domingo, 1 de janeiro de 2023

BIOGRAFIA DOS Camisa de Vênus

 

Camisa de Vênus

Camisa de Vênus é uma banda de rock brasileiro que foi formada em Salvador em 1980 e encontra-se em atividade até hoje. Fez grande sucesso no cenário brasileiro dos anos 80, sendo uma banda tida como mais "suja" do que as outras pelo seu nome (na época era muito utilizado como sinônimo de preservativo) e pelos palavrões nas letras. Suas principais músicas são Bete Morreu, Eu Não Matei Joana D'Arc, Simca Chambord, Deus Me Dê Grana e Só O Fim. 

História.

A banda foi formada em 1980 quando Marcelo Drummond Nova, que trabalhava na rádio Aratu em Salvador, conheceu Robério Santana, que trabalhava na TV Aratu. Conversando sobre música os dois descobriram que tinham gostos em comum e decidiram montar uma banda. Marcelo Nova seria o vocalista e Robério Santana o baixista. Robério resolveu chamar seu amigo Karl Franz Hummel para assumir a guitarra base e este, por sua vez, chamou seu amigo Gustavo Adolpho Souza Mullem para tocar bateria. Se juntou ao grupo o guitarrista solo Eugênio Soares.

Nos ensaios, as pessoas que compareciam diziam que o som da banda era muito incômodo. Por isso, Marcelo Nova sugeriu o nome de Camisa de Vênus, por achar preservativo uma coisa muito incômoda.

Após duas apresentações em Salvador, Eugênio Soares sai do grupo e Gustavo Mullem, que queria tocar guitarra solo, chama Aldo Pereira Machado para assumir a bateria. Esta seria a formação que tocaria junta até o primeiro fim da banda, em novembro de 1987.

Com a realização de alguns shows na capital baiana, uma pequena gravadora local, chamada NN Discos, se interessa pela banda e chama-os para gravarem um compacto, com a possibilidade de gravarem um álbum. A banda grava duas músicas em Salvador: Controle Total e Meu Primo Zé. O lado A continha uma música "chupada" de Complete Control do The Clash, mas com uma letra que falava da vida na Bahia. Já o lado B era composto de uma versão da música My Perfect Cousin do The Undertones. O compacto foi lançado em julho de 1982.

Após o compacto, a gravadora decide dar a oportunidade deles gravarem um álbum. Entretanto, com o sucesso de outras bandas do incipiente rock nacional dos anos 80 - o primeiro compacto da Blitz é de 1982, assim como o dos Paralamas do Sucesso e o do Kid Abelha, a Som Livre se interessa em lançar nacionalmente o álbum. Então, Marcelo Nova é chamado para uma reunião com os executivos da gravadora Som Livre, Heleno de Oliveira e João Araújo, pai de Cazuza. Neste encontro, eles expõem um "problema" para Marcelo Nova: o nome da banda atrapalharia a divulgação do primeiro trabalho (nos jornais o Camisa de Vênus era tratado como "Camisa de ..."). Eles sugeriram que o nome fosse trocado por outro "melhor". Marcelo Nova diz que aceitaria a troca de nome e propõe que o novo nome seja "Capa de Pica".

Esta reunião selaria o destino do Camisa de Vênus na gravadora Som Livre e o seu primeiro álbum homônimo, lançado em 1983, teria a distribuição prejudicada. O álbum continha a música Bete Morreu, que faria sucesso nacionalmente, mas que, pouco tempo depois, teria a sua execução radiofônica proibida em todo o território nacional pela Censura.

Após o lançamento, a banda fica quase um ano sem gravadora, mas acaba assinando com a RGE. Assim, em 1984, sai o segundo álbum da banda, chamado Batalhões de Estranhos. O disco traz uma banda mais madura e com melhores recursos de estúdio à sua disposição, o que proporciona a realização de um som mais polido e menos agressivo. O segundo álbum da banda traz mais um sucesso radiofônico, Eu Não Matei Joana D'Arc e eles saem novamente em turnê.

Mudança de Gravadora.

Ao assistir um show da banda, André Midani (diretor da gravadora WEA, na época) vai ao camarim da banda perguntar o que ele precisava para "contratar aquele insulto". Fica acertado então que o Camisa de Vênus lançaria um álbum com o registro ao vivo de um show da turnê, produzido por Pena Schmidt e lançado ainda pelo selo RGE. Ao analisar o material, eles decidem lançar um show em Santos, realizado no dia 08 de março.

Marcelo Nova, que já tinha experiência de músicas censuradas, decide não enviar o álbum à apreciação da Censura, que continuava em vigor apesar do fim da ditadura militar. O álbum Viva foi lançado em 1986 e, quando estava com cerca de 40 mil cópias vendidas foi recolhido pela Polícia Federal por ordens da censura. O próprio Marcelo Nova presenciou cópias de seu disco sendo recolhidas em São Paulo.

Após este episódio, o álbum teve oito de suas dez músicas censuradas por conterem linguagem inapropriada. Entretanto, com a volta às vendas, apesar da proibição de execução radiofônica e, talvez, devido ao impulso conseguido com as notícias da censura do álbum, suas vendas atingem a marca de 180 mil. É o segundo álbum ao vivo mais vendido do rock nacional dos anos 80, só perdendo para o disco Rádio Pirata Ao Vivo, do RPM.

