“Swampy” é o novo EP dos Dry Cleaning e já se encontra disponível.
Considerado como um lançamento que acompanha “Stumpwork”, o novo EP é composto por 5 temas, entre elas “Sombre Two” e “Swampy”, uma demo de “Peanuts” e remisturas de Charlotte Adigéry & Bolis Pupul e Nourished By Time.
Os Dry Cleaning apresentam-se ao vivo no Vodafone Paredes de Coura a 16 de Agosto.
Alina, projecto de rock alternativo enraizado no post-punk e no post-rock, lançou “Bem me Quer”, tema gravado em live session, no antigo cinema do Centro Comercial STOP.
O vídeo foi realizado por jubilee street (Marcelo Baptista) e António Pinheiro.
A banda pretende dar voz à poetisa, música e teclista Maria Ana Guimarães, cujo pseudónimo Alina Leão deu nome ao projecto.
A poesia que emerge de uma relação cúmplice entre o som e a escrita criativa, é um relato transparente de formas de ver e sentir o mundo pela poetisa, que se juntam e transformam ao som da música de José Miguel Sousa (guitarra, voz), contando com o arranjo dos restantes membros: João Quinhentas (bateria), Tiago Nóia (guitarra modular) e Sara Sousa (voz).
A sua sonoridade tem como base a articulação entre atmosferas intimistas e brilhantes, com timbres rasgados na guitarra encharcada de reverbs quentes, criando temas que oscilam entre o post-hardcore, o post-rock, post-punk e o western spaghetti.
A banda, que recentemente actuou no Maus Hábitos Porto, tem agendados três concertos de pré-apresentação do EP que vai lançar em abril: 4 de março – Casa do Salgueiros (Porto), 31 de março – Atelier A Fábrica (Coimbra) e 1 de abril – Primavera Fest (Ponte da Barca).
A banda lisboeta formada por André Soares, Martim Preto, Vasco Sousa, Vicente Teixeira e Xori, iniciou o seu percurso em 2021, com o lançamento do seu primeiro single, “Follow Up”, culminando mais tarde no EP de estreia, “Pop Up”, sendo esse lançamento ‘um marco importante no percurso da banda, cimentando a mesma como um projeto ambicioso e multi-género na cena independente portuguesa’.
“Passenger Side”, marca assim um novo passo na afirmação da banda como um dos projetos mais promissores do panorama nacional. O tema é inspirado na sonoridade 80’s, com uma voz rejuvenescida e com o reverb icónico da época, guitarras sonantes e riffs que ficam no ouvido, bem como uma secção rítmica imponente que dá uma segurança e groove característicos à música.
O single foi gravado nos Malware Studio pelo David Jerónimo e misturado por “Greazy” Wil Anspach, engenheiro e produtor com créditos em projetos de Frank Ocean e Vic Mensa.
A fornada de 2021 continua a presentear-nos com excelentes discos, e New Long Leg promete ser mais um a ter em conta quando chegarmos ao fim do ano e fizermos o balanço do mesmo
Depois de dois EP’s em 2019 e um belo single lançado no final do ano passado (“Scratchcard Lanyard”, música que abre o disco), eis que os Dry Cleaning, banda do sul de Londres, lança o seu primeiro longa duração. Tal como aconteceu com os Black Country, New Road, a expectativa era elevada e a confirmação foi quase imediata. Há de facto uma vaga de novas bandas a surgirem no Reino Unido que urge ouvir e degustar. Para melhor as descobrir nada como ir à playlist aqui lançada pelo nosso grande Francisco Fidalgo, sempre atento ao que de novo vai aparecendo.
Preoccupations, Protomartyr, Porridge Radio, Shame, IDLES, Fontaines D.C. são alguns dos nomes que têm surgido nos últimos anos revisitando o pós-punk são vários e todos merecem atenção, todos conseguiram adicionar ao existente sem serem meras cópias do que antes havia, indo remexer na herança de Wire, Joy Division, The Fall, Gang of Four, dando-lhes uma roupagem actual e pertinente. Juntemos pois os Dry Cleaning a esta lista, derivado da sua bela capacidade de criar canções que parecem simples e ainda assim estão cheias de conteúdo – de ganchos imprevisíveis no baixo de Lewis Maynard, de riffs em cascata saídos da guitarra de Tom Dowse, de variações de ritmo entre canções e, no que será eventualmente mais diferenciador e ao mesmo tempo divisivo, na opção por spoken word da vocalista Florence Shaw. Enigmática como poucas, a sua presença cria uma experiência de audição no ouvinte totalmente díspar, nunca abandonando o tom de discurso, nunca se enquadrando em métricas a acompanhar a melodia, como que a pairar sobre a camada de som que a sonoriza.
