quinta-feira, 1 de junho de 2023

Resenha Powerzone Álbum de Chez Kane 2022

 

Resenha

Powerzone

Álbum de Chez Kane

2022

CD/LP

Após uma recepção acima da média de seu álbum de estreia, a talentosa vocalista Chez Kane, que inclusive faz parte de um grupo de rock chamado Kane'd com suas duas irmãs, está de volta com "Powerzone", que soa ainda melhor que o debute.

A aposta da Frontiers deu ainda mais certo ao ser integrada ao talentoso músico e compositor Danny Rexon da banda Crazy Lixx, que também está de volta neste segundo trabalho. Rexon cuidou do material do início ao fim, participando inclusive da ótima produção. Como resultado temos um disco marcante do início ao fim, que traz aquele hard rock oitentista grudento e melódico, inclusive na arte de capa, contando também com a dose perfeita de teclado e guitarras. E como cereja do bolo: cantado por uma excelente vocalista. O que temos aqui é um disco para botar para rodar, subir o som e curtir.

São dez faixas e diversos destaques. Mas, como porta de entrada não deixe de conferir: "I Just Want You", "(The Things We Do) When We’re Young In Love", ambas melódicas ao extremo; "Rock You Up", com um refrão mais glam; "Children Of Tomorrow Gone", que traz uma pegada bem Survivor/Europe; a hardona e potente faixa título e a ótima de encerramento "Guilty Of Love".

Eu digo e repito: se dedicar-se a garimpar o longo catálogo da Frontiers sempre encontrará alguns metais preciosos por lá. E "Powerzone" é um deles.

Devore "Powerzone" sem medo!

Tracklisting:
1. I Just Want You
2. (The Things We Do) When We’re Young In Love
3. Rock You Up
4. Love Gone Wild
5. Children Of Tomorrow Gone
6. Powerzone
7. I’m Ready (For Your Love)
8. Nationwide
9. Streets Of Gold
10. Guilty Of Love

Line-Up:
Chez Kane - Vocals
Danny Rexon - All Instrumentation


Resenha Présages Álbum de Nemo 2003

 

Resenha

Présages

Álbum de Nemo

2003

CD/LP

Obviamente que eu sei que existe – ou existiu nesse caso – bandas de rock progressivo surgidas no século XXI que também são bastante produtivas e possuem uma fórmula vencedora igual a Nemo, mas uma coisa eu também sei, não são muitas. Présages, é o segundo disco da banda francesa e uma evolução em relação ao seu ótimo disco de estreia, Les Nouveaux Mondes. A mistura de sonoridades pesada, jazzística, sinfônica e clássica cria um clima sempre muito intenso dentro do som progressivo do grupo. Se comparar apenas com o disco de estreia, é possível notar uma atmosfera mais soturna e dramática nas músicas, inclusive, eu acho que isso deve estar ligado ao conceito do disco que é algo como o que pode acontecer no futuro se o homem continuar destruindo o meio ambiente.  

Présages são pouco mais de 64 minutos de músicas muito bem trabalhadas, fortes, algumas passagens instrumentais longas e extremamente bem-acabadas. Vale sempre deixar claro também, que o disco nunca soa entediante e cada uma de suas peças é interessante a sua maneira, assim como possuem um molde singular. As mudanças de ritmo e a forma que eles misturam seus elementos sinfônicos com linhas pesadas - às vezes ecoando quase como uma banda de metal progressivo -, além da maneira como guitarra e teclado muitas vezes duelam é sensacional, isso sem esquecer da seção rítmica que conta com linhas de baixo e bateria bastante arrojadas.  

Ainda que a banda fosse atingir seu pico criativo e sonoridade mais forte em discos futuros, todos os ingredientes encontrados aqui já demonstram com clareza uma música bem direcionada e de propósito muito bem configurado.  Citando alguns nomes de bandas que certamente serviram de inspiração para o desenvolvimento de Présages, os seus compatriotas – mas da primeira era do rock progressivo - Atoll e Ange, o metal progressivo do Symphony X e Dream Theater – este em menor escala - e aquele tipo de sonoridade atmosférica de rock progressivo moderno de trabalhos, por exemplo, da Porcupine Tree, além de algumas explosões sinfônicas encontrados na Spock’s Beard.  

