domingo, 1 de dezembro de 2024

Discografias Comentadas: W.A.S.P. – Parte II

 

Helldorado [1999]
Com o line-up estabilizado, Lawless retornou às raizes com um álbum forte e voltado totalmente ao rock ‘n’ roll, sem firulas e sem toda aquela complexidade adquirida nos últimos registros. A sonoridade obtida aqui é uma volta ao estilo inicial, com um estilão a la “Blind in Texas”, de The Last Comand (1985). A faixa-título “Helldorado” já dá o tom do álbum, energética e descompromissada, feito os clássicos do AC/DC da década de 70. “Don’t Cry (Just Suck)”“Damnation Angels” e “Dirty Balls” trasbordam vigor roqueiro com uma levada bem criativa e despojada, muito diferente do que as bandas vinham fazendo no final dos anos 90. Outra faixa que marca toda a energia contida na voz de Lawless é a veloz “Cocaine Cowboys”, dona de grandes refrões, seguidos de ótimos solos de Chris Holmes. Creio que uma das frases de Lawless, ilustra bem o direcionamento adotado pela banda neste álbum: “Sabe quando você está andando pela rua e vê uma antiga namorada e ela olha diretamente para você? É como se você pensasse assim… Ei, porque não te como mais? Vamos relembrar os velhos tempos?”

