terça-feira, 2 de agosto de 2022

Pearl Jam Twenty dá os parabéns ao Grunge e (claro) à banda!

 

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Pearl Jam Twenty dá os parabéns ao Grunge e (claro) à banda!

Pearl Jam Twenty é o nome do documentário de Cameron Crowe que celebra os 20 anos de existência dos Pearl Jam. Lançado em 2011, o trabalho leva-nos para a cidade de Seattle dos anos 90, que não só viu nascer a banda, como deu à luz um novo subgénero musical, o Grunge.

Depois de filmes como Singles e Quase Famosos, o realizador já galardoado com um Óscar aceitou o desafio de documentar a história de uma banda de que também ele é assumidamente fã. Ainda assim, o facto de gostar dos Pearl Jam não foi motivo para que o Pearl Jam Twenty enveredasse por um lado demasiado romantizado. Pelo contrário, no documentário é conseguido um equilíbrio surpreendente entre aquilo que foi o percurso dos Pearl Jam e as condições que levaram ao sucesso planetário.

E nem os assuntos mais difíceis escaparam. Pearl Jam Twenty toca vários pontos fulcrais, como o pai de Vedder e as mortes de Andrew Wood a Kurt Cobain. Embora (dizem os críticos) o documentário possa transparecer algum carinho pela banda, este não foi seguramente um motivo que impediu a narrativa de se manter fiel. Algo que certamente agradará aos fãs mais acérrimos da banda.

De resto, importa salientar que o conhecimento musical de quem trabalhou como editor da Rolling Stone foi uma mais-valia, permitindo a Cameron Crowe criar um contexto e visões interessantes tanto sobre os Pearl Jam em si, como sobre a cena grunge de Seattle. Aliás, não é possível passar ao lado o facto do próprio Crowe ter vivido na cidade portuária mais ou menos na mesma altura em que os Pearl Jam se começaram a notar.

Pearl Jam Twenty: O contexto para o nascimento da banda

Vindo do outro extremo do país, o realizador começa por descrever o grunge como “belo hard rock melódico”, estabelecendo logo à partida um motivo para que o género tenha nascido onde nasceu. Por oposição à Califórnia – onde os jovens costumam passar muito tempo ao sol – em Seattle era normal os adolescentes ocuparem o tempo dentro de casa.

Segundo Crowe, esta diferença culminava em musicalidades diferentes: se num lado tínhamos temas mais descontraídos e de vários géneros musicais, no outro nascia um rock alternativo e mais profundo onde se mostravam outro tipo de emoções.

Repleto de antiguidades e imagens inéditas, Pearl Jam Twenty não conta apenas com Eddie Vedder e os restantes elementos da banda.

O aniversário de grupo serve de pretexto para explorar um contexto mais amplo, sendo que o documentário conta inclusive com entrevistas de grandes nomes da história do Grunge. Entre eles, destaque para Chris Cornell, um dos responsáveis pelo início de carreira de Eddie Vedder, de quem foi colega nos tempos dos Temple of The Dog.

A promoção (embriagada) de Singles, o Grammy guardado por Stone Gossard na cave ou a polémica atuação anti-Bush são alguns dos temas abordados por Pearl Jam Twenty. A juntar a estes, há também lugar para a tragédia do Roskilde, numa visão terna e triste do acontecimento que ocorreu na edição de 2000 do festival dinamarquês.

Cameron Crowe: um percurso ligado à música e ao cinema

Antes de ser realizador, Cameron Crowe foi jornalista. Apaixonado pela música, o jovem estreou-se na Rolling Stone aos 18 anos, com uma reportagem que resultava do acompanhamento dos The Allman Brother Band durante 3 semanas. Começava então uma carreira da qual fariam parte entrevistas aos grandes nomes do rock, dos Led Zepplin aos Eagles.

