segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Vinícius de Moraes, Clara Nunes e Toquinho - Moça, Poeta e Violão (1973)


Em maio de 1991 a Collector's Editora Ltda. lançou um álbum/fascículo triplo (vinil) de nome 'A história dos shows inesquecíveis - poeta, moça e violão' onde Vinícius de Moraes, Clara Nunes e Toquinho cantam e Vinícius declama poemas e conversa com o público. Realizado no Teatro Castro Alves, de Salvador, Bahia, no dia 27 de fevereiro de 1973. 

Faixas do  álbum:
01. Poética / Quando a Noite Me Entende
02. Serenata do Adeus
03. Jesus, Alegria Dos Homens / Rancho das Flores
04. Lamento
05. Mundo Melhor
06. O Rancho das Namoradas
07. Poema Dos Olhos da Amada
08. Samba Em Prelúdio
09. A Felicidade / Garota de Ipanema / Marcha de Quarta-Feira de Cinzas
10. Berimbau / Consolação / Canto de Ossanha
11. Na Boca da Noite
12. Veja Você
13. Samba de Orly
14. Cotidiano (No.2)
15. Regra Três
16. Como Dizia o Poeta
17. Se Todos Fossem Iguais a Você




Benito Di Paula - Gravado Ao Vivo (1974)


Disco de 1974, "Gravado Ao Vivo" e que traz músicas que entraram para as mais tocadas do ano, entre elas "Beleza que você é mulher", "Além de tudo" e sua outra grande música que é quase sempre associada ao seu nome, "Charlie Brown". Essa música levou 5 anos para ser composta, sendo iniciada em 1969, ano em que Benito estava morando em uma pensão italiana em Santos; onde os outros moradores liam a revista do Charlie Brown. 

Faixas do  álbum:
01. Além De Tudo
02. Charlie Brown
03. Beleza Que Você É Mulher
04. Pare, Olhe E Viva
05. Vou Cantar Vou Sambar
06. Na Casa De Sinhá
07. Tributo A Um Rei Esquecido
08. Prelúdio N.4
09. Novo Rio
10. Meu Enredo




Benito Di Paula - Benito Di Paula (1975)


Disco lançado 1975 e contava com sucessos que foram tocados na época, entre eles sendo "Vai Ficar na Saudade", "Não Precisa me Perdoar" e "Bandeira Do Samba", todas indo para as mais tocadas do ano. Neste mesmo disco havia uma música em homenagem a Ataulfo Alves, "Como Dizia O Mestre", grande inspiração para Benito e também outra homenagem, que era "Sanfona Branca", feita para Luiz Gonzaga. Benito era um amigo de Luiz Gonzaga, desde que se encontraram pela primeira vez no banheiro em uma Caravana de artistas em Brasília planejada por Silvio Santos. 

Faixas do  álbum:
01. Não Precisa Me Perdoar
02. Coisas Da Vida
03. Não Me Importo Nada
04. Sanfona Branca
05. Sem Tempo Pra Sonhar
06. Bandeira Do Samba
07. Modificação
08. Vai Ficar Na Saudade
09. Como Dizia O Mestre
10. Sempre Assim




Review: Monster Truck - True Rockers (2018)

 


O rock canadense não tem somente bandas como Rush, Triumph e Bachman-Turner Overdrive. O Monster Truck, por exemplo, é uma das boas novidades surgidas nos últimos anos nas terras geladas localizadas ao norte dos Estados Unidos.

Na estrada desde 2009, o quarteto lançou em setembro o seu terceiro disco, True Rockers, álbum esse que acaba de ganhar uma edição em digipack aqui no Brasil pela Hellion RecordsVale mencionar que os dois primeiros trabalhos do grupo, Furiosity (2013) e Sittin’ Heavy (2016), também ganharam edições nacionais pela Hellion.

Em True Rockers temos a banda afiando ainda mais a sua música. A influência de blues presente nos dois primeiros registros foi embora, e em seu lugar floresceu um empolgante hard rock repleto de ritmo e refrãos marcantes. Em certos aspectos, há uma certa similaridade entre a sonoridade atual do Monster Truck e os também canadenses do Danko Jones, além de a música do novo disco dos caras caminhar em uma seara que não será estranha para os fãs do grupo dinamarquês Volbeat.

O álbum vem com onze canções bastante diretas, construídas sempre a partir da guitarra e que caminham, invariavelmente, para explosões sonoras cativantes. A participação de Dee Snider logo na música de abertura, “True Rocker”, já causa uma simpatia pelo disco, sensação essa que é reforçada pela audição. 

Destaques para “Devil Don't Care”, “Denim Danger”, “Hurricane”, “Thundertruck" e “Evolution”, além da tirada de pé na balada “Undone”, que mostra que a banda também sabe como trilhar caminhos mais contemplativos.

Mais um belo disco dessa promissora banda, que mantém viva a rica tradição do rock canadense.



domingo, 1 de setembro de 2024

Black Stone Cherry - Family Tree (2018)

 


A transformação pela qual a sonoridade do Black Stone Cherry passou é notável. Do hard rock dos primeiros discos, que apresentavam até sutis influências do hard californiano dos anos 1980, a música do quarteto de Kentucky evoluiu para um southern rock pesado e extremamente atual.

Family Tree, sexto disco do grupo, comprova essa metamorfose com ênfase. Sucessor de Kentucky (2016), o álbum foi produzido pela própria banda e mostra o Black Stone Cherry afundando de vez os pés nos pântanos e bebendo na rica herança de nomes como Lynyrd Skynyrd, ZZ Top, Molly Hatchet e Allman Brothers. O hard rock de outrora convive harmonicamente com os temperos sulistas, com bem encaixadas tendências country, pitadas de blues e as sempre agradáveis guitarras gêmeas. Atestando o pedigree do trabalho, Warren Haynes, do icônico Gov’t Mule e com uma longa passagem pela bandas dos irmãos Allman, dá a sua benção participando de “Dancin' in the Rain”.