Ainda em 1986, entram em estúdio novamente e gravam o álbum Correndo O Risco, o primeiro pela gravadora Warner. O álbum é produzido por Pena Scmidt continuando a parceria que se encerraria apenas com o fim da banda. Ele vende 300 mil cópias e a música Só O Fim torna-se a mais tocada nas rádios naquele ano. Além da já citada, são destaques do álbum as músicas Simca Chambord e Deus Me Dê Grana.

Término da Banda.

Após mais uma turnê, a banda se reúne em estúdio para gravar um novo álbum. Chamam Raul Seixas para uma participação, o que resulta na composição e gravação de Muita Estrela, Pouca Constelação. Marcelo Nova e o Camisa de Vênus conheciam Raul desde uma apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro em 1984, quando foram informados que Raulzito viria vê-los e acabaram tocando uma seleção de covers de clássicos do Rock.

Assim, em outubro de 1987, lançam o primeiro álbum duplo do rock nacional, Duplo Sentido. A recepção ao álbum é inferior ao último, talvez em reflexo do grande número de músicas. Apesar disto, as vendas somam cerca de 40 mil, mesmo sem uma grande turnê de divulgação.

Desde o disco anterior da banda, Marcelo Nova vinha pensando em sair para seguir novos rumos. Também as relações entre os membros estavam desgastadas pelos vários anos de convivência. Então, logo após o lançamento deste álbum, ele anuncia à banda que estava deixando o grupo para seguir carreira solo, mas que eles poderiam continuar se quisessem. Entretanto, os demais membros decidem encerrar a carreira do grupo.

Volta em 1995.

Em meados de 1995, Karl Hummel ligou para Marcelo Nova querendo voltar com a banda. Para convencer Marcelo Nova disse que tinha ouvido outro dia na TV que o Skank era a "nova sensação do rock nacional" e que, por isso, eles precisavam voltar. Eles chamam Robério Santana para reassumir o baixo, mas Gustavo Mullem e Aldo Machado decidem não participar. Gustavo Mullem estava trabalhando no exterior e Aldo Machado tornou-se cristão e não desejava mais tocar com o Camisa.

Para completar a banda, Marcelo Nova reúne metade do Camisa de Vênus original com metade da sua banda de apoio do álbum A Sessão sem Fim. Assim, completam a formação dois músicos antológicos do rock nacional, Luis Sérgio Carlini na guitarra solo e Franklin Paolillo na bateria, além de Carlos Alberto Calazans nos teclados, músico que acompanhava Marcelo Nova desde a sua saída do Camisa de Vênus.

Carlini havia sido o guitarrista do Tutti Frutti, a banda de Rita Lee nos anos 70 após a sua saída dos mutantes e Paolillo tocou com Carlini no Tutti Frutti, participando do álbum Fruto Proibido, e também na formação original do Joelho de Porco.

Com esta nova formação o Camisa inicia uma série de shows e assina com a Polygram um contrato para o lançamento de 2 álbuns. Assim, ainda em 1995, gravam um show realizado no Aeroanta, em São Paulo, e lançam o álbum ao vivo Plugado!. O álbum teve boa repercussão, apresentando o Camisa para uma nova geração de fãs.

Para consolidar esta fase, no ano seguinte, a banda entra em estúdio para gravar o disco Quem É Você?. Este álbum conta com a participação de Eric Burdon, lendário vocalista do The Animals, dividindo os vocais com Marcelo Nova e, também, produzindo um cover de Don't Let Me Be Misunderstood. Além disto, conta também com a participação dos Raimundos na faixa Essa Linda Canção, que recebeu grande repercussão na MTV.

Após um ano em turnê, Marcelo Nova decide terminar com o Camisa de Vênus novamente e voltar com a sua carreira solo, no ano seguinte.

Reunião em 2004.

Em janeiro de 2004, a banda se reúne para tocar na 6ª edição do Festival de Verão Salvador e, também, para realizar outros shows. O Camisa se apresenta com Marcelo Nova, Karl Hummel e Gustavo Mullem, da formação original, e mais Lu Stopa no baixo, Johnny Boy nos teclados e guitarra adicional, e Denis Mendes na bateria como banda de apoio.

É gravado um DVD ao vivo com a apresentação do Camisa de Vênus no festival de verão que é lançado no mesmo ano. Ao fim do ano, o Camisa de Vênus volta a se separar.

Reunião em 2007.

Em 2007, se reúnem para uma turnê com alguns shows pelo Brasil, e também gravam um DVD ao vivo a partir de um show em Divinópolis. Nesta reunião a banda é formada por Marcelo Nova, Karl Hummel, Robério Santana e Gustavo Mullem, da formação original, mais Luiz Carlini e Denis Mendes.

Sem Marcelo Nova.

Em 2009, a banda anuncia a volta oficial, porém, não conta com a presença do vocalista Marcelo Nova, do baterista original Aldo Machado e nem do baixista Robério Santana. Ambos foram substituídos por Eduardo Scott (ex-Gonorréia) nos vocais, Louis Bear na bateria, e Jerry Marlon, no baixo. Recentemente, a banda lançou de foram independente a coletânea Mais Vivo do Que Nunca, com Scott interpretando os clássicos que foram eternizados na voz de Marcelo. 

Formações.

Atuais.

