domingo, 14 de julho de 2024

Os grandes épicos dos Dream Theater

 



 O grupo americano de Rock Progressivo  Dream Theater já escutei o  disco, Distance Over Time, e estou elaborando o que vou falar dele, mas no momento, vou focar em outro tema recorrente do grupo: os grandes épicos. Quem não conhece, preste atenção, isso é realmente muito bom.

Vale ressaltar que o grupo não é o grande pioneiro nesse aspecto. Bandas como Genesis, Pink Floyd, Yes, Rush e Marillion, já vinham fazendo isso muito antes, algumas das obras que valem menção destes grupos, por exemplo, são respectivamente The Lamb Lies Down on BroadwayThe WallTales from Topographic Oceans2112 e Misplaced Childhood. Portanto, o Dream Theater vem aí na esteira dessas propostas. Porém, suas obras épicas ficaram muito populares, e inspiraram uma nova geração de músicos e artistas a investir nessas ideias.

A ideia, nesta matéria, é listar os grandes épicos produzidos pelo grupo americano, direta ou indiretamente, para destacar o quão interessante pode ser esse tipo de arte. Talvez, no futuro, eu queira fazer isso com outras bandas de Rock Progressivo, mas vou pegar o Dream Theater de exemplo pra ficar mais fácil. Artistas como Spock's Beard, Avantasia, Rhapsody of Fire, e até mesmo o Marillion e o Genesis, citados acima, estão na esteira da minha lista. Quem sabe eu faça até algo relacionado ao The Who, que tem pelo menos aí uns 3 discos nesse formato, em que 2 deles são bem conhecidos e difundidos.

Pois bem, vamos começar citando as obras que vou referenciar: a primeira de todas é, claro, Metropolis, e eu me refiro não só ao disco em si, mas a todo o escopo da obra. Na minha opinião, é a melhor que o grupo produziu até hoje, a mais bem feita e pensada, impactou minha vida de formas inimagináveis, portanto vou fazer uma boa descrição dela.

Depois, falaremos sobre A Change of Seasons, um mini-épico que considero essencial. Seguido dele, falaremos sobre o período da banda de 2002 a 2009, incluindo aí duas obras épicas distintas. Finalmente, terminaremos falando brevemente sobre o último épico feito pela banda até o momento, The Astonishing; digo brevemente, porque meu blog contém vasto material sobre ele e uma resenha, então, vocês podem ver mais detalhes nesses links que eu postar aqui. Haverá também uma menção honrosa que farei, não vou falar no momento, mas se trata de um dos álbuns do período de 2002 a 2009. Digo 'menção honrosa', porque não é exatamente um épico, mas uma das ideias mais interessantes que já vi. Vamos lá!

1) O épico Metropolis pode ser considerado como o carro-chefe que puxa a banda. É sem dúvida o de mais sucesso em toda a sua história, imbatível até hoje. A ideia matriz desse épico maravilhoso, a semente dele, começa no álbum Images And Words, de 1992; a quinta faixa do disco, "Metropolis - Part I: 'The Miracle and the Sleeper'" apresenta a ideia de um cara sonâmbulo e de um suposto milagre que aconteceu, e sua existência é toda baseada nesse milagre apresentado. Essa coisa de "parte 1", era para ter sido uma brincadeira da banda, no máximo ter uma outra faixa de 20 minutos como sequência num próximo disco, e só.

Porém, a ideia foi evoluindo, e adquirindo contornos enormes e mais complexos e, eventualmente, em 1999, acabou se tornando a segunda parte da obra, no disco épico Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory. Então, a ideia se desenvolveu numa história em dois atos, com elementos detetivescos e sobrenaturais, em que um cara chamado Nicholas tem uma experiência de vida passada em uma sessão de terapia regressiva com um psiquiatra. Nessa regressão, Nicholas descobre que, em sua vida anterior, ele foi Victoria, uma mulher que foi brutalmente assassinada por um ex-amor de sua vida; Victoria tinha Edward, que sofria de alcoolismo e ficava violento, e procurava conforto nos braços de Julian, irmão de Edward.

