domingo, 1 de janeiro de 2023

Resenha - Ange – Le Cimetière Des Arlequins

 



Banda: Ange
Disco: Le Cimetière Des Arlequins
Ano: 1973
Selo: Philips
Tipo: Estúdio

Faixas:
1. Ces Gens-Là – 4′47
2. Aujourd’hui C’est La Fête Chez l’Apprenti-Sorcier – 3′25
3. Bivouac – 1ère Partie – 5′32
4. L’Espionne Lesbienne – 2′52
5. Bivouac Final – 3′02
6. De Temps En Temps – 4′08
7. La Route Aux Cyprès – 3′18
8. Le Cimetière Des Arlequins – 8′46

Formação:
Christian Decamps – voz/ piano e ógão
Francis Decamps – órgão/mellotron/efeitos e vocais
Jean Michel Brezovar – guitarras/flauta e vocais
Gérald Jelsch – bateria e percussão
Daniel Haas – baixo e violão

Resenha:
1. Ces Gens-Là
Que guitarra esperta nesse começo! Arrastado e bem diferente. Baixo a frente (Daniel Haas) e a guitarra de Jean-Michel Brezovar perdida em sons.
O vocal de Christian Decamps é muito interessante, e olha que eu nunca achei o francês interessante. Bem emocional, interpretativo.
A sessão central começa maravilhosamente bem e logo em seguida modula de tom para o solo, e diga de passagem que as partes de bateria Gérard Jelsh são muito boas.

2. Aujourd’Hui C’est La Fête Chez L’Apprenti-Sorcier
Do começo sobra só um fiapo de som, perto do 2 minuto da música, muito boas as partes dedilhadas, o teclado ao fundo e os vocais sussurrados.


3. Bivouac – 1 Ère Partie
Quase uma canção comemorativa. Bela interpretação vocal, e uma banda alegre (pelo menos durante alguns segundos).
Do meio pra frente um som daqueles que eu costumo chamar ad infinitum, sabem aqueles riffs que se repetem sem cansar? Então! Enquanto isso guitarra e teclado solam a vontade.



4. L’Espionne Lesbienne
Que violões legais, vocal mais inda, frases rápidas e desconcertantes.
Flautas e efeitos, mas o forte é o tema principal com seus violões e vocais duplicados com Francis Decamps.

5. Bivouac Final
Um instrumental de proporções variadas, cheia de sons, viradas e timbres de primeira, uma continuação da faixa 3 e 4.


6. De Temps En Temps
Um groove lento e hipnótico, com vocais cantados de maneira digamos, não sei bem, não é estranho, mas sim diferente.
Na verdade uma delícia de som, quase devastador. Aposto nessa como melhor do disco.
Tem um refrão bonito e cativante.


7. La Route Aux Cyprès
Mais uma vez o violão manda, e isso é ótimo. A parte folk deles é excelente.
A guitarra dá umas amostras de sons aqui e acolá. Vocais e emoção.
Um violão mais agitado no fim e ‘that’s all folks!’

8. Le Cimetière Des Arlequins
A canção que dá nome ao álbum é sinfônica, um tanto espacial. Com uma boa linha de baixo e ótimos vocais, que por sinal são o ponto forte de todo o disco.
Do meio pra frente a música entra em colapso, fica um assombro, assustador, aumenta de velocidade, representante da loucura expressa em sentimentos perdidos no meio das notas musicais.
Quando recobram a ‘consciência’ ainda não é tarde demais pra que eles ganhem o ouvinte novamente (risos), e assim o fazem.

Um som com cara de medo. Mas o final é completa coisa de louco


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