Sobre algumas de suas músicas, o disco já começa de uma forma brilhante, “La Dernière Vague” tem uma das introduções mais fortes de todo o catálogo da banda. Um piano clássico antecede um começo sinfônico e pesado que é de arrepiar. Em seus quase 14 minutos, há espaço para tudo um pouco, momento acústico, agressivo, belos pianos, sintetizadores intrépidos e teclados muito sinfônicos, seção rítmica robusta e as guitarras sempre bem acentuadas de Louveton. Os outros momentos de destaque do disco com certeza são as duas últimas, “La Mort Du Scorpion” - dividida em 3 partes – e “Les Nouvelles Croisades” - dividida em 5 partes. Ambas são simplesmente fascinantes, com a banda passeando por vários tipos de territórios, sempre com o seu requinte característico e se mantendo muito coerente, pois as mudanças de segmentos encaixam perfeitamente umas nas outras, evitando que o resultado não passe de um monte de retalhos musicais sem sentido.  

Présages é um disco incrível, um passo à frente em relação a estreia da banda, mas ainda o vejo inferior aos discos seguintes, nessas horas eu queria que o site tivesse em seu sistema de notas a variação de 0,25, pois gostaria de usar a nota 4,25 aqui, mas já que não posso, ele merece que eu arredonde sua nota para cima. Um disco com altas doses de variações de humor e sentimentos em um conjunto de músicas onde cada uma tem sua própria identidade.  


Resenha Camel Driver Álbum de Camel Driver 2014

 

Resenha

Camel Driver

Álbum de Camel Driver

2014

CD/LP

Frequentemente observo o stoner rock como repetições infinitas, bandas que muitas vezes competem a baixa afinação para tremer ouvidos, mas não saem daquilo.
Camel Driver não foge tanto a regra, no entanto, ganha pontos quando o assunto é interlúdio. Nesses trechos as aplicações beiram o jazz e o prog / space. São detalhes que fazem a diferença, o circulo de riffs é embebecido em ornamentos brilhantes e quebras repentinas, com o baterista merecendo destaque na "brincadeira".
De 0 a 100, ouve-se o cavernoso e ... repentinamente fraseados limpos e espectrais entram roubando a cena. 
Não contém a saturação demasiada (comum ao gênero), bom para o peso e ruim no equilíbrio da mixagem, item encontrado no ultimo registro de 2020, que apesar da aprovação, não supera esse. 

Pode ser que a primeira escuta o álbum instrumental passe despercebido, não se preocupe, logo vai entender que a proposta dos alemães está além do trivial. Da capa ao som, tudo é chamativo.
Minor Cause revela o impacto pela complexidade das progressões, porém, entre Wedding, Talus, Heraklion e Megalite escondem-se outros potes de ouro. Heraklion tem em seu fim o contrabaixo desfilando inebriantes notas. 

Habilidade musical e bom gosto representam Camel Driver, pode agradar tanto fãs de stoner ou quem se orienta na vibe progressiva. 
Completando nove anos do lançamento de pouca divulgação, nada mais justo resgatar um dos melhores sons de 2014, ano do impiedoso 7 a 1. 

Faixas :
1. Minor Cause
2. Wedding
3. Talus
4. Devil's Marbles
5. Heraklion
6. Megalith
7. Party Ogre
8. Outro

Christoph - Bass
Lutz - Guitar
Alex - Drums


Resenha Revelation Álbum de Siena Root 2023

 

Resenha

Revelation

Álbum de Siena Root

2023

CD/LP

O SIENA ROOT descreve seu som como “dynamic root rock experience”, algo como “experiência dinâmica de rock raiz” - sinceramente, o que eles quiseram dizer exatamente com isso eu não entendi, então prefiro resumir como “rock de qualidade”.

“Revelation” (2023), seu mais novo disco, já é o oitavo registro de uma carreira relativamente curta, afinal, o grupo foi formado no finalzinho dos anos 90, em Estocolmo - sim, amigos/as, temos mais uma boa banda vinda da Suécia!

