Fleet Foxes em busca da identidade na natureza da Música
Ainda que influenciados pelo country-rock americano e pelo folk-rock britânico, os Fleet Foxes mostraram-se, desde o seu início em 2008, capazes de fazer algo realmente especial com essa mistura de estilos e influências.
Recebida com entusiasmo pela crítica e pelo público, a banda rapidamente chamou a atenção das editoras e lançou “Sun Giant EP” que antecedeu alguns meses antes o autointitulado álbum de estreia.
Nesse registo único, a banda formada por Robin Pecknold (vocalista e guitarrista), Skyler Skjelset (guitarrista), Casey Wescott (teclista), Christian Wargo (baixista) e Morgan Henderson (multi-instrumentista e percussionista) obteve um impacto profundo no cenário musical internacional, com entrada em inúmeras listas de “Best of”, incluindo as de publicações como a Rolling Stone ou a Pitchfork.
Depois o disco “Helplessness Blues”, de 2011, expandiu o som exuberante do grupo de Seattle e foi novamente louvado pelos críticos, com uma nomeação para “Melhor Álbum Folk” nos Grammy.
Uma aclamação acompanhada pela dedicação do público, com a banda a acumular milhões de seguidores um pouco por todo o mundo.
Por tudo isso foi bastante inesperado o rumo do grupo em 2012, quando Robin Pecknold (vocalista, guitarrista e compositor) afastou-se da banda, revelando a sua vontade de desistir da música.
Perante a crise de identidade, o músico deixou Seattle, inscreveu-se num curso de carpintaria, seguido de um curso de Humanidades na faculdade. Temeu-se o pior com o silêncio a prolongar-se até 2016, quando foi revelado que após o período de afastamento, o grupo estava de regresso ao estúdio.
“Crack-Up”, o tão aguardado terceiro álbum, chegou seis anos após o lançamento de “Helplessness Blues” e foi gravado em vários locais dos Estados Unidos.
É provavelmente o registo mais complexo da banda até agora, com composições e letras densas, embora sem abafar as harmonias cintilantes que já são a marca registada do grupo
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