domingo, 2 de abril de 2023

ELOY - “The Vision, The Sword and The Pyre – Part I” - 2017

 



Hoje tive uma gratíssima surpresa que certamente será uma grata surpresa para outros também, pois mais uma vez, o mago do rock progressivo, Frank Bornemann, nos presenteia com seu mais novo álbum, “The Vision, The Sword and The Pyre – Part I”, recem saído dos fornos de sua gravadora, logicamente com sua marca registrada, o ELOY

Os anos vão passando, mas o vigor, a intensidade e principalmente sua criatividade só aumentam, pois logo na primeira faixa ele nos remete a outra dimensão musical e quem é bem velhinho como eu e acompanha a banda a mais de quatro décadas vai entender o que estou dizendo.

Mesmo bandas setentistas que ainda estão na ativa e lançaram trabalhos mais recentemente não conseguiram trazer a verdadeira atmosfera que caracteristicamente marca o rock progressivo, com temas muito bem elaborados e que são materializados com arranjos complexos e sofisticados, o que demanda perícia e virtuosismo de seus músicos e como todos dessa época devem estar com idades variando pela casa dos setenta anos é totalmente compreensível muitas vezes, a falta de saco para ir adiante e ousar. 

E por falar em músicos virtuosos, não custa lembrar que Frank Bornemann (vocals, guitar) não faz tudo sozinho, portanto ele não está só nesta empreitada, muito pelo contrário, está muito bem acompanhado de amigos de longa data como Klaus-Peter Matziol (bass), Hannes Folberth (keyboards), Michael Gerlach (keyboards), Bodo Schopf (drums) e para reforçar o elenco, Anke Renner (vocals) e Volker Kuinke (recorder).

Com um elenco desses, a unidade musical do Eloy fica extremamente preservada, levando-se em conta a existência de músicos que praticamente passaram por todas as fases da banda desde os idos dos anos setenta e claro, a presença mandatória e marcante de Frank Bornemann, o mentor musical de toda esta loucura.


Só deu tempo de escutar o álbum uma vez, para que pudesse disponibiliza-lo logo, mas do pouco que o que ouvi, mas posso afirmar que ele é muito mais bem elaborado e rico em sua temática em relação ao seu antecessor de estúdio, Visionary, lançado em 2009, que considero um álbum muito bom também.

Esta única escutada, foi suficiente para (....daqui para frente é um spoiler, portanto vá por sua conta e risco....) sentir a presença marcante de álbuns como, “Planets” e o “Time to Turn”, com uma pitadinha do “Silent cries and mighty echoes” se entrelaçando, criando um novo cenário musical, mas preservando o DNA da banda, que para quem já está familiarizado sabe que vai escutar belíssimos arranjos e solos de teclado e guitarra, acompanhados de um coro vocal para selar o enredo. 

Trata-se de, se me permitem, de uma opera rock, focada na história da heroína francesa, Joana D’arc, onde Frank Bornemann explora de forma bem sofisticada e precisa, a vida, seus feitos e seu trágico destino, que aparentemente será explorada em duas partes, mas só o tempo vai dizer se haverá sequência para este ambicioso projeto que está sendo maturado já a alguns anos e que tem como objetivo final, uma grande produção para os palcos, portanto só nos resta ficar na torcida para que realmente ele seja concluído.

Enquanto isso não acontece, aproveitemos a primeira parte desta intrigante história, ao som de uma das melhores e longevas bandas de rock progressivo de todos os tempos, sob o comando de uma das mais brilhantes mentes da música, Frank Bornemann.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

ELOY:
Fank Bornemann - vocals, guitar
Hannes Folberth - keyboards
Michael Gerlach - keyboards
Klaus-Peter Matziol - bass
Bodo Schopf - drums
Guests:
Anke Renner - vocals
Volker Kuinke - recorder


Tracks:
01. The Age Of The Hundred Years' War
02. Domremy On The 6th Of January 1412
03. Early Signs ... From A Longed For Miracle
04. Autumn 1428 At Home
05. The Call
06. Vaucouleurs
07. The Ride By Night... Towards The Predestined Fate
08. Chinon
09. The Prophecy
10. The Sword
11. Orleans
12. Les Tourelles
13. Why?




 



GRAVETOS & BERLOQUES (THE BREW)

 egunda-feira, 15 de outubro de 2018







Época de lançamentos de bandas já velhas conhecidas...algumas, como a The Brew, peguei no colo e, por isso, rola um carinho especial. É o bom e velho blues rock em sua versão com mais octanagem e graduação alcoólica. And I like It!!!






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Mais uma atualização. E, desta vez, com a The Brew, uma das melhores bandas de blues rock da safra mais recente. E o power trio de Smith Pai, Smith Filho e o prodígio Jason Barwick segue rachando o assoalho...e mais pesado que nunca. 
Divirtam-se!!!  