Ao final do disco, descobrimos a identidade do assassino e também uma reviravolta inesperada sobre outro espírito reencarnado. O disco possui uma produção musical absolutamente sensacional e invejável, com arranjos majestosos e melodias que grudam na cabeça, além de uma narrativa cativante que mantém você, ouvinte, antenado nos próximos eventos, como uma boa rádio-novela. É talvez, uma das obras de Rock Progressivo mais importantes da história, e que eu endosso que todos escutem, pois acredito que vão se impressionar bastante!

Formação: James LaBrie - John Petrucci - John Myung - Jordan Ruddess - Mike Portnoy
OBS: em "Metropolis" do álbum Images and Words, o tecladista é Kevin Moore, e não Ruddess.

2) Seguindo, temos o mini-épico "A Change of Seasons". Ele foi escrito como uma música que estava programada para entrar no álbum Images And Words, tem até demo gravada, mas acabou ficando de fora por destoar um pouco dos temas do disco, acredito. Foi gravada posteriormente para o EP que recebeu o título do épico de 23 minutos, e que também tem uma apresentação ao vivo da banda com covers de outros artistas. É uma composição bastante pessoal do baterista Mike Portnoy, quando esse integrava a banda, falando de abandono, perda de entes queridos, amadurecimento e suas dificuldades, enfim, é uma composição com raízes profundas na psique humana.

O mais interessante é como isso é conduzido, através de dicotomias, pode-se ver isso claramente na capa ilustrativa em que temos um menino de calção no meio do gelo e um senhor idoso com macacão de frio numa praia em meio a um dia ensolarado. Percebe-se que o personagem da mini-saga tenta aproveitar seu dia e seu tempo (carpe diem), mas encontra muitas dificuldades, envoltas em perdas e hipocrisia, se sentindo deslocado. Parece muito com o que eu mesmo vinha enfrentando ultimamente, enquanto eu tentava aproveitar (numa atitude meio forçada, às vezes) meu próprio tempo. Qualquer que seja sua dificuldade, superação é sempre um processo difícil e tortuoso, e eu mesmo venho escutando essa letra até mesmo como uma válvula de escape para as minhas próprias dificuldades que venho enfrentando. É um sentimento com a qual todos lidamos e que nos aproxima da letra, aliada ao arranjo primoroso das composições, e merece a sua atenção.

Muito embora esta faixa esteja em um EP, algo que não levamos muito em consideração numa discografia de banda, este aqui é algo tão forte na história do Dream Theater, que é praticamente impossível de se ignorar.

Formação: James LaBrie - John Petrucci - John Myung - Derek Sherinian - Mike Portnoy

3) Entre o período de 2002 a 2009, tivemos a saga comumente conhecida como 12 Steps, também conhecida de forma jocosa como a "saga da bebedeira", que envolveu um total de 5 álbuns de estúdio da banda. Ao longo desses cinco discos, havia sempre uma faixa dedicada a essa saga, e o restante a outros temas, bem aos moldes do que o Rush fez em sua carreira com as músicas de sua discografia que compunham o tema Fear.

Como essa é uma saga composta de forma diferente, dividida em vários discos, será a única aqui que eu vou fazer a listagem das faixas para quem quer conhecer, listando as músicas e o disco que elas estão:

01. "The Glass Prison" (Six Degrees of Inner Turbulence)
02. "This Dying Soul" (Train of Thought)
03. "The Root of All Evil" (Octavarium)
04. "Repentance" (Systematic Chaos)
05. "The Shattered Fortress" (Black Clouds & Silver Linings)

Resumindo bem brevemente, esta saga é uma espécie de desabafo de Mike Portnoy. Ele era assumidamente um alcoólatra, e passou pelo programa dos Alcoólicos Anônimos, os 12 passos para largar o vício do alcoolismo. Durante esta saga, Portnoy relata suas próprias experiências passando pelo processo, e o quão tortuoso isso foi. A saga se passa nessas 5 faixas, contendo os passos abreviados com pequenos nomes, a saber: (01) I. Reflection - II. Restoration - III. Revelation - (02) IV. Reflections of Reality - V. Release - (03) VI. Ready - VII. Remove - (04) VIII. Regret - IX. Restitution - (05) X. Restraint - XI. Receive - XII. Responsible.

