e vocais).
Mick Taylor foi membro fundador do The Gods e tocou com eles desde a formação em 65, antes de receber o convite em mai/67 para substituir Peter Green no John Mayall's Bluesbreakers. A história desta banda "The Gods" merece uma postagem em destaque, tendo em vista seus ilustres músicos (John Glascockk foi substituído por Paul Newton em jun/67 e depois por Greg Lake, que era tão talentoso para um papel de apoio que logo ingressou no King Crimson em verão de 68). Do "The Gods", Lee Kerslake migrou para o "Toe Fat", banda ativa entre jun/69 a 71, período este em que eles lançaram dois álbuns. A banda era formada por Cliff Bennett, Ken Hensley, John Glascock e Lee Kerslake. Após o primeiro álbum (capa da Hipgnosis, então recentemente criada), Kerslake e Hensley saíram e foram substituídos por Brian Glascock e Alan Kendall, respectivamente.
Hensley foi formar o Uriah Heep, enquanto Kerslake ingressou no National Head Band (grupo de Hard Prog com Dave Paull, Neil Ford e Jan Schelhaas - com eles gravou um álbum, "Albert 1", de 71), antes de também ingressar no Uriah Heep em nov/71.
Kerslake fez sua primeira aparição no álbum "Demons and Wizards" (de 72) e depois gravou outros nove álbuns com a banda ("The Magician's Birthday" (72), "Uriah Heep Live" (73), "Sweet Freedom" (73), "Wonderworld" (74), "Return to Fantasy" (75), "High and Mighty" (76), "Firefly" (77), "Innocent Victim" (77) e "Fallen Angel" (78). Ele só foi sair em 78 após a "Fallen Angels Tour". Ele tocou nos álbuns solo de David Byron ("Take No Prisoners", de 75) e Ken Hensley ("Proud Words on a Dusty Shelf", de 73).
Em 1980, Kerslake conheceu Ozzy Osbourne por acaso no elevador num hotel na Austrália. "Ele estava em um canto com seu guarda-costas e seu empresário, e eu estava no outro canto com o meu. Muito engraçado". Eles logo formariam uma banda e lançariam o álbum "Blizzard of Ozz" com o baixista Bob Daisley e o guitarrista Randy Rhoads, embora a banda logo se tornasse um projeto solo de Ozzy devido a uma decisão administrativa. O trabalho de Kerslake pode ser ouvido nos dois primeiros álbuns solo de Osbourne, "Blizzard of Ozz" e "Diary of a Madman", bem como no "Live EP" (de 80) e partes do álbum ao vivo "Tribute" (87). Kerslake deixou a banda de Osbourne no início de 1981 para cuidar de sua mãe, que havia adoecido. Ele e o baixista Bob Daisley não foram creditados no álbum "Diary of a Madman", com o baterista Tommy Aldridge e o baixista Rudy Sarzo recebendo crédito. Aldridge declarou sobre isto: "Acho que é bastante óbvio que não é minha bateria naquele álbum. Nunca quis crédito por essa gravação e sempre dei a Lee Kerslake, sempre que solicitado ou entrevistado, o crédito que ele corretamente merece". Depois disso, Kerslake voltou ao Uriah Heep a tempo de participar do álbum "Abominog", considerado um retorno da banda. Ele permaneceria com a banda até jan/2007, participando de mais 6 álbuns de estúdio. Em 1998, Kerslake e Daisley entraram com uma ação conjunta contra Osbourne e sua esposa/empresária Sharon, buscando royalties e créditos de composição por suas contribuições para os álbuns "Blizzard of Ozz" e "Diary of a Madman". A equipe de Osbourne respondeu removendo as performances de Kerslake e Daisley das reedições de ambos os álbuns em 2002 e regravando-as com o baixista Robert Trujillo e o baterista Mike Bordin. Devido à objeção dos fãs, as faixas originais de baixo e bateria foram restauradas quando os álbuns foram relançados em 2011.
Em 2003, Kerslake se involveu com o supergrupo "Living Loud", junto com Bob Daisley, Steve Morse e Jimmy Barnes. Kerslake passou por várias bandas, teve a sua própria (Lee Kerslake Band) e participou com Ken Hensley e Paul Newton do "Uriah Heep Legends". No início de 2007, ele deixou o Uriah Heep devido a problemas contínuos de saúde. A partir daí, passou a viver semi-aposentado. Em dez/2018, foi revelado que Kerslake enfrentava uma batalha contra o câncer de próstata. Outras complicações de saúde dele incluíram psoríase, artrite psoriática e dois sopros cardíacos. Kerslake revelou que era seu último desejo receber as certificações de 'álbum de platina' para os álbuns "Blizzard of Ozz" e "Diary of a Madman" nos quais ele havia trabalhado, e Osbourne atendeu esse desejo. Kerslake escreveu uma carta a Osbourne, informando-o de sua saúde precária e do desejo de receber os registros. Kerslake posteriormente recebeu suas placas de platina. Em set/2020, Kerslake morreu de câncer aos 73 anos. Ele havia concluído a gravação de um álbum solo antes de sua morte, intitulado "Eleventeen", lançado postumamente em fev/2021. Ele deixou sua esposa, Susan, e 2 filhos adultos.











Sem comentários:
Enviar um comentário