Eduardo Scott (Vocal)
Gustavo Mullem (Guitarra Solo)
Karl Hummel (Guitarra Base)
Jerry Marlon (Baixo)
Louis Bear (Bateria)




Batalhões Estranhos (1984)

01. Eu Não Matei Joana D’Arc
02. Casas Modernas
03. Lena
04. Ladrão De Banco
05. Gotham City
06. Noite E Dia
07. Crime Perfeito
08. Rosto E Aeroportos
09. Hoje
10. Cidade Fantasma
11. Batalhões De Estranhos
 



Resenha - Ange – Le Cimetière Des Arlequins

 



Banda: Ange
Disco: Le Cimetière Des Arlequins
Ano: 1973
Selo: Philips
Tipo: Estúdio

Faixas:
1. Ces Gens-Là – 4′47
2. Aujourd’hui C’est La Fête Chez l’Apprenti-Sorcier – 3′25
3. Bivouac – 1ère Partie – 5′32
4. L’Espionne Lesbienne – 2′52
5. Bivouac Final – 3′02
6. De Temps En Temps – 4′08
7. La Route Aux Cyprès – 3′18
8. Le Cimetière Des Arlequins – 8′46

Formação:
Christian Decamps – voz/ piano e ógão
Francis Decamps – órgão/mellotron/efeitos e vocais
Jean Michel Brezovar – guitarras/flauta e vocais
Gérald Jelsch – bateria e percussão
Daniel Haas – baixo e violão

Resenha:
1. Ces Gens-Là
Que guitarra esperta nesse começo! Arrastado e bem diferente. Baixo a frente (Daniel Haas) e a guitarra de Jean-Michel Brezovar perdida em sons.
O vocal de Christian Decamps é muito interessante, e olha que eu nunca achei o francês interessante. Bem emocional, interpretativo.
A sessão central começa maravilhosamente bem e logo em seguida modula de tom para o solo, e diga de passagem que as partes de bateria Gérard Jelsh são muito boas.

2. Aujourd’Hui C’est La Fête Chez L’Apprenti-Sorcier
Do começo sobra só um fiapo de som, perto do 2 minuto da música, muito boas as partes dedilhadas, o teclado ao fundo e os vocais sussurrados.


3. Bivouac – 1 Ère Partie
Quase uma canção comemorativa. Bela interpretação vocal, e uma banda alegre (pelo menos durante alguns segundos).
Do meio pra frente um som daqueles que eu costumo chamar ad infinitum, sabem aqueles riffs que se repetem sem cansar? Então! Enquanto isso guitarra e teclado solam a vontade.



4. L’Espionne Lesbienne
Que violões legais, vocal mais inda, frases rápidas e desconcertantes.
Flautas e efeitos, mas o forte é o tema principal com seus violões e vocais duplicados com Francis Decamps.

5. Bivouac Final
Um instrumental de proporções variadas, cheia de sons, viradas e timbres de primeira, uma continuação da faixa 3 e 4.


6. De Temps En Temps
Um groove lento e hipnótico, com vocais cantados de maneira digamos, não sei bem, não é estranho, mas sim diferente.
Na verdade uma delícia de som, quase devastador. Aposto nessa como melhor do disco.
Tem um refrão bonito e cativante.


7. La Route Aux Cyprès
Mais uma vez o violão manda, e isso é ótimo. A parte folk deles é excelente.
A guitarra dá umas amostras de sons aqui e acolá. Vocais e emoção.
Um violão mais agitado no fim e ‘that’s all folks!’

8. Le Cimetière Des Arlequins
A canção que dá nome ao álbum é sinfônica, um tanto espacial. Com uma boa linha de baixo e ótimos vocais, que por sinal são o ponto forte de todo o disco.
Do meio pra frente a música entra em colapso, fica um assombro, assustador, aumenta de velocidade, representante da loucura expressa em sentimentos perdidos no meio das notas musicais.
Quando recobram a ‘consciência’ ainda não é tarde demais pra que eles ganhem o ouvinte novamente (risos), e assim o fazem.

Um som com cara de medo. Mas o final é completa coisa de louco


Resenha - Andragonia – Secrets In The Mirror

 


Banda: Andragonia
Disco: Secrets In The Mirror
Ano: 2010
Selo: Hellion
Tipo: Estúdio

Faixas:
1. Life Inside – 4’14
2. Undead – 4’42
3. Draining My Heart – 5’47
4. Shadowmaker – 4’47
5. The Choice – 5’53
6. In Company Of Silence – 4’27
7. Secrets In The Mirror – 6’15
8. Silent Screams – 5’06
9. Pull The Trigger – 3’55
10. Prison Without Walls – 10’31

Integrantes:
Ricardo DeStefano – voz
Thiago Larenttes – guitarras
Cauê Leitão – guitarras
Yuri Boyadjian – baixo
Danil De Sá – bateria

Músico convidado:
BJ – voz (6)

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

Resenha:
Banda brasileira formada pelos experientes produtores musicais Thiago Larentes, Yuri Boyadjian e Daniel de Sá e pelos professores de música Ricardo DeStefano e Cauê Leitão, e que tem tido bastante publicidade positiva, graças ao lançamento de seu primeiro disco, com clipes tocando inclusive na MTV, algo inacreditável para uma banda mais progressiva, ainda mais brasileira.
A verdade é que a banda merece os elogios que está recebendo, as músicas são todas de grande qualidade, com um som pesado e dinâmico que lembra muito mestres do Metal Progressivo como Dream Theater, sendo possível ver que o tempo de produtores de três dos integrantes ajudou muito no resultado final da obra. Vale muito à pena conferir!

