sexta-feira, 3 de junho de 2022

Biografia da Banda do Casaco

Banda do casaco

Banda do Casaco (Portugal1974 -1984), foi uma banda portuguesa de rock e folk progressivo.

História

Depois do fracasso comercial que foi o projecto Filarmónica FraudeAntónio Avelar de Pinho (vocalista) e Luís Linhares (teclas) juntam-se ao ex-Música Novarum Nuno Rodrigues (vocalista, guitarra) e ao ex-Plexus Celso de Carvalho (violoncelocontrabaixo) para formar o grupo Banda do Casaco. [1][2][3]

Em 1973 dá-se o encontro entre Pinho e Rodrigues, que iniciam de imediato a escrita do seu primeiro álbum, Dos Benefícios dum Vendido no Reino dos Bonifácios, apenas editado em 1975. O nome do álbum denotava já o tom surrealista que vai acompanhar toda a obra do grupo, surrealismo esse acentuado pelos desenhos de Carlos Zíngaro na capa do LP[4][5][6][2]

No ano anterior saíra um single com os temas Ladainha das Comadres e Lavados Lavados Sim. No disco colaboravam Judi Brennan e Helena Afonso nas vozes, Carlos Zíngaro, Luís Linhares, José Campos e Sousa e Nelson Portelinha. António Pinho, assina todas as letras e Nuno Rodrigues compôs os temas (excepto Aliciação e Opúsculo). [1][2][6]

Este grupo juntou uma pesquisa etnográfica à música pop, criando um trabalho de grande qualidade a nível musical e em que não foi descurada a crítica social, como aliás já tinha acontecido com a Filarmónica Fraude. Durante a sua existência (1974 a 1984) passaram pelas suas fileiras inúmeros músicos de grande nível, tendo algumas vezes a sua passagem pela Banda do Casaco sido o trampolim para uma carreira a solo. [1][7][2]

Em 1976 sai o primeiro disco verdadeiramente marcante do grupo: Coisas do arco da velha. O talento satírico dos trocadilhos de Pinho conjuga-se com soluções inovadoras, e o disco é marcado pela guitarra de Armindo Neves e pelo violino de Mena Amaro, que substituiu Carlos Zíngaro. [6][1]

Cândida Soares participa e reforça a vocalização, ao mesmo tempo que ganha um nome artístico: Cândida Branca Flor, do título da terceira faixa do disco, Romance de Branca-Flor[8] Temas como Canto de Amor e TrabalhoMorgadinha dos Canibais, ou Cantiga d'Embalar Avozinhas, contribuíram para um inesperado sucesso junto do público e da crítica. Esse sucesso culmina com a obtenção do título de 'Melhor Disco do Ano'. [6][3][9][2]

Se em Coisas do Arco da Velha a recolha etnográfica, depois livremente trabalhada e adaptada, é ainda decisiva para o resultado final, o álbum seguinte da Banda do Casaco inclina-se para a experimentação e o vanguardismo. Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos (1977), pretendia ser uma sátira à instabilidade económica e à precariedade social do país. Num álbum onde são significativas a entrada para o grupo de António Pinheiro da Silva e as colaborações dos "iniciados" Gabriela Schaaf na voz e Rão Kyao no saxofone tenor, destacaram-se os temas 'País, Portugal', 'Geringonça' e 'Acalanto'. Este álbum é considerado uma das jóias perdidas da música popular Portuguesa. Embora o seu master se tenha perdido, Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos foi reeditado em CD em 2006. [6][1][10][11][12][13]

No ano seguinte, Contos da Barbearia sintetiza os trabalhos anteriores, incorporando as colaborações do contrabaixista José Eduardo e do baterista Vitor Mamede, além do regresso de Zíngaro. [14] Mas é preciso esperar três anos mais para, em 1981, sair novo disco da banda que viria a causar forte impressão junto do público e da crítica. No Jardim da Celeste trazia duas novidades: uma sonoridade mais "urbana", aproximando-se do rock, e a participação de duas notáveis figuras: Né Ladeiras, na voz, após ter colaborado com a Brigada Victor Jara e os Trovante; e Jerry Marotta, baterista de Peter Gabriel, de reputação internacional, que gostou tanto da banda que veio a Portugal gravar com ela. Do disco sobressai Natação Obrigatória, presença regular nas rádios da altura. [6][15][16]

Nuno Rodrigues assegurou sozinho a direcção do álbum Também Eu de 1982. Notabiliza-se Salve Maravilha, na voz de Né Ladeiras. Depois da saída do letrista de sempre António Pi nho, Nuno Rodrigues reuniu Celso de Carvalho, José Fortes, Ramón Galarza, José Moz Carrapa e Zé Nabo[6][9][1]

