Mafalda Veiga
Ana Mafalda da Veiga Marques dos Santos, mais conhecida como Mafalda Veiga[3] (Lisboa, 24 de Dezembro de 1965),[1][2] é uma cantora e compositora portuguesa. Lançou até ao momento dez álbuns, sete dos quais álbuns de estúdio. Praia é o seu último álbum. À parte da sua carreira como cantora e compositora, a artista publicou em 2005 um livro infantil, O Carocho Pirilampo Que Tinha Medo de Voar.
Biografia
Início de vida e introdução à música
Mafalda Veiga nasceu no seio duma família numerosa, de cinco filhos e filhas, de origem alentejana, filha de Manuel Bruto da Costa Marques dos Santos (Cascais, São Domingos de Rana, 2 de Julho de 1942 - Lisboa, Benfica, Hospital da Luz, 27 de Setembro de 2011), lavrador e proprietário, engenheiro técnico agrário, procurador eleito à Assembleia Geral e director do extinto Grémio da Lavoura, presidente da Direcção da Coprapec, presidente da Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Novo, presidente da Associação de Defesa Sanitária de Montemor-o-Novo (ADS) e presidente da Direcção e depois da Assembleia-Geral da União de Defesa Sanitária do Alentejo, fidalgo de Cota de Armas esquarteladas, o 1.º Cid de Bivar, o 2.º Álvares de Margão, o 3.º Ribeiro e o 4.º Correia; diferença: meia brica de prata carregada de um elo de corrente de verde; timbre: Cid de Bivar (Alvará do Conselho de Nobreza de 25 de Janeiro de 1990), etc, de ascendência alentejana pelo lado paterno e goesa e francesa pelo lado materno, e de sua mulher (Montemor-o-Novo, Nossa Senhora da Vila, São Mateus, Capela da Quinta de Sancha Cabeça, 13 de Março de 1965) Maria da Conceição Pimenta de Aguiar da Veiga (Montemor-o-Novo, Nossa Senhora do Bispo, 11 de Julho de 1946), Fidalga de Cota de Armas de de Meneses, Pimenta e Barreto (Alvará do Conselho de Nobreza de 24 de Junho de 1985), prima sobrinha paterna de Luís Miguel da Veiga, sobrinha paterna de Simão da Veiga e neta paterna de Simão Luís da Veiga; igualmente bisneta pelo lado paterno de Cipriano Justino da Costa Palhinha, 1.º Visconde de Amoreira da Torre.[4][5]
Aos oito anos, na sequência do 25 de abril de 1974, Mafalda Veiga muda-se para Espanha, acompanhando os pais. Permaneceu no país vizinho até ao ano de 1980. Após essa estadia de sete anos em terras espanholas o seu pai oferece-lhe uma guitarra. Foi um tio, Pedro da Veiga, guitarrista de fado, quem a iniciaria na composição. Mais tarde, a cantautora afirmaria ter encontrado «solo fértil para as suas palavras» no instrumento, uma forma de canalizar a energia criativa da sua adolescência.
Mafalda Veiga estreia-se como autora em 1983, precisamente com o tema Velho, com o qual em 1984 ganharia o Festival da Canção de Silves. No mesmo ano, Mafalda ingressa no curso de Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde veio a fazer a sua licenciatura.[6] Começa a gravar as suas primeiras maquetas, mas o curso universitário toma precedência sobre a carreira musical que ficaria adiada alguns anos.
Pássaros do Sul e Cantar
Em 1987 dá início a sua carreira discográfica com o álbum "Pássaros do Sul", produzido por Manuel Faria (membro do grupo Trovante). O álbum ofereceu-lhe imediato reconhecimento nacional; o sucesso foi tanto que o disco chegou rapidamente às 10 mil cópias vendidas. Com o sucesso, recebeu prémios como o Troféu Nova Gente para Melhor Cantor e a oportunidade de representar Portugal no Festival Internacional da RTP na Jugoslávia. Este sucesso deveu-se quase exclusivamente à faixa "Planície", levando inclusive a que outras canções como "Restolho", "Sol de Março", (a já referida) "Velho", ou "Nós", que já mostravam o perfil da artista, não fossem valorizadas.
O êxito deste registo levou à rápida gravação do segundo álbum de estúdio da cantora: "Cantar", em 1988 e de novo com a produção de Manuel Faria. O disco recebe o Prémio Antena 1 para Melhor Disco, mas não atinge, contudo, as expectativas em termos comerciais. Apesar de canções como "Por Outras Palavras", "Nazaré", "Por Te Rever" ou "O Nome do Sal", falta-lhe um catalisador como a "Planície" do registo anterior.
Mafalda Veiga decide, então fazer uma pausa na carreira discográfica. Nos quatro anos seguintes, Mafalda Veiga dedicou-se a levar as canções dos dois discos anteriores aos palcos portugueses. Viajou extensivamente pelo país dando concertos, mas destaca-se principalmente deste período a participação especial naqueles que seriam no derradeiros concertos da banda Trovante, em Sagres e nos Coliseus de Lisboa e do Porto.
