quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024
Em 07/02/1994: de Marillion lança o álbum Brave
Em 07/02/1985: Scorpions grava o álbum World Wide Live
Scorpions é uma banda de rock alemã
Márcio Montarroyos – Stone Alliance – 1977
Márcio Montarroyos – Stone Alliance
1977 P.M. Records/ Som Livre 403.6138
01 – Hey bicho, vamos nessa (Steve Grossman)
02 – Rua da boa hora (Márcio Montarroyos)
03 – A child is born (Thad Jones)
04 – On the foot peg (Márcio Montarroyos)
05 – Menina Ilza (Hermeto Pascoal)
06 – Risa (Don Alias)
07 – Libra rising (Steve Grossman)
08 – The greeting (Don Alias)
Marcio Montarroyos – Trompete (1,2,3,4,5,6,7),flugelhorn (2,3,4), Mellophone (2,3,4), Piano (2,4), percussão (2,5), moog sintetizador (4), vocal (2)
Hermeto Pascoal – piano (5), flauta (5)
Dom Bira – congas (1), cow bell (1)
David Sion – percussão (2,6)
Erasto de Holanda Vasconcelos – surdo (2), percussão (6)
Steve Grossman – piano (1,7), sax tenor (14,5,7), soprano sax (1,3,5,6)
Gene Perla – baixo (1,2,3,4,5,6,7), piano (2,3,6), piano elétrico (1), arp string (1), moog sintetizador (4)
Don Alias – bateria (1,2,3,4,5,6,7), congas (1,6,7), percussão (5), guitarra (6)
Faixa 8
1ª Parte: Don Alias (voz), Erasto (voz)
2ª Parte: Don Alias (percussão)
3ª Parte: Erasto (percussão)
4ª Parte: Don Alias (vocal, congas, cabaça, cow bell)
Erasto (vocal, surdo, cow bell)
Segundo disco desse mestre do trompete, referência total no instrumento aqui no país,sonoridade Jazz funk na maioria do disco mas também com coisa de samba jazz, afro beat (principalmente hey bicho que lembra o som do Fela Kuti) entre outros ritmos brasileiros.
Acompanhado de músicos americanos que estudaram com ele na faculdade de Berklee (referência máxima de estudo de música moderna) e de brasileiros como Erasto Vasconcelos (irmão do Naná) na percussão e Hermeto Pascoal que toca flauta e piano na sua própia composição (lindíssima por sinal) Menina Ilza.
Disco instrumental sensacional, nota 10.
On the foot peg
José Mauro – Obnoxius – 1970
Hoje começo com uma série de posts sobre o lendário selo Quartin, um selo que lançou discos do mais alto nível, durou pouco tempo entre 1970 e 1972 eu acho, vou começar explicando quem foi roberto Quartin o dono do selo. Roberto Neves de Souza Quartin Filho 13/8/1943 Rio de Janeiro, RJ 25/4/2004 Rio de Janeiro, RJ Aos 21 anos de idade, criou o selo Forma, que nos anos 1960 lançou mais de 20 discos que se tornariam históricos, entre os quais: “Inútil paisagem” (1964), primeiro disco de Eumir Deodato; “Quarteto em Cy” (1964) e “Som definitivo” (1965), os dois primeiros discos do grupo; “Coisas” (1965), de Moacir Santos; “Bossa 3 em Forma!” (1965); “Os afro-sambas de Baden e Vinicius” (1966); “Desenhos” (1966), primeiro disco de Victor Assis Brasil; “Chico Fim de Noite apresenta Chico Feitosa” (1966); “Tempo feliz” (1966) de Baden Powell e Maurício Einhorn; “Dulce” (1966), de Dulce Nunes;”Luis Eça e Cordas” e as trilhas sonoras da peça “Liberdade, liberdade”, do show “Vinícius Poesia e Canção” e dos filmes “Deus e o diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, e “Esse mundo é meu”, de Sérgio Ricardo. Os primeiros discos do selo foram lançados em edições de luxo, com pinturas modernas ilustrando as capas duplas. O catálogo da gravadora foi vendido para a Polygram (hoje Universal Music). Fundou também o selo Quartin, pelo qual lançou discos de Victor Assis Brasil (“Victor Assis Brasil toca Antônio Carlos Jobim”/1970), José Mauro e Piri, lançados em CD, na Inglaterra, pelo selo Far -Out Records. Trabalhou nos Estados Unidos e assinou a produção de discos de Frank Sinatra (“Sinatra & Friends”) e Carmen McRae, entre outros, lançados pela Warner brasileira, além de ter participado da gravação que registrou, em 1967, o encontro de Frank Sinatra e Tom Jobim no disco “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”. Reconhecido internacionalmente por seu trabalho como produtor musical e pelo fato de ser um profundo conhecedor da obra de Frank Sinatra, de quem era amigo pessoal, foi autorizado pelo cantor a consultar os arquivos da Capitol e da Reprise com o propósito de fazer cópias