domingo, 1 de dezembro de 2024

Duran Duran “The Wild Boys” (1984)

 Terminada a Sing Blue Silver Tour e sob os efeitos do impacte global do single “The Reflex” (que tinha dado aos Duran Duran um segundo número um no Reino Unido e o seu primeiro nos EUA), era chegada a hora de pensar um passo seguinte. Sem um novo álbum de estúdio nos horizontes imediatos, e com a possibilidade (que se concretizaria) de edição um disco gravado ao vivo, faltava ao grupo uma nova canção para com ela criar um novo episódio numa discografia que então vivia a sua etapa de maior sucesso. O desafio, que abriu caminho a um novo single, chegou através de uma sugestão do realizador Russel Mulcahy, o mais frequente colaborador do grupo na hora de criar telediscos para os Duran Duran nessa etapa inicial.

Mulcahy tinha em mente a criação de uma possível adaptação ao cinema de “The Wild Boys: A Book of the Dead”, livro de 1971 de William S Burroughs e lançou aos Duran Duran a sugestão da criação de música para uma eventual banda sonora para este projeto. Do livro Simon Le Bom partiu para a criação da letra de uma nova canção, surgindo a música em sintonia com a cenografia ameaçadora que ali se sugeria… O projeto para cinema de Rusell Mulcahy conheceu, entretanto, outro percurso, acabando a ideia por estar na origem de um filme-concerto dos próprios Duran Duran que surgiria em vídeo, em 1985, com o título “Arena: An Absurd Notion”. E a nova canção, que entretanto começara a ganhar forma, acabou colocada no centro gravítico não só da narrativa como do mood que definira o filme. 

Gravada no verão de 1984, com produção de Nile Rodgers, que depois de ter colaborado com David Bowie em “Let’s Dance” tinha assinado a bem-sucedida remistura de The Reflex editada em single (e trabalhado entretanto num novo álbum de Madonna), a canção colocava os Duran Duran num espaço pop mais sombrio, dominado pela percussão e por uma cenografia cinematográfica desenhada por sintetizadores, desafiando o vocalista Simon Le Bon a um patamar de maior esforço, sublinhando o clima tenso sugerido pela canção.

Se o aspeto mais anguloso das formas destacou “The Wild Boys” face aos singles mais luminosos e polidos que o grupo antes tinha apresentado, o teledisco representou outra das razões maiores para o sucesso da sua comunicação. De orçamento (literalmente) milionário, nasceu de um trabalho que exigiu um cenário que ocupou parte do estúdio 007 em Pinewood e um exigente labor coreográfico que a realização de Russel Mulcahy de facto soube explorar. A grandiosidade da produção foi tal que, além de suportar a medula do filme-concerto, o volume do esforço justificou a edição de um documentário que seria originalmente editado em vídeo com o título “The Making of Arena”. O teledisco era, afinal, a materialização final da visão originalmente lançada ao grupo pelo seu realizador.


A versão apresentada no filme (disponível em cassete VHS e DVD) corresponde à que escutamos no máxi-single, representando por isso o single um edit criado para servir sobretudo as programações de rádio e para o formato de sete polegadas. No lado B do single (e também do máxi) surgiu uma gravação ao vivo de “(I’m Looking For) Cracks in the Pavement”, captada no mesmo concerto em Toronto que fora usado para a rodagem do teledisco de “The Reflex”, canção do alinhamento da digressão de 1983 e 84 que não figuraria no álbum ao vivo “Arena” lançado pouco depois e que incluiria um único tema de estúdio: nem mais nem menos que “The Wild Boys”. O single conheceu, além da edição standard, uma outra para colecionadores, com uma capa para cada um dos cinco elementos do grupo. O alinhamento dos singles era, contudo, igual em todos os lançamentos. 

Juntamente com o anterior “The Reflex” (também de 1984) e com o sucessor “A View To a Kill” (1985), este single corresponde à etapa de maior impacte global da música dos Duran Duran. O single chegou ao número um na Alemanha Ocidental e África do Sul, foi número dois no Reino Unido, EUA, Áustria, Bélgica, Canadá, Itália e Holanda, e número 3 na Austrália e Espanha. Curiosamente nos EUA só não chegou ao primeiro lugar porque ali foi ultrapassado por “Like A Virgin”, que revelava então primeiros passos de uma bem sucedida colaboração de Madonna com… Nile Rodgers, o produtor de “The Wild Boys” dos Duran Duran.