Unholy Terror [2001]
O W.A.S.P iniciou o novo milênio com o pé direito, isto é, mais um tiro certeiro na sua inspirada discografia. O que chama a atenção logo de cara é a bonita capa, ficando muito mais bela na versão digibook. Calcado nas influências do sensacional The Headless Children (1989), Unholy Terror empolga do início ao fim. Com grandes riffs, “Let it Roar” inicia uma avalanche sonora e impressiona pela qualidade obtida até então pelo line-up vigente. Em seguida vem a poderosa e pegajosa “Hate to Love Me”, mas é o início melancolico de “Unholy Terror” e a sequência arrastada e emblemática de “Charisma” que fazem valer o álbum, trazendo, sobretudo, muito peso e criatividade. Destaque também para a bela semibalada “Evermore”. Na minha opinião, Unholy Terror é o último grande registro do W.A.S.P..
Dying For the World [2002]
Após a turnê para Unholy Terror, Chris Holmes foi substituído por Darell Roberts. Devido aos acontecimentos de 11 de setembro, Lawless decidiu lançar mais um trabalho repleto de letras carregadas e melancólicas, bem ao seu estilo. Mantendo a mesma linha dos últimos álbuns, Dying for the World traz uma sonoridade mais sombria e acrescenta um certo peso em suas musicas, que pode ser conferido nas boas faixas “Shadow Man” e “My Wicked Heart”, essa última, uma espécie de oração onde Mr. Lawless pede perdão a Deus pela raiva guardada em seu coração. Na sequência temos a contida “Black Bone Torso” e a rápida “Hell For Eternity”, esta que, por sinal, sería o modelo adotado pela banda para próximas e vindouras composições. O último destaque fica por conta da revoltada “Stone Cold Killers”, com guitarras bem sincronizadas e um solo pra lá de contagiante, encerrando de forma decente o bom andamento do petardo.
The Neon God: Part I – The Rise [2004]
Musicalmente e contextualmente falando, The Neon God vem na mesma linha do clássico The Crimson Idol (1992). Aqui conhecemos a história de um orfão que teve uma infância terrível no orfanato onde viveu e obteve sucesso em sua vida ao se tornar um falso messias. Pois bem, os arranjos e o balanceamento do álbum são tecnicamente perfeitos, as faixas te levam pela história como se fosse uma trilha sonora de um filme épico, a interpretação de Lawless é incontestavelmente precisa e emocionante. O bom andamento do disco deve-se muito a entrada do excelente Darrell Roberts no lugar do insano Chris Holmes: podemos constatar que as guitarras estão mais precisas e sincronizadas. Com uma variedade musical impressionante, “Overture” inicia o disco de forma marcante. Na sequência, temos uma rápida passagem acustica por “Why Am I Here”, para depois cair na típica hard rock “Wishing Well”. Os destaques também estão em “Sister Sadie”, na épica “The Rise”, na emocionante e pesada “Asylum #9” e na bela balada “What I’ll Never Find”. O disco é muito bem feito e Lawless não só merece um lugar ao sol entre os melhores compositores da história da musica pesada, como também merece um prêmio Grammy pela interpretação vocal.
The Neon God: Part II – The Demise [2004]
Com os fãs ansiosos pela segunda parte da história contada e inventada por Mr. Lawless, chegou às lojas The Neon God: Part II, vindo para completar a ópera rock do personagem fictício Jesse Slane, o falso messias. A história leva a uma reflexão interessante, ou seja, faz uma dura crítica ao comportamento repugnante da humanidade; claro, com uma boa dose de sarcasmo. Fica aqui um conselho, vale a pena ler o encarte e conhecer um pouco mais desta epopéia. O lado musical não difere muito da primeira parte, ou seja, traz todo aquele metal fundido às melodias características da banda, mas bem mais direto. O álbum abre com a inspirada “Never Say Die”, com um riff e um refrão atípico e bem elaborado pela dupla Lawless e Roberts. “Ressurrector” faz lembrar um pouco a fase Still Not Black Enough (1995). Na sequência, a arrastada e cadenciada “Demise” eleva o nível do petardo. Os outros destaques estão em “Come Back to Black”“All My Life” e na surpreendente e intensa “The Last Redemption”. Mais longa canção da carreira do W.A.S.P., com treze minutos, ela possui uma variedade impressionante e encerra as duas partes desta ópera rock com pompa. Um disco merecedor de elogios.
Dominator [2007]
Três anos após a sequência hollywoodiana e conceitual da dupla The Neon God, Lawless colocou no mercado um novo trabalho. Infelizmente, o disco não trouxe novidades em relação ao estilo musical da banda, que seguiu com aquele som mediano sem o brilhantismo de outrora. Um bom trabalho que não acrescenta mas também não mancha a reputação da banda. Temos bons momentos, como as aceleradas e virulentas “Long, Long Way to Go” e “The Burning Man”. Como destaque absoluto do álbum, posso citar a excelente “Heaven’s Hung in Black” que traz duas versões, sendo uma elétrica e outra acústica, uma verdadeira obra prima, que, ao longo de seus sete minutos, conta de forma melancólica a história de um soldado morto na guerra do Iraque que, quando tenta entrar no céu, acaba se deparando com um grande anjo que lhe diz que o terreno está lotado… justamente por causa das vítimas de seu próprio exército em ação no Oriente Médio. Ele não tem asas e os portões do Paraíso estão selados para ele.
Babylon [2009]
Após o morno Domination (2007), o W.A.S.P. retornou à velha forma com o insano e despojado Babylon. Um trabalho que retomou a áurea dos primeiros registros da banda, mas com um destaque negativo, o fato de contar com apenas nove composições, sendo duas covers. Apesar disso causar um certo incômodo nos fãs carentes por novidades, pode-se dizer que não há decepção, pois o disco consegue soar bem. Não há grandes hits, mas as faixas “Crazy”“Babylon’s Burning” e “Seas of Fire” mantêm o bom nível e a integridade da banda, sendo totalmente possível a inclusão delas em qualquer disco dos anos 80. Outros destaques ficam por conta da bela e surpreendente balada “Into the Fire” e os covers “Promised Land”, de Chuck Berry, e “Burn” do Deep Purple. Essa última, por sinal, simplesmente fantástica, um dos melhores covers do Deep Purple que já ouvi. Um disco excelente e que deve passar tranquilamente pela árdua prova de fogo… o tempo!
Finalizando, podemos dizer que Lawless e cia. chega bem em seus quase 30 anos de carreira, com uma discografia irrepreensível, e além de tudo buscando criatividade e se renovando ano após ano. Vida longa ao grande W.A.S.P.!