Adeptos do experimentalismo, o som permeia pelo hard rock 70s, psychedelic rock, blues, soul e folk. Esse caldo é temperado por guitarras estridentes, baixo pulsante, órgão, flautas, cítara e clavinet, enfim, tudo que outros bons grupos usaram lá no empoeirado e sempre revisitado 70s. Meu palpite é de que o grupo é mesmo dessa época e vem nos visitar usando alguma máquina do tempo (eu apostaria que é o velho ônibus de turnê deles, o mesmo que aparece na capa do disco e no vídeo de “Coincidence & Fate”).

Além do bom instrumental (gravado de forma analógica, isso nunca muda, diferentemente das constantes trocas de membros), o que me pegou em cheio no som do SIENA ROOT foi a magnífica voz de Zubaida Solid: forte, emotiva, dessas que vem da alma, cantadas com gosto, como em “No Peace”, na bela balada “Dusty Roads”, “Little Burden” e na bluseira “Keeper Of The Flame”. Ow!

“Revelation” (2023) é um disco de fácil audição, muito agradável de se ouvir. Quem curte a onda setentista de grupos como KADAVAR, LUCIFER, BLUES PILLS e afins e ainda curte umas inserções mais blues/folk, vai encontrar boa morada no SIENA ROOTS, mesmo a banda tendo um espectro musical e experimental maior do que seus pares, como nas faixas “Madukhauns” e “Leaving The City”, ambas com apelo oriental.

A banda é do tipo que segue vivendo cada momento, onde cada disco representa uma fase moldada por diferentes pessoas. Considerando os bons resultados do disco, tomara que essas mesmas pessoas permaneçam, porque essa formação funcionou muito bem.
Formação:
Sam Riffer: baixo, vocais
Zubaida Solid: guitarra, órgão, rhodes piano
Johan Borgström: guitarra, vocais
Love “Billy” Forsberg: bateria, percussão
Erik “Errka” Petersson: clavinet (convidado)
Stian Grimstad: cítara (convidado)
Lisa Isaksson: flauta (convidado)

Faixas:
01 Coincidence & Fate
02 Professional Procrastinator
03 No Peace	
04 Fighting Gravity	
05 Dusty Roads
06 Winter Solstice
07 Dalecarlia Stroll (instrumental)
08 Leaving The City
09 Little Burden
10 Madukhauns (instrumental)
11 Keeper Of The Flame


BIOGRAFIA DE Michael Bublé

 

Michael Bublé

Michael Steven Bublé OC (Burnaby9 de setembro de 1975)[1] é um cantorcompositorator, e produtor musical canadense. Ele ganhou vários prêmios, incluindo quatro Grammy e dez Juno Awards. Seu álbum homônimo de estreia, de 2003, alcançou o Top 10 no CanadáReino Unido e Austrália. Ele obteve sucesso comercial nos EUA com o álbum It's Time, impulsionado pelo hit "Home". Seu terceiro álbum Call Me Irresponsible chegou a número um da Billboard 200, assim como o álbum posterior Crazy Love. Seu álbum Christmas, lançado em outubro de 2011, vendeu seis milhões de cópias em apenas dois meses, mantendo o astro em primeiro lugar por cinco semanas consecutivas como o álbum mais vendido no mundo. O mais recente Love, lançado em novembro de 2018, alcançou o primeiro lugar na Billboard Top 200. Até 2019, Bublé havia vendido mais de 60 milhões de álbuns ao redor do mundo.[2]

Vida pessoal

Michael Bublé nasceu na cidade de Burnaby em Canadá. Ele é filho de Lewis Bublé, um pescador de salmão.

