quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Zbigniew Preisner - Diaries of Hope (2013)

 


Sublimes peças orquestrais do compositor polonês Zbigniew Preisner. Espaçoso e tranquilo – o equivalente auditivo de flutuar entre nuvens brancas e fofas. "Lament" e "Epitaph/Epitafium" apresentam a voz verdadeiramente sobrenatural de Lisa Gerrard .

Track listing:
1. From the Abyss / Z Otchlani
2. Lament
3. Dream / Marzenie
4. In a Dark Hour / W Szarą Godzinę
5. Epitaph / Epitafium




Omega “Csillagok Útján” (1978)

 Foi editado em 1978 e representou um dos momentos de maior sucesso de uma ideia pop/rock criada por uma banda nascida na Europa de Leste. 

A “cortina de ferro” não era coisa estanque e, apesar das tentativas de filtragem da informação, fluxos ocorriam entre uma Europa que vivia dividida em tempos de guerra fria. Um dos mais célebres exemplos desta vontade em comunicar, conhecer e partilhar ocorreu na Hungria, com os Omega, uma banda que, nascida em 1962, com vida longa até 2021 (e o fim foi ditado pela morte do seu vocalista e principal âncora criativa), representou uma das principais vozes da cultura pop/rock no leste europeu antes da derrocada dos regimes que ali tinham nascido depois do fim da II Guerra Mundial. 

Começaram por tocar versões (chegaram mesmo a gravar e editar num single o Paint it Black dos Rolling Stones) mas, depois de 1967, a escrita de originais determinou a fixação de rumos, ao mesmo tempo que a música ia traduzindo ecos dos sinais do tempo da cultura pop/rock internacional. Cativaram primeiras atenções internacionais na Alemanha Oriental quando o psicadelismo estava na ordem do dia. Mas foi já sob um encantamento evidente pelos caminhos depois abertos pelo rock progressivo que encontraram o terreno que lhes deu não só os seus discos mais marcantes, como também lhes proporcionaram um alargamento a outras geografias, processo que em parte se deveu também ao facto de terem começado (depois de 1973) a criar versões bilingues dos seus discos, lançando por um lado as canções nas suas formas originais em húngaro, ao mesmo tempo apresentando, em discos criados em paralelo, as respetivas leituras em inglês. 

Data da segunda metade da década de 70 uma etapa que ligou os Omega a uma ideia de rock cósmico, diretamente nascido do sentido de complexidade de sons e formas explorados já em terreno progressivo, mas juntando aqui não apenas temáticas de outras dimensões mas também a presença de sons criados por ferramentas electrónicas e um labor de sonoplastia que juntava às canções uma noção diferente de espaço. 

Gravado na Hungria, depois com segunda vida (em língua inglesa, em sessões registadas na Alemanha), Csillagok Útján é o disco que fixa o momento maior desta etapa cósmica na obra dos Omega. O oitavo álbum do grupo nascido em Budapeste abre ao som de uma citação à Sinfonia Nº 5 de Beethoven e caminha depois, faixa a faixa, por espaços de progressiva surpresa, não repetindo ambientes entre si, construindo uma sucessão de momentos que vão do minimalismo de Lena (que convoca uma ideia de inverno russo) às dimensões ambientais de Égi Vándor, passando pelo flirt nas periferias do hard rock de Metamorfózis I. Sucessor do álbum de 1976 que internacionalmente chamou atenções na sua versão inglesa sob o título Time Robber (Időrabló no original), Csillagok Útján acabaria por se transformar no título de referência maior na obra dos Omega, estatuto depois reforçado pela versão traduzida que surgiu ainda em 1978 como Skyrover. Com afinidades com a paleta de sons de uns Pink Floyd e, como já foi notado em textos, com uma capa que ora faz lembrar a linguagem pop de uns Abba, ao que eu acrescentaria um certo glamour ao jeito do livro de estilo da patinagem artística, Csillagok Útján conquistou um lugar de destaque na história pop/rock cantada em línguas que não a inglesa.