de gravações não lançadas comercialmente. Em 1980, por ocasião da vinda de Sinatra ao Brasil, uma parte desse material foi reunida pelo produtor na caixa “Lonely at the top”, edição brasileira aprovada por Sinatra. Pela gravadora Trama, lançou 4 discos de Frank Sinatra, entre os quais “Royal Festival Hall” e “The Jerusalém Concert”, ambos inéditos em todo o mundo. Pelo selo Artanis da família Sinatra, lançou nos Estados Unidos o disco “ Sinatra ’57 in Concert”, registro do concerto realizado pelo cantor em Seattle, em 1957, até então inédito, cuja gravação mantinha em seu imenso arquivo de raridades fonográficas. Em 1996, produziu “Forma – A grande musica brasileira”, compilação de discos do selo Forma lançada em 3 CDs. Pela Indie Records, lançou, em 1999, os CDs “Década 50” e “Década 60”, que contaram com a participação de nomes consagrados da música brasileira, como Paulo Moura, Carlos Malta, Marcos Nimrichter, Victor Santos, Paulinho Trumpete e Maurício Einhorn, entre outros. Em 2004, vinha trabalhando na remasterização da coleção completa do selo Forma para lançamento em CD pela Universal Music. Faleceu de ataque cardíaco no dia 25 de abril desse ano, deixando dois filhos, Cristiana e Miguel, de seu primeiro casamento com Filipa Boavista. Desde 1989, tinha como companheira a roteirista Edna Palatnik. Conforme desejo do produtor, toda a sua preciosa coleção de sessões de gravação além de registros de shows e concertos inéditos de Frank Sinatra foram doados aos herdeiros Nancy, Tina e Frank Jr., para que viessem a constar do acervo do Museu Sinatra. Foto do lendário Roberto Quartin (na esquerda) com o não menos lendário e genial saxofonista Victor Assis Brasil que terá sua discografia postada logo menos aqui no blog
Capa do disco Obnoxius de 1970
Jose Mauro: Guitar
Dom Salvador: Organ and Piano
Geraldo Vespar: Guitar
Paulo Moura: Sax
Maurilo: Trumpet
Altamiro Carrilho: Flute
Rildo Hora: Harmonica
Sebastiao Marinho: Bass
Wilson Das Neves: Drums
Juquinha E Mamao: Percussion
Naipe De Cordas De Roberto Quartim
Tracks include:
01 – Obnoxius
02 – Tarde de Núpcias
03 – Memória
04 – Ponto de Chamada
05 – As Aventuras Sentimentais de Espiroqueta Camargo
06 – Talismã
07 – Arraial Da Lua Cheia
08 – Ancoradouro
09 – Canção Da Casa Illuminada
10 – Apocalipse
11 – Exaltacão E Lamento Do Ultimo Rei
O disco tem uma sonoridade meio bossa nova (mas bem experimental) com temática espiritual, falando da morte, deuses africanos,com sonoridade também carregada desse universo de umbanda e candomblé, uma coisa super mística mesmo misturado com orquestração arranjada e regida pelo genial Lindolpho Gaya ,jazz e música nordestina com muito som de viola também. Essa temática espiritual e de morte bate com a lenda que esse cantor teria morrido num acidente de carro, o que foi desmentido anos atrás, mas pouco se sabe do artista, parece que foi mais um que pirou. Ele lançou mais um disco em 1971 (viagem das Horas) pelo selo Tapecar que na verdade são sobras de estúdio dessa mesma sessão com algumas músicas iguais inclusive e outras inéditas, nunca consegui esse disco completo em mp3 se alguém quiser disponibilizar fico contente, só colocar algum contato nos comentários ou o link direto
Capa do disco Viagem das Horas
O disco ainda conta com um super time do pessoal da bossa nova e samba jazz da época como Paulo Moura (sax), Altamiro Carrilho (flauta), Dom Salvador (piano), Wilson das Neves (bateria), Mamão (percussão), Geraldo Vesptar (violão), Rildo Hora (gaita) entre outros. Todas as letras são da grande Ana Maria Bahiana que depois virou conhecida como jornalista de rock fazendo alguns vocais femininos também, outros vocais são da Dulce Nunes. Queria agradecer a querida Ana Maria Bahiana que me ajudou com algumas informações, disse que a inspiração para as letras foram de problemas que ela teve tempos antes do disco que fez ela ir atrás de uma busca espiritual e também disse que na época ouvia e mostrava pro Josè Mauro muito King Crimson, Mutantes, etc ou seja o rock progressivo, psicodélico e experimental da época e isso influenciou na sonoridade experimental do disco. Muito obrigado e Saravá.
