quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Os 10 melhores baixistas da era moderna no Rock

 De Thundercat a Paz Lenchantin, veja baixistas do Rock que tiveram grandes contribuições com o instrumento em suas bandas nos últimos anos

Melhores baixistas do Rock na era moderna

Falar em bandas de Rock é falar, na maior parte dos casos, em bons baixistas.

É claro que algumas bandas preferem apostar em nomes mais discretos, como é o caso de alguns clássicos (alô AC/DC), mas outras trazem o instrumento de quatro (ou cinco, ou seis…) cordas como um de seus grandes protagonistas, como é o caso do Muse e, no Brasil, do Charlie Brown Jr..

Deixando de lado os nomes mais óbvios e clássicos e focando na era moderna — indo a partir dos anos 90 até os dias atuais —, resolvemos montar uma lista com 10 nomes que fazem ou fizeram a diferença em suas bandas, por vários motivos.

Confira a seguir, em ordem alfabética!

Champignon (Charlie Brown Jr.)

Chorão e Champignon

A lista não poderia começar de um jeito melhor. Dada a definição de “era moderna” que trouxemos, o saudoso Champignon é uma presença obrigatória e só não é considerado um dos maiores baixistas do planeta por seu trabalho ficar muito restrito ao Brasil.

Com o Charlie Brown Jr., Champs entregou linhas inesquecíveis fazendo uso de todas as técnicas que envolvem o baixo em faixas como “Zóio de Lula”, “Como Tudo Deve Ser”, “O Preço”, “O Coro Vai Comê” e tantas outras.

Chris Wolstenholme (Muse)

Muse infelizmente marcou presença na nossa recente lista de bandas excelentes que tiveram uma grande queda de nível, mas se tem algo no grupo que se mantém em constante evolução desde o início é a qualidade do baixo de Chris Wolstenholme.

Para além de linhas já clássicas como as de “Plug In Baby” e “Bliss”, o cara segue em ótima forma nos discos recentes, com destaque para canções como “Reapers”, do disco Drones (2015), e “Won’t Stand Down”, do mais recente Will of the People (2022).

Ah, e tem uma tal de “Hysteria” que o pessoal costuma elogiar também


Joe Dart (Vulfpeck)

Joe Dart, do Vulfpeck

Talvez o menos Rock dos baixistas trazidos aqui, Joe Dart merece um lugar na lista por seu trabalho fantástico. Resgatando a essência dos baixistas clássicos do Funk, do Soul e de tantos outros gêneros, o cara tem um trabalho único com o Vulfpeck que soa moderno e ao mesmo tempo clássico.

“Dean Town” é o grande exemplo de seu estilo tão característico, mas Dart se aventura por diversos ritmos e sempre entrega linhas de baixo sensacionais e não podia ficar de fora dessa seleção.

John Myung (Dream Theater)

Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

Mais antigo dessa lista, John Myung é possivelmente o único por aqui que já tem status de lenda. O baixista do Dream Theater não conseguiu isso à toa, tendo desde seu início com canções como “Ytse Jam” e “Metropolis, Part 1” algumas das linhas de baixo mais marcantes de sua época.

Ainda assim, o cara segue inovando e fazendo sua função de forma impecável. Por estar posicionado bem em uma era que se divide entre o moderno e o mais clássico, ficou difícil saber se ele se encaixaria aqui ou não — mas faixas como “The Dance of Eternity” e até outras mais recentes como “Panic Attack” e “The Dark Eternal Night” são boas demais para deixá-lo fora.


Justin Chancellor (TOOL)

Justin Chancellor (TOOL)
Foto por Eleanor Jane (via Guitar.com)

Um dos baixistas mais criativos do Rock, Justin Chancellor acaba muitas vezes passando despercebido em uma banda tão incrível como o TOOL. Esse, aliás, é um de seus grandes méritos: mesmo com destaque em músicas como “Schism”, que tem uma linha de baixo guiando toda a canção, Justin não rouba o espaço dos companheiros virtuosos.

Ao invés disso, assume um lugar de sempre complementar da melhor forma possível, adicionando peso e “corpo” a faixas como “Vicarious” e “Parabola”, além de detalhes sensacionais que estão sempre presentes para embelezar as músicas do grupo.


Matt Freeman (Rancid)

Matt Freeman, do Rancid

Representante do Punk nesta lista, Matt Freeman vai contra todo o estereótipo do gênero no que diz respeito à ausência de técnica. Apesar de usar uma palheta, Matt tem uma virtuosidade que quase se equipara a nomes clássicos do instrumento, como fica mais do que evidente em “Maxwell Murder” e seu inesquecível solo de baixo.

Para além disso, o cara consegue sempre trazer linhas divertidas e que dão o tom para as músicas do Rancid. Em “Time Bomb”, por exemplo, faz um excelente trabalho em estabelecer a ponte entre Ska e Punk que rege a canção.

Mike Kerr (Royal Blood)

Royal Blood - I Only Lie When I Love You
Foto: Reprodução / YouTube

Um dos revolucionários modernos, Mike Kerr colocou o baixo em evidência ao levar o Royal Blood para os maiores palcos do mundo. Vale a menção honrosa para o Death From Above 1979, que primeiro popularizou esse formato de ter apenas baixo, bateria e voz, mas é inegável que o sucesso disso atingiu outro patamar aqui.

Com seu jeito único de apresentar o instrumento, Mike já se tornou ícone ao utilizar o baixo como protagonista. Para além de boas linhas, como vemos em canções como “Little Monster” e “Figure It Out”, o músico encontrou um novo lugar para ocupar com o baixo.


Paz Lenchantin (Pixies)

Com um currículo recheadíssimo, Paz Lenchantin é outra escolha óbvia por aqui. Além de seu excelente trabalho com o A Perfect Circle, teve a dura missão de substituir Kim Deal no Pixies e segue fazendo isso muito bem, inclusive sendo a partir de sua entrada que a banda voltou a compor em estúdio.

Encontrando cada vez mais seu nicho ao mesmo tempo em que mostra mais e mais versátil, Paz é uma inspiração para mulheres, baixistas e mulheres baixistas ao redor do planeta — e vale ressaltar que o baixo é só um de seus vários talentos, já que também assume o arranjo de cordas em músicas famosas como “Mosquito Song”, do Queens of the Stone Age.


PJ (Jota Quest)

PJ, baixista do Jota Quest

Jota Quest é uma banda que divide opiniões e isso não é segredo pra ninguém. No entanto, é consenso entre os baixistas que PJ é um dos maiores representantes do instrumento no Brasil — e basta ouvir hits como “Dias Melhores” e “Na Moral” para entender os motivos para isso.

Com uma técnica impecável e influências que vão do Funk, Soul e R&B até o Rock mais pesado, o músico consegue traduzir tudo isso em uma pegada única que dá consistência e identidade para as músicas de sua banda.


Thundercat

Thundercat
Foto via Wikimedia Commons

Fechando a lista, não poderia faltar outro cara que fez o baixo encontrar um lugar novo e próprio para ocupar. Apesar de seu passado tocando com o Suicidal Tendencies, o incrível Thundercat mostrou versatilidade ao apostar em sonoridades como Jazz, Funk e Fusion em sua carreira solo, que tem o baixo como protagonista.

Usando uma versão de seis cordas do instrumento, o cara compôs os discos Them Changes e It Is What It Is, que devem se tornar clássicos absolutos com o tempo e serão lembrados para sempre como obras que mostram todo o potencial do baixo enquanto voz principal.

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