Com o tempo, a reputação cresceu. Famoso por transpor por palavras aquilo que se passava nos bastidores, Cameron Crowe tornou-se o jornalista dos “assuntos difíceis” da revista, sendo destacado para fazer entrevistas a bandas que normalmente odiavam a Rolling Stone.

Em 1997, a publicação mudou os seus escritórios para Nova Iorque. Ainda jovem, Crowe decidiu não acompanhar a mudança, acabando por desistir do trabalho como jornalista. Nos tempos de se seguiram, voltou ao liceu, inscrevendo-se no Claimont High School. As experiências serviram de inspiração para o livro Fast Times at Ridgemont High:A True Story, lançado em 1981 e adaptado ao cinema em 1982. Do elenco da película fizeram parte atores que, na data ainda não eram muito conhecidos. Nomes como Sean Penn, Nicholas Cage e Forest Whitaker.

O guião do filme foi trabalhado por Crowe e abriu caminho para outros trabalhos, a maioria sobre música e adolescência. Não Digas Nada (cujo titulo original era Say Anything) marcou a estreia como realizador, mas foi com Singles que Crowe conquistou o público.

Na altura, o realizador tentou incluir Smells Like Teen Spirit na trilha sonora, mas desistiu porque os direitos de autor eram demasiado caros. A dar os primeiros passos, os Pearl Jam foram contratados para fazerem de banda fictícia da personagem de Matt Dillon, os Citizen Dick.

Quase famosos (ou Almost Famous) foi a grande consagração. O filme deu a Crowe o Óscar de Melhor Guião Escrito para o Ecrã, depois de 3 anos antes, em 1997, ter sido nomeado para o mesmo prémio com Jerry Maguire.

Desde então, Cameron Crowe expandiu-se para o universo dos documentários. Além de Pearl Jam Twenty, foi responsável por The Union, sobre o álbum de Elton John e Leon Russell com o mesmo nome.

Depois de alguns anos sem lançar nenhum trabalho cinematográfico nem documental, em 2015 Crowe voltou com Aloha, a história de um militar que regressa a casa, com atores como Emma Stone, Rachel McAdams e Bradley Copper; e Roadies, um telefilme que conta com Christina Hendriks e Imogen Poots.

Pearl Jam Twenty

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BIOGRAFIA DE Ibrahim Ferrer




 

Ibrahim Ferrer



Ibrahim Ferrer (20 de fevereiro de 1927 - 6 de agosto de 2005) foi um cantor cubano que tocou com Los Bocucos por quase quarenta anos. Ele também se apresentou com Conjunto Sorpresa , Chepín y su Orquesta Oriental e Mario Patterson . Após sua aposentadoria em 1991, ele foi trazido de volta ao estúdio para gravar com o Afro-Cuban All Stars e Buena Vista Social Club em março de 1996. Ele então excursionou internacionalmente com esses grupos de revival e gravou vários álbuns solo para o Circuito Mundial antes de sua morte em 2005.

Início da vida 

Ferrer nasceu em um clube de dança em San Luis , perto da cidade de Santiago de Cuba . [2] Sua mãe morreu quando ele tinha 12 anos, deixando-o órfão e obrigando-o a cantar nas ruas ( busk ) para ganhar dinheiro. [3]

No ano seguinte, Ferrer se juntou ao seu primeiro grupo musical - um dueto com seu primo - chamado Jovenes del Son ( espanhol : Youths of Rhythm ). Eles se apresentavam em eventos privados e os dois jovens conseguiram juntar dinheiro suficiente para viver.

Carreira 

Nos anos seguintes, Ferrer se apresentaria com muitos grupos musicais, incluindo Conjunto Sorpresa e Chepín y su Orquesta Oriental . Como vocalista deste último, Ferrer gravou em 1956 seu maior sucesso: "El platanal de Bartolo". Em 1961, ele também cantou para Mario Patterson y su Orquesta Oriental em "Cariño falso", um padrão do repertório guaracha .