Prince & the Revolution “Around The World in a Day” (1985)
A longa digressão que levou à estrada o álbum “Purple Rain”, numa altura em que Prince ascendia à primeira linha do estrelato global, abriu terreno a várias descobertas pessoais, de um novo relacionamento com espaços do jazz a um interesse aprofundado por discos da cena pop/rock de finais dos anos 60, ou seja, tempos caracterizados pelas visões caleidoscópicas do psicadelismo. Estes terrenos entraram no seu mundo através do entusiasmo partilhado por duas instrumentistas que então integravam os Revolution: Wendy Melvoin e Lisa Coleman. E abriram horizontes de interesse pelos quais se foram materializando as ideias que conduziriam Prince a um novo álbum ao qual chamou “Around The World in A Day”.
O álbum, que editou em 1985, revelava um caminho diferente dos trilhos de diálogo e flirt com o grande público que marcara o anterior “Purple Rain” e desencadeara um fenómeno de vendas. E expressava, mais do que nesse disco de 1984, uma demanda por novas soluções tanto na escrita como na instrumentação. Se entre as temáticas há manifestações de continuidade, já na forma de pensar as canções e de convocar instrumentos para os seus arranjos observamos aqui um projeto mais arrojado. O psicadelismo lança ideias e desafios – como fica evidente no tema-título ou em “Paisley Park” –, mas não fecha em si as possibilidades em cena. De resto, mais do que em qualquer disco anterior, Prince concebe um manifesto de diversidade que encontra na sua voz, nas palavras, na guitarra e na presença da percussão sintetizada a base de uma gramática que depois sustenta as rotas de liberdade que brotam do alinhamento.
A pedido de Prince, e para estabelecer um contraponto para com o disco anterior, “Around the World in a Day” foi lançado com um esforço mínimo de promoção, tanto que até mesmo os quatro singles extraídos do disco – “Raspberry Beret”, “Paisely Park”, “Pop Life” e “America” – só começaram a entrar em cena cerca de um mês após o lançamento do álbum.
O disco chegou contudo num tempo em que Prince decidiu parar de tocar ao vivo e também sob o efeito de ressaca aos acontecimentos de 1984 que então se abateu um pouco sobre o músico. O patamar de fama alcançado abriu novas frentes de curiosidade para além do jornalismo musical… Prince contudo não pareceu muito incomodado. Nem com as notícias. Nem com os resultados mais discretos das vendas (mesmo assim com alguns feitos significativos). Afinal estava já a trabalhar num novo projeto, envolvendo (uma vez mais) um disco e um filme.
Um caleidoscópio de visões para uma só canção de Grace Jones
Uma única canção para o alinhamento de um álbum? Ou, para sermos mais precisos, um álbum inteiro feito de variações de uma mesma canção? Essa era a ideia e assim se materializou “Slave To The Rhythm”, álbum de 1985 que partilha com “Nightclubbing”, de 1981, o estatuto de ser referência maior na discografia de Grace Jones.
A ideia na verdade nascera para os Frankie Goes To Hollywood na sequência de “Relax”. E podemos aqui recordar que tanto esse single como o seguinte, “Two Tribes”, conheceram também versões e variações que sugeriam já uma possível abordagem deste teor entre o espaço de desafio pelo qual a ZTT, editora então fundada pelo produtor Trevor Horn e pelo jornalista Paul Morley e nessa altura dava também já que falar pelos discos dos Art of Noise e Propaganda.
Depois de um primeiro tríptico disco lançado em finais dos anos 70 (já lá regressaremos) e de um segundo registado nos Compass Point Studios nas Bahamas, no qual experimentou com sucesso uma nova relação com os espaços do reggae, o dub, o funk e as electrónicas, Grace Jones tinha alcançado um novo patamar de visibilidade no cinema com papéis de algum relevo na sequela de “Conan, O Bárbaro” e “007: Alvo em Movimento”, o filme da série James Bond que teve canção assinada pelos Duran Duran (ou seja, “A View To a Kill”). Foi de resto dessa vivência que terá eventualmente nascido a colaboração com o projeto Arcadia no single “Election Day”.
É assim que, no auge da fama, Grace Jones se alia à equipa de Trevor Horn para criar “Slave To The Rhythm”, uma sinfonia pop em oito andamentos – ou oito canções, se preferirem – entre elas surgindo excertos de uma entrevista conduzida por Morley na qual a cantora, atriz e modelo passa por memórias. A mesma voz surge depois em variações possíveis dos mesmos versos, entre abordagens instrumentais distintas promovidas como mais que simples manobras de remistura ou novos arranjos. Há de facto em “Slave to The Rhythm” uma busca de caminhos possíveis tendo por ponto de partida uma só canção pop – a que dá título ao disco. Ideias moldadas e unidas entre si pela a produção de fôlego épico com a assinatura de Trevor Horn e da equipa que com ele então dava forma a visões que então marcavam a identidade do som da ZTT Records.
É depois impossível não referir igualmente o brilhante trabalho gráfico concebido a partir da manipulação, pela fragmentação e repetição, de uma foto de Jean Paul Goode, que definiu aqui uma das mais icónicas imagens de Grace Jones. No fundo a imagem acolhia as mesmas sugestões de multiplicidade de visões e leituras que o álbum revelava a partir de um elemento inicial comum.
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