segunda-feira, 7 de agosto de 2023

JETHRO TULL - BENEFIT (1970)

 



JETHRO TULL
''BENEFIT''
MAY 1 1970
42:33      MUSICA&SOM
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01 - With You There To Help Me 06:22
02 - Nothing To Say 05:14
03 - Alive And Well And Living In 02:48
04 - Son 02:54
05 - For Michael Collins, Jeffrey And Me 03:53
06 - To Cry You A Song 06:14
07 - A Time For Everything 02:46
08 - Inside 03:48
09 - Play In Time 03:49
10 - Sossity; You're A Woman 04:41
All Tracks By Ian Anderson
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Ian Anderson - vocals, guitar, flute, balalaika, keyboards, producer
Glenn Cornick - bass guitar, Hammond organ (uncredited)
Clive Bunker - drums
Martin Barre - electric guitar
Additional musicians:
David Palmer - orchestral arrangements
John Evan - piano and organ

Benefit foi o álbum em que o som Jethro Tull se solidificou em torno da música folk, abandonando totalmente o blues. Começando com o número de abertura, "With You There to Help Me", Anderson adota sua personalidade de cantor folk / sábio agora familiar e ligeiramente triste, com uma visão bastante sardônica da vida e do mundo; seu violão carrega a melodia, acompanhado pelo instrumento elétrico de Martin Barre para os crescendos. Este seria o modelo para grande parte do material em Aqualung e especialmente Thick as a Brick, embora o emparelhamento acústico/elétrico fosse executado de forma mais eficaz nesses álbuns. Aqui, os instrumentos acústicos e elétricos são mesclados um pouco melhor do que em Stand Up (no qual às vezes parecia que os solos de Barre estavam sendo tocados em um local totalmente diferente) e, conforme necessário, as guitarras elétricas carregam as melodias melhor do que nos álbuns anteriores. A maioria das canções de Benefit exibe melodias agradáveis ​​e deliciosamente folclóricas ligadas a letras pesadas, ligeiramente sombrias, mas deslumbrantemente complexas, com a guitarra de Barre adicionando potência suficiente para manter os ouvintes de hard rock muito interessados. "To Cry You a Song", "Son" e "For Michael Collins, Jeffrey and Me" definiram o futuro som de Tull: o amplificador de Barre aumentou para dez (especialmente em "Son"), vindo acima do dedilhado acústico de Anderson, um algumas mudanças inesperadas no andamento, e Anderson jorrando letras cheias de imagens e declarações densas e aparentemente profundas. Assim como em Stand Up, o grupo ainda era oficialmente um quarteto, com o futuro membro John Evan (cuja John Evan Band havia se tornado o núcleo do Jethro Tull dois anos antes) aparecendo como convidado nos teclados; sua formação clássica se mostrou essencial para a expansão do som do grupo nos três álbuns seguintes. Benefit foi relançado em uma edição remasterizada com faixas bônus no final de 2001, o que melhorou muito a clareza da execução e a riqueza do som; as quatro faixas adicionais são "Singing All Day", "Witch's Promise", a elegante "Just Trying to Be" e a mistura original do Reino Unido de "Teacher". Escritas e gravadas antes de Benefit, elas são todas mais leves do que o material do álbum original, adicionando uma variedade maior, mas se encaixando perfeitamente em um nível estilístico.






JETHRO TULL - AQUALUNG (1971)

 



JETHRO TULL
''AQUALUNG''
MARCH 19 1971
43:21      MUSICA&SOM
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01 - Aqualung 06:34 (Ian Anderson, Jennie Anderson)
02 - Cross Eyed Mary 04:08
03 - Cheap Day Return 01:22
04 - Mother Goose 03:53
05 - Wond'ring Aloud 01:53
06 - Up To Me 03:14
07 - My God 07:10
08 - Hymn 43 03:18
09 - Slipstream 01:11
10 - Locomotive Breath 04:26
11 - Wind Up 06:07
Tracks By Ian Anderson, Except 01
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Ian Anderson - vocals, acoustic guitar, flute, producer
Clive Bunker - drums, percussion
Martin Barre - electric guitar, descant recorder
John Evan - piano, organ, mellotron
Jeffrey Hammond (as "Jeffrey Hammond-Hammond") - bass guitar, alto recorder and odd voices (and backing vocals on "Mother Goose")
Glenn Cornick - bass guitar (played with the band at rehearsals for the album in June 1970, some of which may also have been recording sessions - especially in the early
versions of "My God" and "Wondring Again/Wondring Aloud" - although he is not credited on the album)
Additional personnel:
David Palmer - orchestral arrangements and conduction

