segunda-feira, 3 de abril de 2023

BIOGRAFIA DOS Cólera

 



Formada em 1979 o Cólera se tornaria uma das bandas de maior longevidade no cenário punk brasileiro.

Inicialmente influenciada pelo existencialismo rústico da vila carolina as letras traziam um pouco das ideias do Condutores de Cadáver, banda da qual Hélinho participou. Hélio escrevia versos como "agitação, revolução destruição eu quero ver", algo que na fase madura da banda seria trocado por "Pela Paz em todo o Mundo".

O resgate da produção musical desse período da banda seria feito em 2006 com disco Primeiros Sintomas, do qual Hélinho também participou.

Por volta de 1981, Hélio e Kino saem da banda, e entra Valdemir "Val" Pinheiro que assumiu o Baixo, Redson foi para a Guitarra e vocais.

A partir daí o Cólera encontrou sua mensagem numa postura pacifista, antimilitarista e ecológica.

Em 1982, participaram da compilação Grito Suburbano, com as bandas Inocentes e Olho Seco.

Nesse mesmo ano, participam do festival O Começo do Fim do Mundo no SESC Pompéia em São Paulo, e participam das compilações internacionais em K7 Punk Is... e Hardcore or What? do selo XCentric Noise Records.

Em 1983, Redson cria o selo Estúdios Vermelhos e lança a compilação SUB, que conta com o Cólera, além das bandas Ratos de Porão, Psykóze e Fogo Cruzado. Nesse mesmo ano, participam do álbum-compilação internacional Beating the Meat do selo XCentric Noise Records.

Em 1984, lançam a demo tape 1.9.9.2..

Em 1985, Redson muda o nome do selo para Ataque Frontal e lança o álbum de estreia do Cólera, Tente Mudar o Amanhã. No mesmo ano o show de lançamento do álbum no Lira Paulistana é gravado, e sai no formato split-LP com a banda Ratos de Porão e o selo também lança a compilação Ataque Sonoro que inclui músicas da banda.

Em 1986 lançam o álbum Pela Paz em Todo Mundo, que foi um recordista de vendas em se tratando de um produção independente: 85 mil cópias, e participam da compilação internacional Empty Skulls, vol. 2 do selo Fartblossom Enterprizes. Também sai pelo selo Hageland Records, o EP Dê o Fora.

Em 1987, lançam o EP É Natal!!? e tornaram-se a primeira banda de punk rock do Brasil a excursionar pela Europa, num circuito alternativo, pelo underground punk europeu, tocando em squats com bandas como a alemã Inferno e a inglesa Disorder, entre outras.

Voltam para o Brasil sem dinheiro e param de lançar seus álbuns independentes. Isso faz com que os próximos álbuns só saiam em 1989, quando foi lançado o álbum ao vivo European Tour '87 e o vídeo 20 Minutos de Cólera, ambos com gravações dos shows da turnê europeia, lançados pela A. Indie Records. Também é lançado esse ano, o álbum de estúdio Verde, Não Devaste! pela Devil Discos. Durante esse intervalo entre os álbuns fazem diversos shows com a banda brasiliense Plebe Rude.

Em 1992 é lançado o álbum Mundo Mecânico, Mundo Eletrônico pela Devil Discos, que conta com a regravação da música "1.9.9.2." do primeiro álbum.
Somente em 1998 foi lançado um novo álbum, Caos Mental Geral.

Em 2000, a banda ficaria em evidência com a regravação da música "Medo" pelo Plebe Rude em seu álbum ao vivo Enquanto a Trégua não Vem, e pela regravação da música "Quanto Vale a Liberdade?" pelos Inocentes em seu álbum O Barulho dos Inocentes.

Em 2002, é lançado o álbum 20 Anos ao Vivo, e em 2004 o álbum de estúdio Deixe a Terra em Paz!.

Em 2006, é lançado o álbum Primeiros Sintomas com gravações de 1979 e 1980. Nesse ano, o baixista Fábio sai da banda, sendo substituído pelo antigo baixista, Val.

Em 2008 fizeram outra turnê europeia, comemorando os 29 anos de banda.
Em 2009 deram início a turnê 30 Anos Sem Parar! pelo Brasil, comemorando os 30 anos de banda.

Na madrugada de 28 de setembro de 2011, por volta das 00:30 hs, foi informada a morte de Redson, após sofrer uma parada cárdio respiratória. A informação foi dada pelo baixista da banda Val Pinheiro.

Integrantes.

