Songs for Insects (1992)
Recentemente, mencionei que o Coroner poderia muito bem ser minha banda de metal favorita de todos os tempos. Songs for Insects está na disputa pelo título de meu álbum de metal favorito de todos os tempos . Já me referi a este álbum diversas vezes nestas páginas, geralmente ao elogiar a inventividade de alguma banda, fazendo comparações com Songs for Insects. Thought Industry, de Kalamazoo, surgiu aparentemente do nada e reescreveu as regras sobre as possibilidades do thrash e do metal progressivo. No entanto, provou ser demais para o público em geral, e o álbum praticamente desapareceu no éter. Mesmo hoje, não passa de um clássico cult, com um público pequeno, porém fiel. O segundo álbum deles era muito mais pesado, embora, na minha opinião, não tão criativo (apesar de ser mais bem avaliado em fóruns de metal). Eu o removi da minha coleção, mas ainda tenho o CD aqui, então talvez eu tente ouvi-lo mais uma vez. Depois disso, eles mudaram completamente de direção e se tornaram uma banda de rock alternativo. E nem era muito boa, aliás, embora eu provavelmente nem soubesse como soa uma boa banda de rock alternativo.
Embora pareça que a última vez que ouvi o álbum foi quando o comprei no lançamento, isso se deve apenas ao fato de não ter registros de ouvi-lo desde 2004. Mas ouvi esse álbum bastante durante os anos 90. Era um dos meus favoritos para dar aquela animada, e certas faixas eu ouvia repetidamente. Mas é verdade, já faz mais de 20 anos desde a última vez que o ouvi na íntegra. Então, estou curioso para saber se ele ainda se mantém como um dos melhores álbuns de metal, ou se perdeu o seu brilho. Vamos lá.
O álbum começa como um álbum de thrash metal mais tradicional, embora com complexidades técnicas. Um pouco como Wrathchild America. O timbre de guitarra distorcido é perfeito e eu realmente aprecio o estilo vocal. Ele não grita nem rosna, mas sim canta . Que conceito! É na faixa-título que as coisas ficam estranhas. Quero dizer, muito estranhas . Você praticamente consegue saber se Songs for Insects é para você só por ela. A música é caótica e muda de ritmo rapidamente. É tão progressivo quanto possível, incluindo o rock progressivo tradicional. Imagine o Genesis da era Gabriel misturado com Watchtower. Tente imaginar isso por um minuto. Os vocais são, ao mesmo tempo, suaves e harmoniosos, e, em outros momentos, processados como uma fera. Mas nada como death metal, mais como um efeito dos anos 70. E a letra se inspira na capa. Daliesco mesmo. Você provavelmente deveria pausar aqui e respirar fundo algumas vezes. É uma faixa avassaladora.
Você poderia analisar uma faixa por dia e extrair algo diferente a cada vez. Para qualquer outra banda, cada uma dessas músicas seria o ponto alto do álbum. Aqui, elas se perdem na mixagem e é muita coisa para o cérebro processar. Só consigo antecipar para onde a música está indo e lembrar dos momentos de maior impacto porque conheço o álbum tão bem e me lembro deles. E há muitos momentos de maior impacto. A faixa 5 proporciona a pausa acústica necessária, embora não seja menos progressiva. A faixa 6) é a preparação energética perfeita para...
7) 'The Chalice Vermillion'. Como se a faixa-título não fosse suficiente, o Thought Industry tinha mais uma composição incrível na manga. É tão insana quanto a anterior, mas com ainda mais ideias por segundo. A execução também é impecável. Eu diria que esta é uma das maiores músicas de metal já feitas. O que diabos se passava na cabeça desse grupo quando compuseram essas músicas? Elas desafiam todos os tipos de convenções. Contos de Relógios Topográficos Derretidos, eu diria. Olá, King Crimson, conheçam Death Angel. Surreal ao extremo.
Depois dessa montanha-russa, ainda temos três faixas e 23 minutos pela frente. E não é como se eles tivessem diminuído o ritmo. As faixas 8 a 10 são igualmente progressivas, em alguns casos puro rock progressivo em vez de metal. Essas três teriam formado um excelente EP, lançado separadamente. É mais fácil de digerir dessa forma.
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