A revista "Rock em Portugal" (REP) foi a única revista que se dedicou ao fenómeno do Rock português, antes do "boom" acontecido nos anos 80 de século XX.
Começou a sua edição em Janeiro de 1978, ao preço de 15$00 e com uma tiragem de 10.000 exemplares ( na foto pode ver-se a reprodução da capa do número 1).
O seu director era António José, antigo músico do grupo FBI e , na época , proprietário de uma agência de espectáculos de bandas Rock. O chefe de redacção era o jornalista António Duarte que seria o autor do livro "A Arte Eléctrica De Ser Português- 25 Anos De Rock'N'Portugal", editado no início dos anos 80 e hoje completamente esgotado. António Duarte seria, mais tarde o mentor do projecto musical D.W.Arte que se apresentou por várias vezes ao vivo no Rock Rendez Vous , onde fazia furor pelas suas "performances" que misturavam encenações com música electrónica.
A revista apresentava um formato A5 , com um papel de fraca qualidade.
Algumas das secções da revista eram: "Feedback", onde se contavam pequenas histórias de bandas portuguesas, "Notícias do Pequeno Mundo" , que, como o nome indica, se dedicava a explicar aos leitores as novidades relacionadas com as bandas. Além destas secções habituais havia , ainda, entrevistas com as bandas mais "up- to date". As entrevistas incidiam em nomes como Os Plutónicos, Arte & Ofício, Tantra, Os Faíscas, Aqui D'El Rock, Ananga Ranga, Hosanna, Perspectiva, José Cid, Pesquisa, António Victorino de Almeida, etc.
"Frescas & Boas" era outras das secções da revista que informava os leitores sobre as últimas notícias relacionadas com o fenómeno do Rock português. A secção "Ao Vivo" dava conta dos concertos das bandas um pouco por todo o país. É curioso que , nesta época, as grandes bandas portuguesas tocavam em variadas localidades, sobretudo em Festas e Bailes de Finalistas de Liceus.
A revista contou com vários colaboradores ao longo da sua existência, tais como António Sérgio, Hermínio Clemente ( repórter fotográfico), João Filipe Barbosa, Miguel C. Monteiro (de quem era publicada uma banda desenhada sobre um "Rocker" intitulada "Quico"), Picâpe Roque ( o homem da secção "Discocrítica", onde eram analisados à lupa os lançamentos discográficos mais recentes). Para além da participação destes havia , também, a colaboração de diversos leitores da revista que enviavam as suas crónicas sobre concertos a que tinham assistido. O autor destas linhas viu publicado no número 11 da revista a sua crónica sobre o concerto dos Hosanna no Sabugal.
Devido à falta de apoios de qualquer espécie (apenas alguma publicidade a discos ou a instrumentos musicais a mantinha de pé) a revista não foi saindo com a periodicidade mensal inicialmente prevista e começou a atrasar a sua publicação (por vezes o número que saía referia-se a um período de três meses). No entanto a tiragem inicial de 10.000 exemplares manteve-se até ao seu final.
"Os Mais 77" e "Os Mais 78" eram uma espécie de "prémio" atribuído pela REP aos discos mais representativos da corrente Rock portuguesa. Grupos como os Arte & Ofício, Tantra , Perspectiva , Psico e Beatnicks foram contemplados com o "prémio".
Na secção "Os Poetas Rock" eram publicados poemas de bandas portuguesas e até alguns poemas enviados por leitores que mantivessem uma linha coerente com o fenómeno Rock.
Havia , até, uma secção chamada "Um Pouco de História..." onde eram publicadas biografias de bandas já extintas, mas que tinham sido fundamentais para a divulgação do Rock em Portugal.
"Pizzicato" era a secção dedicada ao correio dos leitores que merecia resposta por parte dos responsáveis da revista.
Na parte final da sua existência a revista começou a ter uma secção intitulada "Pé Na Tábua" que se dedicava ao automobilismo. Segundo foi explicado pelos responsáveis da revista havia muitos leitores que se interessavam por este assunto. O responsável por esta secção extra-musical era Paulo da Cruz Sabino.
A REP chegou a organizar Festivais com a participação de diversas bandas, um pouco à semelhança do que fez a revista "Música & Som".
Na parte final da sua existência a REP começou a ter menos páginas e menos secções e devido à crise que a assolou terminou a sua publicação em Maio de 1979, no número 11.
Passado um ano surgiria em Portugal o "boom" do Rock português através de nomes como Rui Veloso, UHF e GNR. A revista REP foi a uma antecipação a esse fenómeno. Quando muitos portugueses descobriram que se fazia Rock em Portugal, devido à "mediatização" do fenómeno, já a REP tinha feito muito pela divulgação do mesmo.