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Quando achamos que nada mais poderia nos surpreender, é exatamente neste instante que somos tomados por um indescritível sentimento de euforia. E quando isto parte de uma banda de blues rock cuja carreira acompanhamos praticamente desde seu surgimento, dá-se uma prazerosa sensação de dever cumprido por apostar em talentos ainda tão tenros e, mesmo que um tanto pretensiosamente, também um tanto responsável por seu sucesso. 
E a The Brew desta vez ultrapassou todos os limites com um (talvez) inédito exemplar de power blues rock conceitual. O tema? Acreditem se quiser...as funções de um controle remoto, com direito a faixas com os sugestivos títulos de 'Repeat' (viciante faixa de trabalho), 'Mute' e 'Pause', só para citar algumas de um total de dez. E mesmo correndo o risco de abusar de seu ceticismo, garanto que fizeram um belíssimo trabalho neste 'Control', seu recém-lançado 6º trabalho de estúdio.




E para não deixar nenhuma lacuna na discografia da banda, segue abaixo o resumo do tour europeu de 2012.







E a temporada de candidatos ao prestigiadíssimo Prêmio Rabo de Raposa deste ano continua. E desta vez a lista é engrossada por 'The Third Floor' trabalho de estúdio da banda também conhecida por 'The FatherThe Son & The Holy Spirit' -se quiser saber o porquê, basta ler minha resenha anterior, logo aí abaixo. 
A verdade é que, após o lançamento de sua bolachinha anterior, o eficiente mas por demais polido 'A Million Dead Stars', de 2009, pairou uma incógnita sobre os rumos musicais que Smith, Smith & Barwick tomariam. No meu entender, continuassem na linha tênue entre o indie pop  e o power blues (quase que) de boutique apontada por aquelas 11 faixas, muito provavelmente não colheriam bons frutos mais à frente. Parece que o trio chegou à mesma conclusão e foi ainda mais fundo nesta questão, não limitando-se a retornar à proposta de seus primeiros trabalhos -notadamente o acachapante 'The Joker'- mas agregando novos elementos,  como uma bem dosada psicodelia, ultimamente em alta e sendo absorvida por todos o gêneros musicais. Outro ponto a ser comemorado é a ausência dos backings beirando o farofa muito utilizados também naquele trabalho; aqui, ao contrário, a diferença entre os timbres de Jason Barwick (cada vez cantando melhor) e 'Big Boss' Papa Smith -também debulhando matadores fraseados de baixo- não só foi incentivada como realçada, causando um efeito para lá de interessante. 
The Brew, com este 'The Third Floor', provou ser ainda uma das grandes esperanças para o blues rock inglês, até por não ser purista ao extremo. Mas uma boa pitada de bom senso é sempre recomendável. E este equilíbrio está entre os grandes méritos desta excelente bolachinha.



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Não à toa apontei o álbum 'The Joker' como seríssimo candidato ao Prêmio Rabo de Raposa 2009. Só não levou, coube a 'Cosmic Egg' (Extended Version) da Wolfmother tão disputada honraria, devido à enxurrada de excelentes lançamentos naquele ano. O importante é que, com aquele magistral trabalho, conheci a The Brew e, com uma incontida curiosidade, corri atrás de informações sobre a banda para, depois de muito penar, descobrir seus 2 trabalhos anteriores, o primeiro datando ainda de 2006.
Por falar em informações, o line-up da banda é bem curioso. Afinal, quantas bandas conhecemos formadas por pai, filho e amigo do filho? Bem, não sei vocês, mas creio não conhecer uma sequer -a Spirit não conta pois padrasto não é pai!
E tudo começou em 2005 quando Tim Smith (vocais/baixo) e seu filho Kurtis (bateria/percussão/vocais -16 anos à época), já bem conhecidos em sua Grimsby natal, descobrem o endiabrado guitarrista de apenas 15 anos Jason Barwick. Em pouquíssimo tempo, o que parecia apenas uma brincadeira garageira torna-se um fenômeno através de um intenso boca-a-boca dando conta de apresentações bombásticas de uma banda que seria a redenção do novo blues rock britânico. O resultado é que, já no ano seguinte, lançam seu primeiro trabalho, auto-produzido e reforçando tudo o que a barulhenta e já invejável base de fãs da banda esperava: uma sonoridade profundamente influenciada pelos finais dos 60/início dos 70, notadamente os power trios do período e muito da melhor das melhores de todos os tempos, Led Zeppelin, misturada a um saudável tempero indie. O resultado foi tão surpreendente que aquela garagem expandiu-se muito além das fronteiras não só da pequena Grimsby como atravessou o Canal da Mancha, espalhando-se por alguns países europeus -BélgicaHolanda e Alemanha entre estes- e levando-os a dividir o palco com verdadeiros monstros sagrados. A It's Only Rock'n'Roll, periódico editado pelo fã clube oficial dos Rolling Stones, chegou a eleger a The Brew como melhor banda da temporada 2006/2007. E para manter a chama acesa enquanto excursionavam e compunham para um novo álbum, soltam o EP 'Fate And Time', com 2 faixas inéditas -a faixa-título e 'Gypsy Queen'-,  uma versão estendida de 'Maybe Next Time' e uma matadora 'Mermekes' ao vivo, ainda em 2007
Com a fama espalhando-se pela Europa como gripe suína através de incendiárias apresentações, com destaque absoluto para as performances do carismático Jason, lançam em 2009 'The Joker', um acachapante trabalho onde as influências blues rock regadas com fartas doses de riffs pegajosos secundados por uma cozinha perfeita, em muito devido ao impressionante crescimento de Kurtis como instrumentista -ganhou até o direito a uma faixa totalmente dedicada a demonstrar toda sua perícia nas baquetas, a mobydickeana 'Burt's Boogie'-, predominam em um conjunto irrepreensível de canções. E agora, ao contrário da estreia, quando a maior parte dos vocais ficaram a cargo de Tim, com Jason mostrando se garantir no gogó, muito embora este quesito  ainda esteja aunda um tanto longe de ser o forte da banda.
E eis que há pouco mais de mês lançaram o ansiosamente aguardado 'A Million Dead Stars', uma clara tentativa de penetração no mercado americano com uma sonoridade límpida ao extremo, beirando o asséptico, e tendendo para composições privilegiando uma insuspeitada face pop da banda com farto uso de refrões de fácil assimilação. A mim -embora desça redondinho como se fora uma Bohemia geladíssima em um domingo ensolarado- este novo trabalho deixou uma certa sensação de decepção. Sinceramente, torço para que se torne um sucesso e dê força mercadológica à banda, não para  justificar uma temerosa estagnação artística mas para alavancar uma retomada das diretrizes  iniciais da banda e, assim, continuar fazendo jus ao título de 'The FatherThe Son & The Holy Spirit' outorgado pelo MC de um festival holandês após mais uma de suas arrasadoras apresentações.



