Arcadia “Say The Word” (1986)

 

Entre 1985 e parte de 1986 a vida dos Duran Duran conheceu um período de convulsões internas que, se por um lado terminou com o quinteto “clássico” reduzido a três elementos por alturas da edição do álbum “Notorious”, por outro correspondeu a uma considerável ampliação dos espaços de trabalho dos músicos que, além de terem criado um dos maiores êxitos da banda (desta vez ao serviço do agente secreto 007), se dividiram em dois projetos em paralelo (Power Station e Arcadia), sendo ainda de assinalar neste mesmo período a estreia a solo de tanto John como Andy Taylor, isto tudo além da criação do acima referido quarto álbum de estúdio do grupo, no qual teve um papel muito ativo o guitarrista e produtor Nile Rodgers (que mantinha uma relação próxima com todos eles desde “The Reflex”, em 1984) e no qual foi encetada uma colaboração (que seria aprofundada mais adiante). Uma das mais inesperadas coincidências deste período tem a ver com a criação de quatro canções para o cinema. Assim, ao sobejamente conhecido “A View To A Kill” dos Duran Duran (1985), para o derradeiro filme com Roger Moore no papel de James Bond, este período na história da banda envolveu ainda “Someday, Somehow, Someone’s Gotta Pay”,  uma canção dos Power Station assinada e cantada por Michael das Barres para “Commando” (1985) de Mark L. Lester, com Arnold Schwarzenegger como protagonista,  “I Do What I Do”, de John Taylor para “9 1/2 Weeks” (1986) de Adrien Lyne, com Kim Basinger e Mickey Rourke e ainda um inédito dos Arcadia entregue à banda sonora de “Playing For Keeps”, um quase esquecido teen movie realizado por Harvey e Bob Weinstein que assinalou a estreia no cinema de Marisa Tomei. 

“Say The Word”, assinada por Simon Le Bon e Nick Rhodes, sob produção de Alex Sadkin em conjunto com os dois músicos, deverá corresponder (pela aparente ausência de Roger Taylor), a uma gravação posterior às sessões das quais nasceu o álbum “So Red The Rose”, dos Arcadia, editado na reta final de 1985. Há entre esta canção afinidades claras entre a cenografia complexa e a própria sonoridade (em grande parte moldada pela presença do Fairlight de Nick Rhodes) face ao que se escutara no álbum dos Arcadia, embora aí a presença de timbres adicionais (e as várias parcerias e colaborações) levadas a estúdio tenham dado a canções de maior fôlego rítmico como “Keep Me In The Dark” ou “El Diablo” ou a peças como “Missing” ou “Lady Ice” uma ideia de artes finais mais delicadas e elaboradas. “Say The Word” é, todavia, uma canção desafiante na medida em que se afasta mais ainda do que eram os caminhos da escrita (e sobretudo arranjos) que encontramos tanto no anterior “Seven and The Ragged Tiger” (1983) como nos posteriores “Notorious” e “Big Thing” (1988), acabando assim como experiência one off que, até ver, não conheceu continuidade… Mas aqui nada como esperar por uma eventual edição DeLuxe de “So Red The Rose” que possa revelar o que aconteceu no longo período vivido estúdio durante a criação deste álbum.

Com um percurso que começou em alta com “Election Day” (ainda em 1985), mas logo mostrou uma divisão estratégica no single seguinte, com “The Promise” escolhido na Europa 2 “Goodbye Is Forever” nos EUA e Canadá, a discografia dos Arcadia em 45 rotações envolveu ainda a edição, já em 1986 de “The Flame” (em cujo teledisco surgia, como convidado, num cameo, John Taylor, anunciando a reunião iminente dos Duran Duran). “Say The Word” chegou mais adiante, ainda em 1986, todavia numa etapa em que Simon Le Bon e Nick Rhodes haviam já fechado o dossier Arcadia e estavam focados na criação e comunicação de “Notorious”. O single, editado pela Atlantic Records, teve apenas edição nos EUA e Canadá e surgiu com uma capa que mostrava uma foto de Dean Chamberlain (que trabalhara na criação do teledisco de “Lady Ice”) e deixava clara a sua relação com a banda sonora de “Playing For Keeps”. No lado B surgia uma mistura instrumental, revelando ambas as contribuições de Michael Hutchinson e Shep Pettibone. Nenhuma destas versões correspondem à que surge no LP da banda sonora. Nos EUA houve ainda um máxi promocional com duas remisturas mais. O single obteve resultados bem discretos e não figurou nas tabelas de singles dos EUA nem do Canadá. “Say The Word”, nas duas várias versões, foi integrado depois numa reedição em CD, com extras (mas sem inéditos), de “So Red The Rose”.