A revista "Rock em Portugal" (REP) foi a única revista que se dedicou ao fenómeno do Rock português, antes do "boom" acontecido nos anos 80 de século XX.
Começou a sua edição em Janeiro de 1978, ao preço de 15$00 e com uma tiragem de 10.000 exemplares ( na foto pode ver-se a reprodução da capa do número 1).
O seu director era António José, antigo músico do grupo FBI e , na época , proprietário de uma agência de espectáculos de bandas Rock. O chefe de redacção era o jornalista António Duarte que seria o autor do livro "A Arte Eléctrica De Ser Português- 25 Anos De Rock'N'Portugal", editado no início dos anos 80 e hoje completamente esgotado. António Duarte seria, mais tarde o mentor do projecto musical D.W.Arte que se apresentou por várias vezes ao vivo no Rock Rendez Vous , onde fazia furor pelas suas "performances" que misturavam encenações com música electrónica.
A revista apresentava um formato A5 , com um papel de fraca qualidade.
Algumas das secções da revista eram: "Feedback", onde se contavam pequenas histórias de bandas portuguesas, "Notícias do Pequeno Mundo" , que, como o nome indica, se dedicava a explicar aos leitores as novidades relacionadas com as bandas. Além destas secções habituais havia , ainda, entrevistas com as bandas mais "up- to date". As entrevistas incidiam em nomes como Os Plutónicos, Arte & Ofício, Tantra, Os Faíscas, Aqui D'El Rock, Ananga Ranga, Hosanna, Perspectiva, José Cid, Pesquisa, António Victorino de Almeida, etc.
"Frescas & Boas" era outras das secções da revista que informava os leitores sobre as últimas notícias relacionadas com o fenómeno do Rock português. A secção "Ao Vivo" dava conta dos concertos das bandas um pouco por todo o país. É curioso que , nesta época, as grandes bandas portuguesas tocavam em variadas localidades, sobretudo em Festas e Bailes de Finalistas de Liceus.
A revista contou com vários colaboradores ao longo da sua existência, tais como António Sérgio, Hermínio Clemente ( repórter fotográfico), João Filipe Barbosa, Miguel C. Monteiro (de quem era publicada uma banda desenhada sobre um "Rocker" intitulada "Quico"), Picâpe Roque ( o homem da secção "Discocrítica", onde eram analisados à lupa os lançamentos discográficos mais recentes). Para além da participação destes havia , também, a colaboração de diversos leitores da revista que enviavam as suas crónicas sobre concertos a que tinham assistido. O autor destas linhas viu publicado no número 11 da revista a sua crónica sobre o concerto dos Hosanna no Sabugal.
Devido à falta de apoios de qualquer espécie (apenas alguma publicidade a discos ou a instrumentos musicais a mantinha de pé) a revista não foi saindo com a periodicidade mensal inicialmente prevista e começou a atrasar a sua publicação (por vezes o número que saía referia-se a um período de três meses). No entanto a tiragem inicial de 10.000 exemplares manteve-se até ao seu final.
"Os Mais 77" e "Os Mais 78" eram uma espécie de "prémio" atribuído pela REP aos discos mais representativos da corrente Rock portuguesa. Grupos como os Arte & Ofício, Tantra , Perspectiva , Psico e Beatnicks foram contemplados com o "prémio".
Na secção "Os Poetas Rock" eram publicados poemas de bandas portuguesas e até alguns poemas enviados por leitores que mantivessem uma linha coerente com o fenómeno Rock.
Havia , até, uma secção chamada "Um Pouco de História..." onde eram publicadas biografias de bandas já extintas, mas que tinham sido fundamentais para a divulgação do Rock em Portugal.
"Pizzicato" era a secção dedicada ao correio dos leitores que merecia resposta por parte dos responsáveis da revista.
Na parte final da sua existência a revista começou a ter uma secção intitulada "Pé Na Tábua" que se dedicava ao automobilismo. Segundo foi explicado pelos responsáveis da revista havia muitos leitores que se interessavam por este assunto. O responsável por esta secção extra-musical era Paulo da Cruz Sabino.
A REP chegou a organizar Festivais com a participação de diversas bandas, um pouco à semelhança do que fez a revista "Música & Som".
Na parte final da sua existência a REP começou a ter menos páginas e menos secções e devido à crise que a assolou terminou a sua publicação em Maio de 1979, no número 11.
Passado um ano surgiria em Portugal o "boom" do Rock português através de nomes como Rui Veloso, UHF e GNR. A revista REP foi a uma antecipação a esse fenómeno. Quando muitos portugueses descobriram que se fazia Rock em Portugal, devido à "mediatização" do fenómeno, já a REP tinha feito muito pela divulgação do mesmo.