Segundo o próprio ex-baterista da banda, eles receberam inúmeras mensagens de agradecimento dos fãs que diziam que as músicas ajudavam eles a lidarem com seus próprios problemas, então muito embora eu não seja muito fã desta era do Dream Theater, devo admitir que eles realmente fizeram um ótimo trabalho inspirando as pessoas. Tem perfis no Youtube que postam todas as cinco faixas juntas, então você pode recorrer ao Youtube caso esteja curioso.

Formação: James LaBrie - John Petrucci - John Myung - Jordan Ruddess - Mike Portnoy

4) Este épico, chamado de Six Degrees of Inner Turbulence, se encontra no segundo CD do disco de mesmo nome, que é um disco duplo. Ao mesmo tempo que o grupo começou a saga dos 12 passos, também gravou este aqui no mesmo ano; Mike Portnoy acabou começando com uma marca na banda, em falar de problemas reais que afligem as pessoas, como o seu problema com alcoolismo, e levou a banda a falar de outros problemas. Os caras acabaram virando uma clínica musical de psiquiatria! Mas brincadeiras à parte, como eu mostrei anteriormente, isso foi benéfico para muita gente... e mais barato do que terapia de fato, se for ver! Após Scenes From A Memory, eles resolveram levar a sério essa coisa de psiquiatria!

Bom, este não é um épico de uma história só, ao invés disso, os temas estão interligados, e tratam de problemas mentais e psicológicos que as pessoas têm. O título se refere a diversas coisas. Trata-se da sexta "música" do disco em questão, e apesar de ter 8 faixas, uma é de introdução e a outra é de reprise, o restante, lida com seis problemas mentais, ou seis "turbulências", que variam conforme a faixa. Em "About to Crash", por exemplo, vemos uma menina com transtorno bipolar, em "War Inside My Head", é sobre o estresse pós-traumático que soldados enfrentam quando retornam de guerras, em "The Test That Stumped Them All", vemos um paciente com um forte caso de esquizofrenia, em "Goodnight Kiss", ouvimos a triste história de uma mãe com depressão pós-parto que perdeu sua criança; na bonita e dramática "Solitary Shell", escutamos um grito de socorro de uma criança que sofre de autismo, e na última faixa, "Losing Time/Grand Finale" acompanhamos uma menina com Transtorno de Múltiplas Personalidades, e a letra ainda dá uma pista de associar esse transtorno à doença de Alzheimer.

É... um épico com instrumentação muito bonita e fantasticamente executada, com arranjos soberbos, mas na parte lírica, olha, tem que ter estômago de avestruz! Mas é muito interessante. Se você não sofre de nenhum desses problemas, pode se informar um pouco enquanto curte música de qualidade, se você está nesta lista, terá o apoio dos músicos e algo que se identifica com você para lidar com o problema. De qualquer forma, eu recomendo!

Formação: James LaBrie - John Petrucci - John Myung - Jordan Ruddess - Mike Portnoy

5) Passada a fase de clínica de psiquiatria, a banda não só trocou de baterista, pois Mike Mangini entraria em 2010 no lugar de Portnoy, mas também assumiu uma identidade mais épica e menos anti-social, vamos dizer assim. A proposta de The Astonishing é completamente diferente dos demais épicos. Pode perceber, nos épicos anteriores, o tema era sempre o inconsciente, problemas e doenças mentais, crises psicológicas, vícios, etc. Aqui não, eles mudam completamente de contexto. A história é uma trama de ficção-científica inspirada em diversas fontes, e você vai ter um misto aí de temas tipicamente sci-fi em um futuro distópico misturados com uma estética medieval. Como eu disse, eu não vou me alongar demais, porque eu já falei bastante deste disco aqui no blog, quando saiu. Este é o link para a resenha, e este é o link para uma matéria que eu fiz sobre os elementos da história do disco. Não considero o melhor épico que a banda já lançou, até porque é um clichê de Rock Progressivo atrás do outro, e a própria história é uma colagem de outras obras de sci-fi, mas é bom para servir de referência para futuras leituras e sessões de cinema, ou para mergulhar a fundo no universo do Rock Progressivo que a banda evoca aqui.