Caetano Veloso “O Carnaval de Caetano” (1971)

 


No seu “Verdade Tropical”, Caetano Veloso recordava um tempo de algum desânimo perante as tradições carnavalescas no Brasil de finais dos anos 60. Notava então, a caminho do final do livro, que, por esses dias, “as marchas (e mesmo os sambas) de Carnaval cariocas estavam desaparecendo” e que “os bons compositores que surgiram” com a bossa nova e depois “não estavam encontrando o jeito de se adequar ao Carbaval”. E acrescenta que tinha já havido “várias tentativas de ressuscitar o género, todas abortadas”. Caetano lembra aí uma foto de 1966 “em que Chico Buarque, Paulinho da Viola, Edu Lobo, Toquato Neto, [Gilberto] Gil, Caipinan” e ele mesmo e outros mais da sua geração apareciam ao lado de Tom Jobim, de Braguinha e de “velhos cantores da Rádio Nacional, num encontro promovido (…) para reerguer a canção carnavalesca”, reconhecendo, contudo, que “dali não saiu nenhum samba ou marcha memorável”. Caetano partilhava também memória de infância, em Santo Amaro, notando a entrada em cena de trios elétricos que ganharam um lugar nos desfiles de Carnaval além dos mais clássicos blocos (e suas batucadas) e frevos. É deste encantamento pelos trios amplificados que nasce, em 1968, o seu “Atrás do Trio Elétrico”, que se transformaria num sucesso “nas ruas de Salvador” durante o Carnaval de 1969 e, depois, por todo o Brasil. A prisão e, depois o exílio, adiaram a criação de um episódio novo nesta história pessoal de amor pelas tradições carnavalescas. Na verdade, o sucessor de “Atrás do Trio Elétrico” não nasceu nem no Rio de Janeiro nem na Bahia, mas sim em Londres, nos estúdios da Island, onde ganhou forma um EP com cinco canções que seria editado em 1971 com o título “O Carnaval de Caetano”. 

A notícia destas criações novas de Caetano chegou ao Brasil com o entusiasmo de quem recordava as ainda não muito distantes participações do músico em festivas, de uma delas tendo nascido “Alegria, Alegria”. De resto, esta notícia chegava na forma não da edição do EP mas sim da submissão de três destas novas composições ao sexto concurso de Músicas Para o Carnaval da TV Tupi que, nesse ano, contava ainda com a participação de nomes como os de Paulinho da Viola, Ivan Lins, Capiba, Jair Rodrigues ou Zé Keti. Foram elas “Chuva, Suor e Cerveja”, “La Barca” e “Qual é, Baiana?”, estas duas últimas criadas em parceria com Moacyr Albuquerque. Acompanhada por um “caso” mediático, porque chegara a correr que Caetano havia sido inscrito no concurso pela editora e sem a sua autorização, a chegada destas três canções seria o primeiro episódio na comunicação do EP que juntaria ainda ao alinhamento leituras de Caetano para “Pula Pula (Salto de Sapato)” da dupla José Carlos Capinam/Jards Macalé e “Barão Beleza” de Tuzé de Abreu. O disco, gravado em Londres, apresentava as cinco canções com arranjos assinados pelo próprio Caetano Veloso e Macalé, este último tendo sido um entre os músicos brasileiros reunidos para esta ocasião naquele estúdio na capital britânica. O disco, que resultou em mais um caso de sucesso na ainda jovem discografia de Caetano Veloso, sublinhou uma vez mais a rara capacidade do músico baiano em estabelecer diálogos entre formas tradicionais da música popular brasileira com linguagens do presente e sem uma geografia tão localizada. Anos mais tarde, em 1977, três destas canções seriam recuperadas para o alinhamento da compilação “Muitos Carnavais”.