Pierre (Bateria)
Val (Baixo)
Redson (Guitarra e Vocais) †
Fabio Bossi (Baixo)
Josué Correia (Baixo)
Helinho (Guitarra)





Pela Paz em Todo Mundo (1986)

01. Medo
02. Funcionários
03. Somos Vivos
04. Alternar
05. Multidões
06. Direitos Humanos
07. Guerrear
08. Vivo Na Cidade
09. Humanidade
10. Alucinado
11. Continência
12. Não Fome!
13. Adolescente
14. Pela Paz
15. Em Setembro
16. Senhor Dirigente
17. Dê O Fora
18. Vida Desgraçada 





POEMAS CANTADOS DE CAETANO VELOSO

Amanhã

Caetano Veloso


Amanhã
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã
Redobrada a força
Pra cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro-rei vai brilhar
Amanhã
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar

Amanhã
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Que existe é pra vicejar
Amanhã
Apesar de hoje
Ser a estrada que surge
Pra se trilhar
Amanhã
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno, será pleno


Amante Amado

Caetano Veloso


Quero que você me pegue
Me abrace, me aperte, me beije, me ame
Quero que você me pegue
Me abrace, me aperte, me beije, me ame
E depois me mande embora
E depois me mande embora

Quero que você me pegue
Me abrace, me aperte, me beije, me ame
Quero que você me pegue
Me abrace, me aperte, me beije, me ame
E depois me mande embora
E depois me mande embora
Que eu vou feliz da vida, amor
Que eu vou feliz da vida, amor

Quero ser mandado, acariciado, machucado
Adorado, e amado por você
E depois pode me mandar embora
Mesmo que sejam quatro horas da manhã
Chovendo, fazendo frio, amor

E me proibindo de olhar pra outra mulher qualquer
E me proibindo de olhar pra outra mulher qualquer
Que eu vou feliz da vida, e vitorioso
Pois eu sou o seu escravo, amor
Pois você é o meu amante amado, amor



TOM JANS - THE EYES OF AN ONLY CHILD (1975)

 



TOM JANS
''THE EYES OF AN ONLY CHILD''
1975
42:39   MUSICA&SOM
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01 - Gotta Move 04:07 (Lowell George)
02 - Once Before I Die 03:17
03 - Where Did All My Good Friends Go? 04:52
04 - Inside Of You 03:01
05 - Struggle In Darkness 05:41
06 - Out Of Hand 03:19
07 - The Lonesome Way Back When 04:20
08 - Lonely Brother 05:48
09 - Directions And Connections 04:36
10 - The Eyes Of An Only Child 03:34
Tracks By Jans, Except 01
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Acoustic Guitar - Fred Tackett, Jesse Ed Davis, Lowell George, Tom Jans
Backing Vocals - Herb Pedersen, Lovely Hardy, Valerie Carter
Bass - Chuck Rainey, Colin Cameron
Congas - Sam Clayton
Drums - Harvey Mason, Jeff Porcaro, Jim Keltner
Electric Guitar - David Lindley, Fred Tackett, Jerry McGee, Tom Jans
Organ - Mike Utley
Piano - Bill Payne, Tom Jans
Slide Guitar - David Lindley



Guilhermina Suggia: uma história cruzada com o violoncelo

 

Quem passa pela cidade do Porto e assiste a um concerto na Casa da Música certamente não deixa de reparar que o auditório principal tem o nome de uma mulher, um nome com um apelido peculiar. O nome em questão é Guilhermina Suggia e marca a Casa da Música não apenas por ser uma combinação de palavras sonante: porque esta mulher teve, na verdade, uma forte relação com a cidade do Porto e com o próprio universo da música.

Guilhermina Suggia nasceu na cidade Invicta, no dia 27 de junho 1885. É aí que, sob a supervisão do pai, começa a estudar violoncelo. Em criança, teve ainda a oportunidade de conhecer o violoncelista Pablo Casals, durante um concerto a que assistiu, ao lado do progenitor, no Casino de Espinho. O músico ter-se-á interessado pela jovem artista, então com 13 anos e influenciado a sua aprendizagem. Mais tarde, chegou mesmo a tornar-se seu companheiro, algo de que falaremos mais à frente.

O talento de Suggia era tal que, aos sete anos, dá o seu primeiro concerto e alcança notoriedade suficiente para, em 1901 – quando tinha cerca de 16 anos – receber uma bolsa de estudo concedida pela Rainha D. Amélia para estudar no Conservatório de Leipzig, Alemanha. Aos 17 anos, Guilhermina Suggia está então a iniciar uma carreira internacional e a tornar-se, definitivamente, numa violoncelista profissional.

