quarta-feira, 3 de julho de 2024
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Luiz Gonzaga - O Reino do Baião (1957)
Review: Baroness - Yellow & Green (2012)
Produzido por John Congleton (Modest Mouse, Okkervil River, The Polyphonic Spree), Yellow & Green é um trabalho repleto de detalhes. Pesado, psicodélico, atmosférico e experimental, tudo ao mesmo tempo, o disco coloca os holofotes da música pesada focados no grupo. Resumindo em palavras: em seu terceiro disco, o Baroness soa como se o Radiohead tocasse heavy metal. Não há limites, a criatividade é onipresente, não existem preconceitos, os medos e receios foram todos embora. Isso faz com que cada faixa seja imprevisível, cada composição seja um choque. E é justamente essa sensação que faz Yellow & Green ser um disco tão impressionante.
Review: Europe - The Final Countdown 30th Anniversary Show – Live at the Roundhouse (2017)
Review: Maestrick – Espresso Della Vita: Solare (2018)
Review: Iron Fire – Beyond the Void (2019)
Kikagaku Moyo – Masana Temples (2018)
Em Masana Temples, os japoneses Kikagaku Moyo dão-nos a mão para uma viagem a várias latitudes sonoras com o rock psicadélico como fio condutor.
Os Kikagaku Moyo (qualquer coisa como padrões geométricos, em português) são uma banda de Tóquio formada em 2012 e já com quatro álbuns e dois EP’s editados. O seu último trabalho, Masana Temples, foi gravado em Lisboa e produzido por Bruno Pernadas, e sim, japoneses psicadélicos na capital portuguesa vai ter sempre um toque bizarro e é mesmo isso que se espera.
Fruto desta relação, à partida improvável, ou das várias influências e viagens dos membros da banda, este disco vai além do psicadélico, prog ou rock, abraçando novas abordagens e criando uma viagem emocional com altos e baixos, desde o animado wah-wah com toques dos anos 60 em “Dripping Sun”, que abre num rock cheio de pratos de choque, ao dançável e sincopado “Nana”.
O facto de não entendermos as letras leva-nos a apreciar a música por si, e isso ajuda a salientar a qualidade das composições e da gravação, que convida a um bom sistema de som ou um par de auscultadores de qualidade, para perceber as várias camadas de sons que a banda criou neste álbum.
Comparando este Masana Temples com algumas canções anteriores de Kikagaku Moyo, a banda está mais polida e consistente. As influências culturais sempre lá estiveram, como em “Streets of Calcutta” de 2014 e os vários estilos também, como comprovam várias canções no disco House In The Tall Grass de 2016. Neste novo trabalho, “Gatherings” talvez seja a música que mais soa aos anteriores trabalhos, com o fuzz psicadélico e a composição em crescendo mas de uma forma geral, estes Kikagaku Moyo são mais fáceis no ouvido, a lembrar por vezes a luminosidade de uns Boogarins, na contemplativa “Orange Peel”, ou os também japoneses Sour, nos atrevimentos jazzísticos em algumas faixas (e muitos outros do estilo mas por ser cantado em japonês fez saltar esta memória musical), especialmente a extremamente bem conseguida “Dripping Sun”.
Este é o trabalho mais completo destes japoneses psicadélicos com ligação a Lisboa, um bom disco para descobrir e ouvir sem pressas.
Destaque
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