New Long Leg é bastante coeso ao nível de temas, destacando-se talvez o já mencionado single “Scratchcard Lanyard” e “Her Hippo”. Viajar por New Long Leg é passear por cenários como o Museu Sherlock Holmes dos finais de relação, dentistas com jardins nas traseiras desorganizados, peluches de llamas em lojas, maionese no fundo do frigorífico, e bolas saltitantes de Tóquio, Oslo ou ainda Rio de Janeiro. Florence Shaw, como boa estudante de arte, cria uma colagem de frases retiradas de comentários online, conversas agarradas por aí, reflexões próprias, assim criando um cenário confuso mas bem trabalhado para ilustrar as suas ideias.
Tal como aconteceu com os Black Country, New Road, com os black midi, com os Sons of Kemet, The Comet is Coming, também urge dar atenção de ouvido aos Dry Cleaning. Não serão tão inventivos como os acima listados, mas dentro do seu espectro conseguiram criar um disco audaz e pertinente. Nós só temos que agradecer a existência destas bolsas de resistência rock.
O álbum de estreia dos Alice in Chains, Facelift, foi o primeiro disco de ouro do grunge. O alternative rock à beirinha de varrer o mainstream.
Estamos em ’87, na longínqua cidade de Seattle. Quando uma banda de Sunset Strip ruma em digressão, muitas vezes nem se dá ao trabalho de lá passar: faz frio, está sempre a chover, não há público que justifique. E, contudo, há qualquer coisa a mover-se. Dá-se um pontapé numa pedra e sai de lá uma banda, tocando só porque sim, porque as hipóteses de vingar são remotas. É uma cena pequena e promíscua – bandas tocando para outras bandas em meia dúzia de clubes esconsos – mas a vitalidade rock’n’roll é inegável. O isolamento de Seattle joga a seu favor: não lhes resta outra hipótese senão serem eles próprios.
Jerry Cantrell é um desses miúdos que toca guitarra como se a sua vida dependesse disso. No espaço de algumas semanas perde a avó e a mãe, ficando sem família e sem casa. Dorme agora num sofá de um amigo. Numa festa, conhece Layne Staley, que, sabendo da sua situação, lhe oferece guarida no Music Bank, um antigo armazém reconvertido em salas de ensaio, aberto 24 horas por dia. No rodopio de sexo, drogas e rock’n’roll que é o Music Bank, depressa se forma uma profunda amizade – e cumplicidade estética – entre Staley e Cantrell. Os Alice in Chains, portanto.
E enquanto vão crescendo como banda, toda a cena musical de Seattle vai ganhando notoriedade. A culpa é da editora independente Sub Pop, que inventou um nome para a movida heavy rock da cidade – o grunge – e vendeu-o ao mundo como a “next big thing”. A estratégia foi hábil: conquistar primeiro os fazedores de gosto ingleses. Em ’89, John Peel começa a passar Nirvana, Mudhoney e Soundgarden no seu famigerado programa de rádio. Numa crónica no London Observer, Peel afirma que o grunge é a cena regional mais interessante desde que Detroit nos deu a Motown. No mesmo ano, a convite da Sub Pop, o Melody Maker publica um guia sobre a cena de Seattle.
Os ares do tempo jogam a favor do hype: depois de uma década de escapismo de plástico, ansiava-se por um retorno ao orgânico e verdadeiro. Começa então a corrida para as majors: primeiro, os Soundgarden; a seguir, os Mother Love Bone; por fim, os Alice in Chains. Graças à alta rotação de “Man in the Box” na MTV, foram os AiC que deram ao grunge o seu primeiro disco de ouro, a sua primeira entrada no Top 50 da Billboard e o seu primeiro hit single. O caminho para o terramoto de Nevermind estava agora escancarado.
Facelift é um grande disco – canções memoráveis umas atrás das outras -, apesar de apanhar os Alice in Chains ainda à procura da sua identidade. Os seus salpicos funk (“I Know Somethin About You”) e de hard rock à Guns (“Put You Down”) podem ser encantadores mas distraem a banda do seu desígnio. Só no tomo seguinte – o sepulcral Dirt – é que os Alice in Chains se cumpririam na íntegra, mas tudo o que os define já está presente em Facelift: os riffs pesados e lentos como chumbo a derreter; o misto de imaginação melódica com escuridão sabbathiana; o entrelaçar das vozes de Staley e Cantrell, quais Simon & Garfunkell do doom.