Irene Papas “Odes” (1979)

 Editado em 1979, “Odes” juntou Vangelis e Irene Papas a uma coleção de memórias da música folk e da história e cultura gregas. Ainda não se falava de ‘world music’ por aqueles dias, mas este é um belo exemplo de diálogos possíveis entre tempos e culturas. 

Um encontro entre ecos da história e a modernidade emergiu de uma série de sessões de trabalho partilhadas entre dois gregos cujas obras tinham já alcançado há muito uma dimensão internacional. Ela, Irene Papas, uma atriz com um percurso feito não apenas no teatro mas também no cinema, tendo chamado atenção pelos papéis em filmes de visibilidade maior como Os Canhões de Navarone ou Zorba, o Grego. Ele, Vangelis Papathanassiou, era já um dos músicos gregos com maior dimensão global, alcançada não apenas por uma obra a solo que dele fazia um dos mais bem-sucedidos pioneiros da música instrumental eletrónica, mas também pela memória do grupo em que antes militara, os Aprodite’s Child, referência aclamada nos universos do rock progressivo. E foi precisamente num tema do mítico 666, álbum duplo que o grupo editou em 1972, que Vangelis e Irene Papas se cruzaram pela primeira vez num estúdio de gravação (quando a atriz foi juntar a sua voz a Infinity, uma das faixas do disco). O reencontro, passados uns anos, ganhou forma num projeto que devolveu Vangelis a uma relação de maior protagonismo com a canção, e que depois continuaria a manifestar-se num trio de álbuns criados em conjunto com Jon Anderson entre 1980 e 1983. É certo que ainda pouco tempo antes, em 1977, Vangelis tinha colaborado em Magic, de Demis Roussos (o antigo vocalista dos Aprodite’s Child). Mas em Odes (1979), o disco que criou juntamente com Irene Papas, a sua assinatura na composição e visão cénica são bem mais evidentes. O disco, contudo, é uma experiência de protagonismo partilhado. E a presença de Irene Papas é aqui igualmente fulcral.

Odes é, na essência, uma “ode” à projeção, na reta final do século XX, ecos da história e cultura gregas. O disco é na sua maioria criado a partir de peças de música da tradição folk grega, com arranjos de Vangelis, cabendo a este a composição de dois temas inéditos: os instrumentais La Danse du Feu e o ainda mais lírico Racines, aqui destapando sinais de proximidade da cultura magrebina. Os textos cantados são assinados por Irene Papas, escritos em colaboração com a escritora Ariana Stassinopoulos. Ali cantam-se, em Les Quarante Braves, memórias, em tom heroico, da guerra da independência no século XIX e, em Neranzoula, uma pequena tangerineira, imagem que serve de metáfora para a Grécia nos tempos em que integrava o Império Otomano, reforçando assim a pulsão heroica e resistente da faixa de abertura do disco, tema que ainda se estende a Les Kolokotronei, canção que evoca uma das mais célebres famílias da resistência grega. Já o lado B é mais focado em ecos das paisagens gregas (Le Fleuve e Racines) ou de retratos da alma de um povo e da sua diáspora (Lamento), fechando o alinhamento com Menousis, um conto tradicional sobre infidelidade conjugal.

O trabalho de Vangelis capta não só heranças culturais e geográficas, juntando cores a uma certa austeridade das linhas de referências originais ostensivamente mediterrânicas, como adiciona ainda – como se escuta por exemplo em Le Fleuve – um labor cenográfico que trata estas memórias quase como acontecimentos com um poder cinematográfico. Gravado em Londres em 1978, Odes não representou um desfecho para as colaborações entre Vangelis e Irene Papas. Em 1986 editaram o mais açucarado Rapsodies, um segundo álbum criado em parceria. E foram ainda várias as ocasiões, sobretudo em produções de teatro, em que a música de Vangelis se cruzou novamente com os caminhos de Irene Papas.






Stevie Wonder “Journey Through “The Secret Life of Plants” (1979)

 Depois de uma sucessão de álbuns de grande sucesso lançados ao longo da década de 70, Stevie Wonder apresentou em 1979 o algo desconcertante “Journey Through “The Secret Life of Plants”, disco que o tempo entretanto aprendeu a escutar. 