1. Life Inside
Começa com ruídos estranhos, que lembram barulhos de um rádio antigo. Logo depois o vocalista começa a falar com a voz característica de um rádio. Depois disso um ruído de vento cresce juntamente com o som de um coração batendo de forma acelerada, e uma pessoa suspirando. Tudo abaixa deixando o som de uma goteira, e um dedilhado de guitarra começa a crescer, até que em 1:41 a banda inteira entra tocando de forma pesada, e com o vocalista já cantando normalmente.
É pesada, com refrões mais calmos, com lick’s simples de guitarra, e vocal bem grave e calmo. Termina de forma calma e logo após o último refrão, não tendo solo.

2. Undead
Começa intensa e pesada, com som seco, algo característico da banda. Tem pré-refrões com tempo quebrado, à primeira vista estranhos, mas que depois de algumas audições faz total sentido. Em 1:49 começa um solo de guitarra pequeno mas muito bom, com umas bela fluidez. Em 2:40 a música fica plácida, deixando apenas a guitarra fazendo o mesmo dedilhado da música anterior e o vocal. Logo depois o peso volta em um crescendo bem interessante. No final o vocalista mostra seu potencial, com agudos rasgados bem altos, que encerram a faixa.

3. Draining My Heart
Começa rápida e pulsante, com muito peso e riff’s cortantes. O refrão é muito bonito e mais calmo, mostrando outra faceta da banda. Em 3:25 a banda para deixando apenas uma guitarra fazendo um riff muito legal, que logo depois traz um solo F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O, de muuuuita pegada e feeling, realmente de cair o queixo. Pra mim é a melhor do disco, inquestionavelmente.

4. Shadowmaker
Começa com um riff rápido de guitarra feito com um equalizer, o que dá aquela tonalidade de rádio antigo, e que logo é acompanhado pelo restante da banda. É em sua maioria rápida, com tempos mais ou menos quebrados durante grande parte do tempo, e tendo algumas partes mais “viajantes”, com lick’s muito bons de guitarra, e uma sonoridade bem progressiva na minha opinião. Em 3:45 tem dois solos de guitarra bem interessantes, mas que não cativam muito.

5. The Choice
Começa com um riff com paradas, e que leva para uma música um pouco mais cadenciada e bonita, tendo um dedilhado para a primeira estrofe e peso para os pré-refrões e refrões. Não a acho muito interessante, embora o solo de guitarra que começa em 4:21 é de grande qualidade, e “salva” a música.

6. In Company Of Silence
Aqui está uma grande música. Começando com um dedilhado abafado muito bom, segue para uma música dinâmica e com bela sucessão de partes plácidas e pesadas, com aquela tonalidade de balada tão conhecida do rock. Em 2: 26 começa um solo F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O de guitarra, de arrepiar, muito belo e o melhor do disco na minha opinião.

7. Secrets In The Mirror
Mais uma grande música, que começa pesada e rápida, tendo aqueles “diálogos pergunta-resposta” entre a guitarra e o vocal em diversos momentos, dando uma bela enriquecida na composição. Tem tempos quebrados em vários momentos, partes plácidas belíssimas, e, na volta para o peso em 2:46, uma das coisas mais legais já feitas em música pesada, com o baterista mostrando toda a sua técnica em bumbo duplo. Tem um solo muuuuito bom de guitarra em 5:17, e que torna esse um dos melhores momentos do álbum.

8. Silent Screams
Grande música, pesada e dinâmica, com vocais impecáveis e com ritmo muito interessante. Tem mais ênfase em lick’s com as duas guitarras. Em 3:33 são feitos dois solos de guitarra muito bons, que enriquecem mais ainda a composição. Termina com uma linha acústica F-A-N-T-Á-S-T-I-C-A crescendo e abafando os demais instrumentos.

9. Pull The Trigger
Mais uma música rápida e pesada, com riff’s com tempo quebrado em vários momentos. Em 1:22 mais um dos momentos plácidos da banda, de grande qualidade, mas que logo depois traz o peso novamente. Tem solos bem fluidos e de grande velocidade. Termina com um som de uma arma sendo carregada, e o baterista bate na caixa, parecendo que um tiro foi disparado.

10. Prison Without Walls
Balada bem bonita, com belo contraste entre partes plácidas e bonitas, com lick’s de guitarra muito belos. Tem uma parte mais intensa a partir de 4:56, e que traz um belo solo, com influência oriental. Em 6:33 começa um outro solo, esse sendo incrível, muuuito belo e de muuuuuuita pegada, realmente um dos melhores momentos do álbum. Em 7:03 tudo pára por vários segundos, com um som de água corrente aumentando aos poucos, e trazendo um dueto acústico de beleza estonteante, e que segue até o fim da faixa. Um belo final para um grande álbum.



Revisão do produto: fones de ouvido Apple Airpods Pro

Todo mundo que existe agora sabe quem é a Apple. Agora que estabelecemos esse fato, vamos falar sobre o Airpods Pro , que sem dúvida será usado como um produto de áudio real e um acessório.

