terça-feira, 9 de maio de 2023

CANTORES FRANCESES

Renaud

Renaud Séchan (Paris11 de maio de 1952) é um cantautor e ator francês.

Com 23 álbuns e quase 20 milhões de cópias vendidas, Renaud é um dos cantores francófonos mais populares.[1][2] Ele usa suas músicas para criticar a sociedade.

Biografia

Nasceu no 14º arrondissement de Paris em 1952, e desde jovem comprometeu-se na esquerda radical e anárquica. Escreveu sua primeira canção em 1968, enquanto participava da ocupação da Sorbonne para o Comité Révolutionnaire d’Agitation Culturelle.

Seu primeiro LP é de 1975 pela Polydor, mas foi muito criticado como subversivo e recusado por muitas rádios.

Na década de 80, lança também livros e é ator de alguns filmes, como por exemplo na película Germinal de Claude Berri, do romance de Émile Zola, junto com Gérard Depardieu e Miou-Miou.

Em 1988 lança a peça Putain de camion (caminhão de merda) dedicado ao grande amigo Coluche, falecido em um acidente em 1986.

Na decada de 90, passou por um momento difícil da vida com uma crise pessoal e artística de sete anos que o fez cair no alcoolismo. Saiu da crise em 2002 com o álbum Boucan d'enfer que vendeu mais de um milhão de cópias.

LP

Filmografia



Parecido com




Fotos






Faixas principais


POEMAS CANTADOS DE CAETANO VELOSO


 

Bahia, Minha Preta

Caetano Veloso

Bahia, Minha Preta
Caetano Veloso

Bahia, minha preta
Como será
Se tua seta acerta o caminho e chega lá?
E a curva linha reta
Se ultrapassar esse negro azul que te mura
O mar, o mar?
Cozinha esse cântico
Comprar o equipamento e saber usar
Vender o talento e saber cobrar, lucrar
Insiste no que é lindo
E o mundo verá
Tu voltares rindo ao lugar que é teu no globo azul
Rainha do Atlântico Sul

ê ô! Bahia, fonte mítica, encantada
ê ô! Expande o teu axé, não esconde nada
Teu canto de alegria ecoa longe, tempo e espaço
Rainha do Atlântico

Te chamo de senhora
Opô Afonjá
Eros, Dona Lina, Agostinho e Edgar
Te chamo Menininha do Gantois
Candolina, Marta, Didi, Dodô e Osmar
Na linha romântico
Teu novo mundo
O mundo conhecerá
E o que está escondido no fundo emergirá
E a voz mediterrânica e florestal
Lança muito além a civilização ora em tom boreal
Rainha do Atlântico Austral


Baião de Dois

Caetano Veloso

Baião de Dois
Caetano Veloso

Abdom que moda é essa, deixe a trempe e a cuié
Home não vai na cozinha, que é lugá só de mulhé
Vô juntá feijão de corda, numa panela de arroz
Abdom, vai já pra sala que hoje tem baião de dois
Ai, ai, ai, ai baião que bom tu sois
Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois
Ai, ai, ai, ai baião que bom tu sois
Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois

Abdom que moda é essa, deixe a trempe e a cuié
Home não vai na cozinha, que é lugá só de mulhé
Vô juntá feijão de corda, numa panela de arroz
Abdom, vai já pra sala que hoje tem baião de dois
Ai, ai, ai, ai baião que bom que tu sois
Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois
Ai, ai, ai, ó baião que bom tu sois
Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois



Resenha Varukers Tributo 2021

 

Resenha

Varukers Tributo

2021

CD/LP

Quem acompanha a cena punk/hardcore conhece bem o nome VARUKERS: surgida da onda punk do finalzinho dos anos 70 que varreu o Reino Unido, a banda teve como diferencial um som mais sujo e rápido do que seus antecessores, um som verdadeiramente punk.

Liderada pelo vocalista e fundador Rat, o grupo seguiu influenciando um monte de bandas de vários cantos do mundo, uma quase unanimidade quando falamos de punk/hardcore. Mesmo quando deram uma pausa nas atividades, de 1985 a 1993, continuaram sendo reverenciados.

Como forma de reconhecimento e agradecimento por tudo que fizeram, foi idealizado o disco “VARUKERS Tributo” (2021), um projeto do fã de longa data do grupo, Robson Felipe, o “Fofäo” (BESTHÖVEN). Ele também foi o organizador do tributo brasileiro ao também referência DISCHARGE (2011).