O ponto mais alto de Facelift é “Love, Hate, Love”, que vai crescendo devagar até toda a lava de sentimentos contraditórios se derramar no refrão: amo, odeio, amo outra vez. Não são as palavras que nos comovem (muitas vezes, elas escapavam-nos), é a voz trémula e torturada de Staley, sofrendo cada sílaba que enuncia. Mais do que uma estética A ou B, é esta profundidade emocional que define o grunge, este extravasar intenso de tristeza e raiva e confusão, esta antítese absoluta da superficialidade do hair metal. Para nós, então adolescentes, era maná que nos caía do céu: sentíamo-nos finalmente compreendidos e tínhamos finalmente uma música só nossa, que os nossos irmãos mais velhos não compreendiam. Que sorte foi a nossa, é o que vos digo.
Rock Neo-Progressivo (mais comumente "Neo-Prog") é um subgênero do Rock Progressivo que originalmente foi usado para descrever artistas fortemente influenciados pelas bandas clássicas de prog sinfônico que floresceram durante a década de 1970. No início do movimento neo-prog, a principal influência foi do início até meados dos anos 70 do Genesis. O debate sobre quando o Neo-Prog realmente surgiu ocorre com frequência, com alguns afirmando que começou com Marillion's Script for a Jester's Tear em 1983. Outros afirmam que começou com Twelfth Night no início dos anos 80, enquanto alguns até sugerem o popular sinfônico A banda progressiva Genesis deu origem ao Neo-Prog com seu álbum de 1976, A Trick of the Tail.
Se alguém analisar o movimento progressivo pouco antes de 1980, então alguns álbuns que influenciaram fortemente o movimento Neo-Prog facilmente vêm à mente: Steve Hackett - Spectral Mornings, Genesis - Wind & Wuthering, Genesis - And Then There Were Three, Genesis - Seconds Out , Saga - Saga, todos os álbuns do Camel entre Breathless e The Single Factor incluídos, e alguns álbuns de Eloy, especialmente Silent Cries And Mighty Echoes.
Esta nova forma de rock progressivo se originou no Reino Unido e é mais fortemente associada a bandas como Marillion, Pendragon e IQ; e embora as travessuras teatrais fizessem parte das apresentações ao vivo de muitos artistas que exploram esse subconjunto do gênero rock progressivo, são os elementos musicais que são fundamentais para o gênero; tipificado pelo uso de guitarra atmosférica e solos de sintetizador com tendências sinfônicas, com uma tendência para camadas flutuantes de sintetizadores e solos sonhadores. Uma característica adicional é o uso de sintetizadores modernos em vez de sintetizadores e teclados analógicos antigos. As principais razões para os artistas Neo-Progressivos serem separados daqueles que exploram o Symphonic Prog em primeiro lugar são as anteriores, bem como uma ênfase mais pesada na forma da música e na melodia do que alguns de seus homólogos sinfônicos anteriores.
Com o passar do tempo surgiram outros artistas que também se desviavam das normas criadas pela onda clássica de artistas do rock progressivo nos anos 70. O final dos anos 70 deu ao mundo a música punk; os anos 80 deram uma nova onda ao mundo; e o grunge dos anos 90. Essas, assim como outras formas, tiveram uma tremenda influência fora do reino do rock progressivo. O advento do sintetizador moderno também inspirou artistas como Tomita, Vangelis e Kitaro a explorar trabalhos musicais mais sonhadores.
Essas e outras formas de gêneros musicais mais ou menos novos influenciaram artistas que também exploravam o rock progressivo. Embora muitos artistas tenham feito isso dentro da estrutura do rock progressivo dos anos 70, mais e mais artistas desenvolveram um som e estilo tão fortemente influenciados por esses desenvolvimentos musicais mais recentes que categorizá-los dentro dos subgêneros existentes do rock progressivo tornou-se cada vez mais difícil.
Enquanto o gênero Neo-Progressivo inicialmente consistia em artistas explorando uma versão modernizada do Symphonic Prog, hoje em dia os artistas cunhados como Neo-Progressive cobrem uma infinidade de expressões musicais, onde o denominador comum é a inclusão - dentro de uma estrutura de rock progressivo - de elementos musicais desenvolvido pouco antes e depois de 1980. O gênero Neo-Progressivo em sua forma refinada cobre um vasto território musical, cobrindo até certo ponto todos os subconjuntos existentes de rock progressivo e também buscando gêneros tão diferentes quanto new age de um lado e punk e metal do outro.
Biografia do Across The Waves ACROSS THE WAVES é uma banda de pós-rock de Teerã formada por Soheil ERSHADI, Behzad KHADIVI, Erfan BOKAEI e Farzad MAKTABI em 2010. As ideias sobre a banda surgiram de ERSHADI e MAKTABI quando eles se conheceram na escola em 2003 e acabou sendo criado com outros membros em 2010. O grupo pode ser recomendado para fãs de bandas como IF THESE TREES COULD TALK, MOGWAI, MONO, EXPLOSION IN THE SKY e outras.