Entre 1972 e 1976 Stevie Wonder lançou quatro álbuns que não só ajudaram a definir novos caminhos para a música a (entre os quais a assimilação de novas ferramentas electrónicas no corpo das canções) como, sobretudo com Innervisions (1973), Fulfillingness’ First Finale (1974) e Songs in the Key of Life (1976), obteve três episódios de grande sucesso. Num tempo em que a edição de novos discos era muitas vezes definida por agendas de trabalho que previam um título novo a cada ano, os meses e anos foram passando sem que surgisse um sucessor. Só nos EUA o álbum de 1976 alcançou vendas na ordem dos 5 milhões de exemplares, pelo que as expectativas entre o grande público (e naturalmente a editora) eram consideráveis. Contudo, surpresa das surpresas, quando a resposta de Stevie Wonder a esta espera finalmente chegou, o novo disco que apresentou ao mundo era um álbum duplo, com mais temas instrumentais de que canções e que servia de banda sonora a um documentário (de Walon Greene) sobre plantas. 

Apesar do impacte inicial da chegada de Stevie Wonder’s Journey Through “The Secret Life of Plants” às lojas o impacte menor do filme nas salas de cinema condicionou a exposição do álbum. E nem mesmo a presença de canções como Send One Love (que gerou mais um êxito de dimensão global quando editado em single), Black Orchid, Outside My Window ou de Come Back as a Flower (esta na voz de Syreeta White, então casada com Stevie Wonder) não foi suficiente para dar ao álbum fôlego de comunicação suficiente para retomar o patamar de popularidade e até mesmo na criação de um olhar crítico. Houve mesmo algumas manifestações de menor entusiasmo perante a dimensão, ambição e características do disco, factores que a passagem do tempo ajudou a encarar de outra forma, com o próprio Stevie Wonder, a dada altura (mas valentes anos depois), a apontar este como um dos seus três melhores álbuns.

A música aqui oscila entre as necessidades pragmáticas das imagens e narrativas que o filme ia lançando sequência após sequência (cada plano foi descrito ao músico, que seguiu com atenção todo o guião), chegando ora a mergulhar em espaços contemplativos não muito distantes do que então era designado por new age, rumando noutras ocasiões a instantes com uma pulsação rítmica mais demarcada. Congas, bongos e até uma corá coabitam com um batalhão de sintetizadores, entre os quais se encontrava um dos primeiros samplers digitais. Stevie Wonder’s Journey Through “The Secret Life of Plants”, cuja edição original tinha a capa impressa em braille e era feita com cartão perfumado, tornou-se com o tempo um momento com travo clássico, representando naturalmente um claro episódio de herança direta na obra de Stevie Wonder dos impulsos mais desafiantes que a sua música fora desenvolvendo ao longo da década de 70. Um ano depois o sucesso em grande escala regressaria com Hotter Than July




Phantasmagoria, de Curved Air

 Em outubro de 1972, a formação original do Curved Air decidiu desistir. Após 3 anos de existência e constantes turnês, apoiando e atuando ao lado de bandas como Black Sabbath, Jethro Tull e Deep Purple, os membros fundadores estavam exaustos pela experiência do rock n roll. O guitarrista e tecladista Francis Monkman disse: “Estávamos todos exaustos. Acabaram de nos dizer que se fizéssemos uma turnê pelos EUA mais três vezes antes da próxima primavera, poderíamos quase empatar. Cabeça contra uma parede de tijolos, a imagem que me veio à mente.” O baixista Mike Wedgwood acrescentou: “Era uma banda muito intensa, musicalmente, em termos de personalidade e na estrada. Estávamos em um mundo de carros velozes, loucuras de saída de palco e roupas selvagens.” Esse foi o fim de uma formação brilhante e única naquele período áureo da música progressiva, o ano em que lançaram uma obra-prima chamada Phantasmagoria. Esta é a sua história.