ROCK ART


 

Art Sullivan - Les Plus Grands Succes de… (1972-1979)





Art Sullivan - Les Plus Grands Succes de… (1972-1979). 
Género: Pop, Chanson. 

Les Plus Grands Succes de Art Sullivan” é uma excelente compilação deste cantor belga que reúne alguns dos seus maiores êxitos gravados entre 1972 e 1979. Informação sobre Sullivan, já se encontra inserida neste blog.


Faixas/Tracklist: 

01 Ensemble 3:48 
02 Petite Fille Aux Yeux Bleus 3:02 
03 Adieu, Sois Heureuse 3:35 
04 Et Si Tu Pars 2:48 
05 Une Larme D'amour 3:17 
06 Un Océan De Caresses 3:08 
07 Viens Près De Moi 3:00 
08 Donne, Donne-Moi 3:04 
09 Le Temps Qui Passe 6:23 
10 Petite Demoiselle 2:50 
11 Sur Le Bord D'Une Vie 2:48 
12 Fan Fan Fan 5:48 
13 Jenny 3:47 
14 Détermination 3:20 
15 Monsieur Chopin 3:49 
16 Appelle-La 
BONUS:
17 - Tu Minha Mãe (Douce Comme L´Amour) (vrs. Portuguesa) 3:07 
18 - Linda Bonequinha (Petite Demoiselle - Versão Portuguesa) 2:52 




Art Garfunkel – Angel Clare (LP 1973)





Garfunkel – Angel Clare (LP Columbia – AL 31474, setembro de 1973).
Produção: Arthur Garfunkel, Roy Halee.
Género: Folk Rock.



Angel Clare”, é o álbum de estúdio de estreia de Art Garfunkel a solo, lançado em 11 de setembro de 1973. É o seu álbum de maior sucesso (a solo), que contém o êxito Top 10 nos EUA, "All I Know", tendo alcançado a 9ª posição. Também contém dois outros sucessos, "Traveling Boy" e "I Shall Sing". O título “Angel Clare”, provém do nome de uma personagem do romance de Thomas Hardy, “Tess of the d'Urbervilles”. O LP conseguiu atingir a tabela de álbuns do UK na posição nº 14, o nº 5 na U.S. Billboard 200, o nº 14 na Australia (Kent Music Report), nº 6 no Canadian RPM Albums Chart e ainda nas tabelas de outros países. O álbum foi certificado com disco de ouro nos EUA e Canadá e disco de prata no UK.
Art Garfunkel (Arthur Ira Garfunkel) nasceu em 5 de novembro de 1941, em Forest Hills, Nova York, EUA. É um cantor, poeta e actor americano, tendo ficado famoso pela sua parceria na década de 60 com Paul Simon na dupla de folk rock, Simon & Garfunkel.


Faixas/Tracklist:

A1 - Traveling Boy (Paul Williams, Roger Nichols) 5:00
A2 - Down In The Willow Garden (Charlie Monroe) 4:03
A3 - I Shall Sing (Van Morrison) 3:36
A4 - Old Man (Randy Newman) 3:24
A5 - Feuilles-Oh / Do Space Men Pass Dead Souls On Their Way To The Moon? (Linda Grossman, J.S. Bach, Tradicional) 3:09
B1 - All I Know (Jimmy Webb) 3:46
B2 - Mary Was An Only Child (Albert Hammond, Jorge Milchberg, Mike Hazlewood) 3:28
B3 – Woyaya (Osibisa, Sol Amarfio) 3:18
B4 - Barbara Allen (Tradicional) 5:25
B5 - Another Lullaby (Jimmy Webb) 3:32
BONUS:
C1. Bright Eyes (Mike Batt – 1978) 3:58

Músicos/Personnel:

Voz principal - Art Garfunkel
Voz - Sally Stevens, Dorothy Morrison
Guitarra - J. J. Cale, Jerry Garcia, Larry Carlton, Fred Carter Jr., Louie Shelton, Dean Parks
Guitarra, voz - Paul Simon
Saxofone - Jules Broussard, Jack Schroer
Cordas - Peter Matz, Ernie Freeman, Jimmie Haskell
Bateria - Jim Gordon, Hal Blaine
Violino - Stuart Canin
Teclados - Larry Knechtel, Michael Omartian
Bouzouki, mandolim - Tommy Tedesco
Percussão - Milt Holland
Percussão, charango - Jorge Milchberg
Guitarra baixo - Joe Osborn, Carl Radle
Coros - St Mary's Choir e Jackie Ward Singers





Arnaldo Baptista ‎– Loki? (LP 1974)





Arnaldo Baptista ‎– Loki? (LP Philips ‎– 6349.119, 1974).
Produção: Roberto Menescal e Marco Mazzola
Género: Rock, Rock Psicadélico, Progressivo e Experimental / Movimento Tropicalista.

Arnaldo Dias Baptista (São Paulo, 6 de julho de 1948) é um cantor, instrumentista e compositor brasileiro, mais conhecido pelo seu trabalho com “Os Mutantes”, que acompanhou entre 1966 a 1973.
Loki?” é uma pequena obra-prima. É o seu primeiro álbum a solo lançado em 1974, depois do fim da banda Os Mutantes, sendo também considerado um dos melhores álbuns de rock dos anos 70 produzidos no Brasil, onde o músico faz transbordar toda a sua criatividade. Nele, Arnaldo interpreta algumas das suas composições mais inspiradas e melancólicas. 
Gravado em terríveis condições emocionais relacionadas com a separação de Rita Lee, após a sua saída dos Mutantes, para além de problemas pessoais e crises de depressão, o disco conta com a participação de três ex-integrantes (o baterista Dinho, o baixista Liminha e Rita nos coros), e com os arranjos de Rogério Duprat.
O álbum é uma mistura de textos pessoais, com música contundente, gravada sem muitos ensaios e sem repetições e expressa bem a sua angústia perante a sociedade pós-moderna, nos seus aspectos da modernidade, a poluição, superpopulação, solidão etc. O disco apresenta-nos canções com letras de humor corrosivo, com faixas de rock progressivo com a influência do rock dos anos 50 e 60 e também Jazz e Bossa Nova. Ao longo das 10 faixas, Arnaldo mostra-nos um misto de talento e ousadia, salpicadas de visões delirantes, críticas de costumes, autocríticas e dúvidas.
O LP foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o 34º melhor na lista dos 100 maiores discos da música brasileira.


A sua carreira musical teve início em 1962, quando Arnaldo forma com o seu irmão Cláudio César o grupo The Thunders. Em 1966, convida o seu outro irmão, Sérgio Dias, a juntar-se ao grupo Six Sided Rockers, que já contava com a presença de Rita Lee. A banda daria origem aos Mutantes. Ali, ele desenvolve os seus talentos de compositor e arranjador, mas depois de desentendimentos internos na banda, Arnaldo sai em 1973.
Tenta seguir uma carreira de produtor musical, mas o insucesso motiva-o a tentar a carreira a solo. Lança Lóki? em 1974, considerado o seu melhor trabalho, mas que na época não obteve grande sucesso comercial.
Arnaldo vive actualmente numa cidade de Minas Gerais.


Faixas/Tracklist:

A1. Será Que Eu Vou Virar Bolor? (Baptista) 3:50
A2. Uma Pessoa Só (Baptista/Dias/Liminha/Leme, creditado como "Mutantes") 4:00
A3. Não Estou Nem Aí (Baptista) 3:20
A4. Vou Me Afundar Na Lingerie (Baptista) 3:25
A5. Honky Tonky (Patrulha do Espaço) (Baptista) 2:15
B1. Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki? (Baptista) 3:25
B2. Desculpe (Baptista) 3:10
B3. Navegar de Novo (Baptista) 5:30
B4. Te Amo Podes Crer (Baptista) 2:50
B5. "É Fácil" (Baptista) 1:56

Musicos Intervenientes:

Arnaldo Dias Baptista (piano acústico, órgão, clavinete, sintetizador, violão de 12 cordas e voz), 
Liminha [Arnolpho Lima Filho] (baixo), 
Dinho Leme (bateria), 
Rita Lee (voz de apoio) 
Rafa (baixo)
Arranjos de orquestra: Rogério Duprat.