Então, o que torna os profissionais, profissionais? Em primeiro lugar, e mais importante na minha opinião, é a adição da tecnologia de cancelamento de ruído que utiliza microfones duplos para isolar todo o ruído que prejudica sua audição de música. O cancelamento de ruído é realmente importante no momento, com todas as empresas jogando seu chapéu no ringue, então a Apple se juntando às fileiras mantém os Airpods relevantes. Outro aspecto do cancelamento de ruído é o modo de transparência que permite alternar os modos e ouvir facilmente o que está acontecendo ao seu redor, isso é perfeito para uma parada rápida na loja para que você possa realmente ouvir o que o caixa está dizendo para você.

Outro grande passo para os pods é o conforto. Os fones de ouvido da Apple, por algum motivo inexplicável, sempre foram os fones de ouvido com design mais estranho que já vi, e não estou julgando se você é um fã, mas a mudança do design original do secador de cabelo para a “ponta de silicone” padrão que praticamente todos os outros fones de ouvido são uma grande mudança na direção certa. Pode ser normalização, mas eu vou ser amaldiçoado se não for mais confortável.

Claro que eles são sem fio e, portanto, precisam de algum tipo de método de distribuição de energia e consumo de energia! Bem, não tema, porque com o cancelamento de ruído ativado, eles podem durar 4,5 horas e 5 sem. Agora, isso pode não parecer muito se você tiver um dia pesado de viagem ... mas eles também vêm com um estojo de viagem que não apenas parece bastante arrojado, mas também oferece 19 horas adicionais de energia. Isso significa que, no total, o Airpods Pro pode durar até 24 horas se você tiver o estojo totalmente carregado.

Falando em sem fio, eles se conectam facilmente com qualquer um dos seus dispositivos Apple e são totalmente compatíveis com a Siri, para que você possa usar o poder da sua voz para controlar todos os tipos de aspectos deles. Além disso, se você realmente deseja flexionar, pode conectá-los via Bluetooth 5.0 a um dispositivo Android! Obviamente, o controle Siri não funcionará, mas você realmente o estaria colando ao homem.

Por que eu sempre falo sobre o som por último? Parece estranho eu fazer isso sempre que é um produto de áudio. O Airpods Pro, assim como seus irmãos de aparência estranha, oferece um som aberto com boa consciência espacial, ao mesmo tempo em que opta por clareza e equilíbrio tonal neutro. Essa é uma boa quantidade de palavras pretensiosas, mas quando usadas em um teste de sabor com a OST de “Doom” de Mick Gordon, elas soaram incríveis, dando uma interpretação agressiva e enérgica que não era excessivamente atrevida, mas excessivamente saborosa.

Por que estou te contando isso? Se você gosta de produtos da Apple, vai comprá-los, pelo menos depois de ler isso, embora possa ter certeza de que comprou algo que é realmente bom. 

ALBUNS DE ROCK PROGRESSIVO

 

The Flying Eyes - Burning of the Season (2017)


Da yankilandia vem o rock psicodélico dos The Flying Eyes, com "Burning of the Season" apresentado por neckwringer. rock dos anos setenta,Psicodelia, hard rock, para um disco que não conhecia, de uma banda que não conhecia. E como o que mais importa nesses casos em que não conhecemos a banda é a referência à música, é claro que existem vídeos e comentários de terceiros analisando isso como deveria. E se o pescoço trouxer, com certeza será bom, então arregace as mangas, prepare suas células cerebrais e tímpanos para mais música e mergulhe na música até que sua cabecinha não exista mais. Para um 2022 com muita música, as conhecidas, as desconhecidas mas sempre de qualidade, aqui vos deixamos cada vez mais rock, desta vez com a menina das penas (aliás, lembrou-me a Sissy, uma das protagonistas de "Bella Muerta ", um desenho animado que se você não conhece recomendo que procure). Mas agora estamos com a música e aí saltamos de cabeça!

Artista: The Flying Eyes
Álbum:
 Burning of the Season
Ano:
 2017
Gênero:
 Psychedelic Rock
Duração:
 42:45
Referência: Discogs
Nacionalidade:
 EUA

a faixa dos olhos voadoresNão vou pensar muito nisso porque estou apenas começando a saber disso, mas tem gente que já ouviu e escreveu sobre isso. Vamos ver....