VÍDEOS

Live At Rockpalast 2012 (Full HD)









RARIDADES

 

Octopus 4 - Confluents (1969)



don't hang around, enjoy good music!

Pink Floyd - Tokyo Taiikukan, Tokyo, Japan

 




Alberto Baldan Bembo – L'Amica Di Mia Madre (1975, LP, Italy)

Steve Hillage – Ggggong-Go_Long (1991, 2xCD, England)

 


CD 1
1 Octave Doctors 4:07
2 It's All Too Much 6:27
3 Light In The Sky 4:16
4 Radio 7:50
5 Motivation 6:30
6 Saucer Surfing / Searching Spark 23:22
7 Hurdy Gurdy Man 5:00


CD 2 
1 Electric Gypsies 5:53
2 Salmon Song 5:12
3 New Age Synthesis (Unzipping The Zype) 11:16
4 1988 Aktivator 2:37
5 Unidentified (Flying Being) 10:14
6 It's All Too Much 6:42
7 Crystal City / Master Builder 11:31

Musicians:
Bass – John McKenzie (2-1 to 2-7)
Bass [Uncredited] – Curtis Robertson (1-1 to 1-7)
Drums – Andy Anderson (2-1 to 2-7)
Drums [Uncredited] – Joe Blocker (1-1 to 1-7)
Guitar – Dave Stewart (2-1 to 2-7)
Guitar, Vocals – Steve Hillage
Synthesizer – Miquette Giraudy

Disc 1: Live in London 1977
Disc 2: Live in London 1979




Bruce Hornsby - 1999-04-01 - Williamsburg, VA




1999-04-01
Phi Beta Kappa Memorial Hall
College Of William & Mary
Williamsburg, Virginia
Soundboard Recording


CD 1
01. The Great Divide 
02. Bruce Rap 
03. Sunlight Moon 
04. Loser 
05. King Of The Hill > Mountain Jam > Blackberry Blossom > Tempus Fugit > King Of The Hill
06. Some Other Time 
07. Country Doctor 
08. I Can't Make You Love Me
09. Let The Girls Rock > Sunny (partial) 

CD 2:
01. The Road Not Taken > Workin' In A Coal Mine 
02. Long Black Veil
03. White Wheeled Limousine 
04. The Way It Is
05. Big Stick 
06. Mandolin Rain > Tightrope > Fields Of Gray 

Encore:
07. Spider Fingers 
08. Song A > In The Wee Small Hours Of The Morning 

Bruce Hirnsby 1999 - Mesma turnê, show diferente Double Play - # 1 : Em 12 de abril de 1999, vi um dos meus shows favoritos - Bruce Hornsby no Morristown Performing Arts Center. Com pouco mais de 1000 lugares, o MPAC é o local perfeito para um espectáculo. Hornsby estava em excelente forma, combinando seu próprio material com uma série de covers maravilhosos, incluindo Girl from North Country, Madman Across The Water, Tupeluo Honey e Franklin's Tower. Minha adorável noiva estava grávida na época de meus filhos gêmeos, então eu sempre digo a eles que foi o primeiro show deles! Você pode encontrar esse show aquiEsta gravação da mesa de som de 1º de abril de 1999, 2 dúzias de anos atrás hoje, é de cerca de 2 semanas antes de Hornsby tocar em Morristown. Claro, Hornsby aprendeu bem suas lições enquanto tocava com os Mortos, então não há dois shows dele iguais. Dito isto, embora esta apresentação de Williamsburg inclua muito poucas das canções que ele tocou em Morristown, ela ainda mostra as tremendas habilidades de tocar piano e improvisação de Hornsby.


























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