Armando Manzanero ‎– A Mi Amor... Con Amor (LP 1967/Mexico)





Armando Manzanero ‎– A Mi Amor... Con Amor (LP RCA Victor ‎– MKL/S-1760, 1967/Mexico). 
Género: Latino, Pop, Bolero, Balada. 


A Mi Amor... Con Amor” é o segundo álbum de Armando Manzanero, lançado pela RCA, em 1967. 
Armando Manzanero Canché (7 de dezembro de 1935, Mérida, Yucatán/México), mais conhecido apenas por Armando Manzareno, é um famoso músico, cantor e compositor romântico mexicano, em actividade desde 1950 até ao presente. Em 1965, foi o vencedor do “Festival de La Canción”, em Miami com a música "Cuando Estoy Contigo" (When I'm With You), incluída neste LP. 
As suas composições são interpretadas por outros cantores de fama internacional como Frank Sinatra, Tony Bennett, Elvis Presley, Franck Pourcel, Paul Mauriat, Ray Conniff, Manoella Torres, Marco Antonio Muñiz, Edith Márquez, Raphael, Moncho, José José, El Tri, Andrea Bocelli, Andrés Calamaro, Christina Aguilera, Pasión Vega, Eydie Gormé e Luis Miguel. 


Faixas/Tracklist: 

A1 Adoro 
A2 Mia 
A3 Aquel Senor 
A4 Felicidad 
A5 Salud 
A6 Voy A Apagar La Luz 
B1 Esta Tarde Vi Llover 
B2 Contigo Aprendi 
B3 El Ciego 
B4 Cuando Estoy Contigo 
B5 Perdoname 
B6 No 

Composições de Armando Manzanero, acompanhado pela Orquestra de Magallanes. 





Armando Gama e os Cânone - Miúda Funky (single 1982)





Armando Gama e os Cânone - Miúda Funky (single Polydor 2063086 - 1982)

 Faixas/Tracks: Miúda Funky / Não Vou Por Aí

Membros (na capa frontal, da direita para a esquerda): 
Armando Gama (Voz, guitarra) 
José Pino (viola solo)
Francisco (Xico) Fernandes (baterista) 
Jorge Kaipas (baixo) 

Armando António Capelo Diniz da Gama (Luanda, Angola, 1 de Abril de 1954) é um músico, cantor e compositor português. 
O seu percurso musical começa logo desde cedo, quando em 1959 toca harmónica para a família. Em 1961 estuda acordeão e em 1968 faz na viola a sua primeira composição. Em 1970 forma o seu primeiro conjunto: "LoveBirds", estuda piano e solfejo na Academia de Música de Luanda. 
Em 1971 integra o duo "Marinho E Gama" e grava o 1º disco com duas músicas de sua autoria: "Menino" e "Spanish Garden". Em 1974 chega a Lisboa, contata músicos de todos os géneros musicais bem como editoras discográficas. Forma os "Tantra" em 1976, projecto com Manuel Cardoso e gravam um single e um LP para a Valentim de Carvalho. Em 1978 forma o Duo "Sarabanda" com Cris Köpke, assina contrato com a editora PolyGram a convite do produtor Tózé Brito, compõe toda a música e gravam 3 singles e um LP, indo ao Festival RTP da Canção em 1980 com a canção "Made in Portugal". 
Em 1980 mantém grande actividade como orquestrador e produtor, produzindo nomes como Dina, Mário Mata, Dino Meira, Doce, Trio Odemira ou Nicolau Breyner. Canta o tema principal da série infantil "Bana e Flapi" e todas as canções de "Sport Billy", outra série de televisão. 
Forma os "Cânone" em 1981 com o guitarrista Zé Pino, o baixista "kaipas" e o baterista "Xiquinho", gravando um single com a música "Miúda Funky" e "Não vou por aí", que aqui apresentamos. 
Assina contrato com a editora Rádio Triunfo em 1982 e grava o seu 1º disco a solo, o LP "Quase Tudo". Em 1983 venceu o XX Festival RTP da Canção, realizado na cidade do Porto. "Esta Balada Que Te Dou" é editada em 17 países da Europa e vai aos tops na Bélgica. Em Portugal vendeu 80.000 discos chegando aos primeiros lugares das tabelas de vendas.
Em 1986 assina contrato com a Editora Discossete e grava dois singles: "No teu Abraço" e "Adoro Chopin". Em 1987 inicia gravações e espectáculos com Valentina Torres. Grava o primeiro disco deste duo, o Maxi Single "Mona Lisa". Fazem a sua aparição em vários programas de televisão. Gravam "Sonho de Natal" em 1988, "Maria Linda" em 1989 e em 1991 "Menina agarra o teu rapaz". Em 1992 concorre ao XXX Festival RTP da Canção e é apurado com a canção "Se Eu Sonhar". Assinam em 1996 contrato com a Editora "Espacial" e gravam o CD "Cenas de um casamento" que atinge o disco de prata com dez mil discos vendidos. Em 1998, ainda para a Editora "espacial", gravam novo CD "Tu tens outra" onde foi reeditado "Esta Balada que te Dou" atingindo, mais uma vez, o disco de prata. 
No ano de 1999 inicia actuações regulares, ao piano, no "Casino do Estoril", onde se encontra actualmente. A 13 de Maio de 2006 apresenta o espectáculo "Armando Gama o 5º Beatle". Grava um DVD experimental com músicos, no Teatro Sá da Bandeira em Santarém. 
A partir de Abril de 2009, inicia uma ligação ao Palácio de Seteais, hotel do grupo Tivoli Hotels & Resorts, actuando regularmente à noite, onde é possível escutar alguns dos seus êxitos e outras grandes melodias nacionais e internacionais. 
"Amor mais que perfeito" foi a canção que Armando Gama levou à semifinal do Festival RTP da Canção 2009, ficando no último lugar com apenas 336 votos (0.28% dos votos totais) 





