egunda-feira, 15 de outubro de 2018
Época de lançamentos de bandas já velhas conhecidas...algumas, como a The Brew, peguei no colo e, por isso, rola um carinho especial. É o bom e velho blues rock em sua versão com mais octanagem e graduação alcoólica. And I like It!!!
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Mais uma atualização. E, desta vez, com a The Brew, uma das melhores bandas de blues rock da safra mais recente. E o power trio de Smith Pai, Smith Filho e o prodígio Jason Barwick segue rachando o assoalho...e mais pesado que nunca.
Divirtam-se!!!
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Quando achamos que nada mais poderia nos surpreender, é exatamente neste instante que somos tomados por um indescritível sentimento de euforia. E quando isto parte de uma banda de blues rock cuja carreira acompanhamos praticamente desde seu surgimento, dá-se uma prazerosa sensação de dever cumprido por apostar em talentos ainda tão tenros e, mesmo que um tanto pretensiosamente, também um tanto responsável por seu sucesso.
E a The Brew desta vez ultrapassou todos os limites com um (talvez) inédito exemplar de power blues rock conceitual. O tema? Acreditem se quiser...as funções de um controle remoto, com direito a faixas com os sugestivos títulos de 'Repeat' (viciante faixa de trabalho), 'Mute' e 'Pause', só para citar algumas de um total de dez. E mesmo correndo o risco de abusar de seu ceticismo, garanto que fizeram um belíssimo trabalho neste 'Control', seu recém-lançado 6º trabalho de estúdio.
E para não deixar nenhuma lacuna na discografia da banda, segue abaixo o resumo do tour europeu de 2012.
E a temporada de candidatos ao prestigiadíssimo Prêmio Rabo de Raposa deste ano continua. E desta vez a lista é engrossada por 'The Third Floor', 5º trabalho de estúdio da banda também conhecida por 'The Father, The Son & The Holy Spirit' -se quiser saber o porquê, basta ler minha resenha anterior, logo aí abaixo.
A verdade é que, após o lançamento de sua bolachinha anterior, o eficiente mas por demais polido 'A Million Dead Stars', de 2009, pairou uma incógnita sobre os rumos musicais que Smith, Smith & Barwick tomariam. No meu entender, continuassem na linha tênue entre o indie pop e o power blues (quase que) de boutique apontada por aquelas 11 faixas, muito provavelmente não colheriam bons frutos mais à frente. Parece que o trio chegou à mesma conclusão e foi ainda mais fundo nesta questão, não limitando-se a retornar à proposta de seus primeiros trabalhos -notadamente o acachapante 'The Joker'- mas agregando novos elementos, como uma bem dosada psicodelia, ultimamente em alta e sendo absorvida por todos o gêneros musicais. Outro ponto a ser comemorado é a ausência dos backings beirando o farofa muito utilizados também naquele trabalho; aqui, ao contrário, a diferença entre os timbres de Jason Barwick (cada vez cantando melhor) e 'Big Boss' Papa Smith -também debulhando matadores fraseados de baixo- não só foi incentivada como realçada, causando um efeito para lá de interessante.
A The Brew, com este 'The Third Floor', provou ser ainda uma das grandes esperanças para o blues rock inglês, até por não ser purista ao extremo. Mas uma boa pitada de bom senso é sempre recomendável. E este equilíbrio está entre os grandes méritos desta excelente bolachinha.
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Não à toa apontei o álbum 'The Joker' como seríssimo candidato ao Prêmio Rabo de Raposa 2009. Só não levou, coube a 'Cosmic Egg' (Extended Version) da Wolfmother tão disputada honraria, devido à enxurrada de excelentes lançamentos naquele ano. O importante é que, com aquele magistral trabalho, conheci a The Brew e, com uma incontida curiosidade, corri atrás de informações sobre a banda para, depois de muito penar, descobrir seus 2 trabalhos anteriores, o primeiro datando ainda de 2006.
Por falar em informações, o line-up da banda é bem curioso. Afinal, quantas bandas conhecemos formadas por pai, filho e amigo do filho? Bem, não sei vocês, mas creio não conhecer uma sequer -a Spirit não conta pois padrasto não é pai!
E tudo começou em 2005 quando Tim Smith (vocais/baixo) e seu filho Kurtis (bateria/percussão/vocais -16 anos à época), já bem conhecidos em sua Grimsby natal, descobrem o endiabrado guitarrista de apenas 15 anos Jason Barwick. Em pouquíssimo tempo, o que parecia apenas uma brincadeira garageira torna-se um fenômeno através de um intenso boca-a-boca dando conta de apresentações bombásticas de uma banda que seria a redenção do novo blues rock britânico. O resultado é que, já no ano seguinte, lançam seu primeiro trabalho, auto-produzido e reforçando tudo o que a barulhenta e já invejável base de fãs da banda esperava: uma sonoridade profundamente influenciada pelos finais dos 60/início dos 70, notadamente os power trios do período e muito da melhor das melhores de todos os tempos, Led Zeppelin, misturada a um saudável tempero indie. O resultado foi tão surpreendente que aquela garagem expandiu-se muito além das fronteiras não só da pequena Grimsby como atravessou o Canal da Mancha, espalhando-se por alguns países europeus -Bélgica, Holanda e Alemanha entre estes- e levando-os a dividir o palco com verdadeiros monstros sagrados. A It's Only Rock'n'Roll, periódico editado pelo fã clube oficial dos Rolling Stones, chegou a eleger a The Brew como melhor banda da temporada 2006/2007. E para manter a chama acesa enquanto excursionavam e compunham para um novo álbum, soltam o EP 'Fate And Time', com 2 faixas inéditas -a faixa-título e 'Gypsy Queen'-, uma versão estendida de 'Maybe Next Time' e uma matadora 'Mermekes' ao vivo, ainda em 2007.
Com a fama espalhando-se pela Europa como gripe suína através de incendiárias apresentações, com destaque absoluto para as performances do carismático Jason, lançam em 2009 'The Joker', um acachapante trabalho onde as influências blues rock regadas com fartas doses de riffs pegajosos secundados por uma cozinha perfeita, em muito devido ao impressionante crescimento de Kurtis como instrumentista -ganhou até o direito a uma faixa totalmente dedicada a demonstrar toda sua perícia nas baquetas, a mobydickeana 'Burt's Boogie'-, predominam em um conjunto irrepreensível de canções. E agora, ao contrário da estreia, quando a maior parte dos vocais ficaram a cargo de Tim, com Jason mostrando se garantir no gogó, muito embora este quesito ainda esteja aunda um tanto longe de ser o forte da banda.
E eis que há pouco mais de mês lançaram o ansiosamente aguardado 'A Million Dead Stars', uma clara tentativa de penetração no mercado americano com uma sonoridade límpida ao extremo, beirando o asséptico, e tendendo para composições privilegiando uma insuspeitada face pop da banda com farto uso de refrões de fácil assimilação. A mim -embora desça redondinho como se fora uma Bohemia geladíssima em um domingo ensolarado- este novo trabalho deixou uma certa sensação de decepção. Sinceramente, torço para que se torne um sucesso e dê força mercadológica à banda, não para justificar uma temerosa estagnação artística mas para alavancar uma retomada das diretrizes iniciais da banda e, assim, continuar fazendo jus ao título de 'The Father, The Son & The Holy Spirit' outorgado pelo MC de um festival holandês após mais uma de suas arrasadoras apresentações.
VÍDEOS
Live At Rockpalast 2012 (Full HD)
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