Depois de um ótimo “Lowlands” (resenha aqui ), nestes momentos finais do mês de setembro, tivemos que aguentar a longa espera de muitos do que significa ouvir sempre novo material de estúdio dos The Flying Eyes , nossos protagonistas deste Thursday com seu último trabalho lançado pela Ripple Music ( América do Norte ), Noisolution ( Europa ) e Abraxas ( América do Sul ), sob o nome de “Burning Of The Season” .
Quatro anos é um longo caminho quando se trata desses músicos de Baltimore, que durante esse tempo contribuíram para o split ocasional ou aquele “Leave It All Behind Sessions” que eles descobriram em 2014 e que você pode curtir amplamente em sua plataforma bandcamp .
Dito isso, “Burning Of The Season” , marca o ponto de reinício exatamente onde “Lowlands” parou, uma daquelas obras duradouras com ares de deserto e o melhor heavy blues crunch . Este é o estilo mais popular para The Flying Eyes e “Burning Of The Season” é uma vitrine para seu show.
Não há muita exploração ou inovação que alguém espere no seu novo trabalho, tudo continua a fluir da mesma forma que o álbum anterior, mantendo aquela chama que nos pega em "Drain" ou no magnífico encerramento "Oh Sister" , um dos destaques do álbum, com um crescendo bastante memorável , atingindo seu clímax na parte final. A voz de Will Kelly continua a cativar da mesma forma, com ares do sempre lembrado Jim Morrison , e com ruídos para o álbum como "Circle Of Stone" ou "Fade Away" , carregando aquelas melhores e mais reconhecidas vibrações de os olhos voadorescom riffs poderosos , órgãos, inclinações para um lado mais místico e o onipresente groove que os caracteriza.
O equilíbrio oferecido pelos norte-americanos neste álbum é perfeito, sabendo transportar os momentos mais incisivos, com outras barras de reflexão e longos pores-do-sol. Uma companhia perfeita para esse momento poderia ser a enigmática “Rest Easy” , com aquelas guitarras suaves que reverberam em homenagem ao grande Neil Young .
A garantia Flying Eyes volta aos ringues com mais um álbum para exaltar uma valiosa discografia. “Queima da Temporada” É como um filme reservado aos seus melhores momentos, sendo uma das obras mais dinâmicas até à data deste quarteto, a sua nova obra tem tudo o que é preciso para mergulhar no seu oásis exótico. É verdade que no seu conjunto não oferece o punch dos seus álbuns anteriores, mas para a ocasião, os The Flying Eyes pensaram mais na qualidade das suas composições, que é onde, sem dúvida, este quarto LP está repleto de requinte. .

ruben herrera


 E vamos com o primeiro vídeo e abaixo a coisa continua...




*****DETALHES TÉCNICOS*****
Artista: The Flying Eyes
Álbum: Burning of the Season
Ano: 2017
Label: Abraxas
Catálogo: RIPCD074 (ABXS0002)
País: Brasil
Lançamento: 2017
Faixas: 8 Código de
barras: na
Matrix: ABXS0002
Código SID de masterização A1/1 : na
Código SID do molde: na
ID do lote: AA00500
*****************************

Outro comentário e mais vídeos, o que abunda não faz mal, e mais se for sobre música.

Esperava-se este lançamento, já que não tínhamos material novo do quarteto desde 2013, ano em que publicaram o grande: "Lowlands" (clique).
A primeira coisa que se nota quando o disco começa a girar é que o grupo não abre mão de suas marcas. Isso tem uma dupla interpretação: por um lado, mantêm os benefícios de seu som e, por outro, correm o risco de serem redundantes, já que quase não sobra espaço neste novo trabalho para comentar algo que já não tenha sido analisados ​​na revisão de seu trabalho.
É possível que neste novo disco o som, ou melhor, a atmosfera do disco seja mais luminosa; Poderíamos dizer que essas canções não flutuam na escuridão tão nebulosas e espessas como as de outrora, dando ao seu som mais amplitude, tornando-se assim mais acessíveis.
Mas este não é um detalhe de excesso de significado, o que se ouve é, como sempre, um blues rock, com evidentes gemas psicadélicas e essências hard-rock.
A comparação com produtos semelhantes que surgiram nos últimos cinco anos como: The Sheepdogs ou Datura 4 é inevitável, fazendo com que esta banda seja mais claustrofóbica, intimista e underground do que as duas excelentes formações mencionadas. Embora ainda existam no seu ADN conotações estilísticas que nos remetem para bandas como: The Doors, Black Sabbath, Cream ou Led Zeppelin.
Posto isto, deparamo-nos com um álbum de oito canções, que podem ser demasiado semelhantes sonoramente, o que, juntamente com a duração de algumas delas, pode tornar a audição do álbum um pouco pesada.
Mas durante a revisão do LP encontramos momentos brilhantes, de grande intensidade e suntuosidade sonora: riffs furiosos baseados em distorções e fuzz, uma base rítmica coesa e francamente retumbante, dedilhadas incisivas, algum refrão poderoso e boas melodias, embora sem surpresas notáveis.
"Sing elogio" abre o álbum, com um poderoso riff psicodélico, um refrão eficaz e um ótimo conjunto baixo/bateria, uma música muito boa na veia do mais lisérgico Zepp.
"Come Round" é apoiado por uma base de bateria e a voz de Mac Hewitt. misturado em um turbilhão de guitarras, um tema de hard rock dos anos setenta.
"Drain" é um corte muito mais difícil, com uma ótima base rítmica e interação de guitarra, e um final explosivo.
A extensa “Circle of stone” enfatiza o blues rock psicodélico, o fuzz, uma base rítmica sólida e um mid-tempo melódico em uma música que se desenvolve em instrumentação, para não ficar entediante, um grande momento.
Tampouco "Fade away" decepciona, um corte que evolui de uma estrutura de balada para um final energético com grande riqueza elétrica. O tema mais acessível é o rock-blues: “Farewell”, mais brilhante e com menos carga sonora, é uma bela melodia com lirismo suave.
"Rest easy" é mais controverso, embora ganhe com a escuta.
E encerram a tracklist com a extensa -mais de oito minutos- "Oh sister", ótimo rock temperado com blues, percussão poderosa e momentos melódicos cativantes que lembram tanto o Zepp de "III" quanto o Cream de "Wheels of fire", um final extraordinário.
O novo trabalho dos The Flying Eyes não contribui muito para a sua carreira em termos de estilo, embora não se possa falar - longe disso - de um mau álbum. Há uma maturidade e uma abertura sonora em relação a ocasiões anteriores inquestionáveis, embora talvez seja algo linear.
Confesso que esperava um passo mais determinado, mas deixando de lado esta pequena desilusão, sinto-me na obrigação de reconhecer que há excelentes momentos na obra, que as músicas melhoram em estrutura face a trabalhos anteriores e que o álbum ganha - e um pouco - com audições sucessivas.