As origens do Curved Air começaram com a banda Sisyphus, com Francis Monkman e o baixista Rob Martin, aos quais se juntaram o baterista Florian Pilkington-Miksa e o extraordinário violinista Darryl Way. Anos mais tarde, Way relembrou seu primeiro encontro com Monkman durante uma visita a uma loja de música em busca de uma pick-up elétrica para seu violino no final dos anos 1960, um dispositivo bastante inovador para a época: “Francis Monkman estava na loja e ele ouviu um grande barulho vindo de um pequeno violino e ficou muito impressionado. Ele estava na Royal Academy of Music e eu no Royal College of Music e foi assim que nos reunimos.” Monkman e Way vieram de formação clássica, mas estavam apaixonados pelo próspero rock experimental daquela época. Way lembra: “Estávamos todos inspirados pela música que acontecia ao nosso redor, naquela época havia The Nice com Keith Emerson e ele obviamente estava liderando a música clássica, e King Crimson com Robert Fripp… havia um sentimento entre nós crossover músicos que tivemos aquela pequena janela de oportunidade de nos envolvermos com música popular e rock, e isso foi libertador para nós.” A combinação de música clássica e rock se tornaria uma marca registrada importante da música do Curved Air.

Darryl Way

Em 1969, a pedido de Galt McDermott (que escreveu a música do musical Hair), eles se tornaram a banda da peça Who The Murderer Was. Procurando uma vocalista, eles ouviram uma integrante do elenco de Hair e a convidaram para entrar na banda. Insira Sonja Kristina no universo Curved Air. Antes de sua participação em Hair, Kristina costumava cantar em clubes folclóricos de Londres: “Eu era uma verdadeira hippie com os pés descalços e passava a noite inteira tocando violão em festas ocupadas e apenas vivendo uma espécie de existência hippie boêmia”. O grupo ganhou um nome interessante, influenciado por uma composição clássica moderna chamada Rainbow in Curved Air, do compositor minimalista Terry Riley. Monkman participou da estreia em Londres da composição mais conhecida de Riley, In C.

Francisco Monkman

O álbum de estreia da banda, Air Conditioning, foi lançado no final de 1970 e foi um grande sucesso, alcançando a 8ª posição nas paradas do Reino Unido e incluindo a já clássica peça Vivaldi, escrita por Daryl Way. No ano seguinte eles lançaram seu segundo álbum, apropriadamente denominado Segundo Álbum. Este lançamento alcançou a 11ª posição nas paradas e incluiu seu único single Back Street Luv. Suas inclinações ao rock progressivo ficaram evidentes na faixa épica Piece of Mind. Monkman disse que esta foi sua primeira tentativa de compor algo mais extenso do que uma 'música'. Kristina sobre a música: “Estávamos fazendo uma música bastante complexa no show, assim como estávamos fazendo Piece of Mind que Francis Monkman havia escrito. É uma peça fantástica com muitas e muitas mudanças musicais e lindas palavras que ele escreveu.”


Lançado em abril de 1972, seu terceiro álbum, Phantasmagoria, continuou a tendência iniciada com os álbuns anteriores e se tornou o conjunto de músicas mais ambicioso, mostrando o talento de composição e atuação de todos os membros da banda. A abertura, Maria Antonieta, conta a história da ascensão e queda da última Rainha da França antes da Revolução Francesa. Kristina: “Os anos sessenta foram tempos revolucionários. Maria Antonieta foi um símbolo das divisões sociais que criam inquietação e o catalisador para a mudança e a evolução.” De uma coleção de apresentações ao vivo na TV, aqui está a banda em sua encarnação de 1972 tocando a música na TV belga.


o sucesso em 1972, aparecendo em vários programas de TV. A faixa-título do álbum foi tocada na TV austríaca pouco antes da banda se separar em outubro daquele ano. O título da música e do álbum foram inspirados no poema mais longo de Lewis Carroll, Phantasmagoria. O nome significa uma sequência de imagens assustadoras ou fantásticas, como num sonho. A folha da letra contém uma citação do poema:

“Oh, quando eu era um pequeno Fantasma,

Nos divertimos muito!

Cada um sentado em seu posto favorito,

Nós mastigamos e mastigamos a torrada com manteiga

Eles nos deram para o nosso chá.