Formação: James LaBrie - John Petrucci - John Myung - Jordan Ruddess - Mike Mangini

Finalmente, vamos para a nossa digníssima menção honrosa:

O álbum Octavarium.

Sim, é um álbum conceitual. Quando eu fiz a resenha do disco, naquela época em que ele saiu, não achei essa Coca-Cola toda, achei bom, mas não excelente. E muito embora hoje, eu ainda ache que ele tem sim seus defeitos, é uma obra que acabou crescendo em mim com o passar dos anos, e hoje eu a aprecio muito mais do que naquela época.

Neste tempo, eu não escrevia tão bem como eu escrevo hoje, e deixei de mencionar detalhes muito interessantes que o disco guarda.

Caramba... é a primeira vez que o meu eu de hoje critica o meu eu de anos atrás... não acredito que já cheguei a isso!

Mas enfim, voltando. Há um detalhe muito interessante que eu não notei na época do lançamento do disco, e que é a cola que segura a obra toda. O disco não tem uma narrativa, mas um conceito interessante: é o oitavo trabalho da banda, certo? O disco tem então oito faixas... cada faixa composta em uma oitava diferente do teclado comparada à música anterior, fazendo aí oito oitavas que corresponde às 8 notas naturais com 5 acidentais, então por exemplo, a primeira faixa começa em fá com acidental em F#/Gb, a segunda em sol, com G#/Ab, e assim sucessivamente. A última música, o épico de 24 minutos "Octavarium", termina exatamente com a nota que o disco começou, dando a ideia de um círculo se fechando, e o último verso que LaBrie canta é "the story ends where it began", ou seja, a história termina, onde ela começou; isso sem falar a contagem final feita em conjunto por Portnoy e LaBrie, preparando o climax, ou seja, há uma infinidade de conceitos e ideias trabalhados aqui no disco, e por isso merece uma menção honrosa aqui na minha contagem.

Formação: James LaBrie - John Petrucci - John Myung - Jordan Ruddess - Mike Portnoy





Distance Over Time - Dream Theater




Décimo quarto disco de estúdio do Dream Theater, Distance Over Time, mantém a mesma qualidade sonora que a banda sempre imprimiu em suas obras e é um ótimo disco tanto para fãs, quanto para não-fãs.










 Hoje o assunto é Rock Progressivo. Hoje conheceremos o álbum dos Dream Theater, Distance Over Time.

Neste novo lançamento, o Dream Theater aposta em uma coisa mais enxuta, menos épica, mais "mundana" por falta de termo melhor, o que não quer dizer que seja ruim, tem momentos de tirar o fôlego. Ainda soam como eles mesmos, e acho que isso nunca vai mudar, mas sem os arroubos épicos que permearam o disco anterior, que se for ver nem teve uma proporção tão épica assim, muito embora eles se esforçassem para imprimir isso na obra.

A pegada mais simples já é mostrada logo na primeira faixa, "Untethered Angel", que foi a primeira coisa divulgada do disco, se não me engano. Lá pelos dois minutos e quinze dessa primeira faixa fica mais bacana, muito embora não haja realmente nada de novo ou de cair o queixo, mas eu gosto desses arranjos com vocais seguindo a instrumentação, dá a impressão que o LaBrie usa a voz dele com a mecânica de um instrumento musical mesmo.

A terceira faixa, "Fall Into the Light", seria uma faixa apenas normal, se dependesse de seus extremos, mas entre os três minutos e quinze e os cinco minutos e dez há uma porção instrumental muito bacana, bem inspirada em música folk e de uma grande beleza nos arranjos que é o ponto forte da música.

Uma música que me cativou por inteira, foi "Barstool Warrior", de uma beleza melódica indescritível, uma letra falando sobre culpa, solidão, tudo do ponto de vista de uma banqueta de bar. Um prato cheio para os fãs, trata-se de Dream Theater clássico, e vale a pena cada segundo. Outra excelente é a pesada "S2N", o nome é abreviação de 'signal to noise' uma grandeza usada para se medir ruidos. Aqui se ouve um retorno total ao som dos nossos grandes ícones aposentados, o Rush.