Arlo Guthrie With Shenandoah ‎– Outlasting The Blues (LP 1979)

 




Arlo Guthrie With Shenandoah ‎– Outlasting The Blues (LP Warner Bros. Records ‎– BSK 3336, 1979).

Outlasting The Blues é o décimo álbum de estúdio do cantor e compositor americano Arlo Guthrie, lançado em junho de 1979. Produzido por John Pilla e gravado entre janeiro e março de 1979 com a digressão da banda de Guthrie Shenandoah, o álbum é composto por músicas sobre a mortalidade, a espiritualidade, o amor e a passagem do tempo. 


Arlo Davy Guthrie nascido em 10 de julho de 1947 em Coney Island, New York, EUA, é um cantor e músico (guitarra, harmónica, piano), compositor e actor americano intérprete de música folk e blues, em actividade desde 1967 até ao presente, filho do também cantor e compositor folk, Woody Guthrie.
Tal como o seu pai, Arlo é conhecido por cantar músicas de protesto contra a injustiça social, canções claramente de cunho social. A obra mais conhecida e famosa de Guthrie é "Alice’s Restaurant”, um tema satírico de blues com cerca de 18 minutos de duração (que mais tarde deu origem a um filme com o mesmo nome).
A sua canção "Massachusetts" foi nomeada a canção popular oficial do estado em que ele viveu a maior parte da sua vida adulta.

Músicos Intervenientes:

Arlo Guthrie – voz, guitarra, saxofone e arranjos
Peter Adams – guitarra "steel"
Terry A La Berry – bateria, marimba, voz
Thomas Austin – violoncelo
Dave Brooks – violino
John Culpo – acordeão
David Darling – violoncelo
Mic Gillette – violino
David Grover – banjo, guitarra, arranjos e voz
Helen Huybrechts – viola
Carol Ide – guitarra, percussão, voz
Steve Ide – guitarra, trombone, voz
Gordon Johnson – baixo, violino lider
John Pilla – pratos, guitarra, voz
John Sauer – órgão, piano
Ann Saughnessy – violino
John Saver – teclados
Ron Sloan – harmónica
Dan Velika – baixo, guitarra, voz
Paul Yarbrough – viola


Faixas/Tracklist:

A1 Prologue 
A2 Which Side 
A3 Wedding Song 
A4 World Away From Me 
A5 Epilogue 
B1 Telephone 
B2 Sailing Down This Golden River 
B3 Carry Me Over 
B4 Underground 
B5 Drowning Man 
B6 Evangelina





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