Foi feita Fidalga de Cota de Armas esquarteladas, o 1.º Cid de Bivar, o 2.º Álvares de Margão, o 3.º Maciel moderno e o 4.º Pimenta (Alvará do Conselho de Nobreza de 15 de Julho de 1991.[5]
Nada Se Repete
Em 1992 regressou aos estúdios para gravar "Nada se Repete", novamente produzido por Manuel Faria e co-produzido por Amândio Bastos, contando com a participação especial de Luís Represas que, para além da autoria de uma letra, gravou em dueto o tema "Fragilidade". Mafalda Veiga apresentou este disco em dois espectáculos no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Em 1993 e 1994, além de realizar concertos por todo o país[carece de fontes], esteve também por duas vezes em Cabo Verde[carece de fontes], e em Macau no Teatro D. Pedro V.
Em 1996, surge o álbum "A Cor da Fogueira", com uma nova musicalidade e produção a cargo de José Sarmento, do qual o maior sucesso foi a canção "O Lume".
Em 1999, é editado "Tatuagem", marcando a entrada da cantora no selo Popular, da Valentim de Carvalho. A produção ficou a cargo de Manuel Paulo Felgueiras, membro do grupo Ala dos Namorados. Deste álbum, destacam-se os temas "Tatuagens", em dueto com Jorge Palma, "Cada Lugar Teu", "Um Pouco de Céu", "Uma Noite Para Comemorar" e ainda os temas "No Rasto do Sol" e "Gente Perdida", que viriam alguns anos depois a fazer parte de trilhas sonoras de novelas da Rede Globo.
Mafalda Veiga apresentou "Tatuagem" em três concertos esgotados no grande auditório do CCB e no Rivoli do Porto. Destes concertos resultou o álbum "Mafalda Veiga ao Vivo", disco de platina.
A 10 de Dezembro de 1999 nasce, em Lisboa, na Ajuda, o seu único filho, Tomás da Veiga Marques dos Santos Cordovil, fruto do seu casamento.[6]
O ano de 2000 terminou com a composição de quatro temas originais para a novela "Olhos de Água", transmitida pela TVI.
Na Alma e na Pele
Em 2002, o tema "No Rasto do Sol" é escolhido para integrar a banda sonora de uma novela da Rede Globo, intitulada Sabor da Paixão. Em Janeiro de 2003, Mafalda é convidada a deslocar-se ao Rio de Janeiro para participar em dois episódios da novela, interpretando ao vivo algumas das suas canções.
Em Março de 2003 surge o sétimo disco da carreira de Mafalda Veiga, "Na Alma e Na Pele". Este trabalho conta com a produção do ex-baixista dos Silence 4, Rui Costa. O álbum é constituído por onze canções originais onde se destacam o single de apresentação, "Uma Gota", e o tema "Cúmplices" dedicado ao Clube de Fãs e conta também com uma faixa interactiva. Neste ano foram realizados espectáculos por todo o país[carece de fontes] que culminaram com dois concertos esgotados no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
No âmbito das Festas da Cidade para o Euro 2004, Mafalda teve, finalmente, o prazer e a honra de fazer a primeira parte do concerto de Suzanne Vega - lugar com que sonhara mas que fora ocupado em 1991 pela sublime Pilar Homem de Melo - tendo sido muito calorosamente recebida pelas mais de quinze mil pessoas que assistiram ao seu concerto e cantaram com ela a maior parte das suas canções.
O ano de 2003 termina com a edição do DVD, do segundo concerto realizado no Coliseu dos Recreios de Lisboa, a 5 de Outubro de 2003. Também em Dezembro, a Quasi Edições lança o primeiro Songbook de Mafalda Veiga, reunindo as letras e cifras de 16 canções escolhidas de cada um dos seus discos.
Em Junho de 2004, a TV Globo voltou a integrar uma canção de Mafalda Veiga ("Gente perdida", do disco "Tatuagem") na banda sonora de uma nova novela, Senhora do Destino.
Em 2005, é editado também pela Quasi Edições, o seu primeiro conto infantil "O carocho pirilampo que tinha medo de voar", integrado na colecção "Tempo dos mais novos", feita em parceria com o Jornal de Notícias.
No dia 20 de Outubro de 2005, Mafalda Veiga recebe o Prémio Carreira Prestígio da Rádio Central FM de Leiria.
Em 2006, Mafalda Veiga se afastou um pouco dos palcos, dedicando-se essencialmente à composição e preparação do seu próximo disco de originais.
Em 2008 foi publicado pela editora Valentim de Carvalho o álbum Chão.
Discografia
Albuns de estúdio:
- Pássaros do Sul (1987)
- Cantar (1988)
- Nada se Repete (1992)
- A Cor da Fogueira (1996)
- Tatuagem (1999)
- Na Alma e na Pele (2003)
- Lado a Lado - com João Pedro Pais (2007)
- Chão (2008)
- Praia (2016)
Albuns ao vivo:
- Ao Vivo (2000)
- Coliseu, 5 Outubro (2004)
Albuns de êxitos:
- Zoom (2011)
- Grandes Êxitos (2013)
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