Agora um destaque que eu realmente achei excelente e fiquei ouvindo diversas vezes é a primeira faixa que o grupo escreveu para este disco, "At Wit's End", uma composição epopeica, muito embora tenha menos de 10 minutos, mas de uma beleza absurda e descomunal! Sabe aquela composição que você ouve e pensa: "cara, todas as notas, todos os arranjos, melodias, viradas e solos estão exatamente onde deveriam estar: no lugar certo! É o que a gente costuma chamar de obra irretocável. Esta música, com certeza, é mais um clássico brilhantemente escrito do grupo americano e que vai perdurar por muitos anos. Ela faz par com a faixa seguinte, a linda balada "Out of Reach". Digo 'faz par', não por ser continuação, mas por ser uma composição bela executada após outra composição igualmente bela, e que eu acho que deveria ser tocada logo em seguida nos shows e turnês. Sensacional trecho do disco com faixas memoráveis.

As demais três faixas restantes e a bonus track "Viper King" complementam a obra, mas as que mencionei são merecidos destaques no disco. Enfim, o Dream Theater segue na estrada com a costumeira qualidade musical que sempre imprimiu, mesmo em períodos de menos inspiração. Esta nova obra é um ótimo ponto de partida para não-fãs, um disco muito bom para os fãs também, muito embora não seja a melhor obra da banda, mas sempre vale a pena investir no som desses caras, quem já os acompanha a duas décadas e meia como eu, sabe bem. A formação mais recente, que vem desde 2011 com o baterista Mike Mangini tem, cada vez mais, encontrado seu caminho. Lançamento recomendado!

Distance Over Time (2019)
(Dream Theater)

Tracklist:
01. Untethered Angel
02. Paralyzed
03. Fall into the Light
04. Barstool Warrior
05. Room 137
06. S2N
07. At Wit's End
08. Out of Reach
09. Pale Blue Dot
Bonus track:
10. Viper King

Selo: Inside Out

Dream Theater é:
James LaBrie: voz
John Petrucci: guitarra
John Myung: baixo
Jordan Ruddess: teclados
Mike Mangini: bateria





1946-1947 - Hazel Scott - Chronological Classics

 




01 - Valse in C Sharp Minor (Chopin)
02 - How High the Moon (Hamilton-Lewis)
03 - A Rainy Night in G (Scott)
04 - I Guess I'll Have to Change My Plans (Schwartz-Dietz)
05 - Sonata in C Minor (Scarlatti)-Toccata (Pardisi)
06 - Fantasie Impromptu (Chopin)
07 - Nocturne in B Flat Minor (Chopin)
08 - Idyll (Scott)
09 - On the Sunny Side of the Street (Fields-McHugh)
10 - I've Got the World on a String (Koehler-Arlen)
11 - Butterfly Kick (Desconhecido)
12 - Ich will sich spielen (Desconhecido)
13 - Emaline (Parish-Perkings)
14 - Nightmare Blues (Scott)
15 - Mary Lou (Lyman-Waggner-Robinson)
16 - Soon (Rodgers-Hart)
17 - Brown Bee Boogie (Scott)
18 - Love Me or Leave Me (Kahn-Donalson)
19 - Love Will Find a Way (Sissle-Blake)
20 - Dancing on the Ceiling (Rodgers-Hart)





quinta-feira, 11 de julho de 2024

1925-1930 - Antonio Cortis - Árias e Canções

 