Los Bocucos 

Em 1953, Ferrer começou a se apresentar com o grupo de Pacho Alonso em Santiago, Cuba. Em 1959, o grupo mudou-se definitivamente para Havana , renomeando-se Los Bocucos , em homenagem a um tipo de tambor muito utilizado em Santiago, o bocú . Com Alonso, Ferrer tocou principalmente sons, guarachas e outras músicas de ritmo acelerado. No entanto, ele ansiava por cantar boleros .

Ferrer permaneceu um membro de Los Bocucos até sua aposentadoria em 1991. A partir de 1967, Los Bocucos tornou-se um grupo independente, desde que Pacho Alonso começou uma nova banda, Los Pachucos. Desde então, Ferrer começou a cantar com mais frequência, em vez de se apresentar como cantor de apoio. O grupo lançou vários LPs nas décadas de 1970 e 1980. Em 1998, o selo cubano EGREM lançou no CD Tierra caliente , uma compilação de faixas gravadas por Los Bocucos entre 1970 e 1988, apresentando Ferrer como vocalista. As músicas foram dirigidas e arranjadas por Roberto Correra , trompetista principal do grupo.

Renascimento da carreira 

Em 1996, Ferrer participou das sessões do Circuito Mundial de Nick Gold, quando foi anunciado que um cantor de bolero à moda antiga seria necessário. Ele participou pela primeira vez da gravação do álbum A Toda Cuba le Gusta com o Afro-Cuban All Stars , que foi indicado ao Grammy. Este projeto foi imediatamente seguido pela gravação do álbum Buena Vista Social Club de Ry Cooder , vencedor do Grammy Award , que mostrou o talento de Ferrer como cantor de bolero e o tornou amplamente conhecido fora de Cuba.

Em 1999, Ry Cooder gravou o primeiro álbum solo de Ferrer. Em 2000, Ferrer, aos 72 anos, recebeu um Grammy Latino de Melhor Artista Revelação .

Em 2001, ele apareceu na faixa "Latin Simone (¿Qué Pasa Contigo?)" no álbum de estréia auto-intitulado da banda virtual Gorillaz . Após a morte de Ferrer, Gorillaz tocou a música ao vivo como uma homenagem a ele em shows em 2005 e 2006, e novamente em 2018.

Em 2004, Ferrer ganhou um Grammy , mas foi negada permissão pelo governo dos EUA para entrar nos EUA para receber seu prêmio" [4] como resultado de leis de vistos extremamente restritivas promulgadas após o 11 de setembro . [5]

Ferrer lançou sua segunda gravação solo, Buenos Hermanos , em 2003 e continuou em turnê pela Europa em 2005. Ferrer contribuiu em 2005 para o álbum Rhythms Del Mundo : Cuba, do APE Vision Artists Project Earth , uma colaboração com artistas Coldplay, U2, Sting, Dido, Faithless, Jack Johnson, Maroon 5 e outros. A última gravação de Ferrer foi Mi sueño , um álbum dedicado ao bolero. Foi lançado postumamente em 2006.

Ferrer foi apresentado postumamente nos documentários Gorillaz Bananaz e Reject False Icons em 2008 e 2019, respectivamente.

Morte

Ibrahim Ferrer morreu aos 78 anos de falência múltipla de órgãos em 6 de agosto de 2005, no hospital CIMEQ em Havana, Cuba, após retornar de uma turnê européia. [6] Foi sepultado no Cemitério Colón, Havana .