Ao todo temos treze faixas em 52 minutos de som, todas sólidas e muito bem construídas. A voz de Chris Robertson soa mais madura, uma espécie de amálgama entre os timbres de Gregg Allman e do já citado Haynes. A cozinha vem forte, descomplicada e com uma pegada contagiante, enquanto Ben Wells engrossa a parede de guitarras com Robertson e reveza-se nos solos com o vocalista.

Family Tree é um excelente disco de uma banda que apresentou uma evolução enorme nos anos recentes. Maduro, sólido e com canções que caem de imediato no gosto do ouvinte, é um dos trabalhos mais fortes do Black Stone Cherry e tem tudo para levar o nome da banda ainda mais longe.

E o que é melhor: ganhou edição nacional pela Hellion Records e está disponível para quem gosta de boa música e um rock dos bons, aproveite!




Review: Candlemass – The Door to Doom (2019)

 


Décimo-segundo álbum do Candlemass, The Door to Doom marca o retorno do vocalista Johan Längqvist após mais de trinta anos. O cantor, que gravou apenas o clássico disco de estréia com o grupo – o mítico e profundamente influente Epicus Doomicus Metallicus -, é um dos grandes diferenciais do novo álbum da banda sueca.

Sucessor de Psalms for the Dead (2012), o disco põe fim também ao maior período entre um trabalho e outro do grupo, tempo esse que foi muito produtivo para o principal compositor do quinteto, o baixista Leif Edling. Nesses sete anos, Leif montou o Avatarium e gravou três álbuns, além de criar também outra banda, o The Doomsday Kingdom, que soltou o seu disco de estreia em 2017.

Essa parada fez bem para o Candlemass. Respirar novos ares refrescou a criatividade dos músicos, que apresentam em The Door to Doom um de seus discos mais sólidos. Edificado pelos riffs da dupla Mats Björkman e Lars Johansson, o álbum apresenta uma sonoridade clássica e cativante, é pesadíssimo, conta com um trabalho vocal exemplar e mostra o grupo caminhando com absoluto domínio pelo terreno denso do heavy metal.

O Candlemass é e sempre foi, na verdade, uma daquelas bandas que justificam a teoria de que o imortal terceiro álbum do Black Sabbath, Master of Reality (1971), deu vida, sozinho, a dezenas de ramificações do metal. The Door to Doom atesta esta verdade e a deixa mais evidente do que nunca. Pra não ficar dúvidas, o próprio Tony Iommi dá a sua benção fazendo o solo de “Astorolus – The Great Octopus”, ratificando o universo sonoro compartilhado entre as duas bandas.

Com oito ótimas faixas dispostas em 48 minutos, The Door to Doom é um dos melhores álbuns da carreira do Candlemass e um dos destaques do heavy metal em 2019. Um senhor disco e que, sinceramente, considero impossível de não ser apreciado por toda pessoa que já se emocionou com a energia de um riff pesado e repleto de distorção.

O álbum ganhou edição nacional pela Hellion Records.




Review: Uriah Heep – Living the Dream (2018)

 


Existe uma parcela do público que acha que o rock pesado dos anos 1970 se resumiu a apenas três bandas: o famoso trio Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Porém, qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento sobre o assunto sabe que as coisas não foram bem assim. Bandas como Grand Funk Railroad, Rainbow, Thin Lizzy, Blue Öyster Cult, Wishbone Ash, Budgie e inúmeras outras também fizeram história naquele período e foram vitais para o desenvolvimento da música pesada. Uma das maiores foi o Uriah Heep.

Formado em Londres em 1969, o grupo está na ativa até hoje e lançou em 2018 o seu vigésimo-quinto álbum, Living the Dream, que está sendo disponibilizado em CD pela Hellion Records aqui no Brasil. Pra quem nunca ouviu a banda, pode-se dizer que há uma certa semelhança entre a sonoridade do quinteto liderado pelo guitarrista Mick Box e o Deep Purple, tanto pela presença de elementos prog quanto pela elevação do teclado ao grau de protagonismo, dividindo espaço com a guitarra. O resultado é uma hard rico em melodia, harmonias e mudanças de dinâmicas, que possui uma camada densa e sempre preenchida e que, depois de cinquenta anos de estrada, continua soando pesado e atraente.

Além da Box, a banda conta com Bernie Shaw (vocal), Phil Lanzon (teclado), Davey Rimmer (baixo) e Russell Gilbrook (bateria), um time experiente e entrosado, que não precisa provar nada pra ninguém e segue na estrada por puro amor à música. Esse aspecto é o responsável por fazer um álbum como Living the Dream, gravado por uma banda veterana como o Uriah Heep, soar refrescante e extremamente agradável aos ouvidos. Há um certo clima on the road propiciado pelos solos de guitarra e teclado, que transportam o ouvinte para uma estrada repleta de sons maravilhosos.

O Uriah Heep explora as mais diferentes facetas de sua sonoridade, indo desde o lado mais agressivo e viajante dos anos 1970 até os flertes com o mercado norte-americano na década de 1980. Ou seja, temos momentos de selvageria instrumental e vocais agressivos lado a lado com canções onde a melodia é dominante e a acessibilidade é consciente.

Living the Dream é um dos melhores álbuns do Uriah Heep. Um disco maduro, sólido e feito por músicos apaixonados para fãs fiéis. É uma banda dividindo a alegria de viver o seu sonho, e transformando isso em música de inegável qualidade.



Destaque

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