“Profana” (RCA Victor, 1984), Gal Costa

 


Após 16 anos na Philips, Gal Costa trocou de gravadora e assinou contrato com a RCA. Desde o seu álbum Gal Tropical (1979), Gal engatou uma sequência de álbuns que foram sucesso de público e crítica, elevando a cantora baiana de musa tropicalista para cantora de massa e grande vendedora de discos. Foi com esse status de estrela da MPB campeã em vendas que Gal Costa chegou à sua nova companhia fonográfica. 

Para gravar seu primeiro álbum pela RCA, Gal Costa cercou-se de pessoas de alto calibre da música brasileira, como o produtor Mariozinho Rocha, o músico e arranjador Lincoln Olivetti (1954-2015), a banda Roupa Nova (nas faixas “Chuva de Prata” e “O Revólver do Meu Sonho”), o saxofonista Léo Gandelman, o trombonista Serginho Trombone, o baterista Sérgio Della Monica (ex-Rita Lee & Tutti Frutti), o guitarrista Rick Ferreira, entre outros músicos talentosos. 

Lançado em novembro de 1984, Profana é um álbum marcado por uma diversidade musical notável. Se no álbum anterior houve um certo predomínio do romantismo, em Profana ele se resume a duas das doze faixas do disco. As demais faixas se dividem entre forró, frevo, rock e marchas carnavalescas, com canções de artistas consagrados como Caetano Veloso, Moraes Moreira (1947-2020), Jackson do Pandeiro (1919-1982), Gonzaguinha (1945-1991) e Gilberto Gil. 

A produção meticulosa de Mariozinho Rocha empregou um equilíbrio sofisticado entre instrumentos tradicionais e eletrônicos, capturando com precisão as tendências musicais daquele período. 

Um dado interessante neste disco é que Gal Costa voltou a flertar com o rock, um estilo que não é estranho para a cantora. Ela já havia experimentado o estilo na época do tropicalismo, no final dos anos 1960. Contudo, ao adentrar os anos 1970, quando tomou outros rumos, o rock praticamente desapareceu de seu repertório. Em Profana, Gal voltou a se aproximar do rock com vigor, provavelmente motivada pela nova geração do rock brasileiro que vinha ganhando projeção a partir de 1982 com o estouro da banda Blitz. Caetano e Gil, seus amigos de fé e irmãos de vida, também experimentaram com o rock em seus discos lançados naquele ano de 1984, respectivamente Velô e RaçaHumana.

Detalhe da contracapa do álbum Profana.

O álbum abre com “Vaca Profana”, composta por Caetano Veloso atendendo a um pedido de Gal Costa. Caetano estava em Barcelona, na Espanha, quando compôs “Vaca Profana”, o que explica a letra ter tantas referências à cultura espanhola, como Pablo Picasso (1881-1973), Movida Madrileña, Gaudí (1852-1926) e expressões em espanhol. A letra é cheia de metáforas, simbolismos e enigmas, permitindo as mais diversas interpretações. No entanto, a canção teve sua execução pública proibida pela Censura Federal por ser considerada ofensiva “à moral e aos bons costumes” devido à citação da palavra “tetas” e ao verso “gotas de leite bom na minha cara”, considerados de teor pornográfico. Os versos complexos de Caetano, cantados brilhantemente por Gal Costa, são embalados por um rock vigoroso, como há muito tempo a baiana não cantava desde sua fase tropicalista. 

Depois de um rock, Gal emenda com o xote estilizado de “Ave Nossa”, de Moraes Moreira e Béu Machado, cuja letra faz um trocadilho com o poema “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias (1823-1864), escrito por ele em 1843: “Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá / As aves que aqui gorjeiam / Não gorjeiam como lá”, dizem os primeiros versos. Em “Ave Nossa”, esses versos ganham uma nova versão: “Minha terra tem pauleira / Desencanta e faz chorar / Mas tem um fio de esperança / Quando canta e quando dança / No assobio do sabiá”. 