01. 1925 - Cancion del soldado - Serrano: La alegria del Batallon
02. 1925 - Mimi e una civetta - Puccini: Boheme
03. 1925 - Mujer fatal - Vives: Doña Francisquita
04. 1925 - Un español - Gaztambide: Una vieja
05. 1925 - Una vergine - Donizetti: Favorita
06. 1927 - Ah que tormento - Giordano: La cena delle beffe
07. 1927 - Calabazas - Cortis: Canciones
08. 1927 - Mi svesti - Giordano: La cena delle beffe
09. 1929 - Ah fuyez douce image - Massenet: Manon
10. 1929 - Apri la tua finestra - Mascagni: Iris
11. 1929 - E lucevan le stelle - Puccini: Tosca
12. 1929 - La fleur - Bizet: Carmen
13. 1929 - Nessun Dorma - Puccini: Turandot
14. 1929 - O Lola - Mascagni: Cavalleria Rusticana
15. 1929 - Pourquoi me revellier - Massenet: Werther
16. 1929 - Recondita Armonia - Puccini: Tosca
17. 1930 - Ah si ben mio... - Verdi: Trovatore
18. 1930 - Che gelida manina - Puccini: Boheme
19. 1930 - Ella mi fu rapita...e - Verdi: Rigoletto
20. 1930 - La donna e mobile - Verdi: Rigoletto
21. 1930 - Questa o quella - Verdi: Rigoletto




1961 - Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano - Os Anjos Cantam

 



01. Leva Eu Sodade (Tito Neto & Alventino Cavalcante)
02. Boa-Noite (Francisco J. Silva & Isa M. Da Silva)
03. Fiz a Cama na Varanda (Dilu Mello & Ovidio Chaves)
04. Canção de Ninar Meu Bem (Bidu Reis & Gracindo Junior)
05. Down By The Riverside (Dazz Jordan)
06. Greenfields (Terry Gilkson, Richard Deher, Frank Miller & Romeo Nunes)
07. A Lenda do Abaeté (Dorival Caymmi)
08. Azulão (Jayme Ovalle & Manuel Bandeira)
09. Eu e Você (Roberto Muniz & Jairo Aguiar)
10. Minha Graúna (Tito Neto & Avarese)
11. Dorinha (Tito Neto & Ary Monteiro)
12. A Noiva (La Novia) (Joaquim Prieto & Fred Jorge)
13. Uirapuru [Bonus] (Murillo Latini & Jacobina)




RARIDADES


don't hang around, enjoy good music!

SS-20 - Dream Life (1986)



don't hang around, enjoy good music!

Bangles - An Eternal Flame Burns Bright


 Após uma turnê de verão de 87, apoiada em parte pelos Hoodoo Gurus da Austrália (veja o post futuro), os Bangles optaram por explorar algo diferente do que se preparar imediatamente para seu próximo álbum completo. Eles contribuíram com backing vocals no hit dos Hoodoo Gurus 'Good Times' (#36 em meados de 87).

A banda foi convidada a contribuir com uma música para a trilha sonora do mais recente filme 'brat pack' 'Less Than Zero', estrelado por Andrew McCarthy. Os Bangles mergulharam em seu passado para resgatar uma música que ficou famosa por Simon & Garfunkel. 'Hazy Shade Of Winter' recebeu uma transformação radical, com percussão forte, ganchos de guitarra escaldantes e harmonias vocais em camadas imaculadas. Produzida por Rick Rubin, da Def Jam, foi lançada como single no final de 87, e as paradas logo ficaram em um tom nebuloso de Bangles, com a música alcançando a posição #2 nos EUA - afastada do degrau mais alto do pódio pop por "Could've Been" da Tiffany (e você saberá que perdi completamente o controle se algum dia publicar um post aqui sobre Tiffany - nada pessoal, é só que tenho padrões de integridade a seguir). "Hazy Shade Of Winter" alcançou a posição #7 aqui na Austrália (#11 no Reino Unido), no início de 88, lembrando o público do som Bangles que tanto encantou os ouvintes anteriormente.

Hoffs estrelou o filme de 1987 'The Allnighter', dirigido por sua mãe. Foi por volta desse período que Hoffs começou a se tornar o ponto focal da mídia sobre os Bangles, algo que irritou os outros membros da banda. Mas havia mais sucesso por vir antes que as rachaduras se instalassem.

Durante o verão de 88, os Bangles retornaram ao estúdio sob o olhar atento (ou deveria ser ouvido) do produtor Davitt Sigerson, que ainda manteria a elegância e o som amigável ao rádio de 'Different Light', mas daria aos Bangles mais espaço para dar vida de volta às suas raízes estilísticas. Isso não ficou mais evidente do que com o single principal, In Your Room' (US#5/ OZ#42/UK#35). Lançado no final de 88, foi um hit com sabor de pop-rock psicodélico, acompanhado por um vídeo promocional igualmente agitado e alucinante.