Jorge García

E aqui esta o vídeo prometido:


A partir daqui você pode ouvir, acompanhar, comprar e o que quiser:

 || Bandcamp || Site oficial || 



Lista de tópicos:
1. Sing Praise
2. Come Round
3. Drain
4. Circle of Stone
5. Fade Away
6. Farewell
7. Rest Easy
8. Oh Sister

Formação:
- Adam Bufano / Guitarra, Lap Steel
- Mac Hewitt / Baixo
- Will Kelly / Vocais, Guitarra
- Elias Schutzman / Percussão, Vocais
- Trevor Shipley / Teclados


ALBUNS DE ROCK PROGRESSIVO

 

Agusa - En Annan Värld (2021)


Já apresentamos os Agusa, com seu estilo particular e jeito de fazer rock psicodélico mas muito no estilo sueco. Gosto particularmente deste álbum, com apenas duas faixas instrumentais muito longas, com as suas secções sinfónicas à la Genesis, todo o seu folk nórdico à la Änglagård que se vê à distância, com os seus climas Floydianos, com toda a sua psicodelia, com a sua majestade ao Yes, com seu bom gosto ao Camel, com suas melodias assim ao Jethro Tull e suas jams e improvisações, que deixam qualquer um satisfeito. E como todas as sextas-feiras (bah, na verdade sempre) gosto de vos trazer algo especial, uma surpresinha, algo fora do comum para aproveitarem e conhecerem durante o fim de semana, agora deixo-vos com um álbum fantástico e outro dos melhores álbuns do ano 221 que acaba de terminar. Uma verdadeira jóia musical do nosso tempo. Recomendo que você se permita curtir a vida com esses sons acariciando seus ouvidos e neurônios. Duas faixas impossíveis de classificar em qualquer gênero (e você vai até se perguntar... que diabos é isso?), de mais de vinte minutos cada, que poderia ser só uma (com calma), e que não tem qualquer desperdício!!! Ultra altamente recomendado!

Artista: Agusa
Álbum: En Annan Värld
Ano: 2021
Gênero: Rock psicodélico eclético
Duração: 46:14
Referência: Discogs
Nacionalidade: Suécia


Eu humildemente acho esse álbum incrível e é definitivamente um dos meus melhores álbuns do ano passado. A cada curva dessas duas faixas épicas você fica arrepiado, sempre descubro algo novo e emocionante. Os últimos cinco minutos de ambas as faixas são de um virtuosismo sobre melodias sobre spins e jams que não poderia desfrutar mais.
Esses suecos fazem um ótimo trabalho ao entrelaçar temas e ideias em um todo coeso e envolvente. Motivos folclóricos escandinavos são habilmente entrelaçados, criando um som maravilhosamente folk misturado com rock psicodélico dos anos 70, além de ritmos e guitarras com sonoridade mais moderna. energia conforme o caso. 

É muito fácil encontrar trechos que te lembrem de alguns momentos em Jethro Tull , Caravan , Camel , Focus , Änglagård e algumas outras coisas que você já ouviu antes. Mas se você acha que tudo se resume a soar como o som do rock dos anos 70 que tanto amamos e apreciamos, então digamos que esta é a versão moderna (ou atemporal) dele.


"Sagobrus" é um tema de orientação sinfônica com uma melodia de flauta recorrente ao longo de seus 25 minutos de duração (lembrando Jethro Tull é claro ) combinada com diferentes movimentos independentes de meio, fluindo entre passagens mais lentas, mais rítmicas ou muito intensas. . Por outro lado, "Uppenbarelser" é muito diferente, mais lento e muito atmosférico. Melodias sublimes também aparecem e completam uma dupla temática incomparável.