O baixista Mike Wedgwood apresenta ótimas linhas em seu instrumento nesta faixa. Wedgwood era um novo recruta, juntando-se ao grupo pouco antes da gravação do álbum. Anos depois ele relembrou sua audição com a banda: “Fui a uma audição com Sonja Kristina, Francis Monkman, Darryl Way e Florian Pilkington-Miksa que foi uma experiência inesquecível. Eu nunca tinha tocado tão alto na minha vida (e provavelmente nunca tocarei – o Curved Air foi considerado a segunda banda mais barulhenta do mundo logo depois que entrei!). Recebi uma linha escrita complicada em um compasso complexo para tocar na hora e consegui de alguma forma, então comecei a relaxar um pouco quando começamos a tocar peças improvisadas e alguns de seus números.


Poucas bandas de rock em geral, e de rock progressivo em particular, tinham vocalistas femininas no início dos anos 1970, ou qualquer musicista, nesse caso. Renascença com a angelical Annie Haslam vem à mente, mas as duas bandas eram tão diferentes em estilo quanto seus cantores. Ainda assim, a música Not Quite the Same me lembra o Renascimento, com sua orquestração clássica e seu ritmo.


Chegamos às minhas duas faixas favoritas do álbum. A primeira é a peça épica de 8 minutos, uma mistura magnífica criada por Francis Monkman chamada Over and Above. O percussionista de jazz Frank Ricotti pode ser ouvido com destaque nesta faixa tocando xilofone e vibrafone, instrumentos que você normalmente não ouve na música popular. Na época da gravação do álbum Ricotti estava na banda do orquestrador de jazz Michael Gibbs, uma conexão com Monkman, que afirmou: “Mas uma coisa que me lembro, tocar Over and Above em um festival na Alemanha, antes do amanhecer, e depois assistir o A luz surgiu durante o instrumental e, ei, de repente todos nós pudemos nos ver, todos nós 50.000! Esse foi um momento que nunca esquecerei. Jazz, bem, consegui isso através dos Softs (embora sempre tenha gostado de Monk, um pouco de Brubeck e depois Mike Gibbs). Certamente, esta é uma ótima combinação de jazz e rock sinfônico com partes brilhantes escritas para instrumentos de sopro.


 última peça desta resenha é a única composta por Sonja Kristina. Suas raízes folk ainda não surgiram no repertório de rock clássico da banda e foram ofuscadas pela produção dos dois principais compositores, Monkman e Way. Melinda (More or Less) foi apresentada à banda pela primeira vez alguns anos antes, enquanto eles faziam o teste com Kristina. Ela escreveu a música em 1967, quando tinha 18 anos e se apresentava em pequenos clubes folclóricos. Ela foi a principal compositora das letras da banda, mas essa música foi a primeira composição dela que a banda gravou. A canção pastoral recebe um tratamento perfeito da banda. Francis Monkman toca lindas linhas de cravo ao fundo e Darryl Way brilha com seu acompanhamento de violino e solo. Uma das melhores partes da música é a interação entre o violino e a flauta, tocada por uma certa Annie Stewart sobre a qual não consegui descobrir nenhuma informação. E claro, há o violão e a voz de Sonja Kristina. Definitivamente posso ouvir essa música sendo tocada solo por ela em um cavernoso clube folk em 1967.


Sonja Kristina, Disco 1971

O álbum foi gravado no Advision Studios em Londres, um local de gravação essencial para muitas bandas de rock progressivo, como Yes, Gentle Giant e Emerson, Lake & Palmer. Foi produzido por Colin Caldwell, que também trabalhou com a banda em seus dois álbuns anteriores, Air Conditioning e Second Album, bem como no excelente álbum de Anne Briggs, The Time Has Come, em 1971. A arte da capa foi ilustrada por John Gorham, com lindas letras. e uma criatura encapuzada fumando narguilé na natureza. Phantasmagoria foi lançado em abril de 1972, entrando nas paradas do Reino Unido em 13 de maio e subindo para o primeiro lugar. 20. A banda fez uma pequena turnê pelos EUA e Reino Unido e se apresentou em alguns programas de TV.