O próximo single do Bangles representaria uma mudança radical em relação ao trabalho deles até então. Foi escrito por Susanna Hoffs em parceria com os compositores profissionais Billy Steinberg e Tom Kelly. Steinberg e Kelly já haviam acumulado uma boa quantidade de sucessos de outras artistas femininas, incluindo "Like A Virgin" de Madonna e "True Colours" de Cyndi Lauper. Steinberg era fã de longa data do Bangles e, após um show no Palace em Hollywood em 1985, ele se encontrou com Hoffs nos bastidores, e os dois concordaram em escrever algo juntos no futuro. Kelly foi trazida para a mistura, e várias músicas foram escritas, mas nenhuma foi realizada no estúdio de gravação. Isso foi até o trio escrever a música "I Need A Disguise" para o álbum de estreia de Belinda Carlisle, "Belinda". A experiência inspirou o trio a se esforçar para escrever algum material para incluir no próximo álbum planejado do Bangles.

O objetivo da colaboração era escrever algo que, estilisticamente, ficasse em algum lugar entre os Beatles e os Byrds. Na verdade, uma das músicas que a faixa emularia em ambiente auditivo era 'Here, There And Everywhere' dos Beatles. Liricamente, a música se inspiraria em duas fontes. Hoffs se lembrou de uma época em que os Bangles tocaram em Memphis e, em um dia de folga, visitou Graceland, onde havia uma chama eterna por Elvis Presley. A outra inspiração veio da infância de Billy Steinberg na escola dominical em uma sinagoga local.

Estilisticamente, a música 'Eternal Flame' estava em desacordo com tudo o mais que os Bangles tinham escrito e gravado para o lançamento do álbum de 1988, 'Everything' (US#15/ OZ#13/ UK#5). Na verdade, a música quase não foi incluída no álbum. Desejando retornar a algumas de suas influências de garage/folk/rock psicodélico, 'Eternal Flame' era uma balada melosa que tinha um vocal principal de propriedade inteiramente de Susanna Hoffs, algo que antagonizaria ainda mais os outros membros dos Bangles, já que os carismáticos Hoffs receberam a maior parte da atenção dos holofotes da mídia.

'Eternal Flame' atingiu o Hot 100 dos EUA em fevereiro de 89 e, 8 semanas depois, atingiu o primeiro lugar, suplantando 'The Living Years' de Mike + The Mechanics (veja o post futuro). Depois de apenas uma semana no auge do pop, 'The Look' do Roxette o colocou de lado. Na Austrália, "Eternal Flame" brilhou no topo das paradas por uma semana, substituindo "Now You're In Heaven" de Julian Lennon (veja o próximo post) e, por sua vez, substituída pela sentimental "Wind Beneath My Wings" da Divine Miss M - ela se tornou o single mais vendido na Austrália em 1989. No Reino Unido, a música passou 4 semanas no topo das paradas, substituindo "Like A Prayer" de Madonna e, eventualmente, substituída por "Hand On Your Heart" de Kylie Minogue.

'Everything' gerou mais dois singles, o pop-rocker co-escrito por Debbi Peterson 'Be With You' (US#30/ OZ#41/ UK#23), e o folk-rock-ish 'I'll Set You Free' de Susanna Hoffs. Em termos de liberdade, os Bangles desfrutaram de muito mais liberdade e autonomia do que o antecessor de 'Everything', 'Different Light', mas ainda assim não foi o suficiente para superar alguns dos compromissos e irregularidades estilísticas.

Em setembro de 89, os Bangles interromperam sua turnê mundial para "entrar em hiato", depois de quase 9 anos juntos. Logo depois foi anunciado que os Bangles haviam se separado oficialmente (pelo menos por enquanto). Na época, Susanna Hoffs destacou um contraste na direção artística como sendo um fator-chave na fratura do grupo e, eventualmente, no fim, mas ela não descartou uma reforma em algum momento.