Em 1984 sai o derradeiro álbum, Banda do Casaco com Ti Chitas. A maior parte das vozes é de Concha, contando ainda o álbum com as vozes do próprio Nuno Rodrigues e de Catarina Chitas, pastora e tocadora de adufe de Penha Garcia (aldeia da região da Beira Baixa). Este é o último álbum de originais do grupo (haverá ainda a compilação, em duplo, A Arte e a Música da Banda do Casaco editada pela Universal Music), onde se faz sentir a ausência de António Pinho, um dos pilares do projecto. [3][2][1][17][18]

Em 1984 o grupo dá um dos seus únicos espectáculo ao vivo, que deste modo encerra uma década de prodigiosa reinvenção dos pressupostos da música popular portuguesa. Nas palavras de Nuno Rodrigues: "Entre António Calvário e Sérgio". [6]

Em 1993, Nuno Rodrigues e Né Ladeiras reúnem-se para gravar a faixa Matar Saudades produzida por António Emiliano e que foi incluída na reedição de "Banda do Casaco com Ti Chitas". [19][20]

Ao vivo

Tocaram ao vivo poucas vezes. Entre elas destacam-se as actuações na Aula Magna em Lisboa, na Feira de São Mateus em Viseu, no Clube Desportivo de Arroios (Lisboa), no Cine-Teatro da Encarnação (Lisboa), na Gala do Semanário Sete no Cinema Europa" em 1984 (Lisboa) e na Casa do Povo em Cacia[21][22][1]

António Pinho declarou a propósito deste concerto:

"A Casa do Povo estava cheia de velhos. Mulheres com bigode e tudo. Como isto é! Não sei porque é que nos contrataram para tocar ali. Não consigo perceber. Estávamos a tocar contra um muro. Tudo a olhar para nós. Para aquelas aves raras.[21]

Uma das suas últimas aparições públicas foi no concurso 1, 2, 3, em Janeiro de 1986.

O futuro

Em 1993, a Universal Music reeditou em CD os dois primeiros álbuns do grupo. Após a morte de Celso de Carvalho devido a um cancro (1998), saiu reeditado, também em CD, o 3º disco do grupo, Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos, pela Companhia Nacional de Música, em Novembro de 2006[23][24][2]

Em 2006, saiu o livro As Letras como poesia, editado pela Objecto Cardíaco e republicado em 2009 pelas Edições Afrontamento, que começa com uma análise das Letras de António Avelar de Pinho, escritas para o álbum No Jardim da Celeste[25][26][27]

Em Novembro de 2013 foi lançada uma edição de luxo em 2 caixas de CD com os 7 álbuns remasterizados por José Fortes e um DVD com gravações ao vivo de 19751977 e 1984[5][28][2]

Discografia

- Álbuns: [24][29][30]

AnoNomeFormatoReferências
1975Dos Benefícios dum Vendido no Reino dos BonifáciosDisco de vinil / CD[31]
1976Coisas do Arco da VelhaDisco de vinil / CD[32]
1977Hoje Há Conquilhas, amanhã não SabemosDisco de vinil / CD[33][34]
1978Contos da BarbeariaDisco de vinil[35]
1980No Jardim da CelesteDisco de vinil / CD[36]
1982Também EuDisco de vinil / CD[37]
1984Banda do Casaco com Ti ChitasDisco de vinil / CD[38]

- Compilações:

AnoNomeFormatoReferências
1988A Arte e A Música de Banda do CasacoDisco de vinil[18][39]
1996Natação ObrigatóriaCD[40]





















Biografia Banco del Mutuo Soccorso

Banco del Mutuo Soccorso


Banco del Mutuo Soccorso é uma seminal banda italiana de rock progressivo. Com seu primeiro disco lançado em 1972, eles tiveram por toda a década de 1970 uma obra considerada de alto nível pelos fãs do gênero. Sua música foi influenciada por bandas inglesas de rock progressivo mais antigas, como Emerson, Lake & PalmerKing CrimsonPink Floyd e Genesis. Banco del Mutuo Soccorso tem seu álbum Darwin! com a mais alta avaliação do sítio Gnosis,[1] conhecida referência de rock progressivo na World Wide Web.

Banco del Mutuo Soccorso continua fazendo shows ao redor do mundo. A banda já publicou 25 álbuns, embora não tenha conteúdo inédito desde Il 13.

Em 2014 morre em um acidente de carro o vocalista Francesco di Giacomo.