“Ela foi a primeira mulher a tocar violoncelo ao mais alto nível e a fazer carreira.” Contou Henri Gourdin à Lusa, aquando do lançamento do livro biográfico (disponível apenas em francês) com o título “La Suggia – L’ Autre Violoncelliste“.  “Não foi fácil porque, na altura, o violoncelo era considerado um instrumento masculino. Ela teve de lutar contra esses preconceitos. Foi o charme da sua personalidade e a sua música que acabaram por convencer o público”, acrescentou.

Guilhermina Suggia: amores, egos e escolhas

Segue-se um período (1906-1913), em Paris, marcado pela sua relação amorosa com Pablo Casals, de quem a artista terá sido o seu “grande amor”. Porém, como aponta Henri Gourdin, “é sempre muito difícil para dois artistas viverem juntos, sobretudo para dois violoncelistas. Há egos incompatíveis”, apontou. De acordo com o autor, o término da relação de 7 anos poderá ter acontecido também por Guilhermina escolher a carreira musical em vez do casamento e da maternidade.

É assim que, em 1913, deixa Paris e acaba por assentar em Londres. Dos registos que nos chegam dessa altura, sabemos que as suas entradas em palco eram descritas como imponentes e que as suas interpretações revelavam um domínio absoluto do instrumento.

“O que é impressionante nesta história é que a conquista do violoncelo pela mulher tenha sido feita por uma portuguesa, ainda que, na altura, Portugal fosse um país católico, onde a separação dos sexos era mais restrita do que noutro lado qualquer”, disse Henri Gourdin. O autor, que pouco conhecia de Suggia, cruzou-se com detalhes sobre a vida da artista portuguesa quando reuniu informação para escrever a biografia de Pablo Casals.

Regresso ao Porto e os violoncelos de Suggia

Em 1924, ainda que mantendo residência em Londres, compra uma casa no Porto. É aí que, no dia 27 de agosto de 1927, casa com o médico José Casimito Carteado com quem não teve nenhum filho. Sempre movida pelo sue amor à música, muda-se de vez para a sua terra natal e começa a trabalhar com músicos portugueses. O seu violoncelo leva-a a palcos que vão além da Invicta: Lisboa, Aveiro, Viana do Castelo, Braga e Viseu são apenas algumas das cidades por onde passa.

É ainda a ela que se deve a fundação da Orquestra Sinfónica do Conservatório, criada em parceria com a então diretora do Conservatório de Música do Porto, Maria Adelaide de Freitas Gonçalves. Com alunos finalistas do conservatório, a própria Guilhermina Suggia ajudou a dar um empurrão à orquestra, subindo ao palco no concerto de apresentação que teve lugar no Teatro Rivoli.

Em 1949, com sinais da doença fatal que a afectava, cria o Trio do Porto, constituído por ela, pelo violinista Henri Mouton e pelo violetista François Broos. Em 31 de Maio de 1950 toca pela última vez em público, num recital no Teatro Aveirense. Ainda que sujeita a uma intervenção circurgica em junho desse ano, em Londres, acaba por falecer no dia 30 de julho.

Mesmo depois da morte, a lenda perpetuou-se. Os instrumentos de Suggia ainda hoje são conhecidos como Stradivarius Suggia e o Montagnana Suggia. Porquê? A explicação é simples: antes de morrer, a artistas legou os seus sete violoncelos a alunos e institutos. Por vontade sua, dois deles, os mais célebres, foram vendidos para fundar os Prémios Suggia, atribuídos todos os anos a jovens violoncelistas.

Warren Zanes discute biografia de Tom Petty

Warren Zanes conheceu Tom Petty em 1986, quando a banda de Boston Del Fuegos estava em turnê com seu segundo LP, Boston, Mass . Petty cantou harmonia no álbum seguinte da banda, Stand Up , e abriu os Del Fuegos para eles e para os Georgia Satellites na turnê de verão Rock 'n' Roll Caravan de 1987 . “Nós o conhecemos melhor na turnê”, diz Zanes.

Mas eles não se conheciam bem. Pular adiante. Petty continuou a vender milhões de álbuns, tanto com os Heartbreakers quanto solo. Zanes , um fã fanático de Petty desde a infância, mudou-se para a academia após a separação dos Fuegos, obtendo dois mestrados e um doutorado. e depois se tornando vice-presidente do Hall da Fama do Rock and Roll. Ele é atualmente diretor executivo da Little Steven's Rock and Roll Forever Foundation.