Desde 2016 escrevo no Rock-Progressive.com e desde aquele ano até hoje o que aconteceu comigo quando ouvi o novo álbum dessa banda sueca chamada Agusa nunca havia acontecido comigo. O que? Bem, ser surpreendido ou cativado novamente sem resistência diante da música.
E é que com o passar dos anos, e ainda mais quando se dedica a rever e criticar discos, perde-se o deslumbramento, já não é o mesmo, mas o disco 'En Annan Värld' é sublime, maravilhoso , ouso dizer sem hesitar que é um dos melhores lançamentos do ano, senão o melhor.
A Agusa hoje é formada por Mikael Ödesjö (guitarra), Tim Wallander (bateria), Jenny Puertas (flauta), Simon Ström (baixo) e Roman Andrén (teclado). Juntos, eles criaram um corpo de trabalho incrível, que é ambicioso e intrincado, complexo, mas não cansativo, chato ou desmotivador. Tudo é feito com perfeição e consegue explodir sua mente todas as vezes.
'En Annan Värld' tem apenas duas músicas. O primeiro de 'Sagobrus' de 25:02 minutos e o segundo, 'Uppenbarelser' de 21:13 minutos. Ambos, como toda sua discografia, totalmente instrumental.
Nos 46 minutos deste álbum, tanto a flauta quanto a guitarra e os teclados dominam grande parte das canções, com fortes influências do rock progressivo do final dos anos 60 e início dos anos 70, além do rock psicodélico. Por sua vez, encontram-se alguns resquícios de krautrock e música folclórica.
É claro que as músicas deste álbum lembram as longas improvisações de grupos psicodélicos traduzidas em momentos instrumentais sofisticados, dinâmicos e muito coloridos.
Apesar de existirem mais grupos e projetos musicais que homenageiam ou são fortemente influenciados pela música dos anos 60 e 70, muitos deles têm dificuldade em sair do rótulo de mera cópia ou caem no esquecimento tentando ser algo mais, mas o resultado nem sempre é o melhor.
'Sagobrus' por sua vez é mais experimental, com muitos solos e momentos de brilhantismo. Amplos espaços para o desenvolvimento do violão, tudo executado com virtuosismo e perfeição.
A flauta assume um protagonismo que se evidencia em diferentes secções da composição. Este papel principal é partilhado com a guitarra, onde se destacam com linhas arriscadas, tal como constroem a longa canção de 25 minutos de forma rápida e sem pausas.
E é que apesar da sua duração, 'Sagobrus' procura ser direto e cativante. Há momentos de improvisação e solos tanto no teclado Hammond quanto na guitarra que estão na base das seções do tema, que são bem definidas. Essas seções são separadas por mudanças abruptas de ritmo ou ligadas por solos. Os demais instrumentos não ficam atrás e sem as bases melódicas propostas pelo baixo e bateria, flauta e violão não poderiam se destacar.
A segunda música 'Uppenbarelser' adiciona instrumentos mais orgânicos, ao contrário do primeiro tema. As improvisações são mais abertas e há mais diálogo entre os instrumentos. O início e desenvolvimento é mais aéreo, nublado, mais flexível, não tem aquela velocidade. Há uma construção mais paciente e lenta dos momentos de maior bombástico.
Ainda há aquele destaque da flauta, violão e teclado, mas não tanto quanto antes. O início do encerramento da música e alguns trechos me lembram muito 'Olsen Olsen' de Sigur Ros.
'En Annan Värld' é linda, com grandes momentos e um desenvolvimento extremamente marcante de ambas as músicas. Não tem pontos baixos. Ao nível da produção e execução não cai em lado nenhum. Agusa se tornou minha banda favorita hoje e estou ansioso para ver o que há de novo deles.

Luis Sanchez Herrera

Existem muito poucos álbuns com os quais você deve ter cuidado porque corre o risco de ficar viciado. Este disco é um deles, e com certeza vai acabar pedindo para você ouvir de novo e de novo, de novo e de novo... Digo isso por experiência própria!


Ambos os temas se desenvolvem lentamente e exploram de forma surpreendente todas as possibilidades que uma melodia tem, todos os seus cantos e recantos... é incrível.

Há aqui um talento especial, os instrumentos oferecem uma combinação muito bonita, nunca se cansa, e assim que te lembra disto ou daquilo, transporta-te para outro sítio, e fá-lo muito bem, é sempre homogéneo, e ao mesmo tempo nesse ponto se pensa na capacidade e qualidade composicional de tudo isso, e é claro que esse ponto os aproxima de Änglagård . O magnífico é a coesão e as seções bem definidas que levam os temas cada vez mais longe. Não sei se você poderia pedir mais sobre um álbum e sua música. Simplesmente super recomendado ao ponto máximo.

Podem ouvir o álbum aqui, no vosso espaço Bandcamp.

https://agusaband.bandcamp.com/album/en-annan-v-rld Tracklist


:
1. Sagobrus (25:01)
2. Uppenbarelser (21:13)

Formação:
- Mikael Ödesjö / guitarra
- Roman Andrén / teclados
- Jenny Puertas / flauta
- Simon Ström / baixo
- Tim Wallander / bateria

BIOGRAFIA DE Sade

Sade Adu

Sade Adunome artístico de Helen Folasade Adu ou simplesmente Sade, pronúncia: (ShadeiOBE (Ibadan16 de janeiro de 1959), é uma compositora e cantora de jazz britânica, vocalista da banda Sade.

Nascida na Nigéria, mas criada em ColchesterInglaterra, para onde foi viver com a sua mãe (britânica) quando esta se separou do seu pai (nigeriano). Cresceu ouvindo mestres do soul como Marvin GayeCurtis Mayfield e Donny Hathaway. Apesar dessas influências e mesmo ouvindo no período de sua adolescência, não decidiu dedicar sua vida à música. Tanto que estudou desenho de moda no 'St Martin's Art College'. Porém, logo descobriu que o mundo da moda não lhe permitia um bom equilíbrio entre o gosto de criar e a necessidade de ganhar a vida.

Descobriu o seu talento musical quando aderiu a uma banda formada por alguns dos seus amigos de colégio. Rapidamente passou a ser a vocalista de uma banda de funk latino chamada Pride. Ganhou gosto por escrever música (foi nesta fase que escreveu o êxito Smooth Operator). Aos 24 anos Helen assumiu-se como membro central de uma nova banda, Sade, formada por ela e pelos membros da então extinta Pride - Stuart Matthewman, Andrew Hale e Paul Spencer Denman.

Discografia

Álbuns de estúdio

Álbuns ao vivo






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