Michael Bublé era noivo de longa data de Debbie Timuss, uma atriz, dançarina e cantora. Ambos estavam na Red Rock Diner em 1996 e Dean Regan's Swing Forever, em 1998.[3][4] Embora distante, na Itália, Bublé co-escreveu o hit single "Home" para Debbie. Debbie foi também abordada no vídeo para a música "Home". Seu noivado terminou em novembro de 2005. Durante uma aparição na televisão australiana logie's Awards, em 2005, ele conheceu a atriz britânica Emily Blunt nos bastidores. Ele pensava que ela era uma produtora de televisão da BBC,cujo namoro terminou em 2008.[5] Em abril de 2011, casou-se com a atriz e cantora argentina Luisana Lopilato, com quem tem um relacionamento desde 2008.[6]

O casal tem três filhos, Noah Bublé, nascido em 27 de agosto de 2013,[7] Elías Buble, nascido em 22 de janeiro de 2016,[8] e Vida Amber Betty, nascida em 25 de julho de 2018.[9] Em novembro de 2016, o casal anunciou que Noah foi diagnosticado com câncer no fígado.[10] Consequentemente, Michael Bublé decidiu dar uma pausa na carreira, para que pudesse acompanhar o tratamento do filho.[11][12]

Em 13 de outubro de 2018, o jornal britânico Daily Mail publicou que Michael Bublé, em entrevista, anunciou o fim definitivo de sua carreira, para que pudesse se dedicar ao filho Noah, no entanto, o cantor desmentiu essa informação dizendo que foi mal interpretado pelo entrevistador.[13][14]

Em 16 de novembro de 2018, Bublé lançou seu décimo álbum de estúdio intitulado Love.[15]

Em abril de 2019, sua conta no Instagram foi hackeada e teve algumas fotos explícitas postadas. Logo seus seguidores perceberam que não era o cantor que as postava e então começaram a denunciar. Apenas 2 horas depois a equipe de Michael conseguiu reconectar a contar e apagou todas as fotos postadas. Ainda não se sabe quem fez tal coisa.

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Michael Bublé

Turnês

  • Michael Bublé: Live in Concert (2004)
  • It's Time Tour (2005–06)
  • Irresponsible Tour (2007–08)
  • Crazy Love Tour (2010–12)
  • To Be Loved Tour (2013–15)
  • An Evening with Michael Bublé (2019-21)

Filmografia


ROCK ART


 

Sérgio Godinho – Kilas, o Mau da Fita (1980)


 

Kilas, o Mau da Fita é, para além do conhecido filme, uma interessante banda sonora de Sérgio Godinho. Muitos a ignoram, sobranceiramente. Se o Rui Ventura Tadeu soubesse disso, mandava partir as fuças a esses surdos ignorantes.

Cheguei primeiro ao filme e só depois, muito depois, ao disco. Por isso, também neste texto começarei pela película, numa breve nota, para em seguida atacar o álbum, de forma também sucinta. Muito tempo passou, e hoje olho para Kilas, o Mau da Fita (a obra de José Fonseca e Costa) e proponho a mim próprio um desafio nostálgico: recordar publicamente (mas de forma comedida, pois claro) o que pensou sobre ele a cabeça de um rapaz de treze anos, quando o viu pela primeira vez. E convém relembrar o que o próprio Sérgio Godinho cantou em “Já Joguei Boxe, Já Toquei Bateria”, no álbum Canto da Boca: “é que o rapaz sou eu”. Vamos lá a isto, então…

O machismo decadente de Kilas (naquele que para mim foi o melhor papel de Mário Viegas no cinema português) parecia-me irresistível, de tão patético, feito de uma malandragem cabotina, muito enraizada no Portugal de outros tempos (anos 70), mas que as pessoas da minha idade, nessa altura, já consideravam imbecil, julgo eu. Na verdade, ela ainda hoje existe, mas de forma moribunda, bastante etílica, e sem dentes. Só que o filme era também, e sobretudo para mim, as atrizes Lia Gama, Adelaide Ferreira e Paula Guedes (aquela cena da violação em cima de uma mesa de um velho edifício abandonado, meu Deus, é um dos momentos maiores do filme, cena mista de tragédia íntima, comédia humana e erotismo quanto baste). À sua maneira, todas elas eram lindas, no médio ecrã de uma das salas do cinema Quarteto, onde assisti ao filme, em estado de quase êxtase. A Pepsi-Rita (“Foi por causa da Rita que tudo começou”, convém lembrar), a Palito La Reine e a Ana (Lia Gama, Adelaide Ferreira e Paula Guedes, respetivamente) fizeram parte do meu imaginário durante muito tempo, e sempre pelas melhores razões, se é que me faço entender…