Veterano da cena underground brazuca, Fofäo selecionou 21 bandas (era para terem disso 23, mas duas tiveram problemas e ficaram de fora). Graças ao espírito colaborativo entre os grupos e do apoio de oito selos underground (Insane Noise Distro, Vertigem Discos, Putr-Essence Distro, Cianeto Discos, Freedom, Produções Marginias Distro, Massive Records e Two Beers Or Not Two Beers), o projeto pode ser concretizado e termos em mãos um disco digno da história do VARUKERS.

As vinte e uma faixas do disco trazem performances mantendo o espírito musical punk do VARUKERS, ou seja, faixas curtas, diretas, com guitarras distorcidas e vocais gritados. Destaques para as performances de OS MALTRAPILHOS, SÍNDROME LETAL, DEATH FROM ABOVE, VULTÖR, KARNE KRUA, ORELHA SECA, TËRRÖR ÄLGÜM, BESTHÖVEN e CATHOLIC KILLERS. O que atrapalhou em alguns poucos casos, foi a diferença na qualidade da gravação entre alguns grupos, mas nada desabonador ao trabalho feito.

O disco contou com a participação de perto do próprio Rat, que ainda concedeu uma entrevista ao próprio Fofäo - além de organizador, ele também participou com sua banda BESTHÖVEN, esteve na masterização e ainda fez a capa e arte da mídia.

O CD vem acompanhado de um mini pôster (24 x 24 cm), tendo um lado a citada entrevista e do outro, uma foto muito bacana de um casal punk com jaqueta de couro estampada VARUKERS. Há ainda outro pôster (35 x 47 cm), tendo de um lado a ficha de cada banda participante e do outro fotos do VARUKERS de diversas fases.

Faixas:
01 LIXORGÂNICO - Protest And Survive
02 OS MALTRAPILHOS - Don´t Wanna Be A Victim
03 SUB-ATITUDE - Die For Your Government
04 SÍNDROME LETAL - All System Fail
05 NEFÄRIOÜS D-SASTER - March Of The SAS
06 NUCLËAR FRÖST - Led To Slaughter
07 DEATH FROM ABOVE - Another Religion Another War
08 SKARNIO - No Escape
09 VULTÖR - Who Pays
10 LUTA ARMADA - Massacred Millions
11 KARNE KRUA - Bombas/The Bomb Blast
12 DETËSTO - Will They Never Learn
13 DESASTRE - Persistant Resistance
14 ORELHA SECA - In South Africa
15 TOTAL SILENCE - Animal´s An Animal
16 TËRRÖR ÄLGÜM - Stop The Killing
17 BESTHÖVEN - Nothing´s Changed
18 PÓS-SISMO - Murder
19 S.O.S. CHAOS - Genocide
20 DEVASTADORAS - Humanity
21 CATHOLIC KILLERS - How Do You Sleep

Resenha Further Out Álbum de Ken Baird 2009

 

Resenha

Further Out

Álbum de Ken Baird

2009

CD/LP

Quando eu cadastrei o músico canadense, Ken Baird, aqui no site, não estava cadastrando alguém que eu tinha grande familiaridade com o som, muito pelo contrário, conhecia basicamente só de nome, porém, lendo alguns elogios aqui e outros ali, decidi que era a hora de conhecer de fato a sua música. Entre o ano de 1996 e até esse momento em que eu escrevo essa resenha, o músico lançou 5 discos – sendo Further Out, o último, deles em 2009. Uma pena toda essa demora para um próximo registro, pois Ken em seus 2 discos mais recentes mostra uma clara evolução em seu som e estava indiscutivelmente em sua melhor fase. Mas claro, não vou descartar a hipótese que pode haver razões mais sérias e que eu desconheço que fazem com que o músico esteja recluso tanto tempo. 

Se a sua ideia for ouvir um rock progressivo intrincado e aventureiro, bom, talvez esse disco o fruste bastante, mas se a experiência que você esteja procurando seja a de uma música sincera e feita por um compositor que sabe como atingir o coração daquele ouvinte que busca algo mais simples, espontâneo e natural, nesse caso, é exatamente o que Further Out vai lhe entregar. Dentro das seções progressivas, há algumas abordagens musicais intrínsecas ao gênero como o pop e até mesmo o AOR.  Dito isso, Further Out pode ser considerado um disco de pop progressivo? Bom, não acho que seria nenhum absurdo quem assim o definisse.  

