Amália Rodrigues
Gaivota
Letra
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor que foste o primeiro
Que perfeito coração
No meu peito morreria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração
(Alexandre O Neill / Oulman Alain Robert Bertrand)
Os Quatro e Meia
Canção do Metro
Letra
Vou no metro a cantar,
Poucos prestam atenção.
Há quem pareça gostar,
Há quem bata o pé no chão.
Uns limitam-se a sorrir,
Outros dois a aplaudir,
Quando o tema chega ao fim.
Antes de continuar,
Agradeço com o olhar,
E murmuro para mim.
Pensa bem, rapaz,
Estás aqui pra quê?
Eras bem capaz,
De vencer,
Um concurso na TV.
Há quem vá a trautear,
Um pouquinho do refrão.
Distraído a olhar,
A outra ponta do vagão.
Uns limitam-se a sorrir,
Outros dois a aplaudir,
Quando o tema chega ao fim.
Antes de continuar,
Fecho os olhos, tomo ar,
E murmuro para mim.
Pensa bem, rapaz,
Estás aqui pra quê?
Eras bem capaz,
De vencer,
Um concurso na TV.
Voltam os mesmos a sorrir,
Os Outros dois a aplaudir,
Mais um tema chega ao fim.
Um senhor sai do lugar,
Chega perto, quer falar
E abre os braços para mim…
Pensa bem, rapaz,
Estás aqui pra quê?
Eras bem capaz,
De vencer,
Um concurso na TV.
Música e letra: Os Quatro e Meia
Chuva
Mariza
(Letra)
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai… meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob chuva
Há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Sem comentários:
Enviar um comentário