Integrantes atuais

Discografia

  • 1972 : Banco del Mutuo Soccorso
  • 1972 : Darwin
  • 1973 : Io Sono Nato Libero
  • 1975 : Banco (ou Banco IV)
  • 1976 : Garofano Rosso
  • 1976 : Come in un'Ultima Cena
  • 1976 : As in a Last Supper
  • 1978 : …Di Terra
  • 1979 : Canto di Primavera
  • 1979 : Capolinea
  • 1980 : Urgentissimo
  • 1981 : Buone Notizie
  • 1983 : Banco
  • 1985 : …E Via'
  • 1989 : Donna Plautilla
  • 1991 : Da Qui Messere Si Domina la Valle
  • 1993 : La Storia
  • 1993 : I Grandi Successi
  • 1994 : Il 13
  • 1996 : Le Origini
  • 1996 : Antologia
  • 1997 : Nudo
  • 2003 : No Palco


 

Biografia de Bana

Bana

Adriano Gonçalves, mais conhecido por Bana (Nossa Senhora da LuzMindeloCabo Verde5 de março de 1932 – Loures13 de julho de 2013), foi um intérprete, cantor e baladeiro Cabo Verdiano.[1]

Biografia

Nasceu no dia 5, mas só foi registado a 11 de março. Começou a sua carreira quando Cabo Verde era um território português, enquanto trabalhava como guarda-costas e moço de recados do compositor e intérprete B. Leza.[2][3]

Juntando-se ao coro dos diferentes cantores que contavam e cantavam as mornas, os amadores dos violões, das violas e dos cavaquinhos apercebem-se rapidamente da voz invulgar, "admitindo-o" entre os grandes de então. Um deles ficou particularmente encantado com a voz de Bana: nem mais nem menos do que o célebre compositor e poeta B. Leza, que o apresentou, em 1959, numa digressão que a Tuna Académica de Coimbra efetuou por São Vicente. Entre os responsáveis pela Tuna figuravam o escritor, romancista e jornalista Fernando Assis Pacheco e o poeta e político Manuel Alegre, que tentaram trazê-lo a Portugal para atuar.

No entanto, seria em Dacar (Senegal) que Bana gravaria o seu primeiro disco e daria os seus primeiros espetáculos. De Dacar, segue para Paris, onde permanece até 1968 e grava mais dois LP, e para a Holanda, publicando mais dois "long-play" e seis EP, muito em voga na altura.

É no ano seguinte, 1969, que surge o convite para se deslocar a Portugal. Foi na inauguração do Restaurante "Monte Cara", em Lisboa, na companhia de dois dos seus amigos, Luís Morais e Morgadinho, com quem formara, em 1966, o conjunto Voz de Cabo Verde, ainda com Toy da Bibia.

Ao longo de uma carreira de mais de 60 anos, Bana publicou mais de meia centena de LP e EP, em grupo ou a solo, e participou em quatro filmes - dois franceses, um alemão e um luso/cabo-verdiano.

"Embaixador" da música cabo-verdiana, por ser pioneiro em levá-la aos quatro cantos da Europa e África, Bana foi reconhecido com várias condecorações e homenagens, quer em Cabo Verde quer no estrangeiro.

A 28 de maio de 1992, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem do Mérito, de Portugal.[4]

Discografia

Albuns

Fontes:.[5][6]

  • Nha Terra (1965)
  • Pensamento e Segredo (1965)
  • L. Morais (1967)
  • A Paris or Bana á Paris (1968)
  • Recordano (Recording) (1969)
  • Rotcha-Nu (1970)
  • So Coladeras! (1971)
  • Coladeras (1972)
  • Contratempo (1974)
  • Cidália (1976)
  • Miss Unidos (1977)
  • O encanto de Cabo Verde (1982)
  • Dor di nha dor (1984)
  • Gira sol (1998)
  • Acaba comingo
  • Ao vivo no Coliseu
  • Bana - a voz de ouro - mornas
  • Bana canta a magia Cap-Vert
  • Bana e sua orquestra
  • Camin de Maderalzim
  • Canto de amores
  • Fado
  • Ganha gasta
  • Gardenia
  • Livro infinite
  • Mandamentos/Sodad II
  • María Barba e Tunga Tunghinha
  • Avenida Marginal
  • As melhores mornas de sempre
  • Merecimento de mãe
  • Morabeza
  • Mornas inesquecíveis
  • Mornas e coladeiras
  • Mostero nha tentação
  • Perseguida
  • Pilon iletrico
  • Rotcha-Nu
  • Solidão
  • Teresa
  • La Zandunga

Cantos

  • Badiu di fora
  • Cabinda a Cunene (1998)
  • Canta cu alma sem ser magoado, de Pedro Rodrigues
  • De bes





 

Recordar é Viver - Vendas de discos em Portugal 1986

 

Vendas de discos 1986

Discos que ocuparam as primeiras posições entre Janeiro e Dezembro de 1986

Álbuns em destaque:

