5 discos para conhecer Ronnie James Dio nos anos 1990 e 2000
Saiba por onde começar a ouvir as comparativamente pouco celebradas duas últimas décadas de atividades do vocalista
Ronnie James Dio era quase uma unanimidade entre o público headbanger. Nascido Ronald James Padavona em 10 de julho de 1942, o deus metálico das cordas vocais foi integrante ou membro fundador de importantíssimos grupos na história do rock, como Elf, Rainbow, Black Sabbath, Dio e Heaven & Hell – somados, os álbuns nos quais cantou beiram 50 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Também recebe o crédito pela popularização dos “chifrinhos”, gesto de mão que define o metal. Morreu em 16 de maio de 2010, vítima de câncer.
Embora extensa, a discografia de Ronnie James Dio tem álbuns-chave, e um 5 Discos Para Conhecer que abrangesse toda a sua carreira inevitavelmente traria “Rising” (Rainbow, 1976), “Heaven and Hell” (Black Sabbath, 1980) e “Holy Diver” (Dio, 1983). A fim de evitar isso, a presente lista se concentra nas duas últimas décadas de atividades do vocalista, na qual entregou trabalhos menos festejados e que venderam relativamente pouco, mas que são dotados de inúmeros predicados e merecem ser ouvidos com o volume alto.
Índice
Black Sabbath – “Dehumanizer” (1992)
Trinta anos após o lançamento de “Dehumanizer”, sabe-se que o disco que marcou a volta de Ronnie James Dio e do baterista Vinny Appice ao Black Sabbath foi fruto de um estratagema que visava à recolocação da banda nas paradas por meio de um argumento de venda inteiramente saudosista.
A partir da segunda metade da década de 1980, os números tanto do Dio quanto do Sabbath vinham caindo vertiginosamente e, como reflexo disso, ambos os grupos passaram a se apresentar em locais menores para públicos modestos. Ninguém estava satisfeito, e todos os envolvidos viram na reunião do line-up responsável por “Mob Rules” (1981) a tábua de salvação.
Musicalmente, “Dehumanizer” promove uma volta ao som original do Sabbath, parcialmente esquecido entre “Seventh Star” (1986) e “Tyr” (1990). Em termos de letras, Ronnie substitui aquelas sobre dragões e arco-íris por outras baseadas em fatos, como o lado ruim do advento tecnológico (“Computer God”) e a hipocrisia dos televangelistas até hoje tão populares, inclusive no Brasil (“TV Crimes”).
Embora tenha chegado a posições mais altas nos rankings, a grana que entrou não foi o suficiente para manter Ronnie e Vinny a bordo, e o telefone do solícito vocalista Tony Martin logo tocaria novamente.
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