Mas podemos comparar a música de Baird com a de quem? Que soe na linha dele, não sei dizer exatamente, mas podemos sentir que as suas músicas soam como as de Neal Morse soariam se fossem menos técnicas e pomposas, digamos assim. Afinal, enquanto muitas bandas e artistas progressivos evidenciam um exibicionismo em suas músicas, Ken funciona sempre dentro de uma musicalidade mais acessível. Ainda que, suas composições também sejam cheias de detalhes, a dinâmica que ele escolhe para que tudo se desenvolva o torna diferenciado dentro de um gênero muitas vezes conhecido e execrado - não por mim - pelo seu excesso.  

“Spinning Wheels” já começa o disco muito bem e indicando o tipo de atmosfera que serão encontradas em suas músicas. A melancolia instrumental combina muito bem com os vocais que, apesar de simples, soam edificantes e com ótimo frescor. Possui uma harmonia comovente e apaixonante. Outros destaques são os refrãos e o solo de guitarra cheio de emoção. “A Thousand Years”, com apenas três minutos é a menor peça do álbum. Seu foco maior está em um piano introspectivo. Os vocais de Ken mais uma vez estão ótimos e cheio de sinceridade. Destaque também para alguns coros com vozes infantis que soam muito apropriados. “The Sound of Rain”, principalmente por conta do teclado, inicialmente direciona o disco para uma vibração mais folk. Inclusive, o teclado é o principal instrumento aqui para que a música tenha uma atmosfera tão interessante. Mais uma vez, Baird mostra que sabe fazer refrãos cativantes e que grudam facilmente na cabeça do ouvinte.   

“Stainless Skies”, encontramos aqui alguns problemas que podem fazer com que o disco esfrie um pouco. No geral, a peça soa bastante comedida por meio de uma amálgama volúvel, porém, ainda assim consegue entregar de forma pontual momentos cativantes e charmosos. Por ser mais repetitiva do que as músicas anteriores, acaba soando um pouco entediante. A harmonia mais bonita da faixa está nos primeiros versos de cada refrão. “Where I Came From” recoloca o disco nos trilhos do pop progressivo de qualidade. É uma música muito cativante, onde eu destaco principalmente as invertidas bastante apropriadas de uma flauta de influência celta. A guitarra também entrega algumas belas linhas. “As the Highway Greets a Friend” começa em um ritmo rock and roll bem legal, além de trazer alguns vocais muito bons – consigo perceber um trabalho vocal que se localiza entre Mariusz Duda e Steve Wilson. Possui uma ótima variação entre suave e pesada, além de mais um refrão cativante. Próximo dos 3 minutos, a música sofre uma mudança drástica de direção, se tornando – por alguns segundos – uma peça de cenário mais dramático antes de voltar para o refrão.  

“Reflections in the Lake”, ao lado de “A Thousand Years” forma a dupla de músicas mais introspectivas do disco. Uma belíssima melodia criada por violão e teclados permeiam a peça enquanto Ken entrega ótimos vocais. Eu consigo imaginar tranquilamente essa música em algum disco do Steve Hackett. “Everything to Lose” começa por meio de piano e voz, mas não demora para que toda a banda entre na peça e ela passe a se desenvolver dentro de uma linha mais sinfônica. Novamente, o refrão é daqueles ótimos para cantar junto. Pouco depois dos 3 minutos, há um solo de piano que vai entrando aos poucos no campo do jazz, sendo seguido pela adição de flauta que puxa a harmonia mais bonita de toda a peça conforme todos os instrumentos retornam. “Further Out” é a faixa título, a que encerra e com os seus 10 minutos também é a maior do disco. Uma música grandiosa e melancólica, além de tocada e cantava de uma maneira apaixonante. Primeiramente, parece ser apenas uma entrega simples de um grande número pop progressivo, mas aos poucos, tudo vai ganhando mais magia. O solo de teclado por volta dos 1:47 começa a direcionar a música para uma estrada mais progressiva e sinfônica. O vocal principal é acompanhado de excelentes backing vocals, até que aos 4 minutos, a peça silencia, permanecendo apenas um teclado sombrio, relaxante e atmosférico, então que alguns sintetizadores puxam com ele algumas batidas como se estivesse emergindo a peça aos poucos, o baixo por meio de linhas sólidas também se agrupa à faixa, a ajudando a ficar cada vez mais edificante. Por último, a vocalista, Sue Fraser, que havia emprestado até esse momento do disco seus vocais celestiais apenas como elemento de apoio, o coloca em primeiro plano – inclusive, ela poderia ter sido mais bem utilizada no álbum. Mais um solo espacial de teclado direciona a faixa para o seu final. Sem a menor dúvida, o álbum chega ao fim com a sua melhor música.  