O romantismo, tão presente nos álbuns anteriores, não poderia faltar em Profana. Embora em minoria, com apenas duas faixas, está muito bem representado. “Nada Mais”, primeiro momento romântico do disco, é uma versão em português de “Lately”, de Stevie Wonder, com letra adaptada por Ronaldo Bastos. Nesta canção, Gal Costa mostra toda sua capacidade como intérprete e o porquê de ser considerada uma das maiores cantoras da música popular brasileira de todos os tempos. 

Profana traz Gal Costa numa interpretação magistral em "Nada Mais",
versão em português de "Lately", canção de Stevie Wonder.

Em Profana, Gal Costa manteve uma tendência que vinha desde Gal Tropical e se repetiu nos discos seguintes: gravar pelo menos uma canção carnavalesca. O primeiro momento momesco do álbum é “Atrás da Luminosidade”, que encerra o lado 1 do disco. É uma canção sobre uma jornada sem rumo definido, guiada pelo desejo de experimentar a liberdade e a alegria do momento. O eu lírico se sente atraído pela energia e vitalidade da cidade, buscando a felicidade em cada esquina e interação. Ele encontra satisfação na simplicidade de ser observado, como um balão que sobe ao céu, e na eletricidade das conexões humanas e celebrações coletivas. 

Em clima de folia momesca, o lado 2 começa com a provocativa “Onde Está O Dinheiro”, uma marcha carnavalesca gravada originalmente em 1937 por Aurora Miranda (1915-2005), irmã de Carmen Miranda (1909-1955). Os versos, muito bem-humorados, são na verdade uma crítica às falcatruas dos políticos mal-intencionados que enriquecem com o dinheiro público. E pensar que ela foi composta em 1937. 

O romantismo retorna em “Chuva de Prata”, um bolero “açucaradíssimo” de Ed Wilson (1945-2010) e Ronaldo Bastos, no qual Gal Costa canta divinamente, acompanhada pelos membros do Roupa Nova fazendo o coro. A canção celebra um amor romântico e idealizado, evocando a imagem poética da lua e da chuva para ilustrar a paixão e o desejo. Fala sobre a esperança e a espera por um amor intenso e duradouro, simbolizado por um beijo molhado de luz. Convida a se entregar ao amor sem medo, acreditando na beleza e profundidade dos sentimentos.

Para o álbum Profana, Gal Costa regravou "Onde Está O Dinheiro",
marcha carnavalesca que foi sucesso na voz de Aurora Miranda, em 1937.

Na sequência, Gal Costa mostra mais uma vez sua versatilidade como cantora num medley de forró com trechos de três músicas numa mesma faixa: “Cabeça Feita”, “Tililingo” e “Tem Pouca Diferença”, esta última com participação especial de Luiz Gonzaga (1912-1989). 

Composta por Djavan, “Topázio” aborda a complexidade dos sentimentos humanos. Gal canta versos que exploram temas como amor, desejo e a busca por compreensão e equilíbrio emocional. A canção revela a dualidade entre a fragilidade e a força presente nas relações humanas. Embora seja uma composição de Djavan, ele próprio gravou “Topázio” depois de Gal, em 1986, para o seu disco Meu Lado. 

O álbum termina com o rock saudosista “O Revólver do Meu Sonho”, uma parceria de Waly Salomão (1943-2003), Roberto Frejat (na época, guitarrista do Barão Vermelho) e Gilberto Gil. Nesta faixa, Gal é acompanhada novamente pelo Roupa Nova como banda de apoio. A letra mistura referências culturais e pessoais para explorar a nostalgia, ao fazer citações que remetem à juventude de Gal: Beatles, Arembepe, Woodstock e verão da Bahia. Os versos fazem algumas citações de outras canções memoráveis como “Você por acaso esqueceu a buzina do vapor barato?” (“Vapor Barato”) e “As curvas da estrada de Santos / O motor fervia, o carro rugia, meu amor” (“As Curvas da Estrada de Santos”). 