Jackpot 85 - Vários (EMI) (7#1) [tinha estado 3#1 em 1985]
The Complete - Mike Oldfield - #2
O Melhor de Amália 2 (Tudo Isto é Fado) - Amália Rodrigues - #2
Verde e Amarelo - Roberto Carlos - #2
Ice On Fire - Elton John (10#1)
This Is The Sea - The Waterboys - #2
Promise - Sade - #2
Steve McQueen - Prefab Sprout - #3
Cristal - Simone - #3
Rock A Little - Stevie Nicks (2#1)
Hits 3 - Vários (WEA/CBS) (3#1)
The Power Of Love - Jennifer Rush - #2
Hunting High & Low - A-ha - #4
Bem Bom - Gal Costa (21#1)
Sepes - Trovante - #2
San Francisco - Vários (2#1)
Street Life - Bryan Ferry / Roxy Music - #3
So - Peter Gabriel - #2
A Kind Of Magic - Queen - #3
O Melhor de - Frei Hermano da Câmara - #2
Top Jackpot 86 - Vários (EMI) (4#1)
True Blue - Madonna - #2
Dancing On The Ceilling - Lionel Richie - #3
Break Every Rule - Tina Turner - #2
Saudades Vol. II - José Calvário - #4
Top Gun - Banda Sonora - #2
Graceland - Paul Simon - #3
Top Genius 1986 - Vários (CBS) (1#1)
The Frank Sinatra Collection - Frank Sinatra - #2
Jackpot 86 - Vários (EMI) (2#1)
Polystar - Vários (Polystar) - #3
+

Singles em destaque:

Nikita - Elton John (14#1) [mais 1#1 em 1985]
Say You, Say Me - Lionel Richie - #2
Christmas Time - Bryan Adams - #3
The Power Of Love - Jennifer Rush (13#1)
Cheri Cheri Lady - Modern Talking - #4
A Good Heart - Feargal Sharkey - #3
Loving You Is A Dirty Job - Bonnie Tyler - #3
Touch By Touch - Joy - #2
Take On Me - A~ha - #2
The Captain Of Her Heart - Double - #2
A Different Corner - George Michael (3#1)
J'aime La Vie - Sandra Kim - #2
Touch Me - Samantha Fox (8#1)
Bolero (Hold Me In Your Arms Tonight) - Fancy - #2
Papa Don't Preach - Madonna (1#1)
Um Dia de Domingo - Gal Costa (8#1)
Lessons In Love - Level 42 - #4
Midnight Lady - Chris Norman - #4
Lady In Red - Chris de Burgh - #2
Glory Of Love - Peter Cetera - #2
I Wanna Wake Up With You - Boris Gardiner - #3
Final Countdown - Europe (5#1)
Take My Breath Away - Berlin - #2
In The Army Now - Status Quo - #3
+

As vendas de discos - 1986

O aumento de vendas dos CD e uma queda generalizada na venda de outros suportes de registo de som são as principais características da evolução do mercado discográfico em Portugal no ano passado, segundo um inquérito às vendas de cada editora agora divulgado pela UNEVA.

Os CD aumentaram seis vezes a venda em relação a 1985, enquanto os singles sofreram uma quebra de 23 por cento, os LP desceram 17 por cento e as cassettes 11 por cento.

Segundo a UNEVA uma das razões para estas quedas de vendas reside na proliferação da pirataria de cassettes ilegais.

Ao todo em 1986 venderam-se 1 943 435 singles, 231 130 maxis, 3 025 782 LP, 1 145 436 cassettes e 76 687 CD. A editora que maiores vendas alcançou foi a EMI-VC, com 30,64 por cento do mercado, seguida da Polygram com 29.50 por cento, da CBS com 20.27 por cento, Edisom com 8,95 por cento, Selecções com 6.49. Transmedia com 1,92, Edisco com 1,73 e Ovação com 0,46.

No reportório nacional a editora que mais vendeu foi mais uma vez a EMI-VC com 55,68 por cento do mercado, seguida da Polygram com 17,25 por cento e da CBS com 14,35.























Fadistas e fados menos divulgados

 

Maria Emilia-2019 - Casa de fado





Eduardo Oliveira - Realização de um sonho







Dana - Sei finalmente


Francisco Fialho - Best Of do Fado








Alcindo de Carvalho-O Fado De Ser Fadista















Destaque

Em 27/12/1967: Leonard Cohen lança o álbum Songs of Leonard Cohen

Em 27/12/1967: Leonard Cohen lança o álbum Songs of Leonard Cohen Songs of Leonard Cohen é o álbum de estreia do cantor, poeta e compositor ...