Tirando a sua faixa de encerramento, "Further Out", que é de fato uma peça poderosa, as demais ofertas aqui variam entre mais ou menos atraentes, porém, dentro de uma consistência onde, exceto por, “Stainless Skies”, tudo soa intrinsecamente em uma qualidade inquestionável dentro da proposta musical oferecida por Ken. No geral, um disco de rock progressivo baseado em canções e composições envolventes.  

Resenha Born From Fire Álbum de Induction 2022

 

Resenha

Born From Fire

Álbum de Induction

2022

CD/LP

O grupo de power metal Induction está de volta com seu segundo álbum de estúdio. Com a missão de desvincular-se da sonoridade do Gamma Ray, a nova empreitada mostra amadurecimento, melhor produção e composição, fazendo de "Born From Fire" um trabalho bastante atraente.

Para quem ainda não conhece, a banda foi formada em 2014, tendo conseguido lançar seu primeiro álbum homônimo de estúdio em 2019, após dois singles. Algumas complicações vieram depois, como a concorrência da cena e principalmente a pandemia do coronavírus. Mesmo assim, a banda conseguiu mostrar seu talento ao excursionar ao lado do grupo de metal brasileiro Armored Dawn. Agora em seu segundo e mais novo capítulo, "Born From Fire", o grupo reformulou-se e veio forte, trazendo um disco com todos os elementos do power metal mais melódico, além de sua própria marca.

Quando mais acima mencionei que a banda precisava desvincular-se da sonoridade do Gamma Ray, é que faz parte da formação o guitarrista Tim Hansen, filho de Kai Hansen (Helloween). As influências dentro do primeiro álbum são claras, o que considero ter prejudicado um pouco. Felizmente elas são muito menos presentes aqui. Sou fã do Gamma Ray, mas, não dá para o filho simplesmente copiar o que o pai fez no passado. O restante da formação foi renovada, contando com Dominik Zester (d), Marcos Rodríguez (g), Craig Cairns (v) e Dominik Gusch (b), o que resultou em um upgrade de altíssimo nível, principalmente com a notável performance de Craig, muito melhor segurando o microfone que seu antecessor. Na produção temos Jacob Hansen e as orquestrações ficaram por conta do competente Peter Crowley.

Liderado pelas guitarras e com orquestrações feitas de forma bastante competente, o disco flui bem em suas onze faixas. Vou ficar devendo os créditos porque o encarte da versão brasileira, apesar de belíssimo em termos de arte gráfica, não traz quem é o compositor de cada canção, então, simplesmente não sei quem é, embora acredite que seja Tim Hansen. A produção é bem interessante, nível Blind Guardian, Helloween e Gamma Ray, com faixas pegajosas, pesadas e refrãos que memorizamos rapidamente. Muito do que o fã do estilo espera.

Faixas de destaque: "Embers", "Born From Fire", "Scorched", "I Am Alive" e "Queen Of Light".

"Born From Fire" é certamente um passo adiante na carreira do Induction. Não representa algo inovador ou ousado em termos de criação, mas, assim como as bandas da nova geração do power metal como Northtale e Twilight Force, tudo é muito bem feito. Porém, para chegar no mainstream do estilo, precisará de um pouco mais. Mesmo assim, vale a conferência. E está fácil para adquirir, já que o trabalho está disponível na loja da Shinigami Records. 

Faixas:

Born From Fire	
Scorched	
Fallen Angel	
Go To Hell	
Embers	
Order & Chaos	
The Beauty Of Monstrance	
Queen Of Light	
I Am Alive	
Ghost Of Silence	
Eternal Silence	
Sacrifice (Bônus)


SCALADEI - School of Pure Soul (2023/ 5 Lunas)

 

Destaque

ROCK ART