A crítica musical recebeu bem o álbum Profana. Destacou a diversidade musical e a energia renovada de Gal Costa, bem como sua qualidade vocal e sua capacidade de transitar por estilos diferentes com desenvoltura. Foi visto como o melhor álbum da cantora desde Fantasia, lançado em 1981. 

Roupa Nova, em 1984, quando fez participações especiais em
duas faixas de Profana"Chuva de Prata" e "O Revolver do Meu sonho".

Em sua resenha sobre Profana na revista Veja, o jornalista Okky de Souza saudou a volta da “intérprete esfuziante e brincalhona” depois da “fase Dolores Duran”. Rosângela Petta, da revista Isto É, afirmou que o álbum de Gal é uma “retomada impressionante do velho pique” e o “retorno à mais pura interpretação, aliada a uma fantástica miscelânea de guitarras e arranjos caprichadíssimos”. 

Das dez faixas de Profana, as que alcançaram grande sucesso foram “Chuva de Prata”, “Nada Mais”, “Onde Está O Dinheiro” e “Vaca Profana”. Duas faixas fizeram parte de trilhas sonoras de novelas da Globo: “Nada Mais” em Corpo a Corpo (1984), de Gilberto Braga (1945-2021), e “Chuva de Prata” em Um Sonho a Mais (1985), de Daniel Más (1943-1989). O sucesso dessas canções nas paradas de rádio impulsionou as vendas de Profana, que alcançou a marca de 400 mil cópias. Em meados de 1985, Gal Costa ganhou um programa especial de TV através da Rede Manchete, o Gal Costa Especial – Profana. 

Em setembro de 1985, ano em que Gal celebrou 40 anos de vida, a cantora baiana lançou Bem Bom, mais um álbum de grande êxito comercial que emplacou sucessos como “Sorte” (dueto com Caetano Veloso) e “Um Dia de Domingo” (dueto com Tim Maia), esta última um dos maiores sucessos radiofônicos do Brasil naquele ano. Com Bem Bom, Gal Costa fechou o ciclo de álbuns com altos índices de vendas. A partir de então, seus discos seguiram vendagens mais modestas.

 

Faixas

Lado 1

1.      "Vaca Profana" (Caetano Veloso)

2.      "Ave Nossa" (Moraes Moreira - Beu Machado)

3.      "Nada Mais" ("Lately") (Stevie Wonder - versão de Ronaldo Bastos)

4.      "Atrás da Luminosidade" (Luiz Carlos Sá - Teca Calazans)

5.      "De Volta Ao Começo" (Gonzaga Jr)

 

Lado 2

6.      "Onde Está O Dinheiro?" (José Maria de Abreu - Francisco Mattoso - Paulo Barbosa)

7.      "Chuva de Prata" - Participação Especial Roupa Nova (Ed Wilson - Ronaldo Bastos)

8.      "Cabeça Feita (Jackson do Pandeiro - Sebastião Batista da Silva)/ "Tililingo" (Almira Castilho) / "Tem Pouca Diferença" (Durval Vieira)

9.      "Topázio" (Djavan)

10.  "O Revólver do Meu Sonho" (Waly Salomão - Roberto Frejat - Gilberto Gil)


Ouça na íntegra o álbum Profana.

"Vaca Profana" (Gal Costa em
apresentação de TV, em 1984)

"Nada Mais", (videoclipe
exibido no "Fantástico",
TV Globo, em 1984)


"Chuva de Prata" (videoclipe
exibido no "Fantástico", 
TV Globo, em 1985)

Destaque

Burt Bacharach & Elvis Costello - "Painted From Memory" (1998)

  “Burt é um gênio. Ele é um compositor de verdade, no sentido tradicional da palavra; em sua música você pode ouvir a linguagem musical, a ...