Projeto de lei de agosto de 1972

No final da turnê de promoção de Phantasmagoria, Monkman e Way queriam sair. Kristina lembra: “Eles estavam se movendo em direções musicais completamente diferentes, e no que diz respeito à produção, eles não conseguiam chegar a um acordo, então cada um produziu seu próprio lado de Phantasmagoria. Depois que terminamos Phantasmagoria, lançamos e lançamos na América, eles se cansaram de turnês, então decidiram que iriam se concentrar em suas próprias preferências e gostos musicais.” Todos os membros da banda continuaram uma rica carreira musical na década de 1970. Francis Monkman participou do excelente projeto de supergrupo 801 com Phil Manzanera e Brian Eno. Em 1978 ele obteve sucesso com o guitarrista clássico John Williams e a banda Sky, tocando uma mistura perfeita de música clássica e rock. Daryl Way formou a banda Darryl Way's Wolf e em 1978 contribuiu com suas excelentes habilidades de violino para a obra-prima do folk rock Heavy Horses de Jethro Tull. Mike Wedgwood ficou com o Curved Air para mais um disco, Air Cut, e em 1974 se juntou ao Caravan, lançando vários álbuns com eles. O baterista Florian Pilkington-Miksa tocou com nomes como Kiki Dee e Al Stewart.

E Sônia? Ela formou uma nova formação de Curved Air, incluindo o garoto esperto Eddie Jobson. Depois de mais um álbum, a gravadora abandonou a banda e ela se viu com um filho para sustentar e precisando de um emprego. Ela encontrou um como crupiê no Playboy Club depois de um teste que ela descreveu vividamente: “Você tinha que subir em um pequeno palco de maiô ou biquíni e eles nos avaliariam, e então tínhamos que fazer um teste de inteligência porque estávamos fazendo testes para serem coelhinhos crupiês em vez de coelhinhos de coquetéis. Fiz isso durante nove meses.” Ela não conheceu Hugh Hefner, mas a experiência influenciou suas performances cada vez mais sensuais no palco quando ela formou mais uma encarnação do Curved Air com o futuro marido Stewart Copeland, do famoso Police.

Sonja Kristina 1972

Phantasmagoria continua sendo meu álbum favorito do Curved Air. Mike Wedgwood disse sobre o álbum: “Phantasmagoria é, de certa forma, o álbum mais desafiador em que já participei”. Foi o fim de uma era para os membros da banda, como resume Francis Monkman: “Bem, penso, olhando para trás, que Phantasmagoria representa uma imagem muito honesta da existência de pesadelo que estávamos tendo. Não os shows, que eram a melhor parte, mas cada vez mais a maior parte. Além do pesadelo de sentir o início da mudança de ‘amanhecer de um novo futuro’ para ‘de volta às suas caixas’.”

Ar Curvo, Holanda 1972

Em Fevereiro de 1966: The Mamas and the Papas lança o álbum If You Can Believe Your Eyes and Ears


 Em Fevereiro de 1966: The Mamas and the Papas lança o álbum If You Can Believe Your Eyes and Ears

If You Can Believe Your Eyes and Ears é o primeiro álbum grupo de folk rock americano The Mamas and the Papas (estilizado como The Mama's and the Papa's, foi lançado em fevereiro de 1966. O mix estéreo do álbum está incluído em All the Leaves estão Brown (2001), uma compilação em CD duplo consiste nos primeiros quatro álbuns da banda e vários singles, bem como em The Mamas & the Papas Complete Anthology (2004), uma caixa de quatro CDslançada no Reino Unido.
A mixagem mono do álbum foi remasterizada e relançada em vinil pela Sundazed Records em 2010, e em CD no ano seguinte. É o único álbum da banda a alcançar o número um na Billboard 200. Em 2003, If You Can Believe Your Eyes and Ears foi classificado em 127º lugar na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone, com sua classificação subindo para o número 112 na revisão de 2012.
Listagem de faixas:
Lado um:
1. "Monday, Monday" – 3:28 ,
2. "Straight Shooter" – 2:58
3. "Got a Feelin'" – 2:53 ,
4. "I Call Your Name" – 2:38
5. "Do You Wanna Dance" – 3:00
6. "Go Where You Wanna Go" – 2:29
Lado dois:
7. "California Dreamin'" – 2:42
8. "Spanish Harlem" – 3:22
9. "Somebody Groovy" - 3:16 ,
10. "Hey Girl" – 2:30
11. "You Baby" – 2:22 ,
12. "The 'In' Crowd" – 3:12.
Pessoal:
Denny Doherty - vocais ,
Cass Elliot - vocais
John Phillips - voz, guitarra ,
Michelle Phillips - vocais
PF Sloan - guitarras, vocais adicionais
Larry Knechtel - teclados ,
Hal Blaine - bateria
Joe Osborn - baixo ,
Bud Shank - solo de flauta em
"California Dreamin '" ,
Peter Pilafian - violino elétrico.