Zanes também escreveu Dusty in Memphis , um livro pequeno e pequeno da série 33 1/3 sobre o lendário álbum Dusty Springfield e Petty o leu. Impressionado, ele procurou seu velho conhecido, pedindo a Zanes que escrevesse sua biografia.

Del Fuegos e Petty_Alison Reynolds

Petty com The Del Fuegos; Zanes na extrema direita. (Foto: Alison Reynolds)

“Tom disse que não queria que fosse autorizado”, diz Zanes. “Foi baseado em sua própria reação aos livros autorizados. Ele disse que sente que quando vê isso na capa do livro, ele sabe que vai ser besteira: uma conta interna e caiada e disse: 'Quero que este seja o seu livro. Não escrito por fantasmas, não co-escrito, não autorizado.' A única coisa que ele pediu foi a oportunidade de lê-lo antes da publicação e responder a qualquer coisa que sentisse necessidade de responder. E ele cumpriu esse acordo.”

O que significa que em Petty: The Biography , Zanes escreveu não apenas sobre a infância conturbada de Petty na zona rural da Flórida e, mais tarde, um casamento desmoronando, mas sobre a perigosa dança de Petty com heroína aos 50 anos. Petty havia falado sobre heroína para o documentário de Peter Bogdanovich de 2007, Tom Petty & the Heartbreakers: Runnin 'Down a Dream . Zanes contribuiu para o filme, mas Petty rejeitou todas as conversas sobre seu vício em heroína quando chegou a hora de editar o filme. Desta vez, ele não vacilou com a história que estava sendo contada.

Heartbreakers Germany 1977_Fotógrafo desconhecido

Petty e os Heartbreakers na Alemanha em 1977

“Entrei neste território com hesitação”, admitiu Zanes, ao telefone de sua casa em Montclair, NJ. “É complicado falar sobre isso. Nosso principal ponto de discussão foi sua preocupação de que se pudesse haver um garoto por aí que romantizasse as drogas porque leu a história de Tom Petty. Eu certamente gostaria de pensar que o relato no livro não é romântico.”

Não é. Se começou como um refúgio, termina como sua própria prisão. “Este é realmente um cara que lutou contra a meia-idade e foi forçado a enfrentar muito que estava esperando por ele”, diz Zanes. “Sua infância, a doença de sua mãe, perdê-la, o problema em liderar uma banda, o problema em seu casamento. Tudo acontece de uma vez e ele é um cara nascido e criado no rock 'n' roll. Ele sabia que havia algo ali para quando a dor fosse demais; ele lamenta sua escolha de pegar heroína, mas foi o que ele fez. E quando ele superou, ele superou.

Petty tem agora 66 anos, Zanes 51. A história que Zanes conta tem muito a ver com a juventude de Petty na zona rural da Flórida e seu desejo de usar o rock 'n' roll como uma fuga. É sobre como Tom Petty e os Heartbreakers se formaram a partir de uma banda chamada Mudcrutch. Sobre como Petty manteve a existência de sua banda em face da luta intra-banda e difíceis decisões pessoais. E é muito sobre como Petty canalizou a maior parte de sua emoção e paixão em sua música, às vezes às custas dos relacionamentos da vida real.

No livro, Zanes escreve sobre como, apesar de todo o amor de Petty por Chuck Berry, os Beatles e o R&B, “foi essa emoção que faria seu material importar. Independente do andamento, independente do estilo. Ele nunca exageraria em uma música, nunca colocaria seus sentimentos em você, mas aprendeu de alguma forma a trazer a verdade de uma letra.

Mudcrutch 1970_Red Slater

Mudcrutch na Flórida, 1970. (Foto: Red Slater)

O Tom Petty que você ouve rugindo em “Even the Losers” não é o Tom Petty que você ouve fora do palco, diz Zanes. “Quando você se senta em um sofá ao lado de Tom, ele é bastante reservado. Ele tem muita inteligência, muito humor e sabe construir uma frase. Ele é altamente envolvente, mas o poder das emoções está nas músicas. Ele vive de maneira diferente em suas canções e em sua vida.”

Zanes tece sua própria história na biografia – sobre seu relacionamento com Petty – primeiro como fã, depois em turnê, mais tarde em sua casa com vários amigos superestrelas, mas ele não é intrusivo sobre isso. Ele diz que inicialmente relutou em colocar muito lá, mas o notável historiador do rock Peter Guralnick leu as primeiras versões e o encorajou a colocar mais de si mesmo nelas. “Essas coisas aconteceram e deram importância à forma como contei a história”, diz Zanes.