O salto do Benefit de 1970 para o Aqualung do ano seguinte é uma das progressões mais surpreendentes da história do rock. No espaço de um álbum, Tull passou de um folk-rock eletrificado relativamente despretensioso para um rock conceitual maior do que a vida, cheio de composições sofisticadas e construções líricas complexas e intelectuais. Embora o salto para o rock progressivo completo não fosse dado até um ano depois em Thick as a Brick, o grau em que Tull aumentou a aposta aqui é notável.

O conceito lírico - a hipocrisia do cristianismo na Inglaterra - é mais forte do que na maioria dos outros esforços conceituais dos anos 70, mas é a música que o torna digno de elogios. O jeito vitorioso de Tull com um riff nunca foi tão cativante como em "Locomotive Breath" ou nos estudos de personagem "Cross Eyed Mary" e "Aqualung", que retratam participantes crivelmente decadentes na história de Ian Anderson. As imagens da fábula de "Mother Goose" e os sentimentos anti-autoritários vitriólicos de "Wind Up" servem de alerta para a iconoclastia obstinada de Anderson e sua desilusão com as tradições espirituais nas quais ele nasceu. Variado, mas coeso, Aqualung é amplamente considerado como o melhor momento de Tull.





Steven Wilson: EP de "sobras" com cara e qualidade de disco completo

 


Steven Wilson é o grande embaixador do Rock Progressivo nos tempos atuais; o cara é multi-instrumentista, produtor e colabora constantemente com os grandes nomes do gênero como King Crimson, Jethro Tull, Marillion, Yes e Anathema. Este mini album é intitulado 4½ porque indica que é um meio termo, um caminho, entre o seu quarto disco solo, Hand. Cannot. Erase. (2015)  e quinto álbum completo de estúdio.

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As 6 faixas aqui presentes foram coletadas de sobras de gravações de seus últimos dois álbuns de estúdios, o supracitado de 2015 e o clássico The Raven That Refused To Sing (And Other Stories) (2013).
My Book of Regrets é um épico de quase 10 minutos ao melhor estilo Steven Wilson: a gente nem sente passar. Só curte cada segundo da canção com o imenso feeling que o cara consegue colocar em cada nota. Year of the Plague é um lindo tema instrumental comandado por um dedilhado hipnótico que te leva junto até o fim.

Happiness III é uma das melhores e conta com as ilustres presenças do baterista Marco Minnemann e do guitarrista Guthrie Govan, acompanhando o baixista Nick Beggs e Wilson, claro. Uma tema prog "pra cima", com uma leve veia pop que Steven Wilson sabe como poucos colocar em um gênero que é antítese do pop como é o rock progressivo.

Aliás, é importante destacar os músicos que acompanharam Steven ao longo daquele período e que marcam presença neste "mini disco": Adam Holzman tocou todo tipo de instrumentos "de teclas" no disco todo, como piano, rhoodes, minimoog, Hammond, etc; Dave Kilminster foi o guitarrista de algumas faixas; Nick Beggs tocou baixo no disco todo; Craig Blundell e Chad Weckerman se dividem na bateria, além da já citada faixa em que Minnemann aparece.

A parte final do álbum começa com Sunday Rain Sets In, outra instrumental que vai da sensibilidade ao peso e retorna com um final melancólico; Vermillioncore começa com um riff de baixo que serve de base para improvisações que culminam em um riff pesado que eleva o "espírito" da faixa até o final. Destaque para a pegada matadora do baterista Craig Blundell aqui.