Vida pessoal 

Ferrer era um adepto da fé Santería , uma mistura de religiões tradicionais africanas e catolicismo . [7] [8]

Discografia 

Álbuns 

Compilações 

  • Mi Oriente (Tumbao Cuban Classics, 1999) - Gravado 1956-1961 [12]
  • Tierra Caliente - Ibrahim Ferrer com Los Bocucos (EGREM, 2000) [13]
  • Mis tiempos con Chepín y su Orquesta Oriental (EGREM, 2002) [14]
  • La Colección Cubana (Nascente, 2002) - Gravado 1960s-1970s [15]
  • ¡Qué Bueno Está! (Blue Moon, 2004) - Gravado 1960-1961 [16]
  • Ay, Candela (Escondida, 2005) - Gravado 1960-1988 [17] [18]
  • Ritmos do Mundo (2006)
  • Chepin Y Su Orquesta Oriental - Con: Ibrahim Ferrer (Perlas Cubanas, 2014) [19]
  • Perdidos e Achados (Circuito Mundial/Nonesuch Records, 2015)


ALBUM INFO
ARTIST: Ibrahim Ferrer
TITLE: Mi Sueño
RELEASE DATE: 2007-03-26

#Title
1Dos Almas
10Copla Guajira
11Quizás Quizás
12Alma Libre
2Si Te Contara
3Melodia del Rio
4Cada Noche un Amor
5Deuda
6Uno
7Convergencia
8Quiereme Mucho
9Perfidia


POEMAS CANTADOS POR RUI VELOSO

Morena De Azul

Rui Veloso


Essa morena aí sentada

Não dança mas que pena

Dizem que é complexada

Por ter óculos e ser pequena


Ei morena que é que importa

Não dá mesmo para cismar

És tu que fechas a porta

E não deixas ninguém entrar


Morena de azul


Eu tenho comigo a cura

Se aí ficares até o baile findar

Eu não meço pela altura

Nem pelo alcance do olhar


E quando o nosso olhar se cruzou

Mandei-lhe uma piscadela

E quando o meu solo chegou

Ela soube que era para ela


Morena de azul


Chamam-lhe a roda vinte e quatro

Esses galitos de lata

Mas ela para mim esta noite

Tem a medida exacta


Essa morena tem um quê

Que não se vê aqui de fora

Uma vez que se lá entre

Não se pode vir embora


Morena de azul


NãO Há Estrelas No CéU

Rui Veloso


Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho

Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho

De que vale ter a chave de casa para entrar

Ter uma nota no bolso pra cigarros e bilhar?


A primavera da vida é bonita de viver

Tão depressa o Sol brilha como a seguir está a chover

Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar

Parece que o mundo inteiro se uniu pra me tramar!


Passo horas no café, sem saber para onde ir

Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir

Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar

De manhã ouço o conselho que o velho tem pra me dar


A primavera da vida é bonita de viver

Tão depressa o Sol brilha como a seguir está a chover

Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar

Parece que o mundo inteiro se uniu pra me tramar!

Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu


Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas

Perdido nas avenidas e achado nas vielas

Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede

Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede


Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto

Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto

Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim

Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?


A primavera da vida é bonita de viver

Tão depressa o Sol brilha como a seguir está a chover

Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar

Parece que o mundo inteiro se uniu pra me tramar!

Não há-á-á estrelas no céu


Não Invoquem O Amor Em Vão

Rui Veloso


Amar é o verbo revelado

Pela boca da divindade

Só deve ser invocado

Em caso de necessidade

Esse verbo não se explica

Á luz crua da razão

Ele é a jóia mais rica

Da arca da criação

Podem-no pôr no altar

frívolo duma canção

Praticá-lo até gastar

Mas não o invoquem em vão


Não invoquem o amor em vão

Não invoquem o amor em vão


Podem-no usar com rendas

Ou enfeites de algodão

Para tapar bem as fendas

Por onde sopra a solidão

Podem dá-lo ao desbarato

Podem-no até vender

Metê-lo no guarda-fato

E dá-lo à traça a comer

Podem-no usar no chão

Como capacho dos pés

Mas não o invoquem em vão

Não o sujem com clichés


Não invoquem o amor em vão

É pecado como deitar fora o pão

Não invoquem o amor em vão

É pecado como deitar fora o pão


Destaque

Autoramas

  Banda formada no Rio de Janeiro, em 1997, por Gabriel Thomaz na guitarra, Nervoso na bateria e Simone no baixo, com a ideia de fazer ...