Não venha aqui Sessão de vídeo 1985_Fotógrafo desconhecido

Filmando o vídeo “Don't Come Around Here No More” em 1985

Zanes acha que a filha mais velha de Petty, Adria, pode ter resumido melhor a psique de seu pai. “Ela estava dizendo que aprendeu que o mundo das canções é um lugar que ele foi e para onde queria levá-la”, diz Zanes. “E acho que é extremamente significativo em sua história que aqui está esse cara que sofreu abuso na infância, a perda de sua mãe, um monte de coisas durante os anos de formação, e a composição se torna esse lugar de estar além do alcance daquilo que de outra forma o puxa abaixo. Ele foi para lá por uma espécie de segurança e por isso foi muito consistente em sua produção. Ele continuou precisando ir a esse lugar que identificou como seguro e o desdobramento são suas canções.”

Zanes conseguiu acesso aos Heartbreakers, do passado e do presente, incluindo o baterista Stan Lynch, que foi demitido e recontratado várias vezes (finalmente demitido). Inicialmente reticente para falar, ele falou por oito horas – Zanes diz que ele é o mais extrovertido de uma banda quase introvertida – e deu ao livro uma perspectiva que outros não poderiam.

Alta resolução de Zanes

Zanes em 2015

Um dos temas recorrentes é quem é Petty em relação à banda. Ele é o vocalista e compositor principal, mas gosta de fazer parte de uma banda. Mesmo assim, às vezes ele gostava da ideia de seguir carreira solo e trabalhar fora da banda. Com o tempo, o guitarrista, cantor e compositor Mike Campbell começou a ser considerado um parceiro quase igual.

No livro, Zanes cita o tecladista Benmont Tench dizendo: "É a banda de Tom, é a banda de Tom e Mike, é a banda de Tom, é nossa banda, todos nós, mas é a banda de Tom, você sabe."

“Quando ele disse isso,” diz Zanes, “eu era como se fosse isso. Acho que ele pensou que não estava realmente fazendo sentido e estava fazendo todo o sentido e eu adorei.

Zanes optou por não aprofundar o passado recente de Petty, os álbuns pós-2006 e as turnês em estádios. “Em uma biografia”, diz ele, “a coisa que exige mais atenção são os períodos de desenvolvimento – infância, os primeiros atos criativos, as relações de ensino que ele teve com [ex-chefe de gravadora/produtor] Denny Cordell, [produtores] Jimmy Iovine, Jeff Lynne e Rick Rubin. O desenvolvimento dura toda a vida, mas há picos na vida e é nisso que mais me importo.”

Se algumas pessoas veem Petty como um líder de banda severo ou autocrático, Zanes diz: “Em uma escala relativa do que é necessário para manter uma operação funcionando, acho que Tom está no topo do lado do cara legal. Mas a verdade é que para manter uma operação como aquela funcionando a longo prazo como ele fez, você acaba tendo que ser duro de várias maneiras. Ele é um homem complicado e eu toquei na veia principal desse sistema complexo.”

  

Label Exec reflete sobre a assinatura de John Lennon para contrato solo


John Lennon Yoko Ono Fantasia DuplaA indústria da música cresceu em um ritmo notável nas décadas de 1960 e 1970, à medida que a música pop e o rock 'n' roll evoluíam e os hábitos de compra do ouvinte mudavam de singles para álbuns. Dezenas de executivos, muitos dos quais nunca se tornaram nomes conhecidos, desempenharam um papel seminal ao entregar a música por meio do sistema que a maioria dos consumidores considera natural: descobrir e contratar o talento, trabalhar de perto com eles em seu repertório, no processo de gravação e em sua imagem. e, finalmente, colocar seus discos nas prateleiras das lojas e nas listas de reprodução das estações de rádio.

Para cada  Berry Gordy  e  Quincy Jones , nomes bem familiares ao público, havia muito mais como  Bruce Lundvall  e  Joe Smith , chefes de gravadoras que supervisionavam grandes empresas e construíam listas de artistas, mas eram muito menos figuras públicas.