A última faixa é uma releitura de Don't Hate Me de sua antiga banda, o Porcupine Tree, com a participação da cantora israelense Ninet Tayeb, que cantou brilhantemente e adicionou um sentimento extra nessa bela composição que certamente foi uma ótima esoclha para fechar o disco. Aliás, nessa faixa é importante também destacar as atuações de Blundell (novamente), Beggs,  Holzman e também de Theo Travis, um excepcional saxofonista, flautista e clarinetista, que tocou também em Sunday Rain Sets In também. Sensacional.

Steven Wilson é definitivamente "o cara" do rock progressivo da atual era e consegue fazer um "mini album" com sobras que tem qualidade 






O que há de novo? Dum Brothers é o que toca!

 


Sempre tive uma vontade tremenda de conhecer bandas novas e nunca me importei com o gênero, apesar de eu ser um rockeiro em larga escala e, possivelmente, incurável. Devo muito disso a minha esposa, que, desde quando éramos somente amigos, já me apresentara uns Indies do momento, até aqueles que a galera idolatra hoje e na época não passavam de um expoente do underground. Chapas como Carlão, Kaléu, Evandro, Rodrigão (meu padrinho de casamento), Jansen, Roberto, Silas Join, Luis Fabiano e outros que não me lembro agora, me trouxeram uma gama infinita de estilos, dos mais variados. Desde os Dethão extremo aos Djent mais bagunçados, dos clássicos brasileiros aos Hardcores californianos, dos Black Metal finlandês às jazzeras contemporâneas, do Oi! ao punk anarquista, enfim, sem dúvida alguma uma tremenda prevaricação musical. Isso sem falar do meu guru instrumental, Endell, que me ensinou muito mais que um bando de acordes, mas sim desde contar 1, 2, 3, 4 até horas de bate-papo, só pra conhecermos um som novo. É muita gente boa envolvida e com isso muita música boa.

Tendo em vista essa minha aptidão por ir atrás ou me concederem, que seja, o novo, sempre procuro conhecer umas bandas que estão surgindo por aí. Tem muita coisa que me faz entortar o bico? Claro que tem, mas da mesma forma tem muita coisa boa mandando ver. Recentemente, o Luisão, do estúdio Antônio's, aqui da Penha – muito bom por sinal – postou o EP, que colaborou nas gravações, de uma banda chamada Dum Brothers. Achei a foto dos caras no Facebook legal, à lá Death From Above 1979, e fui ouvir. 




Power duo formado por Bruno Agnoletti (bateria) e Raul Zanardo (voz e guitarra)




Voltando ao assunto, ouvi o som dos caras e definitivamente gostei. Sem exageros e sem depreciações. Gostei da simplicidade do Rock que se propõe a fazer, principalmente por me lembrar umas bandas de Stoner e similares que admiro muito, por conta desses riffs oriundos do Desert Rock. Bandas como Kamchatka, The Bad Light (que também é um duo guitarra e bateria), até mesmo o Kyuss, no riff introdutório de Volta pro Sul, terceira faixa do EP, buscam bastante esses elementos que, pra mim, são muito interessantes, por mero gosto pessoal. Mas é claro que eu posso estar falando um monte de bosta aqui e que não tenha nada a ver e, além disso, é bom frisar que não gosto nem acho bacana ficar comparando as bandas. Foi só um elogio, haja vista que gosto das bandas citadas acima.

Os caras lançaram um EP, chamado Pt. 1, bem curtinho, dá uns quinze minutinhos de áudio só, mas que já prospecta algo de muito bom por vir. Particularmente, me sinto muito feliz em ver os camaradas indo pra frente com suas bandas, seja lá como for, aos trancos e barrancos, ensaiando de madrugada, tendo que carregar as coisas em carro pequeno... Só pra ressaltar, nem conheço os manos do Dum Brothers, mas fico feliz por eles mesmo assim. Posso dizer que sou e sempre serei um entusiasta do Rock. Onde houver uma banda vou aplaudir, mesmo que seja o único a fazer isso.

Pois bem, recomendo muito o som dos caras e aguardo o melhor pra eles, novos singles, EPs, Full Lenghts e tudo mais que puder vir. Tudo de melhor para o estúdio Antonio's também e que continue com essa pegada, dando força aos juvenis e varonis do rock.