Susanna Hoffs foi a primeira Bangle a surgir pós-banda, com o lançamento de seu primeiro set solo de 1991, 'When You're A Boy', produzido pelo ex-aluno da Bangles, David Kahne. A lista de faixas apresentou uma diversidade de talentos de composição, de Diane Warren, passando por Cyndi Lauper, até Juliana Hatfield. O título do álbum veio da música de Bowie 'Boys Keep Singing', um cover do qual foi incluído (com John Entwistle do The Who no baixo). O single principal, 'My Side Of The Bed', foi colocado na posição #30 na Hot 100. Enquanto gravava seu álbum seguinte, Hoffs foi retirada da lista da Columbia. Ela optou por tirar um tempo para começar uma família, mas voltou ao estúdio de gravação para seu segundo álbum autointitulado de 1996. Em 1997, ela se juntou a Matthew Sweet, Christopher Ward e a lenda dos quadrinhos Mike Meyers para formar o Ming Tea, uma banda de rock britânica fictícia que apareceu em todos os três filmes de 'Austin Powers'. Nos quinze anos seguintes, Hoffs se juntou a Matthew Sweet para gravar três álbuns de covers, intitulados 'Under The Covers'. Em 2012, Susanna Hoffs lançou seu terceiro álbum solo, 'Someday'.

Depois das Bangles, Vicki Peterson começou a colaborar com Susan Cowsill e começou a tocar em clubes sob o nome de Psycho Sisters, logo se tornando um membro pleno da banda de apoio Continental Drifters. Ela cantou e tocou guitarra no álbum homônimo de 1994 das Continental Drifters. Em 1994, Peterson se juntou à turnê de reunião das Go-Go's, substituindo Charlotte Caffey, que estava grávida. Na década seguinte, ela contribuiu com guitarra e vocais para uma grande variedade de artistas, de Hootie & the Blowfish a Dwight Twilley. Enquanto isso, a irmã Debbi formou a banda Kindred Spirits com a vocalista do River City People, Siobhan Mayer, que lançou um álbum homônimo pela gravadora IRS em 1994. O baixista Michael Steele se tornou um baixista contratado por não ter conseguido um contrato de gravação solo.

No final dos anos 90, as quatro Bangles começaram a considerar trabalhar juntas novamente. A primeira evidência disso veio na forma da música 'Get The Girl', que foi incluída na trilha sonora da comédia de 1999 'Austin Powers: The Spy Who Shagged Me'. A experiência foi agradável o suficiente para encorajar o quarteto a se reunir para uma turnê completa em 2000.

Demorou um pouco, mas os Bangles finalmente lançaram seu primeiro álbum desde a reforma com 'Doll Revolution' de 2003 (US#23 Top Independent Albums), apresentando o single 'Something That You Said' (US#26 Adult Contemporary). Tim Sendra do All Music Guide descreveu o álbum como 'insípido' e superproduzido'. O álbum, no entanto, ofereceu uma boa porção das guitarras estridentes e ricas harmonias vocais dos Bangles. O álbum foi produzido pelos Bangles, e os créditos de composição foram compartilhados em torno das quinze faixas do álbum.

Após a saída de Michael Steele da banda, o álbum de 2011 'Sweetheart Of The Sun' (US#148/#28 Top Independent Albums), viu os Bangles reduzidos ao trio original de Susanna Hoffs, Vicki Peterson e Debbi Peterson. Tim Sendra do All Music Guide descreveu 'Sweetheart Of The Sun' como um disco 'cheio de guitarras estridentes, trabalho de guitarra solo forte de Vicki Peterson, harmonias vocais ricas e um som ao vivo em camadas' que realmente funciona. O álbum ecoou os primeiros capítulos da gestão dos Bangles. Foi coproduzido pelo companheiro de Hoff, Matthew Sweet, e das 12 faixas, a maioria foi coescrita pelos Bangles.

Na minha opinião, decidir quem era a melhor banda só de garotas dos anos 80 - entre as Go-Go's e as Bangles - é uma decisão dividida. Se eu fosse pressionado a escolher uma favorita, eu poderia me inclinar um pouco para as Go-Go's, mas isso não quer dizer que em outro dia eu não escolheria os Bangles. No final, ambas as bandas merecem um lugar de orgulho no panteão da música pop dos anos 80.

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