Observando e cobrindo a ação de seu papel como editor-chefe da revista comercial da indústria musical  Record World,  estava  Mike Sigman . Agora, para a HITS , revista líder da indústria   - co-propriedade dos veterinários da indústria  Dennis Lavinthal  e  Lenny Beer , que estudaram no ensino médio com Sigman e atuou como editor gráfico na  Record World  durante o período de rápido crescimento da revista nos anos 70 - Sigman serviu crie perfis íntimos de muitos dos principais executivos da época, revelando novas discussões onde eles olham para trás na indústria e sua própria parte em seu desenvolvimento.

History of the Music Biz – The Mike Sigman Interviews  foi publicado em abril de 2016 pela  HITS  e apresenta entrevistas com 18 desses titãs da indústria. (Além do mencionado, a lista inclui  Clive Davis , o fundador da Elektra  Jac Holzman  e  Jerry Moss , o “M” para o “A” de Herb Alpert na A&M Records.) Acompanhando cada recurso estão fotos clássicas dos figurões com muitos dos artistas que eles fizeram famoso. Há  Al Teller da CBS Records  com Neil Diamond e Michael Jackson. Jerry Wexler , da Atlantic   , assistindo a uma jovem Aretha Franklin assinar seu contrato.

Os relacionamentos de longa data da Sigman com esses executivos e a familiaridade com suas realizações permitiram que eles se abrissem e oferecessem histórias privilegiadas de suas realizações de desenvolvimento artístico.

Uma dessas entrevistas é com o chefe da gravadora  Eddie Rosenblatt que, após um longo e bem-sucedido mandato na Warner Bros. Records entre outras gravadoras, se juntou a David Geffen para formar a Geffen Records. Entre as muitas histórias de sucesso que a Geffen Records desfrutou estavam com lendas do rock clássico como Guns N' Roses , Aerosmith , Peter Gabriel , Don Henley e Nirvana .

Neste trecho, que a Best Classic Bands publicou com permissão da  HITS , Rosenblatt relata a Sigman os primeiros dias e as primeiras contratações extraordinárias da Geffen Records, e uma perda devastadora.

“Estou pronto para começar com David logo após o Dia do Trabalho (1980) e fico uma semana no Havaí. No minuto em que entro em meu quarto de hotel no Havaí, David liga e me diz que assinou contrato com Elton John e Donna Summer. Eu digo, 'Puta merda, é sério.' Eu volto. Nós começamos."

“Recebi uma ligação de Phil Spector, que eu conhecia da A&M. Ele diz, '[John] Lennon está no estúdio – ele não tem um acordo.' — Ah, obrigado, Phil! Subi para ver David e disse: 'Você conhece Yoko?' Ele diz: 'É claro.' Eu digo: 'Ligue para ela e feche o negócio.' O que é claro que ele fez.

Um anúncio do álbum e do primeiro single apareceu na edição de 22 de novembro de 1980 da Record World.

Eddie conta uma história fascinante sobre a terrível noite de 8 de dezembro de 1980.

“Estou em Nova York, hospedado no Sherry Netherland. David tinha um apartamento ao lado, ainda tem. estou na cama. Eu sei que algo está acontecendo, mas é tudo vago. Então eu ligo para David e pergunto: 'O que está acontecendo?' Ele diz: 'Me encontre lá embaixo em dois minutos'. Desço as escadas, pegamos um táxi para o Hospital Roosevelt. Era tarde demais. João já havia passado.

“Saímos com Yoko - uma foto nossa apareceu na primeira página do  Daily News . Entramos em dois carros da polícia e eles nos levam para o subterrâneo do Dakota. Subimos para o apartamento deles, onde estive no dia anterior conversando com Yoko sobre marketing e todas as coisas que íamos fazer com John.

“Ficamos com Yoko a noite toda. De manhã, voltei para o hotel, passando por multidões de torcedores entristecidos nas ruas em frente ao prédio. Eu tentei me recompor. Que tragédia. Palavras não podem expressar minha dor e a dor que abalou o mundo”.

O álbum Double Fantasy de John Lennon/Yoko Ono  foi gravado no final do verão de 1980 e lançado no final de novembro. Apenas três semanas depois, Lennon estava morto.

E em 27 de dezembro, o álbum começou uma corrida de oito semanas em primeiro lugar nos Estados Unidos. No mesmo dia, o single “(Just Like) Starting Over” também alcançou o primeiro lugar, onde ficaria por cinco semanas. 

Destaque

[BOX SET] Michel Plasson & L'Opéra Français (38 CDs, 2012)

  Artist : Michel Plasson & L'Opéra Français Title Of Album : Michel Plasson & L'Opéra Français Year Of Release : 2012 Label...