ROCK ART

 




BIOGRAFIA DE Dave Mason

Dave Mason

David Thomas "Dave" Mason (10 de maio de 1946) é um cantorcompositor e músico britânico que alcançou sucesso como integrante da banda Traffic. Em sua longa carreira, Mason tocou e gravou com os músicos mais notáveis de sua geração, como Jimi HendrixRolling StonesEric ClaptonGeorge HarrisonFleetwood Mac e Cass Elliot.[1]

Sua composição mais conhecida é "Feelin' Alright", gravada pelo Traffic em 1968 e regravada por diversos outros artistas, incluindo Joe Cocker, que obteve enorme êxito com sua versão em 1969.[2]

Discografia

Álbuns de estúdio

  • 1970 Alone Together
  • 1971 Dave Mason & Cass Elliot
  • 1972 Headkeeper
  • 1973 It's Like You Never Left
  • 1974 Dave Mason
  • 1975 Split Coconut
  • 1977 Let It Flow
  • 1978 Mariposa De Oro
  • 1980 Old Crest on a New Wave
  • 1987 Two Hearts
  • 1987 Some Assembly Required
  • 2008 26 Letters - 12 Notes

Álbuns ao vivo

  • 1973 Dave Mason is Alive!
  • 1976 Certified Live
  • 1999 Live: 40,000 Headmen Tour (com Jim Capaldi)
  • 2002 Live At Perkins Palace (gravado em 1981)
  • 2002 Dave Mason: Live at Sunrise
  • 2007 XM Live (lançado no site de Mason em 2005 e para o público em geral em 2007)

Coletâneas

Mason em 2003
  • 1972 Scrapbook
  • 1974 The Best Of Dave Mason
  • 1978 The Very Best of Dave Mason
  • 1981 The Best of Dave Mason
  • 1995 Long Lost Friend: The Very Best of Dave Mason
  • 1999 Ultimate Collection
  • 2006 The Definitive Collection

Singles

  • 1968 "Little Woman"
  • 1970 "Only You Know and I Know"
  • 1970 "Satin Red and Black Velvet Woman"
  • 1972 "To Be Free"
  • 1977 "So High (Rock Me Baby and Roll Me Away)"
  • 1977 "We Just Disagree"
  • 1978 "Mystic Traveller"
  • 1978 "Don't It Make You Wonder"
  • 1978 "Let It Go, Let It Flow"
  • 1978 "Will You Still Love Me Tomorrow?"
  • 1980 "Save Me" (com Michael Jackson)
  • 1988 "Dreams I Dream" (dueto com Phoebe Snow)

Candy Claws - Ceres & Calypso in the Deep Time (2013)

 

Há muitos aspectos deste álbum que eu gosto. É impossível ignorar a capacidade de Candy Claws de reunir influências como ambient, folk, dream-pop e eletrônica em um todo coeso e hipnotizante que agrada ao ouvido. Ceres & Calypso in the Deep Time é um daqueles álbuns que não dá para descrever sem usar superlativos. O que mais gostei neste álbum foi que não consegui identificar um aspecto específico de que gostei. Há algo extremamente distinto e cativante em todo o álbum como um trabalho coeso.

Sempre que toco esse álbum para as pessoas, adoro ver a reação delas e ver o que elas acham dele. A primeira vez que você ouve uma música, parece que todo mundo tira algo dela que é diferente da próxima. Quanto mais vezes você ouvir este LP, maior a probabilidade de descobrir algo novo sobre ele. Com seus vocais em camadas, instrumentação delicada e paisagens sonoras etéreas, a banda cria uma experiência de audição envolvente e inesquecível que eu nunca tinha ouvido antes. É um dos meus álbuns favoritos para revisitar regularmente, e eu o recomendaria a todos. Mesmo que você não esteja familiarizado com o pop dos sonhos, você encontrará alguns aspectos dele que você gosta.


Destaque

Classificando todos os álbuns de estúdio de James Taylor

  Em 1968, James Taylor lançou seu álbum de estreia autointitulado. Ninguém percebeu. Um ano depois, ele lançou seu sucessor, Sweet Baby Jam...