A sátira a um certo tempo e a um certo meio muito específicos marcou-me bastante, e lembro-me de ter desejado que houvesse um livro por detrás do filme. Queria muito lê-lo, mas não, o argumento era um original do realizador e também do músico que fez, naturalmente, a banda sonora dessa longa metragem de grande sucesso nos anos 80, e ainda de Tabajara Ruas. E depois, havia ainda uma certa aura de mistério na figura do Major (Duarte Lima) que me fascinava, se bem que uma outra personagem, o Tereno (interpretada pelo mítico Luis Lello, falecido poucos meses depois da estreia, aos 33 anos), fosse também fabulosa, um tipo traumatizado pela existências dos comunas e que tinha servido Portugal na guerra de África ao serviço dos Comandos. Tudo isto para dizer que só bastante mais tarde, quando o CD de Kilas, o Mau da Fita foi editado, já em pleno século XXI, pude reviver, ouvindo-o, algumas das peripécias do chulo Rui Ventura Tadeu (o Kilas) e sus muchachas, que tanto me marcaram no meu tempo de adolescente.

O disco abre com “Valsa da Ana”, apenas ao piano, e lança sobre o ouvinte uma enfeitiçante e terna melodia, ligeira e tranquila, mas que ao mesmo tempo, no breve espaço de um minuto e quatro segundos, é também reveladora de alguma forma de inquietação. Será recorrente, esse desassossego, ao longo de todo o álbum, aliás. Como introdução a um disco bastante curto (tem apenas vinte e três minutos e um segundo de duração), “Valsa da Ana” introduz o tema “É Terça-Feira”, que mais não é do que a “Valsa da Ana” com letra cantada por Sérgio Godinho. Depois vem o “Genérico do Filme”, que apresenta, a espaços, a voz do Kilas a referir-se a algumas das personagens femininas e a revelar o modo de vida dele e da sua gente, interligando pequenos momentos instrumentais das grandes canções do álbum, que são a já referida “É Terça-Feira”, mas também a “Balada da Rita” e o “Fado do Kilas”, esta última cantada por Lia Gama e com introdução do Kilas Viegas, sendo que a “Balada da Rita” aparece no disco em dois momentos distintos, a primeira através da voz da Pepsi Rita, a segunda com a voz da baby suicida Adelaide Ferreira, numa versão mais dançante (a partir do primeiro minuto, mais segundo, menos segundo) que serve como base de uma cena do filme passada numa discoteca. Curioso é que esta célebre Balada já havia sido estreada no fabuloso Pano-cru, com a voz de Sérgio Godinho, naturalmente. Ambas as canções, no filme, colam-se ao imaginário do próprio Kilas, o catalisador de tudo o que se vê na tela. Há ainda espaço para a “Tereno’s Tune” e o “Tema do Major”, esta com breve introdução do chulo protagonista. Finalmente, “Valsa da Ana” surge de novo, fechando o álbum, dando-lhe uma ideia de circularidade, aqui numa versão um pouco mais estendida e com curiosa, embora mínima, espécie de jam session quase no início, e englobando momentos das mais importantes canções do filme.

Está feito o retrato desta incursão de Sérgio Godinho no mundo do cinema. Não foi a primeira, como bem se sabe, mas terá sido (não tenho a mínima dúvida) a mais importante. Kilas, o Mau da Fita é simultaneamente um belo filme e uma ótima banda sonora, merecendo perfeitamente, pela dupla vertente que encerra, o seu espaço na discografia de Sérgio Godinho. Para mais, embora isso seja (mais ou menos) lateral à essência deste texto, têm um especial lugar cativo no meu coração.



Destaque

Burt Bacharach & Elvis Costello - "Painted From Memory" (1998)

  “Burt é um gênio. Ele é um compositor de verdade, no sentido tradicional da palavra; em sua música você pode ouvir a linguagem musical, a ...