Em Fevereiro de 1983: U2 lança o álbum War

Em Fevereiro de 1983: U2 lança o álbum War
War é o terceiro álbum de estúdio da banda irlandesa de rock U2.
Foi produzido por Steve Lillywhite e lançado em 28 de fevereiro de 1983 pela gravadora Island Records. É considerado o primeiro álbum abertamente político do U2, em parte por causa de canções como " Sunday Bloody
Sunday " e " New Year's Day ", assim como o título, que decorre da percepção da banda sobre o mundo na época; O vocalista principal Bono afirmou que "a guerra parecia ser o motivo de 1982.".
War foi um sucesso comercial para a banda, batendo Michael Jackson 's Suspense a partir do topo das paradas do Reino Unido para se tornar o primeiro da banda álbum número um lá. Alcançou a 12ª posição nos Estados Unidos e se tornou o primeiro álbum da banda com certificado de ouro lá. Embora mal recebido pela crítica britânica na época do lançamento,
War ganhou aclamação da crítica.
Em 2012, foi classificado como número 223 na Rolling Stone ' lista de's As 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos '. O grupo apoiou o álbum com a War Tour até o final de 1983. Alcançou a posição de número #12 nos Estados Unidos e se tornou o primeiro álbum da banda a ser certificado em ouro no país. Em sua semana de estreia, estreou como número um no Reino Unido, suplantando Thriller de Michael Jackson para se tornar o primeiro álbum do grupo número um no Reino Unido.
Em abril, foi certificado ouro no Reino Unido pela British Phonographic Industry. O álbum ficou nas paradas do UK Albums Chart por 148 semanas. Nos Estados Unidos, o álbum entrou na parada Billboard Top LPs & Tape na posição 91, e eventualmente alcançou a posição 12.
No total, o álbum vendeu 11 milhões de cópias. Em 2003, a revista Rolling Stone colocou o álbum na #221 posição na lista dos "500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos".
Listagem de faixas:
Todas as faixas são gravadas pelo U2.
Lado um:
1. "Sunday Bloody Sunday" : 4:38
2. "Seconds" : 3:09 , 3.
"New Year's Day" : 5:38
4. "Like a Song…" : 4:48 ,
5. "Drowning Man" : 4:12
Lado dois:
6. "The Refugee" : 3:40 ,
7. "Two Hearts Beat as One" : 4:00 ,
8. "Red Light" : 3:46 ,
9. "Surrender" : 5:34
10. "40" : 2:36
Comprimento total: 42:03.
Pessoal U2:
Bono - vocal principal, guitarra ,
The Edge - guitarra, piano, guitarra lap steel, backing vocals, vocal principal em
"Seconds", baixo em "40" ,
Adam Clayton - baixo (exceto "40") ,
Larry Mullen, Jr. - bateria e percussão
Pessoal adicional :
Kenny Fradley - trompete em "Red Light"
Steve Wickham - violino elétrico em
"Sunday Bloody Sunday" e "Drowning Man" ,
The Coconuts:
Cheryl Poirier, Adriana Kaegi , Taryn Hagey, Jessica Felton - vocais de apoio em
"Like a Song…", "Red Light" e "Surrender"".

 


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